Ninguém falou contigo!
Publicado em , por Pedro Couto e Santos
A jantar, a Joana escondeu as mãos debaixo da mesa e começa com o jogo:
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A jantar, a Joana escondeu as mãos debaixo da mesa e começa com o jogo:
Publicado em , por Pedro Couto e Santos
A Apple e a Samsung têm negócios conjuntos, nomeadamente na produção de hardware dos coreanos para os americanos.
Há algum tempo, a Apple processou a Samsung, por infracção de patentes e esta, por sua vez, contra-processou a primeira mais ou menos pelas mesmas razões.
Esta semana, a Apple ganhou o processo em tribunal e a Samsung promete retaliar.
O plano é perfeito. A Apple e a Samsung acabam de se afirmar como as duas grandes marcas de smartphones e tablets no mercado. Os fãs da Apple ficaram mais fãs ainda, porque podem apoiar-se na decisão do tribunal para provar que a Samsung copiou os seus dispositivos preferidos enquanto que os fãs da Samsung se apoiarão na injustiça do sistema de patentes americano e reforçarão a ideia de que a Apple é facínora e se inspira noutros incólume enquanto impede em tribunal que terceiros se inspirem em si.
O mercado fica ainda mais marcadamente dividido entre iDevices e a família Galaxy. Para ajudar í festa, não há jornal, site e revista que não exiba, em destaque, magníficas fotos de um iPhone ao lado de um Galaxy para ilustrar um artigo sobre o assunto.
Os outros fabricantes dissolvem-se no ruído de fundo. LG, Nokia, Sony, HTC, RIM, é como se não existissem.
A Apple e a Samsung saem ambas reforçadas e cada uma reforça a sua posição de mercado e afirmam-se como “as” escolhas para quem quer este tipo de dispositivo, deixando os outros nas covas. E tudo isto com dezenas de milhar de palavras em publicações da especialidade e da generalidade: marketing grátis.
Genial e imbatível.
Eu, que já fiz a minha escolha há uns tempos, fico aqui a comer pipocas, já que nem um nem outro me pagam para vender os seus produtos.
Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Depois da morte da Michelle ter levado a uma conversa sobre a morte, em que eu expliquei o que tinha acontecido í Michelle e depois a Dee explicou o que aconteceu depois, o Tiago aceitou bem a coisa.
Ao fim do dia, estava eu a escrever um mail de trabalho e ele veio interromper-me, cuidadosamente, para me expor a sua decisão, concluída das explicações que a mãe lhe deu de manhã:
“Sabes pai, algumas pessoas quando morrem, passam a fazer parte da terra. Eu quero fazer parte dos insectos. Quero ser uma borboleta, mas uma borboleta colorida, que voe de verdade. Quero mesmo!”
Daquilo que a maior parte das pessoas tem medo, o meu filho pintou um quadro que o fez feliz, com um enorme sorriso. Grande Tiago.
Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Por volta do fim do Verão de 1992, saí de casa para ir buscar a minha namorada e ouvi miar insistentemente. Quando voltei com ela, os miados continuavam e tentámos perceber do que se tratava.
Era uma gata minúscula, enfiada na suspensão de um carro. Uma outra rapariga que passava enfiou as mãos lá dentro e tirou-a, entregando-ma. Aquele momento em que podia ter deixado a gata na rua ou tomado a decisão que acabei por tomar, marcou os 20 anos seguintes da minha vida.
A Michelle tinha pulgas. Muitas pulgas. Há um vídeo da família toda de volta dela, a catá-la. Um video feito com uma camcorder do tamanho de um autocarro, foi há muitos anos, eu tinha 19, vivia com os meus pais e durante os cinco anos que ainda vivi com os meus pais depois disso, a Michelle dormiu comigo todas as noites.
Depois saí de casa e a Michelle foi comigo. Entretanto, tornou-se uma de seis gatos na nossa casa, mas foi sempre a Michelle. Era a mais inteligente deles todos e mesmo quando começou a envelhecer, ainda impunha respeito nos mais jovens.
Nos últimos dois ou três anos a Michelle envelheceu marcadamente. Perdeu toda a gordura e muita massa muscular; o pêlo perdeu parte da suavidade e um sacana de um pólipo com que já lidava há muito tempo, num ouvido, proporcionou-lhe otites atrás de otites incomodativas.
Desenvolveu uma insuficiência renal, problema típico nos gatos. Durante umas semanas, dei-lhe medicação diária e injectei-a subcutaneamente com soro. Até que desisti. Achei que a Michelle já não ia viver muito tempo e que aquela meia-hora diária de agulha espetada nas costas, com ela a tentar fugir, a agulha a soltar-se e eu a ter que voltar a espetar, na esperança de lhe melhorar a qualidade de vida, estava na verdade a piorar-lhe a qualidade de vida.
