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{"id":6037,"date":"2015-02-28T21:43:26","date_gmt":"2015-02-28T21:43:26","guid":{"rendered":"http:\/\/www.macacos.com\/?p=6037"},"modified":"2015-05-25T13:47:55","modified_gmt":"2015-05-25T13:47:55","slug":"o-flagelo-das-festas-de-aniversario-modernas","status":"publish","type":"post","link":"https:\/\/www.macacos.com\/2015\/02\/28\/o-flagelo-das-festas-de-aniversario-modernas\/","title":{"rendered":"O flagelo das festas de anivers\u00e1rio modernas"},"content":{"rendered":"

\"birthday_party\"<\/p>\n

Tendo sido crian\u00e7a durante os anos 70 e 80 e tendo agora filhos que s\u00e3o crian\u00e7as j\u00e1 na segunda d\u00e9cada do novo s\u00e9culo, \u00e9 imposs\u00ed\u00advel n\u00e3o reparar em todas as pequenas diferen\u00e7as que existem no mundo entre o “meu” tempo e o deles.<\/p>\n

H\u00e1 coisas absolutamente evidentes e que me fariam estar aqui o dia todo, como n\u00e3o haver computadores pessoais em 1980, quando eu tinha oito anos e como agora o meu filho de oito anos maneja um comando de PlayStation durante horas para jogar Minecraft que, ironia ainda maior, \u00e9 um jogo moderno que recorre a gr\u00e1ficos j\u00e1 considerados “cl\u00e1ssicos” como linha estil\u00ed\u00adstica.<\/p>\n

Mas n\u00e3o, nada disso. Interessa-me mais falar dos comportamentos novos em que participamos todos, que envolvem as nossas crian\u00e7as mas que, no fundo, devem ter sido criados pela nossa pr\u00f3pria gera\u00e7\u00e3o.<\/p>\n

As festas de anivers\u00e1rio, por exemplo. N\u00e3o \u00e9 que eu n\u00e3o tenha tido festas de anivers\u00e1rio ou que nunca tenha ido a nenhuma, sim, “fiz” (leia-se, os meus pais fizeram), algumas festas com amigos da escola e fui a algumas eu tamb\u00e9m. Mas agora todos os meninos fazem festa de anivers\u00e1rio e convidam todos os meninos da escola. Todos.<\/p>\n

E n\u00e3o nos ficamos por a\u00ed\u00ad: as festas s\u00e3o, invariavelmente, organizadas em espa\u00e7os que t\u00eam surgido por a\u00ed\u00ad como cogumelos, especializados no assunto. S\u00e3o festas tem\u00e1ticas, em parques de divers\u00f5es, salas de jogos ou quintas com animais. Custam sempre uns duzentos euros ou mais (aos paizinhos que organizam, claro) e geralmente ocorrem em paralelo com mais uma, duas, tr\u00eas, cinco, sete festas, no mesmo espa\u00e7o.<\/p>\n

J\u00e1 estive em festas em tendas com insufl\u00e1veis, em picadeiros com cavalos, em matas com arborismo, em gin\u00e1sios com teatro para mi\u00fados, enfim, de tudo um pouco.<\/p>\n

Os meninos fazem anos, os amigos s\u00e3o todos convidados e toda a gente vai, mesmo que haja uma festa no s\u00e1bado de manh\u00e3 e outra no s\u00e1bado de tarde, de dois meninos da mesma turma, em que os convidados s\u00e3o os mesmos. Ou uma no s\u00e1bado e outra no domingo logo a seguir. Toda a gente se junta outra vez, num outro espa\u00e7o de festas com baldes de pipocas, tigelas de batatas fritas e garrafas de Cola do Lidl.<\/p>\n

Quando as duas ou tr\u00eas horas de aluguer do espa\u00e7o come\u00e7am a aproximar-se do fim, \u00e9 chegada a altura do bolo e de cantar os parab\u00e9ns. At\u00e9 aqui tudo bem, canta-se os parab\u00e9ns ao alegre petiz, um dos amigos est\u00e1 a um canto amuado e a recusar-se a cantar (sim, confesso, muitas das vezes \u00e9 um dos meus), outro chora ao colo da m\u00e3e porque algo correu mal na \u00faltima volta no castelo m\u00e1gico e uma s\u00e9rie de adultos que passaram a manh\u00e3 a fazer conversa de circunst\u00e2ncia come\u00e7am a recuperar o brilho nos olhos de quem em breve estar\u00e1 ao volante do seu autom\u00f3vel, a caminho do Pizza Hut.<\/p>\n

