Armstrong for strong arms

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

De há uns tempos para cá, comecei a interessar-me cada vez mais por calistenia, exercí­cio feito usando apenas o peso do próprio corpo, sobretudo pela espantosa capacidade demonstrada por vários atletas em ví­deos que facilmente se encontram na net.

Andei bastante tempo com a ideia de montar uma barra de elevações cá em casa, até que finalmente encontrei uma, mas ainda não a tendo montado na parede, por falta de tempo (e coragem para abrir os enormes buracos para meter a bucha quí­mica), tenho vindo a fazer simplesmente flexões, e nem muitas, por sinal. Mas foi baseado num desses ví­deos, produzido pela equipa Barstarzz (barstarzz.com), que adaptei um programa “Armstrong”, homónimo de um qualquer militar americano que o desenhou para aumentar o número de elevações que conseguia fazer consecutivamente, í s minhas flexões.

Estando bastante magro e sem treinar há mais de um ano, conseguia atirar-me para o chão e produzir tristes dez flexões (deprimente, para quem fazia 50). Umas semanas mais tarde já fazia com facilidade 20 e agora aproximo-me das 30. Isto tudo com pouquí­ssimo treino, mas baseado no tal esquema que, para mim, tornando a coisa sistemática, a torna mais divertida.

Então a coisa funciona assim:

  • Dia 1: cinco séries do máximo de repetições possí­veis, 90 segundos de descanso
  • Dia 2: progressão de 1, 2, 3, 5, 6, … Até não se conseguir fazer o número de uma série, 10 segundos de descanso e no final, mais uma série do máximo de repetições possí­vel
  • Dia 3: três séries de flexões normais, três séries de flexões com as mãos juntas, três séries com as mãos afastadas; o número de repetições por série tem que ser o suficiente para aguentar as nove. 60 segundos de descanso
  • Dia 4: igual ao dia anterior, mas sem parar até estoirar (ie, sem limite de séries). Se se fizer mais do que as nove séries, então o número de repetições do dia 3 deve ser aumentado por uma repetição
  • Dia 5: repetir o dia mais difí­cil da semana anterior, o que tiver custado mais.
  • Dias 6 e 7: descanso

São treinos que se fazem muito rapidamente e que oferecem o desafio de progredir, dia após dia. Aconselho vivamente a manutenção de um diário de treino e a adaptação deste esquema a mais exercí­cios, para quem tiver mais disponibilidade para treinos mais longos.

Um Comentário

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Livro

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Há uns anos atrás comecei a escrever um livro. Bom, para ser perfeitamente honesto, ao longo dos anos, já comecei a escrever vários, sem nunca acabar nenhum, como convém.
Mas este é diferente, este é o que vou acabar, o que será o primeiro, talvez o único, mas que tem que ser feito, simplesmente porque é mais forte que eu.

Mas custa.

Passaram-se anos em que as primeiras páginas viveram num caderninho preto, uma ideia, um iní­cio e uma imagem de um fim. Faltava o resto. Depois decidi copiar tudo para digital e andar sempre com ele atrás – escrevi bastante mais, mas, í s 25 mil palavras encravei outra vez. Andei ali três mil para a frente, três mil para trás, sem ter a certeza de nada.

O meu final não era suficiente, mais cinco mil palavras e estava lá. Não ficava com um livro, ficava com um conto, mas pior que isso, ficava-me a parecer pouco, que não tinha chegado onde queria. O meu personagem tinha pouco que o redimisse e a situação pouco por onde evoluir.

Mas eu sabia que queria escrever aquela história, mais ou menos assim e aquele cenário, tal e qual estava, só me faltava ceder ao evidente: esta história tem que ser mais sobre mim do que eu queria que fosse. Tenho que parar de tentar basear o personagem em pessoas que conheço e deixá-lo tornar-se um bocadinho mais eu, por muito que isso custe.

Quando percebi isso, rescrevi o layout básico da história quatro vezes numa semana, a última das quais sentado nu no chão da casa de banho depois do duche, a tentar não pingar no iPad, teclando furiosamente no iA Writer (que recomendo, já agora).

Mas foi só quando percebi que a minha vida tinha que se confundir com o que escrevo, quando entendi que se eu não fizer a história minha, não vale a pena escrevê-la, que de repente me apaixonei por ela.

Agora se calhar vai custar um bocadinho mais a escrever, mas mal posso esperar por ver como acaba.

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Um Tumblr

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Sabiam que tenho um Tumblr? Só lá publico os meus mais profundos pensamentos que, curiosamente, me ocorrem sempre em inglês. Estou avariado, mas não faz mal.

É aqui.

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Conversa de irmão

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

O Tiago demonstra o seu novo lançador de Hot Wheels e a Joana está desejosa de experimentar, mas ele, com a sua experiência diz-lhe, com um ar preocupado: “olha, Joana, lamento imenso, mas acho que não tens força para puxar a alavanca”.

(E não tem mesmo)

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O bom português

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Passaram dois anos desde que nos mudámos para a nossa actual morada, depois de muitos meses de obras que transformaram um verdadeiro pardieiro na nossa casa.
No geral, as obras correram muito bem, tendo em conta as histórias de terror que costumam acompanhar a frase “fiz umas obras lá em casa”, mas com o passar do tempo, fomos percebendo quais foram as coisas que ficara menos bem feitas. Até agora, nada de grave, tirando umas infiltrações a que vamos ter que nos resignar por vivermos num último andar.

Hoje, porém, dei com uma daquelas que para mim resume o espí­rito portuga na sua mais pura essência. Mais uma vez, nada de grave, mas valeu para um bom facepalm.

Desde o iní­cio que um foco de halogénio está fundido. Nunca me dei ao trabalho de o substituir, por pura preguiça e porque não fazia assim tanta falta na iluminação daquela zona. Mas hoje, munido de espí­rito natalí­cio, ou algo do género, decidi que estava na altura.

Subi a um banco, tirei o arame e caiu-me a lâmpada nas mãos – por pouco, não foi ao chão. Não estava fundida, estava, apenas, completamente desligada do sistema.

Acontece que, naquele sí­tio, há um barrote de madeira por trás do tecto e o casquilho bate lá, impossibilitando a montagem daquele foco. Claro que a solução seria tapar aquele furo no pladur, fazer outro mais ao lado e montar o foco. Mas o desenrrascanso do electricista foi muito mais genial: empurrou o casquilho para dentro do tecto e montou a lâmpada no encaixe, como se nada fosse.

A isto, esta tão nobre atitude portuguesa chama-se “que sa foda!”. E pronto, olha… Eu ri-me, voltei a por tudo como estava e fui embrulhar prendas de Natal.

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De há uns tempos para cá, comecei a interessar-me cada vez mais por calistenia, exercí­cio feito usando apenas o peso do próprio corpo, sobretudo pela espantosa capacidade demonstrada por vários atletas em ví­deos que facilmente se encontram na net. Andei bastante tempo com a ideia de montar uma barra de elevações cá em casa, até […]

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Conversa de irmão

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O Tiago demonstra o seu novo lançador de Hot Wheels e a Joana está desejosa de experimentar, mas ele, com a sua experiência diz-lhe, com um ar preocupado: “olha, Joana, lamento imenso, mas acho que não tens força para puxar a alavanca”. (E não tem mesmo)

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O bom português

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Passaram dois anos desde que nos mudámos para a nossa actual morada, depois de muitos meses de obras que transformaram um verdadeiro pardieiro na nossa casa. No geral, as obras correram muito bem, tendo em conta as histórias de terror que costumam acompanhar a frase “fiz umas obras lá em casa”, mas com o passar […]

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