Fajitas com Pico de Gallo

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Fajitas com Pico de Gallo

O Fernando pediu a receita e como tive que parar um bocadinho para pensar o que fiz, achei que, já agora, punha isto num post.

Aviso já que recorri a um molho de frasco, mas acho que o molho é bem bom e vale a pena. Portanto, aqui fica a receita para fajitas de frango com pico de gallo

Para o frango

  • 1 kg de peito de frango cortado em pedaços pequenos
  • sal grosso
  • pimenta preta
  • uma cebola grande
  • um pimento vermelho
  • um frasco de molho para fajitas Old El Paso
  • óleo vegetal (pode ser azeite, eu usei girassol)
  • queijo ralado í  escolha (usei uma mistura de 3 queijos daquelas para massas)
  • tortilhas de trigo

Para o pico de gallo

  • dois tomates médios
  • uma cebola roxa
  • uma malagueta vermelha ou verde
  • um molhinho de coentros
  • duas limas
  • sal e pimenta

Fajitas com Pico de Gallo

Aquece-se o óleo vegetal uma frigideira de 28 cm (óleo suficiente para cobrir o fundo) e coloca-se a cebola, cortada em rodelas de forma a que não se sobreponham, salgando todas as rodelas com sal grosso. A temperatura deve ser média-baixa (4 e meio/5 na indução). Deixa-se a cebola amolecer, devagarinho e quando já estiver quase toda transparente, junta-se o pimento vermelho cortado em pedacinhos. Mantém-se a temperatura baixinha e deixa-se cozinhar, mexendo ocasionalmente, uns bons 15 minutos, o pimento vai começar a desfazer-se.

Junta-se o peito de frango e sobe-se a temperatura para média-alta. Deita-se sal e pimenta preta a gosto. Quando o óleo voltar a ganhar temperatura depois de ter levado com o frango frio, deixa-se a coisa ali pouco mais de meio gás (7 na indução) e deixa-se cozinhar o frango muito bem.

Primeiro o frango vai cozer um bocado e depois vai dourar por fora. Quando estiver bem douradinho, tira-se do fogão e adiciona-se o molho, envolvendo-se bem o frango no mesmo. Volta-se a por a meio-gás no fogão e deixa-se cozinhar 10 minutos.

Finalmente, coloca-se uma porção de frango numa tortilha, cobre-se com queijo ralado e leva-se ao microondas 1 minuto e meio para derreter o queijo, junta-se pico de gallo bem geladinho e come-se.

Pico de Gallo

Pico de gallo é a melhor salada do universo e mais além. E é tão fácil de fazer que um gajo até fica a olhar para aquilo e a pensar como é que algo tão básico pode saber tão bem.

Abrem-se os tomates e tiram-se as grainhas, cortando depois tudo em pedacinhos pequeninos. Segue-se a cebola, toda em pedacinhos pequeninos e a malagueta, também em pedacinhos; quem não gostar de picante, pode usar pimento verde, vermelho, laranja, whatever, tem é que ser em pedacinhos pequeninos. Finalmente, os coentros bem picadinhos. Junta-se tudo numa tijela.

Para terminar, o essencial: espremem-se as duas limas e junta-se o sumo. Tempera-se tudo com sal e pimenta, mistura-se bem e refrigera-se, que o pico de gallo quer-se fresquinho.

O contraste entre o quente da fajita e o frio do pico é fenomenal.

Espero que gostem.

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Este blog tem treze anos

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

O Macacos Sem Galho faz hoje treze anos.

Embora haja um buraco no arquivo, nunca houve um buraco na sua existência. Tem-se mantido activo desde 30 de Março de 1999, ininterruptamente. O buraco no arquivo é só preguiça de copiar coisas antigas feitas í  mão em HTML para o WordPress (mas já não falta muito).

Fica a efeméride e a intenção de continuar. Obrigado por me lerem.

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A tortura de ver um filme

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

A minha filha Joana gosta de subir para cima do móvel da sala e escolher um filme da estante bookworm que temos na parede.

Este sábado de manhã, optou pelo Despicable Me.

