Há uns tempos que andávamos desconfiados que o Tiago pudesse não ver bem por franzir muito a testa, sobretudo com objectos ao longe e fazer montes de caretas quando está concentrado, por exemplo, a ver televisão.
Como o puto tem uma família de míopes, de um lado e de outro, incluíndo a mãe, decidimos que era boa ideia tentar descobrir se a visão dele estaria afectada de alguma forma, ou se as caretas que ele faz são apenas isso… caretas.
Fomos então hoje com ele í Cliniped, a uma consulta de oftalmologia pediátria, para tirar as teimas.
A médica estava muito confiante que conseguiria examinar o Tiago, após os nossos primeiros avisos de que não seria fácil. Confrontado com esta confiança, fico sempre a pensar que a pessoa tem uma técnica qualquer especial que desconheço e que vai fazer com que um puto com menos de dois anos fique quietinho, de cabeça parada e olhos abertos, enquanto é examinada.
Descobri rapidamente que não, não tinha.
Foi preciso por gotas nos olhos do Tiago, para dilatar as pupilas, o que foi bastante complicado. Uma gota em cada olho, intervalo de cinco minutos e mais uma gota em cada olho. A enfermeira lá conseguiu, mas não foi fácil.
Depois de 20 minutos de espera, seguiu-se o exame da Oftalmologista. Isso foi ainda mais difícil.
Foi preciso a mãe segurar o Tiago e a testa do Tiago, a médica abrir o olho do Tiago e espreitar os olhos e eu segurar a lente em frente aos olhos do Tiago. O Tiago, claro, berrou o tempo todo, sacudiu a cabeça, tentou escorregar para o chão e só não encheu a médica de pontapés, porque não calhou.
Costumo dizer que, quando se tem que fazer um exame difícil é quase uma desilusão quando não se está doente. Uma vez fiz uma cistografia de eliminação com uma preparação chata e um exame doloroso e no fim… não tinha nada. Senti-me enganado.
No caso do Tiago isso não se passa. Foi bom ouvir a médica dizer que ele tinha boa visão e que se vier a ser míope, há-de ser mais tarde. As caretas que o Tiago faz podem ser cansaço por ter os olhos muito secos ou podem ser mesmo só… caretas.
Detesto ver o puto ser assim agarrado e obrigado a ficar quieto para ser examinado. Custa um bocado. Mas no fim, acho que foi a opção certa: tirámos as dúvidas e já não nos voltamos a preocupar com isso tão cedo.
Ora aqui está uma daquelas coisas que se parte do princípio que toda a gente sabe, até ser preciso fazer e se ficar í nora sem saber por onde começar: como pegar um carro com a bateria descarregada.
Lembrei-me disto porque ainda ontem vi uns tipos a coçar a cabeça de volta do carro, com os cabos de bateria na mão, a bateria descarregada, sem saber por onde começar. Eu tive que aprender a fazer isto da maneira chata: ficando sem bateria várias vezes.
Decidi então fazer o impensável: fazer um post a explicar como se faz uma daquelas coisas que nenhum homem tem coragem de perguntar a ninguém como se faz. É muito simples e não tem grande segredo.
O procedimento para pegar um carro com a bateria descarregada
Tudo o que é necessário são dois cabos de bateria e um carro que, evidentemente, tenha a bateria carregada. Colocam-se os dois carros de modo a que as baterias estejam próximas (normalmente é frente a frente, mas nem sempre: o meu carro, por exemplo, tem a bateria na mala).
Com ambos os carros desligados, liga-se o cabo vermelho ao positivo da bateria descarregada e a outra ponta ao positivo da bateria carregada.
Liga-se o cabo preto ao negativo da bateria carregada e a outra ponta í terra, isto é, a uma parte de metal do carro descarregado – procurem uma parte metálica, não pintada e sem óleo e certifiquem-se que o cabo não fica no caminho de nenhuma peça móvel. Outra opção, claro, é ligar o cabo ao polo negativo da bateria.
Depois dos cabos bem presos, liga-se o carro que tem a bateria carregada e acelera-se um pouco (aí até í s 2 mil rpm).
Com o carro ligeiramente acelerado, dá-se í chave do carro descarregado que deverá pegar.
Convém deixar os dois carros ligados uns dois minutos e depois removem-se os cabos na ordem inversa: primeiro desliga-se o negativo e depois o positivo.
Se, ao desligar o primeiro cabo, o carro descarregado der sinais de ir abaixo, é voltar a prender o cabo antes que tal aconteça. Se for mesmo abaixo… há que pegá-lo novamente. Se o carro descarregado se aguentar em funcionamento, é conveniente deixá-lo ligado uns 20 minutos ou meia hora, para que o alternador carregue a bateria.
No entanto, o alternador necessita, geralmente, de pelo menos 2 mil rpm para ser eficiente, pelo que o ideal é ir dar uma volta com o carro. Se a bateria continuar a descarregar, pode precisar de ser recarregada completamente ou substituída por uma nova. Ambos são serviços prestados por qualquer oficina ou loja de baterias.
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Notas importantes
Os dois automóveis devem estar ligados apenas pelos cabos, nada de deixar que os carros se toquem ou de, por exemplo, colocar uma mão em cada carro.
