Publicado em , por macaco
Que dizer?
Os últimos dias têm sido uma confusão, mas já estamos na casa nova.
E estamos satisfeitos com a casa nova.
E a casa nova está quase arrumada.
Quase…
Já fizemos a escritura e passámos três dias a dever 80 mil euros ao banco, por causa de um “problema técnico” que teve qualquer coisa a ver com não nos porem o dinheiro do empréstimo na conta antes de pagarem aos vendedores.
No dia 1 tivemos a chave e viemos trazer coisas assim que pudemos. Os meus pais, os meus sogros e o Cunhado vieram todos ajudar, com os respectivos carros carregados, viagens escada-acima e escada-abaixo nos três andares da casa antiga e de elevador, nos oito andares do prédio novo.
No dia 2, às 9 da manhã, sem atraso, chegou o pessoal da Novo Horizonte. Praticamente tudo o que tinhamos na casa antiga foi tirado pela janela e desceu até à rua no elevador exterior, que funcionou melhor do que eu esperava, aguentando com tudo, incluindo frigorífico e máquina da roupa, colchão, estantes e estrado da cama.
Quem também aguentava com o frigorífico e máquina de lavar eram os tipos que fizeram a mudança, que foram impecáveis, além de incansáveis e… claro, conseguiram levantar um combinado da Bosch com dois motores em peso, só com as mãos (só um deles, portanto).
No dia da mudança os meus pais e os meus sogros também vieram dar uma ajuda: umas limpezas, umas arrumações e uma preciosa montagem de candeeiros da autoria do meu sogro, sem a qual, provavelmente, ainda não teríamos lâmpadas em lado nenhum.
Seguiu-se um fim de semana de desempacotamento das mais de 50 caixas, algumas das quais com 30 kg. de coisas lá dentro e montagem de três estantes, quatro mesas, um armário, etc.
Depois foi dia da escritura, na terça-feira, dia 6.
Primeiro vendemos, à D. Clara e Sr. Leonel que, juntos, têm à vontade 160 anos, pelo menos. Foi tudo rápido, até porque os compradores nos pagaram a pronto. O que não significa necessariamente “mala de alumínio cheia de maços de notas”, mas a não existência de empréstimo bancário facilita as coisas.
Seguiu-se a compra, essa sim com empréstimo e bancos e o raio. Mas correu tudo bem e viemos embora com a sensação de que, finalmente, a casa era nossa.
Resolvemos ainda dar um salto à Esso, que é quem fornece o gás na nossa nova morada e que apesar de fornecer gás em Almada, só tem escritório em Lisboa. Estava fechado. Só abre das 9 às 13.
Na qurta-feira dia 7, a Cabovisão apareceu, como sempre – e mesmo depois de 3 telefonemas a confirmar – para nos instalar apenas internet e TV, apesar de súplicas encarecidas da nossa parte pelos três serviços da empresa (i.e.: também telefone).
No fim lá montaram tudo e até fizeram um bom serviço e foram simpáticos, coisa que infelizmente nem sempre acontece. Muitas vezes os técnicos ou são antipáticos (aconteceu-me com a TV Cabo já algumas vezes), ou deixam grandes buracos nas paredes.
Estes tipos foram porreiros, ouviram as nossas sugestões sobre passagem dos cabos como nos convinha mais, chegando depois à conclusão de como montar aquilo da maneira melhor e até taparam os buracos com massa e tudo.
Estavamos também à espera da nossa nova máquina de lavar loiça Whirlpool, mas pelos vistos alguém no Jumbo a deixou cair e já não é esta semana que chega uma nova.
Na quinta-feira fui de manhã até à Esso fazer o contrato do gás.
Voltei com o número de telefone de um senhor que só atende o telefone entre as 18 e as 19 horas, a quem liguei nesse mesmo dia às 18 em ponto.
Tenho agora a instalação do contador do gás marcada para a próxima segunda-feira. Vai passar a primeira semana sem que tenhamos água quente ou fogão para cozinhar, o que não é muito confortável.
Mas o que ainda é menos confortável é que após instalação do contador nós vamos ter que contratar uma empresa de inspecções (“nós” como em “não a Esso”) e quase de certeza que vamos ter que largar para fazer alterações à instalação que não deve estar de acordo com os trâmites.
A minha irmã largou 80 contos, só em alterações.
Mas tudo pela segurança, penso eu.
Mesmo que, claro, no andar imediatamente abaixo seja um cheiro a gás insuportável. É típico Portugal: inspecção obrigatória! Acho bem! Para todos? Não, só para os tansos que venham fazer contratos novos.
É que se o vizinho de baixo vai pelos ares… eu também vou. E não ganhei nada em cumprir as normas. Como sempre.
É uma aventura em contínuo.