Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Hoje tirei o dia, queria fazer a mudança, mas não a fiz. As empresas de mudanças não parecem querer a clientela e muitas delas, recomendadas por família e amigos, não respondem aos telefonemas.
Além disso, não tínhamos gás. Agora já está lá o redutor e quarta-feira temos nova marcação com a Galp.
Passámos de manhã na casa para ver se já tínhamos o dito e para deixar algumas coisas mais frágeis, pré-mudança. Demos com o hall cheio de lã de rocha. Infelizmente, demos também com duas gigantescas infiltrações, na sala.
Ao que parece, os tubos dos algerozes, no sótão, não estavam grande coisa, partiram e como choveu… pumba. Estava a casa toda pronta e afinal vai ser preciso furar o tecto para escoar a água, deixar secar e pintar de novo.
Uma coisa ficou provada: a tinta que usaram no tecto é boa, porque ficaram umas enormes bolhas de água a pender e não chegou a pingar nada no nosso chão novinho em folha.
No sótão, as coisas avançam a bom ritmo já com algum pladur e lã de rocha colocados no tecto e duas das janelas Velux no sítio.
As janelas fazem uma diferença monumental naquele espaço, deixando entrar tanta luz que nem se diria que comprámos dos modelos mais pequenos (ou seja, mais baratos).
Entretanto, esperava uma chamada para marcar a instalação do Meo Fibra na Quinta, que não chegou, Sexta também não e hoje, nada. Às vezes pergunto-me se o Zeinal sabe como estas coisas são.
Mas não desfazendo, “do outro lado”, o meu pai mandou meter fibra Zon, ligaram a marcar e não apareceram; quando ele ligou a perguntar o que se passava, ninguém sabia de nada. Fartou-se. Aderiu ao Meo.
Mas mesmo assim, pelo telefone, diziam-lhe que não tinha fibra, enquanto que o site aceitou a adesão e no átrio do prédio está o PDO.
Mas disperso-me…
A tarde foi passada no Ikea, onde a crise, aparentemente, não toca. Num país em que se diz que andamos a morrer í fome e ninguém tem dinheiro, era ver um mar inacabável de gente que meteu folga e foi comprar móveis.
Não me queixo, também lá estava. E não foi fácil: três carrinhos carregados e mais um, com a Joana.
O Ikea precisa urgentemente de outro modo de funcionamento. Aquilo é porreiro e tal, mas para quem não tem qualquer intenção de levar seja o que for no carro, é, pura e simplesmente, estúpido.
Fui, com um esforço enorme, meter quatro roupeiros (dois de 50 cm, dois de 75) em carrinhos, com todos os acessórios e companhia, para os passar pela caixa para pagar (ouch), para depois ir ao balcão da TNB deixá-los para serem entregues.
Não tive que levar as portas do roupeiro, porém, que tinham uma guia vinda do balcão de atendimento de roupeiros e foram passadas, internamente, do Ikea para a TNB. Ora… porque raio não fazem tudo assim com o mobiliário mais pesado para entrega?
É uma tortura fazer as pessoas andar que nem patos com dois e três carrinhos a pesar enormidades (o resumo dos roupeiros, na guia que me deram, indicava praticamente 300 kg!), pelos corredores do armazém, para depois irem deixar tudo a outros fulanos que têm que suar as estopinhas para por tudo em carrinhos diferentes e levar para outro armazém.
Mas pronto, temos roupeiro. Ou melhor, teremos, quando o forem entregar e montar na próxima terça: 2,36m de altura, 2,50m de largura, portas de correr, montes de acessóriozinhos cromos por dentro, acho que vai ficar bestial.
Ainda comprámos mais coisinhas que já sabíamos que íamos querer renovar na mudança: 20 pratos, 18 copos, tigelas, novo caixote de lixo e até um novo colchão, mais confortável, para o Tiago.
Apesar do desaire da infiltração, o andamento da obra do sótão é entusiasmante e o facto de estarmos a levar algumas coisinhas lá para casa já torna a espera pela mudança um verdadeiro martírio. O estado em que a casa actual está, com uns 30 ou 40 caixotes espalhados por todo o lado, não ajuda.
Em cima de tudo isto, um cansaço digno de Morfeu nos seus piores dias, de tal forma que acho que estou a ter ‘black outs’ e dou por mim a despertar a meio de conversas do Tiago que não consigo compreender.
E não é ele que não se consegue explicar…
O negócio do IKEA é simples. Transferir para os seus clientes o trabalho que, tradicionalmente, é da empresa. As pessoas nem sempre se apercebem que quando vão ao IKEA e seguem as regras da marca (recolher, transportar, montar) estão, efectivamente, a trabalhar para a IKEA. É uma maneira de maximizar lucro, ter os clientes a trabalhar para eles, o que lhes permite reduzir custos (e, note-se, as coisas não são exactamente baratas, pois acabo de gastar uma pipa de massa em armários BESTA que não passam de aparite que se algum dia quiser mudar de casa se desfazem todos…).
Fazes assim: arranjas uns frangos de churrasco (*) uns pacote de batatas fritas e convidas os amigos para ir ver a casa nova. Isto depois de teres alugado uma carrinha e acartado todas as caixas para e entrada do prédio. Só come quem acartar as caixas para o apartamento ^^.
(*) O Frango pode ser substituído por leitão para que apareçam mais amigos.
Pode ser uma grande ideia… hummm…
Aposto que a Joana valeu um “free-pass” e passaste í frente dessa gente toda no IKEA ;)
Não apostes que perdes
Quanto maiores as filas menos as pessoas respeitam as coisas..
Primeiro fomos totós e não fomos para a caixa especial, apesar de estarmos com a bebé. Depois para marcar o transporte é por senhas, não vi qualquer prioridade.
Mas pronto, a Joana estava calma, a dormir no carrinho, não havia grande justificação para passarmos í frente.