Mas aqui entra outra neo-tradi\u00e7\u00e3o: as can\u00e7\u00f5es de anivers\u00e1rio. Originalmente, cantava-se o “Parab\u00e9ns a voc\u00ea” e isso chegava perfeitamente. Se algum mi\u00fado queria apagar novamente as velas, cantava-se uma vers\u00e3o r\u00e1pida da mesma can\u00e7\u00e3o, com “l\u00e1 l\u00e1 l\u00e1” nos versos e depois um aplauso para o soprar da coisa.<\/p>\n

Agora n\u00e3o. Agora, depois do “Parab\u00e9ns a voc\u00ea”, o aniversariante, muitas vezes instigado pela m\u00e3ezinha (quase sempre a m\u00e3e, o pai est\u00e1 do outro lado, a tirar fotos com a m\u00e1quina fotogr\u00e1fica cara demais, que s\u00f3 sai do saco para estas ocasi\u00f5es), instigado pela m\u00e3e, dizia eu e muitas vezes lutando contra uma timidez compreens\u00ed\u00advel por estar rodeado de pessoas que n\u00e3o conhece, canta “Obrigado amiguinhos”. O “Obrigado amiguinhos”, \u00e9 a can\u00e7\u00e3o de agradecimento a quem cantou o “Parab\u00e9ns a voc\u00ea”, \u00e9 como se tiv\u00e9ssemos que obrigar as nossas crian\u00e7as a agradecer publicamente a todos por terem ido \u00ed\u00a0 festa demasiado extravagante que n\u00f3s pr\u00f3prios os ensin\u00e1mos a desejar anualmente.<\/p>\n

Quando comecei a ouvir isto, primeiro pensei que fosse s\u00f3 uma fase, mas desde ent\u00e3o, a coisa tem-se multiplicado e j\u00e1 praticamente n\u00e3o h\u00e1 festa de anivers\u00e1rio em que n\u00e3o se cantem ambas as can\u00e7\u00f5es. Ambas? Ambas n\u00e3o, porque h\u00e1 mais! Sim, h\u00e1 mais! Depois das duas can\u00e7\u00f5es, todas as crian\u00e7as irrompem em “Parab\u00e9ns para ti, parab\u00e9ns para ti, mas o bolo \u00e9 para mim!”. Uma terceira can\u00e7\u00e3o, de teor humor\u00ed\u00adstico que finalmente permite que se avance para o corte do bolo, o lambuzamento das caras e a partida, em derrapagem, dos ve\u00ed\u00adculos, rumo a casa ou a uma refei\u00e7\u00e3o decente.<\/p>\n

E o bolo? O que aconteceu ao belo bolo coberto de ma\u00e7ap\u00e3o, com um magn\u00ed\u00adfico “parab\u00e9ns” manuscrito a chocolate e com flores azuis se for menino e flores cor de rosa se for menina? Ou o bolo campo de futebol\/rato Mickey? Nada disso, os bolos agora s\u00e3o fant\u00e1sticos (e s\u00e3o mesmo!), verdadeiras esculturas de pasta de a\u00e7\u00facar e recheio de chocolate. S\u00e3o todos feitos por “cake designers” e custam outros duzentos euros. N\u00e3o estaremos a exagerar? Quer dizer, s\u00e3o belos bolos, mas… S\u00e3o bolos, aquilo \u00e9 para cortar aos bocados e comer.<\/p>\n

Mas mesmo depois de violentarmos uma estatueta comest\u00ed\u00advel, ainda n\u00e3o \u00e9 hora de partir. N\u00e3o, ainda n\u00e3o estamos despachados, porque quando a festa termina \u00e9 chegado o momento de outra coisa que eu nunca tinha visto na vida, mas que agora \u00e9 standard: o saquinho de brindes.<\/p>\n

Todos os meninos que foram \u00ed\u00a0 festa t\u00eam direito a um saquinho com brindes, no final. Os saquinhos costumam conter coisas diversas como gomas, bal\u00f5es e um pequeno brinquedo como um bonequinho, carrinho, bolinha saltitante, etc. \u00c9 uma simpatia, n\u00e3o digo que n\u00e3o. Mas n\u00e3o \u00e9 simpatia suficiente alugar um parque infantil inteiro, pagar a uma mo\u00e7a para pintar borboletas na cara dos mi\u00fados e a dois palha\u00e7os para fazerem animais de bal\u00f5es? \u00c9 mesmo preciso entregar saquinhos de brindes no final? Que mais? Uma massagem nas costas cansadas dos pais?<\/p>\n

Ou seja, n\u00e3o s\u00f3 temos que comprar umas prendas para o nosso filho aniversariante, como ainda temos que comprar mais vinte e cinco prendas para os seus vinte e cinco colegas de escolinha, convidados da festa.<\/p>\n

Mais do que questionar a validade de qualquer uma destas coisas, eu pergunto-me \u00e9 de onde vieram. Nada disto foi ideia minha, garanto! Mas foi de algu\u00e9m que andou comigo na escola, quase de certeza, ou talvez de algu\u00e9m um pouco mais velho, mas n\u00e3o da gera\u00e7\u00e3o dos meus pais, altura em que nada disto existia.<\/p>\n

