SHiFT

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

SHiFT significa Social and human ideias for technology e é uma conferência a decorrer em Lisboa, organizada por portugueses, sobre os temas da humanização da tecnologia e a sua componente social e de comunicação.

Tive o privilégio de estar ontem na SHiFT e presenciar um evento bem organizado e, sobretudo, muito interessante. Fiquei sobretudo impressionado com a visão centrada no design que existe já de forma sólida, sobretudo nos Estados Unidos; a maneira como o design está a ser visto como disciplina completa, por contraste com a visão “os designers são os tipos dos bonecos”, que ainda reina em terras lusas.

Talvez o futuro traga finalmente um lugar apropriado para o design dentro do processo de criação de valor das empresas modernas. As actuais tecnologias de comunicação e interacção social baseadas na internet representam uma oportunidade única para, uma vez mais, o designer ter um papel fundamental não só na criação visual e ergonómica, mas também na implementação de estratégias de produção e optimização de produtos e sistemas.
Ainda guardo alguma esperança que um dia, numa reunião de produto, alguém sugira “vamos ter uma ideia nova”, em vez de “vamos ver o que fazem os outros”. Precisamos que em Portugal também se grite “eureka”.

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4 comentários a “SHiFT”

  1. gnü says:

    Se por acaso não fosse tratador de cavalos em miniatura, teria todo o interesse em que o design fosse final e justamente empregue como a ferramenta interdisciplinar definidora, no caso concreto da sua aplicação í  web, uma espécie de astrolábio da comunicação e não visto como o redutor mas costumeiro “por as coisas mais bonitinhas”. Até porque me chateia de morte que se confunda a etimologia de “design” com desenho em vez de desí­gnio.

    Ah.. quem me dera ser désainér como tu…

    galopante:
    das gnü

  2. Sérgio N says:

    É um tema muito interessante. No entanto, acho que parte (significativa) do problema está nos próprios designers. Acho que a maioria se “cola” confortavelmente í  imagem do “fazedor de coisas bonitinhas”, e dispensa de bom grado a parte associada í  estrutura de informação, í  interacção, í  experiência, etc.

    Acho que a mudança tem de partir, em grande parte, de designers com vontade de intervir e participar em partes que fazem parte integrante do *design*. Os designers têm de assumir como deles partes associadas í  estruturação de informação ou í  interacção (só para dar alguns exemplos).

    Existe uma grande confusão entre grafismo e design. A maior parte das pessoas formadas em design faz “apenas” grafismo… e não espera fazer mais.

  3. Macaco says:

    O problema dos profissionais que não são profissionais existe em todas as profissões. Para mim o problema começa quando a profissão não tem o reconhecimento que merece. Só para dar um exemplo, a actividade económica “designer”, não existe, para o Ministério das Finanças.

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