Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Já há algum tempo que sou adepto de “Buffy, the vampire slayer”, uma série pateta sobre uma adolescente caçadora de vampiros e outros males, feita com doses equilibradas de brainless entertainment e humor geek. “Angel” foi um spinoff dessa série que não me pareceu muito interessante no início, mas que foi melhorando muito ao longo dos episódios. O episódio em que o personagem principal é transformado num Muppet é a suma daquilo que é faz do Joss Whedon um dos geek masters da actualidade.
Adeptos das duas séries, resolvemos encomendar, via web, uma terceira série do Whedon, chamada “Firefly”. Tratava-se de uma season de uma série de sci-fi com um twist simples: nada de aliens, nem civilizações estranhas, nem nada disso. Era, no fundo, um western espacial, sobre os colonos que saíram da Terra para um novo sistema solar.
A coisa tinha até uma guerra da Aliança contra os Casacos-castanhos independentistas, tudo muito cowboy, sem dúvida. Ao fim de um ou dois episódios estava viciado.
Mais uma vez, os personagens eram variados e divertidos, as histórias de cada episódio não eram excepcionalmente importantes, mas iam ajudando a desenvolver os personagens e, acima de tudo, nada daquilo se levava demasiado a sério, desde a prostituta que era a única que tinha um trabalho decente e dava bom nome í tripulação, até ao piloto da nave que brincava com dinosauros de plástico na sua consola, um capitão rabugento e um matulão com pavio curto, entre outros…
Como é óbvio, sendo uma série divertida e com grande adesão do público, o canal responsável pela produção, decidiu cancelá-la. Os dois últimos episódios nunca chegaram a ir para o ar e estão apenas disponíveis no DVD.
E tudo isto para dizer que estreou esta semana o “Serenity”, um filme do Joss Whedon que poderá de certa forma ser encarado assim como que uma season 2 do “Firefly” (“Serenity” é o nome da nave e “Firefly” é a classe da dita).
Dois personagens com um background pouco claro na série, Simon e River Tam, têm a sua história desenvolvida no filme… and then some.
É, mais uma vez, um filme divertido, que dá uns puxões de orelhas í ficção científica da TV/Cinema, que se leva demasiado a sério… e ainda dá umas liçõezinhas de física: no Firefly/Serenity, não há som no espaço, ao contrário de todos os filmes e séries de sci-fi que já vi até hoje.
O filme é mais violento e um nada mais dramático do que a série, nada que não seria de esperar, quando o público é mais vasto. Tudo isto e ainda não disse o essencial: é um filme bestial, especialmente aconselhado a geeks e ainda mais se já forem fans de coisas anteriores do Whedon.
Pessoas que levam o Star Trek a sério não vão gostar deste filme.
“no Firefly/Serenity, não há som no espaço, ao contrário de todos os filmes e séries de sci-fi que já vi até hoje”
Não esquecer o 2001:A Space Odyssey, com o mestre Kubrick a dar cartas já em 68!
Não se fazem mais coisas daquelas… Já o vi vezes sem conta, com a sorte de ter visto uma reposição no Avila, sublime.
Sim, isso é verdade e o 2001 é um filme de sci-fi diferente. Mas também não é um filme com grandes perseguições e combates espaciais.
Olha que nas batalhas ouvia-se os sons dos canhões das naves, especialmente na ultima e maior batalha do filme
Apenas nessa, que é passada na atmosfera do planeta do Mr. Universe e não no vácuo do espaço.
No Galactica de 2001 (praí) também não há sons das naves!
Ouvi dizer que o realizador da série queria essa feature, mas que a produtora não deixou… infelizmente ainda não pus as mãos na série, já ouvi dizer que é bastante boa.
hhmmm… o que vi foi um filme na TV, que afinal é de 2003, podes ver mais em http://www.imdb.com/title/tt0314979/ , mas deu num domingo í tarde, num canal nacional, e tem 180 minutos, acrescentando a isso os intervalos, pois o filme foi em 7 partes, aconteceu o óbvio, adormeci no sofá e não vi a última parte :P
Mas levanto-te um bocado o véu, os cylon agora parecem humanos ;)