H\u00e1 umas duas semanas que tinha combinado, assim por alto, com o Fernando, irmos ao Zoo de Lisboa com os putos. Hoje foi o dia.<\/p>\n

Chegar de Almada ao Zoo de Lisboa \u00e9 mais r\u00e1pido, n\u00e3o havendo tr\u00e2nsito, do que chegar de Almada \u00ed\u00a0 praia do Rei, por exemplo. O caminho \u00e9 sempre a direito e somos brindados com um parque de estacionamento no fim.<\/p>\n

Hunky dory.<\/p>\n

A parte menos boa do Zoo s\u00e3o as entradas. E n\u00e3o falo do pre\u00e7o dos bilhetes que, sim \u00e9 a atirar para o caro, com cada adulto a largar 15 euros, mas justific\u00e1vel dada a qualidade de tratamento e apresenta\u00e7\u00e3o em que o jardim se encontra. O que \u00e9 mau mesmo s\u00e3o as bilheteiras.<\/p>\n

Existem v\u00e1rias, mas todas estavam entupidas com dezenas de pessoas, algumas em grandes grupos movendo-se muito lentamente. N\u00e3o se pode comprar bilhete num s\u00ed\u00adtio e entrar por outro: a bilheteira \u00e9, simultaneamente, a entrada o que dificulta ir uma pessoa comprar bilhetes enquanto outras esperam sem ter que se meter em bichas. Isto s\u00f3 d\u00e1 bichas ainda mais confusas, cheias de pessoas impacientes.<\/p>\n

Depois de pagar os bilhetes e entrar, fica-se num vest\u00ed\u00adbulo, de onde se v\u00eaem as Zebras, mas onde cabem poucas pessoas e que obriga a uma passagem por uma senhora “pica-bilhetes” para que se possa, finalmente, entrar no zoo.<\/p>\n

E complicado, demorado e stressante e totalmente desnecess\u00e1rio. O zoo podia (devia?), resolver este problema com bilheteiras e entradas separadas para grandes grupos e fazendo o bilhete v\u00e1lido assim que \u00e9 comprado.<\/p>\n

Esta coisa da senhora picar o bilhete 10 metros \u00ed\u00a0 frente da senhora que o vendeu, s\u00f3 confunde mais.<\/p>\n

Mas pronto, parte m\u00e1 \u00ed\u00a0 parte, visitar o Jardim Zool\u00f3gico foi divertido. Achei que ia ser deprimente, mas acabou por n\u00e3o ser por a\u00ed\u00ad al\u00e9m.<\/p>\n

Alguns habitats ainda s\u00e3o os originais (a aldeia dos macacos \u00e9 de 1927), mas muitos est\u00e3o modernizados e parecem pensados mais em fun\u00e7\u00e3o dos animais do que do p\u00fablico. N\u00e3o conseguimos ver tudo, as aves e os r\u00e9pteis ficaram pelo caminho, o que tamb\u00e9m demonstra que o jardim tem muito para oferecer.<\/p>\n

Come\u00e7\u00e1mos no show dos golfinhos, que era \u00ed\u00a0s 11 e s\u00f3 repetia \u00ed\u00a0s 15, pelo que ach\u00e1mos que era de aproveitar. Tudo dentro do Zoo est\u00e1 inclu\u00ed\u00addo no bilhete, o que tamb\u00e9m justifica o seu valor algo elevado.<\/p>\n

N\u00e3o achei piada ao show e n\u00e3o cheguei a ver golfinhos. \u00c9 feito para os mi\u00fados – o que eu compreendo – com uma hist\u00f3ria por tr\u00e1s da actua\u00e7\u00e3o dos le\u00f5es marinhos em que duas piratas lutam entre si e acabam por fazer as pazes. Honestamente, sendo para mi\u00fados ou n\u00e3o, achei a ideia dispens\u00e1vel. Teria a mesma, ou talvez mais piada ver as tratadoras simplesmente interagir com os le\u00f5es marinhos sem terem que andar com um microfone \u00ed\u00a0 Britney Spears a tentar fazer-se passar por actrizes.<\/p>\n

No fim dos le\u00f5es marinhos houve intervalo em que uns gajos vestidos de personagens dos gelados ol\u00e1 “cantaram” e encenaram uma coreografia. Sa\u00ed\u00admos.<\/p>\n

Compreendo a necessidade de patroc\u00ed\u00adnios para ajudar a manter o Zoo e achei surpreendente que muitos animais sejam j\u00e1 patrocinados por diversas empresas, mas este tipo de publicidade encapotada, disfar\u00e7ado de “uma grande surpresa para os mi\u00fados”: n\u00e3o, obrigado.<\/p>\n

Ah, \u00e9 verdade: o Tiago n\u00e3o ligou pevide a nada disto. Contorceu-se, esperneou e raramente esteve quieto. Em contrapartida, parece ter-se dado bem com o Miguel, filho do Fernando e da Lena, apesar de ser apenas a segunda vez que o v\u00ea.<\/p>\n

Seguimos para um tour do parque que foi igualmente desapontante em termos de reac\u00e7\u00e3o Tiagal. Ignorou a esmagadora maioria dos animais, achando muito mais interessantes as veda\u00e7\u00f5es, rochas decorativas e ch\u00e3o no geral.<\/p>\n

A certa altura tivemos que o sentar no carrinho e pronto.<\/p>\n

Vimos macacos-aranha, babu\u00ed\u00adnos, chimpaz\u00e9s e gorilas, alguns caprinos de que n\u00e3o fixei o nome, rinocerontes, elefantes, girafas, le\u00f5es e tigres, lemures, focas, pinguins e ursos.<\/p>\n

Os meus animais favoritos s\u00e3o, sem d\u00favida, macacos e felinos. Os macacos-aranha s\u00e3o verdadeiramente fant\u00e1sticos e os habitats deles s\u00e3o estupendos: sem grades nem vidros, apenas um fosso com \u00e1gua e uma pequena veda\u00e7\u00e3o electrificada.<\/p>\n

Parece ser o suficiente para os bichos n\u00e3o sa\u00ed\u00adrem dali e os humanos n\u00e3o entrarem e \u00e9 imediatamente mais espectacular v\u00ea-los balan\u00e7ar-se de corda em corda.<\/p>\n

Tirando os macacos, o Jaguar preto foi o que mais me impressionou, pelo tamanho, pela pose e pelo facto de rosnar e eu sentir a vibra\u00e7\u00e3o do som. \u00c9 um animal magn\u00ed\u00adfico.<\/p>\n

Gostei muito do Zoo e apenas um ou dois s\u00ed\u00adtios me pareceram um bocadinho tristes e apertados para os animais. O habitat dos gorilas e chimpanz\u00e9s \u00e9 um dos mais impressionantes, com enorme espa\u00e7o para os animais andarem, ao contr\u00e1rio do que me lembro, quando era puto, em que os gorilas estavam fechados numa gaiola com um tronco de \u00e1rvore morto.<\/p>\n

Vale a pena visitar o Jardim Zool\u00f3gico de Lisboa e acho que vou querer l\u00e1 voltar para experimentar o telef\u00e9rico, que passa por cima de todo o jardim. Claro que prefiro esperar que o Tiago cres\u00e7a, para que possa apreciar o passeio.<\/p>\n","protected":false},"excerpt":{"rendered":"

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