Aceitei que ela não duraria muito mais, mas que as injecções de soro eram pior desconforto do que simplesmente deixá-la em paz.
Acho que fiz bem. Mas contra todas as expectativas, a Michelle viveu mais dois anos. E esteve bem, activa, reivindicativa. Entretanto mudámos de casa e ela rapidamente aprendeu o padrão de exposição solar. De manhã, por volta das 10 já estava encostada ao muro do terraço, porque sabia que o sol não tardava muito a bater ali.
No fim de semana passado, notámos que a Michelle estava muito prostrada. Apesar de já estar muito, muito velha, com um aspecto muito degradado, a verdade é que ainda assim notámos que estava pior.
Fizemos-lhe uma cama e um caixote afastada dos outros, na cozinha e foi onde passou os últimos dias. Tal como a nossa velhota gata, Pantufa, que morreu com 16 anos, a Michelle desistiu ao fim de dois dias e simplesmente ficou deitada, recusou comida e água e morreu durante a noite de quinta, para sexta-feira, 27 de Julho. Calculamos que teria acabado de completar 20 anos, ou estaria perto disso, o que é uma longa vida para um gato. Gosto de pensar que foi uma vida longa e feliz.
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A Joana tem dois anos e é um bebé-modelo. Uma menina, da cabeça aos pés. Apaixonada pela Hello Kitty e a Minnie Mouse, sempre com o seu bebé debaixo do braço, a quem dá beijinhos.
Já escolhe a sua roupa, vestidos e calções e tem uma predilecção por sapatos desde muito pequena. Fala pelos cotovelos e não resiste a música sem começar imediatamente a abanar a anca.
É generosa com abraços, beijos e sorrisos e adora os pais, os avós e os tios, mas de quem ela mais gosta é sem dúvida do irmão.
É teimosa e reivindicativa e não tem hesitações no que toca a fazer-se ouvir, mas também já diz obrigado… Só lhe falta aprender a pedir desculpa pelos pontapés e arranhadelas que vai dando í família, porque está mesmo naquela idade de fazer uma maldadezinha de vez em quando, só para ver o que acontece.
Porta-se lindamente na escola, onde adora estar, não se porta particularmente bem a comer, mas já vai fazendo ligeiramente menos porcaria í s refeições e dorme muito bem na sua caminha todas as noites.
Já faz uns xixis no bacio, com grande orgulho e já está a começar a vir para casa a pé da escola, preparando-se para reformar de vez o velho Quinny que já foi do Tiago.
Não podia ter pedido uma menina mais menina, um bebé mais divertido, uma filha mais doce, do que a minha ‘Nana. Sou um filho da mãe cheio de sorte!
Publicado em , por Pedro Couto e Santos
A jantar, a Joana escondeu as mãos debaixo da mesa e começa com o jogo: “Onde tá a mão? Cá cá!” (“cá cá” é, basicamente, “não está cá”). Depois exibe uma das mãos e grita entusiasmada: “cá’qui!” Eu faço uma grande festa, mas ela torce-me o nariz e diz-me: “não pai! Falá mãe!” Estou a […]
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A Apple e a Samsung têm negócios conjuntos, nomeadamente na produção de hardware dos coreanos para os americanos. Há algum tempo, a Apple processou a Samsung, por infracção de patentes e esta, por sua vez, contra-processou a primeira mais ou menos pelas mesmas razões. Esta semana, a Apple ganhou o processo em tribunal e a […]
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Depois da morte da Michelle ter levado a uma conversa sobre a morte, em que eu expliquei o que tinha acontecido í Michelle e depois a Dee explicou o que aconteceu depois, o Tiago aceitou bem a coisa. Ao fim do dia, estava eu a escrever um mail de trabalho e ele veio interromper-me, cuidadosamente, […]
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Por volta do fim do Verão de 1992, saí de casa para ir buscar a minha namorada e ouvi miar insistentemente. Quando voltei com ela, os miados continuavam e tentámos perceber do que se tratava. Era uma gata minúscula, enfiada na suspensão de um carro. Uma outra rapariga que passava enfiou as mãos lá dentro […]
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A Joana tem dois anos e é um bebé-modelo. Uma menina, da cabeça aos pés. Apaixonada pela Hello Kitty e a Minnie Mouse, sempre com o seu bebé debaixo do braço, a quem dá beijinhos. Já escolhe a sua roupa, vestidos e calções e tem uma predilecção por sapatos desde muito pequena. Fala pelos cotovelos […]
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