Para pegar um carro a gasóleo é necessário que o carro de arranque seja também a gasóleo.
Existem no mercado “jump-starters”, que podem adquirir e manter carregados (ligam-se í corrente 220, em casa, por exemplo), para usar numa situação em que o carro tenha ficado sem bateria. Aí, o procedimento é o mesmo, mas em vez de ter os cabos ligados a um segundo veículo, usam-se os cabos do aparelho.
Ao comprar um destes arrancadores, atenção í amperagem, que tem que ser adequada ao vosso carro. Mais uma vez, carros a gasóleo são mais exigentes. Os aparelhos costumam ter indicação para que tipo de motor são mais adequados.
Vai para três dias que completaste 22 mesitos, miúdo. E o que singifica isto? Bom, que estás quase com dois anos, evidentemente. Que estás cada vez mais interactivo e até mesmo comunicativo.
Já é possível falar contigo e tu ouves com atenção e muitas vezes até fazes o que te pedimos. Na creche dizem que até vais mais longe: fazes sempre o que te pedem.
Nós sabemos que é mesmo assim, as crianças comportam-se melhor na escola do que em casa; em casa é que podemos ajavardar e fazer o que nos apetece sem nos preocuparmos com as pressões sociais.
A escola, by the way, está a correr muito bem. Quando lá te pusémos, há quatro meses atrás, estavamos com medo que te custasse, que não te adaptasses e ficasses triste. Mas passou-se o contrário: vais para a escola contente, fartas-te de sorrir a toda a gente quando lá chegas, corres de um lado para o outro com os outros putos atrás.
Estamos agora a habituar-nos a falar mais aprofundadamente contigo e explicar-te melhor algumas coisas, porque já concluímos que estás preparado para isso. O banho é um exemplo: de repente, começaste a ter medo de molhar o cabelo e, durante uma semana ou duas era um inferno dar-te banho. Até que decidi explicar-te com toda a calma que era preciso lavar o cabelo, que te podias deitar para trás e eu segurava-te, que não deixava as tuas orelhas entrar dentro de água, nem água pingar-te na cara, que te molhava o cabelo num instante e não havia problema nenhum. Depois de te deixar pensar no assunto uns segundos, começaste a ser tu mesmo que te deitas para trás para te poder lavar o cabelo.
Continuas um pouco nervoso durante o processo, mas já me deixas molhar-te e exaguar-te o cabelo, o que demonstra que, de facto, compreendes tudo o que te dizemos, mesmo algumas coisas que me pareciam complicadas de compreender por uma criança com menos de 2 anos como “podes confiar em mim, que não de deixo cair na água”.
Já chamas pelo pai e pela mãe quando não estamos presentes. Embora apenas digas papá em sussurros, não sabemos porquê. E as tuas brincadeiras silábicas já percorrem todo o expectro vocal com a expressividade de um verdadeiro discurso.
Espero que nada disto tenha impacto negativo no teu ego, mas mais acrescento que continuas adorável, um puto giro cumó caraças e que por chateados e cansados que estejamos todos e mesmo que tenhas acabado de fazer uma birra insuportável, ver-te passar a escova e depois a pasta de dentes í tua mãe, porque não escovas os teus se ela não escovar os dela ao mesmo tempo, é suficiente para nos por bem dispostos.
Como saberão os mais atentos, adquiri recentemente hardware para montar um novo PC contando, para isso, com a inestimável ajuda de alguns leitores mais participativos e conhecedores do Macacos.
A coisa está feita e a funcionar em grande estilo (exceptuando, claro, problemas com o Windows). Chamei í máquina “Vader”, muito por causa do aspecto da fantástica caixa Antec que foi uma excelente compra, embora me tenha dado um dissabor, com o compartimento da fonte de alimentação.
Para saberem como correu a montagem podem ver as fotos e ler a descrição, no meu flickr.
Não é verdade que o Tiago não diga nada ou que apenas diga sílabas sem intenção. Ele diz claramente “mamã” com toda a intenção de chamar a mãe. Isso tornou-se óbvio ontem, quando fomos ao Fórum e nos separámos – eu e Tiago fomos í Athlete’s Foot e a Dee í Desigual.
Depois de tratar o que tinha a tratar na loja de desporto, fui até í Fnac ver se já haveria o comando í distância bluetooth para a PS3 e o Tiago esteve o tempo todo a perguntar pela mamã, chegando mesmo a gritos de “mamã?!” a plenos pulmões no meio da loja.
Portanto é como eu dizia: estou a ser demasiado exigente. O Tiago, que sabe e faz tudo o que se espera que faça e saiba nesta idade, está a guardar para mais tarde começar a falar com mais frequência. Está, provavelmente, a estudar a coisa calmamente, preparando-se para, provavelmente em breve, se tornar mais loquaz.
Prometo reduzir a minha ansiedade sobre o assunto.
Há uns tempos que andávamos desconfiados que o Tiago pudesse não ver bem por franzir muito a testa, sobretudo com objectos ao longe e fazer montes de caretas quando está concentrado, por exemplo, a ver televisão. Como o puto tem uma família de míopes, de um lado e de outro, incluíndo a mãe, decidimos que […]
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