Sentado í mesa do pequeno-almoço, a Joana í minha esquerda tenta sem sucesso montar os braços do Sr. Batata, í minha direita, o Tiago observa, comendo a sua mistura de quatro cereais de pequeno-almoço diferentes.
Passado um minuto, o Tiago diz: “dá cá, Joana eu ajudo”. A Joana passa-lhe o boneco e ele monta cuidadosamente os braços, devolvendo-o. A Joana aceita e responde: “‘bigado, Tiago”.
A Joana ameaçava atirar a sopa toda ao chão e a mãe fazia-lhe ver esse quase inevitável facto. Eu disse-lhe: “é o problema da gravidade. Quem te pode explicar isso é o Tiago, que já sabe.”
Depois virei-me para o Tiago e disse: “Não é filho? Podes explicar í tua irmã como funciona a gravidade?”
E ele, como é evidente. Respondeu-me com outra pergunta: “onde?”
E embora gravidade funcione da mesma maneira em todo o lado, o facto dele perceber que a gravidade varia de sítio para sítio e responder com aquela pergunta foi o suficiente para me deixar calado. Já não falta muito para o miúdo perceber mais de física do que o pai.
Em 2008 começou a formar-se o projecto que viria a ser o Pond e na altura, este blog era há já muitos anos a minha principal expressão na web.
Por necessidade do projecto, comecei a tornar-me utilizador mais frequente do Twitter e sobretudo do Facebook. A minhas contas acabariam por ser muito úteis nos testes do Pond pelo grande volume de followers/amigos e de actualizações que eu fazia que, apesar de não baterem records, eram significativas e permitiam testar algumas situações importantes nas aplicações e infra-estrutura.
O meu objectivo foi, então, criar o máximo de ligações possível nessas e outras redes fazendo com que a minha utilização acompanhasse o crescimento galopante destes serviços.
À medida que os acessos í s redes de massificaram e tornaram mais potentes e flexíveis, com uma facilidade cada vez maior em partilhar e consumir todo o tipo de conteúdos, fui criando uma dependência cada vez maior dos serviços, não ao ponto da obsessão, mas ao ponto de não passar umas horas sem uma consulta a uma timeline ou um status update.
E não me queixo disso. As chamadas redes sociais são muito poderosas, mas não são em si responsáveis pelo nosso comportamento. Essa responsabilidade cabe a cada um de nós – como em tudo. O Facebook não é nada sem as pessoas que diariamente lá despejam conteúdo, exactamente o mesmo se passa com a web. São apenas veículos. Ironicamente, acabam mesmo por ser uma serie de tubos, vasos comunicantes, que as pessoas preenchem com textos, fotos, vídeos, música e tantas outras coisas.
Mas as redes como o Facebook e o Twitter têm uma particularidade de serem dotadas de uma audiência concentrada e de um imediatismo fulgurante; tão depressa são veículos para uma Revolução, como antros de boatos. Tanto são palcos para divulgação como nunca antes existiram, como são spotlights para as mais assanhadas attention whores da História da Humanidade.
Nos tempos mais recentes, a cada dez posts colocados por mim, uns sete ou oito descambavam em discussões inúteis, muitas vezes com argumentos agressivos e pouco fundamentados e que acabavam apenas por servir para denegrir a minha opinião do carácter de alguns dos participantes. Não tenho dúvidas que serviram também para denegrir a opinião que essas pessoas têm de mim.
Ao percorrer a minha timeline no Facebook, ou no Twitter, o resultado é o mesmo. Uma grande maioria dos updates tem pouco interesse, uma parte significativa são patetas e alguns são obviamente provocativos, em busca da tal discussão, a chamar os suspeitos do costume para mais uma peixeirada de Benfica versus Futebol Clube do Porto ou Esquerda versus Direita, etc. Já para não falar na publicação dos mesmos vídeos engraçados e das mesmas imagens do 9gag por pessoas diferentes.
Mas como eu já disse, a culpa não é dos serviços existirem e servirem para o que servem e nem sequer me atrevo a censurar as pessoas que os usam como muito bem entendem, nem teria a hipocrisia de criticar um comportamento que, até há bem pouco tempo, era o meu.
Mas cheguei ao ponto em que tenho que me questionar: para quê tanta socialização? Se o resultado prático da utilização destas redes é muito mais negativo que positivo, se passo a vida a achar que fulana é idiota, que sicrano é um parvalhão e que o outro é um chato do caraças – e imaginando que outros me acham um palerma, inconsistente que passa o tempo a trollar, qual é o grande benefício que retiro das redes sociais?