É um dos meus filmes animados preferidos, cheio de humor e com uma história invulgar e divertida.

No entanto, colocar o filme para os miúdos é uma espécie de tortura chinesa que nos é propiciada pelos editores. Antes do filme surgem uma quantidade infindável de logotipos, avisos, informações, promoções e outras idiotices que, no caso particular do blu-ray deste filme, duram mais de cinco minutos.

Para uma criança de ano e meio que acabou de pedir um filme, cinco minutos é uma insuportável eternidade e para um pai que está a tentar deixar a criança entretida para poder ir beber um café, é uma irritação digna de vendetta sobre os responsáveis, daquelas que mete cabeças de cavalo.

Mas eu fiz uma lista, para ser mais claro. Vejamos, antes do filme arrancar temos:

  • Loading bar
  • Logotipo da Universal
  • Logotipo da Universal animado
  • Promoção ao blu-ray (inútil, visto que eu estou a ver um blu-ray, porque já tenho um leitor de blu-ray e compro filmes em blu-ray, estão a vender-me algo que eu já tenho)
  • Logotipo
  • Promoção a outro filme (skipable)
  • Logotipo
  • Promoção a outro filme (skipable)
  • Promoção a um parque temático (skipable)
  • Logotipo
  • Menu de linguagem
  • Aviso legal
  • Informação sobre as opiniões dos intervenientes não reflectirem as do editor
  • Aviso sobre capacidades do blu- poderem requerer um update de software
  • Mensagem de agradecimento a quem comprou o disco
  • Promoção a outro filme (not skipable)
  • Logotipo
  • Outro logotipo
  • Menu principal
  • Filme!

Com os skips que pude fazer, consegui reduzir a experiência a apenas 3 minutos. O processo pára duas vezes, uma para se escolher a lí­ngua e outra, no menu principal onde se escolhe arrancar com o filme ou outras opções, pelo que não se pode deixar a correr e esperar que mais tarde ou mais cedo o filme arranque, não: é mesmo preciso estar a monitorizar a coisa.

O que é que apetece? Apetece ripar o filme para um disco rí­gido de forma a poder aceder-lhe sem demora quando os miúdos o quiserem ver.

Mas depois, vem a Canavilhas e lixa-nos!

Numa época em que se fala tanto de UX que até já há tipos que são especializados na coisa, este é um excelente exemplo de uma péssima experiência de utilização, em que o utilizador é castigado por ter comprado um produto original em que o editor se acha no direito de impingir produtos e marcas porque, nessa altura, tem o espectador na palma da mão.

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Tiago & Joana 2012

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Não tenho escrito muito, porque não tenho muito tempo para escrever. Mas í  medida que o blog caminha a passos largos para o seu décimo terceiro aniversário, não tenho qualquer intenção de parar.

Até porque há muito para deixar escrito, sobretudo coisas que quero que os meus filhos possam ler quando quiserem – se quiserem.

E assim, fica um resumo do status quo, as it were.

O Tiago está a menos de uma semana de completar cinco anos. Está a caminho do metro e vinte de altura e possui uma energia praticamente inesgotável. Foi graças a ela que, na sexta-feira passada, abriu o sobrolho direito na bancada de granito da nossa cozinha.

Ainda tem um penso, mas prevê-se que fique com uma cicatriz. Nesse fim de semana também o vi jogar futebol pela primeira vez, já que, nos últimos quase cinco anos, demonstrou pouco ou nenhum interesse por bolas. Prefere, ainda assim, Lego, o seu brinquedo de eleição dos últimos meses.

Os avós começaram a comprar-lhe Lego e o entusiasmo dele foi tal que praticamente todas as prendas de aniversário que temos para ele são Lego. Acima de tudo, gosta de brinquedos que possa montar e desmontar e é grande adepto de seguir instruções para obter um resultado.

Tem um discurso complexo e cheio de “portantos” e “directamentes” e “imediatamentes”.

Para minha angústia, anda preocupado com a morte. Pergunta-me se todos ficamos velhos e se depois, todos morremos. Desata a chorar, com lágrimas a correr-lhe pela cara abaixo, “pai, eu não gosto nada de morrer”. E eu ali a tentar ser o adulto que explica as coisas de forma simples, racional, sem fantasias, mas também sem o assustar. É difí­cil.

