Publicado em , por Pedro Couto e Santos
A teoria é esta: O corpo precisa de energia para se mover e ainda mais para produzir esforços. No entanto, o nosso corpo tem mais facilidade em obter a dita energia dos hidratos de carbono que consumimos í s refeições do que da gordura que temos acumulada um pouco por todo o lado.
Para queimar gordura de uma forma verdadeiramente eficiente, temos que privar o corpo de hidratos de carbono, para o forçar a virar-se para a excelente fonte de energia que tem mesmo ali í mão.
Como não é muito saudável eliminar os hidratos de carbono da alimentação e, de qualquer maneira, o corpo acabaria por preferir consumir massa muscular do que gordura, para obter energia, o ideal é fazer exercício de alta intensidade em jejum.
A melhor altura é ao acordar, que geralmente precede um longo período sem comer. Aproveita-se então para praticar 20 a 30 minutos de exercício aeróbico de alta intensidade (a intensidade varia com o indivíduo), forçando o corpo a recorrer í gordura armazenada para obter energia para suportar o esforço súbito.
Esta é a teoria. Eu sou designer, não sou biólogo, nem médico, nem tão pouco especialista em motricidade humana. Mas que já li esta ideia em montes de sítios, já e que me parece fazer algum sentido, parece.
Restam-me algumas dúvidas sobre o equilíbrio entre a tendência do corpo para consumir gordura ou massa muscular, mas uma coisa já percebi: o nosso corpo não foi feito para queimar gordura. Pelo contrário, foi feito para a acumular… é a lei da sobrevivência: em tempos de abundância, acumula-se para os tempos de falta.
Como estou a tentar descer o meu nível de gordura corporal (o meu objectivo actual é 15%, estou em 17), apenas por diversão e curiosidade, mais nada, decidi hoje experimentar esta teoria.
É violento.
Saí de casa para o meu percurso habitual de corrida intervalada, com uma bolachinha no bolso, não fosse cair para o lado e precisar de calorias urgentes. Custou-me muito completar o percurso e tive que saltar duas das arrancadas que normalmente faço. A meio do caminho senti-me um pouco enjoado e tive que dar uma dentadinha na bolacha.
Mas não posso dizer que não tenha sido interessante. Tenho que experimentar outra vez e verificar se noto algum impacto nos meus resultados.
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Olá
o teu blog aparece-me no meu leitor RSS (via planeta geek, salvo erro) e pensei que este titulo “correr em jejum” ainda tinha a ver com o jogo do Benfica. hehehehe
Podia ser :-)
Ou: “Bola deprimida”, “Onze tristes” ou mesmo “O hino de ineficácia”
O facto de se ler por ai a mesma teoria, não a torna fidedigna.
Tal como constataste, o teu corpo ressentiu-se. Recomendo Juízo, consulta um nutricionista ou mesmo um fisiatra … nem que seja para ficares com uma ideia dos perigos que corres com essas experiências …
Comer é importante antes do exercício físico. Se te apresentares numa fisioterapia ou num ginásio para fazeres exercício com um “personal trainer” devidamente qualificado, a primeira coisa que te perguntam é se comeste …
Sim, mas a maioria desse pessoal precisa de proteger o seu ginásio e não pode dar-se ao luxo de ter pessoas a correr riscos idiotas sob a sua supervisão.
Às vezes é muito mais divertido quebrar as regras do que segui-las.
Nos ginásios onde já treinei ficava sempre tudo de cabelos em pé quando eu me punha a fazer dead-lifts. Mas este é um dos três exercícios centrais a qualquer treino de força básico. Ou se faz… ou então vai-se para lá agitar uns halteres durante duas horas enquanto se conversa e se vê televisão, que é o que mais se passa nos ginásios um pouco por todo o lado.
A questão é que esses treinos de força “básicos” entram em conflito daquilo que a Medicina considera ser inócuo e benéfico. É bem sabido que quando se entra na musculação com o objectivo de “crescer” … entramos noutro mundo.
Não é sequer esse o objectivo desses “ginásios” de que falas.
O facto de referires “riscos idiotas” é também revelador que no fundo concordas que há de facto riscos associados a determinadas práticas.
O ideal para a medicina é mesmo que tentemos manter nosso estado de saúde e isso é incompatível com levantar pesos pesados assim como com andar de skate ou fazer escalada: tudo acarreta riscos para a nossa saúde e/ou integridade física.
Mas é assim que muitas vezes nos divertimos.
Quando aos ginásios… não sei se compreendo porque os puseste entre aspas. O ginásio clube do sul, por exemplo, tinha tanto de pessoal da bejeca a fingir que levanta pesos como de tipos das bombas a encher que nem cavalos.
Quanto aos riscos, sem dúvida. E nem estou contra o teu comentário e conselhos. É com conhecimento dos riscos e da patetice que é fazer certas coisas, que as faço.
Estou ciente que é idiota, mas isso só me dá mais gozo :-)
Estou curioso é para saber a opinião de alguém “qualificado” sobre a técnica. Será que resulta?
Bom… não é difícil encontrar textos online e livros a pontapé, desde instrutores de fitness a body builders, a defender esta prática.