Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Passaram dois anos desde que nos mudámos para a nossa actual morada, depois de muitos meses de obras que transformaram um verdadeiro pardieiro na nossa casa.
No geral, as obras correram muito bem, tendo em conta as histórias de terror que costumam acompanhar a frase “fiz umas obras lá em casa”, mas com o passar do tempo, fomos percebendo quais foram as coisas que ficara menos bem feitas. Até agora, nada de grave, tirando umas infiltrações a que vamos ter que nos resignar por vivermos num último andar.
Hoje, porém, dei com uma daquelas que para mim resume o espírito portuga na sua mais pura essência. Mais uma vez, nada de grave, mas valeu para um bom facepalm.
Desde o início que um foco de halogénio está fundido. Nunca me dei ao trabalho de o substituir, por pura preguiça e porque não fazia assim tanta falta na iluminação daquela zona. Mas hoje, munido de espírito natalício, ou algo do género, decidi que estava na altura.
Subi a um banco, tirei o arame e caiu-me a lâmpada nas mãos – por pouco, não foi ao chão. Não estava fundida, estava, apenas, completamente desligada do sistema.
Acontece que, naquele sítio, há um barrote de madeira por trás do tecto e o casquilho bate lá, impossibilitando a montagem daquele foco. Claro que a solução seria tapar aquele furo no pladur, fazer outro mais ao lado e montar o foco. Mas o desenrrascanso do electricista foi muito mais genial: empurrou o casquilho para dentro do tecto e montou a lâmpada no encaixe, como se nada fosse.
A isto, esta tão nobre atitude portuguesa chama-se “que sa foda!”. E pronto, olha… Eu ri-me, voltei a por tudo como estava e fui embrulhar prendas de Natal.
Portanto ao primeiro que se foda, fizeste tu mesmo um que se foda! Para tuga, tuga e meio… that’s the spirit! :-D
Então, mas o que é que eu podia fazer? O electricista, com a casa toda rebentada, a meio das obras, poderia ter feito aquilo bem, eu agora pouca hipótese tenho de reparar o erro sem uma grande trabalheira e com conhecimentos que nem sequer tenho.
claro… achei apenas engraçado que “onde mija um português…” :-)
Era obrigar o electricista a vir fazer o trabalho como deve ser. E de forma gratuita claro.
Enfim… tipicamente tuga! Bom Natal para ti :)