Na semana passada decidi fazer um lombo com farinheira, por sugestão da Marta, lá no SAPO e como ficou bom e me pediram a receita, aqui vai.
Os ingredientes que usei foram:
Lombo de porco com 650 g
Uma farinheira
Massa de pimentão
Pimenta preta
Alho
Sal
Louro
Margarina
Whiskey
É muito simples. Basta pegar numa faca estreita e comprida e furar o lombo, longitudinalmente, de um lado ao outro. Depois, tira-se a pele í farinheira e enfia-se no buraco, de um lado ao outro. Eu parti a farinheira ao meio e enfiei cada metade de um dos lados. Fecha-se as pontas do lombo com palitos para a farinheira não sair para fora durante a cozedura.
Aquece-se o forno a 180 graus e deita-se um bocado de massa de pimentão, duas colheres de chá de sal, uma pitada de pimenta preta, duas ou três folhas de louro e três dentes de alho com casca para dentro de um almofariz e esmigalha-se e mistura-se tudo bem.
Na ausência de almofariz, pode deitar-se tudo numa tigela e desfazer com um garfo e misturar bem. Depois barra-se o lombo com a mistura, usando as mãos, tendo o cuidado de que fique tudo coberto de ambos os lados.
Coloca-se o lombo no centro de um tabuleiro de ir ao forno e rega-se com Whiskey, de forma a que o lombo fiquei bem molhado e sobre líquido suficiente para cobrir o fundo do tabuleiro que deve ser pouco maior que o lombo. Finalmente, põe-se margarina em cima da carne e leva-se ao forno durante uma hora a hora e meia, até estar bem dourarinho.
Na ausência de Whiskey ou não querendo gastar líquido tão precioso desta forma, vinho branco também é aceitável, embora o resultado final seja necessariamente diferente.
Hoje fiz uma tarte de maçã, coisa que já tinha feito várias vezes, mas sem nunca ter ficado nada de especial. A que fiz hoje ficou muito boa, tão boa, que decidi partilhar aqui a receita.
Melhor ainda: a tarte pode ser melhorada com canela, ingrediente que me faltava e portanto não entrou. Mas o melhor da tarte foi mesmo que comprei massa já feita, no supermercado, o que rapou horas de trabalho e espera sem que ficasse, por isso, menos boa.
Ingredientes
2 bases de massa quebrada fresca Pingo Doce
6 maçãs
1 limão
120 g de manteiga com sal
3 colheres de sopa de farinha
6 cl de água (3 dedos de um copo)
100 g de açúcar branco
100 g de açúcar mascavado
Preparação
Liga-se o forno para 220 graus. Descascam-se, descaroçam-se e cortam-se as maçãs em fatias muito fininhas. Eu usei um robot de cozinha com acessório para fatiar. Acho que a tarte ficou melhor por as maçãs estarem mesmo muito fininhas.
À medida que se vão cortando as maçãs, vai-se regando com sumo do limão, para não ficarem castanhas.
As bases de massa quebrada do Pingo Doce já vêm com papel vegetal e tudo, portanto é só colocar uma no fundo de uma tarteira com o diâmetro adequado e pressionar contra o rebordo. Caso se use outra massa, convém usar o papel vegetal, para ser fácil removê-la da forma depois de cozinhada.
Deitam-se as maçãs para dentro da tarteira e distribuem-se bem.
Corta-se a outra base de tarte em tiras de 1,5/2 cm e colocam-se umas cinco com uns 2 cm de intervalo entre cada uma, depois, colocam-se as restantes, prependiculares í s primeiras, entrançando uma-sim-uma-não. Basicamente, faz-se uma grelha com tiras de massa, por cima das maçãs.
Agora o molho: Derrete-se a manteiga em lume brando até estar completamente líquida. Junta-se a farinha e mistura-se até formar uma pasta, acrescenta-se então os açúcares, misturando e finalmente a água. Mexe-se bem e deixa-se apurar durante cinco minutos em lume brando.
Deita-se o molho por cima da tarte, muito devagarinho, fazendo especial pontaria aos buracos entre as tiras de massa e deixando que o molho escorra bem para entre as maçãs. Vai-se deitando devagrinho até a tarte estar toda coberta e bastante molho ter sido absorvido para o interior.
Coloca-se no forno durante 15 minutos, após o que se baixa a temperatura para 175 graus e se deixa cozer mais 45 minutos.