Portanto, vamos l\u00e1 ver… Acusem-se! Quem de voc\u00eas, que cresceu nos anos 70 ou 80, que, na melhor das hip\u00f3teses, fez um anivers\u00e1rio no baldio nas traseiras da vivenda clandestina de um tio na Charneca da Caparica, com um bolo rectangular, branco, com dois estrumpfes de pl\u00e1stico em cima, com quatro ou cinco dos vossos melhores amigos (tr\u00eas nem na mesma escola andavam) e se limitaram a ouvir o “Parab\u00e9ns a voc\u00ea”, cantado uma \u00fanica vez e j\u00e1 com um certo cheiro a \u00e1lcool no ar, \u00e9 que inventou todas estas novas tradi\u00e7\u00f5es que nos custam dinheiro, causam ansiedade e n\u00e3o servem para absolutamente nada?<\/p>\n

Mais uma ou duas gera\u00e7\u00f5es e as festas de anivers\u00e1rio v\u00e3o tornar-se verdadeiras cerim\u00f3nias com pompa e circunst\u00e2ncia, quando na verdade, se calhar, dois ou tr\u00eas mi\u00fados, umas prendas, umas sandochas e um bolo, chegavam.<\/p>\n

Defendo, portanto, que nisto das festas de anivers\u00e1rio, mais simples \u00e9, muito provavelmente melhor. \u00c9 que uma coisa n\u00e3o muda, por muitos anos que passem: d\u00e1-se um brinquedo super sofisticado e moderno a uma crian\u00e7a e ela vai achar muito mais piada \u00ed\u00a0 caixa em que ele veio!<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

Tendo sido crian\u00e7a durante os anos 70 e 80 e tendo agora filhos que s\u00e3o crian\u00e7as j\u00e1 na segunda d\u00e9cada do novo s\u00e9culo, \u00e9 imposs\u00ed\u00advel n\u00e3o reparar em todas as pequenas diferen\u00e7as que existem no mundo entre o “meu” tempo e o deles. H\u00e1 coisas absolutamente evidentes e que me fariam estar aqui o dia […]<\/p>\n","protected":false},"author":1,"featured_media":0,"comment_status":"open","ping_status":"open","sticky":false,"template":"","format":"standard","meta":{"_exactmetrics_skip_tracking":false,"_exactmetrics_sitenote_active":false,"_exactmetrics_sitenote_note":"","_exactmetrics_sitenote_category":0,"jetpack_post_was_ever_published":false,"_jetpack_newsletter_access":"","_jetpack_dont_email_post_to_subs":false,"_jetpack_newsletter_tier_id":0,"_jetpack_memberships_contains_paywalled_content":false,"_jetpack_memberships_contains_paid_content":false,"footnotes":"","jetpack_publicize_message":"","jetpack_publicize_feature_enabled":true,"jetpack_social_post_already_shared":true,"jetpack_social_options":{"image_generator_settings":{"template":"highway","enabled":false},"version":2}},"categories":[1],"tags":[1114,207,1039,2388],"class_list":["post-6037","post","type-post","status-publish","format-standard","hentry","category-diario","tag-aniversarios","tag-criancas","tag-festas","tag-tradicoes"],"jetpack_publicize_connections":[],"jetpack_featured_media_url":"","jetpack_shortlink":"https:\/\/wp.me\/p2vUy9-1zn","jetpack_sharing_enabled":true,"jetpack-related-posts":[],"_links":{"self":[{"href":"https:\/\/www.macacos.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/6037","targetHints":{"allow":["GET"]}}],"collection":[{"href":"https:\/\/www.macacos.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts"}],"about":[{"href":"https:\/\/www.macacos.com\/wp-json\/wp\/v2\/types\/post"}],"author":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.macacos.com\/wp-json\/wp\/v2\/users\/1"}],"replies":[{"embeddable":true,"href":"https:\/\/www.macacos.com\/wp-json\/wp\/v2\/comments?post=6037"}],"version-history":[{"count":0,"href":"https:\/\/www.macacos.com\/wp-json\/wp\/v2\/posts\/6037\/revisions"}],"wp:attachment":[{"href":"https:\/\/www.macacos.com\/wp-json\/wp\/v2\/media?parent=6037"}],"wp:term":[{"taxonomy":"category","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.macacos.com\/wp-json\/wp\/v2\/categories?post=6037"},{"taxonomy":"post_tag","embeddable":true,"href":"https:\/\/www.macacos.com\/wp-json\/wp\/v2\/tags?post=6037"}],"curies":[{"name":"wp","href":"https:\/\/api.w.org\/{rel}","templated":true}]}}