Joe Satriani em Lisboa, 2008

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Acabei de voltar do Coliseu dos Recreios onde vi o Joe Satriani tocar ao vivo. Nada como repetir o tí­tulo, para começar bem qualquer texto.

O concerto começou com um português, Paulo Barros, guitarrista também ele e virtuoso cumó caraças. Eu até gostei, mas achei-o um nadinha técnico demais. A primeira parte correu muito bem e acho que a malta delirou especialmente por ser um gajo “cá da terra”. Depois de ler que todas as primeiras partes desta tour estão a cargo do Paul Gilbert, fiquei um pouco desiludido por não poder ter esse extra.

Mas o Barros deu-lhe que se fartou, apenas ele, um baixista e um baterista fantástico e foi como devem ser as primeiras partes: curta e enérgica.

Depois entrou em cena o Satriani para delí­rio total da plateia, bancadas, camarotes e galerias, tudo í  pinha para ver a pinha careca do senhor Satch, prestes a completar 52 aninhos.

O homem tocou que se desalmou, brilhantemente acompanhado por uma das suas melhores bandas de sempre que inclui o estupendo Stu Hamm, no baixo. Foram duas horas de extravagância guitarrí­stica com músicas desde o “Surfing with the alien” até ao recente (e que eu desconhecia), “Professor Satchafunkilus and the Musterion of Rock” (don’t ask…).

A casa quase veio abaixo com o “Crushing day” em que o Satriani precisou de uma cadeirinha para se sentar e tocar as partes mais crochet da coisa e, com os clássicos “Flying in a blue dream” e uma versão alongada e adaptada de “Always with me, always with you”.

A coisa terminou, como é habitual, com o “Summer song”, não sem antes sermos presenteados com um solo do Stu Hamm que, além das suas brincadeiras bluegrass, consistiu do “Going to California”, dos Led Zeppelin, tocado inteiramente em baixo.

Foi um excelente concerto; fiquei sentado ao lado de uma das colunas, o que acho que apagou parte das minhas memórias de infância e só não gostei de ter um segurança o tempo todo no meu campo de visão. Mas pronto, o homem estava a fazer o seu trabalho e hoje em dia, os gajos já nem chateiam quem fotografa e mesmo filma o concerto inteiro.

Tenho, portanto, fotos e ví­deos, mas isso fica para mais tarde: vou acabar a minha tosta mista e meter-me na cama, que já não tenho 20 anos e fiquei todo partidinho.

Tags

Deixar comentário. Permalink.

3 comentários a “Joe Satriani em Lisboa, 2008”

  1. O guitarrista que fez a primeira parte não é Bastos. É Paulo Barros. http://www.paulobarros.net

  2. Noé says:

    Carí­ssimo Pedro, permite-me a correcção: é Paulo Barros, não Bastos. É um veterano da invicta, residente dos Tarântula.

    P.S. – o problema não é ser demasiado técnico, é mesmo o de não ter a habilidade de compí´r “canções” instrumentais, in my opinion…

  3. Macaco says:

    Estava ali a arranjar o almoço e de repente atingiu-me que tinha chamado Bastos ao rapaz. :-) Vim corrigir e já cá estavam os vossos atentos comentários. M’tobrigado

Deixar um comentário

Redes de Camaradas

 
Facebook
Twitter
Instagram