A ferida ficou bem feia, ali ao lado do olho direito, vamos ver se deixa cicatriz...

Grande gozo a jogar í  bola, ao fim de 5 anos sem interesse pela coisa

A Joana está a provar dia atrás de dia que se há coisas que se aprendem com um e se aplicam limpinho ao outro, também é possí­vel dar como verdadeiras frases como “o segundo é muito mais fácil” ou “as meninas são completamente diferentes dos rapazes”.

Com um ano e meio raramente não está a sorrir – e quando não está, está a berrar; já fala, muito – muito mais do que o irmão falava nesta idade (que era nada), corre pela casa, sempre a rir, brinca com o irmão, muitas vezes a provocá-lo já que ele fica muito incomodado e a tenta dissuadir com discursos: “Joana, pára de me seguir, se faz favor, estás-me a distrair e eu quero acabar a minha construção!”.

Está extremamente bem integrada na escola e raras são as vezes que fica a chorar, embora ainda aconteça ocasionalmente. Adora a mãe, claro, está  na idade, mas é mimosa com toda a gente e faz montes de coisas que o Tiago nunca fez, como dar grandes abraços ou por-se aos beijinhos a fotografias. À noite, se eu já estiver em casa, antes de ir dormir, faz questão de me dar um abraço, dizer “xau” e acenar com a mão. Depois vai dormir.

E dormem ambos muito bem, sem grandes stresses, mesmo quando estão doentes. A Joana ainda acorda ocasionalmente a meio da noite, mas geralmente volta a adormecer sem problemas. O Tiago já começou a acordar de manhã ao fim de semana e se vê que nós ainda estamos a dormir, abre o estore e fica a brincar no quarto até nos levantarmos.

A brincar com Pinypon no chão do quarto

De vestidinho em dia de festa de aniversário de um amigo do Tiago

Colo í  mesa da cozinha, para ler uns livros sobre animais

Os meus filhos continuam a crescer e vê-los crescer continua a ser o ponto alto dos meus dias.

É até me estamparem o carro pela primeira vez ou me irem ao armário do whiskey, claro!

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Já Eça de Queiroz tinha dito

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

“(…)

- Tudo, disse o marquês, pondo-se a caminhar ao lado dele com uma lentidão de moribundo. Deitei-me tarde. Cansaço. Opressão no peito. Pigarreira. Dores no lado. Um horror… Levo já aqui rebuçados.

– Não seja piegas, homem! Você o que precisa é roast-beef e uma garrafa de Borgonha… Não é hoje que você janta lá no Ramalhete?… É, até tem lá o Craft e o Dâmaso… Então descemos por essa rua do Alecrim, que já não chove, depois pelo Aterro fora, a passo ginástico, e em chegando lá você está curado.”

in “Os Maias”, Eça de Queiroz

Pergunto-me… será que o paí­s também lá vai com roast-beef e um garrafa de Borgonha…?

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Fajitas com Pico de Gallo

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O Fernando pediu a receita e como tive que parar um bocadinho para pensar o que fiz, achei que, já agora, punha isto num post. Aviso já que recorri a um molho de frasco, mas acho que o molho é bem bom e vale a pena. Portanto, aqui fica a receita para fajitas de frango […]

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A tortura de ver um filme

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A minha filha Joana gosta de subir para cima do móvel da sala e escolher um filme da estante bookworm que temos na parede. Este sábado de manhã, optou pelo Despicable Me. É um dos meus filmes animados preferidos, cheio de humor e com uma história invulgar e divertida. No entanto, colocar o filme para […]

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Já Eça de Queiroz tinha dito

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“(…) - Tudo, disse o marquês, pondo-se a caminhar ao lado dele com uma lentidão de moribundo. Deitei-me tarde. Cansaço. Opressão no peito. Pigarreira. Dores no lado. Um horror… Levo já aqui rebuçados. – Não seja piegas, homem! Você o que precisa é roast-beef e uma garrafa de Borgonha… Não é hoje que você janta lá […]

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