Não sei a resposta, mas sei que faz uma semana que reduzi drasticamente a minha utilização do Twitter e Facebook. Não tenho postado quase nada e praticamente não tenho consultado as timelines. E tenho-me irritado menos e tenho reparado que me ando a preocupar com os meus problemas do dia a dia, mas mais nenhuns. Não tenho que, além daquilo que já me aborrece, ainda ter que me chatear com mais uma discussão estúpida sobre a Economia ou uma troca de galhardetes imbecil sobre espátulas de virar omeletes. Tem sido libertador.
Por enquanto, não tenciono fechar contas, nem deixar completamente de usar os serviços – alias, este post vai ser automaticamente partilhado, estas redes são excelentes para fazer chegar conteúdo e ideias a mais pessoas – mas vou dar dois passos atrás e repensar um bocadinho, talvez tentar adaptar-me melhor a este mundo de redes e perceber como viver nele de uma maneira mais sã e produtiva.
Para finalizar, deixo-vos com um vídeo algo longo, mas que vale a pena ver e sobretudo ouvir com atenção.
O treino de ontem foi rápido e eficaz, como convém e constou de 9 séries de 10, 9, 8, 7, 6, 5, 4, 3, 2, 1 repetições dos seguintes três exercícios:
Flexões
Agachamentos
Sit-ups
Feitos sem intervalo, num total de 55 reps por exercício. O melhor deste treino é mesmo o movimento constante de exercício para exercício e embora as repetições vão diminuindo, isso significa também que mais rapidamente estamos a esgotar o mesmo músculo novamente.
Aqui há umas semanas atrás, a Dee dizia mais uma vez que precisava de fazer exercício e, mais uma vez, eu ofereci-me para ajudar. Só que desta vez, começámos mesmo a fazer exercício os dois e temos mantido o nosso programa doméstico há várias semanas.
A premissa é que fazemos uma curta sessão de exercício intenso (dentro das nossas possibilidades), três vezes por semana, í s segundas, quartas e sextas. Eu invento o programa do dia, com o objectivo de variar o mais possível, evitando o tédio da repetição, enquanto, ao mesmo tempo vamos repetindo alguns exercícios básicos para podermos progredir nos mesmos.
Uma sessão de treino pode ser inteiramente feita de exercícios com o peso do corpo, ou incluir halteres, saltos ou boxe. Uns dias fazemos um certo número de repetições de três exercícios durante três séries, noutros dias fazemos três tabatas com três movimentos diferentes, noutros fazemos, por exemplo, em determinado tempo para cada exercício, o máximo de repetições que conseguirmos.
Queremos manter os movimentos simples e com pouco isolamento, optando muitas vezes por exercícios que envolvam o corpo todo, quer porque todo o dito tem que mexer, ou porque se exige que se mantenha rígido para executar o movimento, como nas flexões. Também tentamos recrutar o máximo de grupos musculares nos vários exercícios, por exemplo, fazendo extensão completa da anca nos agachamentos, puxando tanto pelos abdominais como pelas pernas para completar o movimento.
Se continuarmos assim, estou de olho numa barra de elevações, que é dos exercícios mais básicos, o que nos falta incluir e também, provavelmente, mais difícil.
Para não estar só com teoria, fica como exemplo o que fizemos hoje:
Em 20 minutos, completar o máximo possível de séries do seguinte:
5 flexões
10 agachamentos
15 sit-ups
Eu completei 12 e a Dee, 11. Não sendo um resultado espectacular, implica que, em 20 minutos, fiz 60 flexões, 120 agachamentos e 180 sit-ups. Para a próxima há-de ser diferente, mas eventualmente voltaremos a fazer os mesmos exercícios e notando melhorias.
Aconselho vivamente um programa deste tipo a que não tem paciência ou tempo para ginásios (ou dinheiro…). Basta uma sala com algum espaço livre, alguns exercícios básicos e tentar sempre fazer o máximo de esforço no mínimo de tempo. Os nossos treinos, por enquanto, ainda podem ser considerados ligeiros, mas sempre que treinamos, puxamos um bocadinho mais do que da última vez e os resultados são notórios.
Sentado í mesa do pequeno-almoço, a Joana í minha esquerda tenta sem sucesso montar os braços do Sr. Batata, í minha direita, o Tiago observa, comendo a sua mistura de quatro cereais de pequeno-almoço diferentes. Passado um minuto, o Tiago diz: “dá cá, Joana eu ajudo”. A Joana passa-lhe o boneco e ele monta cuidadosamente […]
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