Publicado em , por Pedro Couto e Santos
…na tua irmã, entenda-se. Bom, para já é aquele que mais me interessa.
Depois de quase um mês em casa, a Joana não te tem despertado particular interesse. Felizmente não reagiste mal í presença dela: a primeira semana foi mais complicada, é certo, houve birras quase todos os dias, mas agora que penso nisso, sinceramente, nem sei se foi pela Joana ter chegado, se pela Sónia estar fora.
A Sónia, a tua educadora, essa sim, a tua grande paixão, esteve de férias mesmo ali naqueles dias em que a tua mãe foi para o hospital e depois voltou com a tua irmã. Foi complicado para ti, mas assim que a Sónia voltou, as coisas mudaram.
Entretanto, o tempo foi passando sem que interagisses com a Joana: nem um toque, mas por outro lado, nenhuma agressão. O que também não é muito de espantar, porque não és particularmente agressivo; no entanto, como, quando te chateias, tens tendência para atirar com coisas (não sei a quem sairás… -_-‘), estávamos meio apreensivos quanto í possibilidade da Joana vir a levar com algo contundente na sua permeável moleirinha.
Resumindo e concluindo: hoje, chorava a Joana – algo que faz fenomenalmente bem nesta idade – e tu explicavas que “não está tudo bem com a Joana”; perguntei-te o que estava mal e disseste-me: “tens que tirar a Joana do berço, para eu dar um beijinho”.
Tirei-a e tu, com todo o cuidado e delicadeza plantaste um beijo na bochecha gorducha da tua irmã.
Espero que seja o primeiro de muitos.
Penso que será um dos legados mais interessantes que “guardas” para o teu filho. O relato destes pequenos grandes momentos.
Abraço!
Delicioso!