Convém ir vigiando o topo da tarte para que não fique demasiado queimado. Eu cobri a minha com alumínio durante cerca de meia-hora e só a destapei nos últimos 10 minutos. Portanto, 20 minutos destapada, 30 minutos tapada e 10 minutos novamente destapada.
O Fernando pediu a receita e como tive que parar um bocadinho para pensar o que fiz, achei que, já agora, punha isto num post.
Aviso já que recorri a um molho de frasco, mas acho que o molho é bem bom e vale a pena. Portanto, aqui fica a receita para fajitas de frango com pico de gallo
Para o frango
1 kg de peito de frango cortado em pedaços pequenos
sal grosso
pimenta preta
uma cebola grande
um pimento vermelho
um frasco de molho para fajitas Old El Paso
óleo vegetal (pode ser azeite, eu usei girassol)
queijo ralado í escolha (usei uma mistura de 3 queijos daquelas para massas)
tortilhas de trigo
Para o pico de gallo
dois tomates médios
uma cebola roxa
uma malagueta vermelha ou verde
um molhinho de coentros
duas limas
sal e pimenta
Fajitas com Pico de Gallo
Aquece-se o óleo vegetal uma frigideira de 28 cm (óleo suficiente para cobrir o fundo) e coloca-se a cebola, cortada em rodelas de forma a que não se sobreponham, salgando todas as rodelas com sal grosso. A temperatura deve ser média-baixa (4 e meio/5 na indução). Deixa-se a cebola amolecer, devagarinho e quando já estiver quase toda transparente, junta-se o pimento vermelho cortado em pedacinhos. Mantém-se a temperatura baixinha e deixa-se cozinhar, mexendo ocasionalmente, uns bons 15 minutos, o pimento vai começar a desfazer-se.
Junta-se o peito de frango e sobe-se a temperatura para média-alta. Deita-se sal e pimenta preta a gosto. Quando o óleo voltar a ganhar temperatura depois de ter levado com o frango frio, deixa-se a coisa ali pouco mais de meio gás (7 na indução) e deixa-se cozinhar o frango muito bem.
Primeiro o frango vai cozer um bocado e depois vai dourar por fora. Quando estiver bem douradinho, tira-se do fogão e adiciona-se o molho, envolvendo-se bem o frango no mesmo. Volta-se a por a meio-gás no fogão e deixa-se cozinhar 10 minutos.
Finalmente, coloca-se uma porção de frango numa tortilha, cobre-se com queijo ralado e leva-se ao microondas 1 minuto e meio para derreter o queijo, junta-se pico de gallo bem geladinho e come-se.
Pico de Gallo
Pico de gallo é a melhor salada do universo e mais além. E é tão fácil de fazer que um gajo até fica a olhar para aquilo e a pensar como é que algo tão básico pode saber tão bem.
Abrem-se os tomates e tiram-se as grainhas, cortando depois tudo em pedacinhos pequeninos. Segue-se a cebola, toda em pedacinhos pequeninos e a malagueta, também em pedacinhos; quem não gostar de picante, pode usar pimento verde, vermelho, laranja, whatever, tem é que ser em pedacinhos pequeninos. Finalmente, os coentros bem picadinhos. Junta-se tudo numa tijela.
Para terminar, o essencial: espremem-se as duas limas e junta-se o sumo. Tempera-se tudo com sal e pimenta, mistura-se bem e refrigera-se, que o pico de gallo quer-se fresquinho.
O contraste entre o quente da fajita e o frio do pico é fenomenal.
Havia duas hipóteses este ano: ou os Nuclear Tacos eram um fracasso, porque quem tinha comido no ano anterior não queria sofrer novamente, ou eram um sucesso por haver quem ainda não tinha experimentado e também por uma grande dose de síndrome de Estocolmo.
Confirmámos a segunda hipótese quando nos alguém veio dizer que a fila percorria mais de metade da Sala Tejo.
Como os nossos tacos são feitos no Codebits e no verdadeiro espírito que caracteriza o evento, a minha receita é, evidentemente, open source, ou creative commons, ou… epá, é já a seguir:
Como já disse anteriormente, este ano, quando o Celso pediu para fazer algo diferente, tentei esgalhar um esquema qualquer de fazer níveis de intensidade, tal como tínhamos encontrado no Texas. Depois de andar í s voltas com a ideia e ter achado que era demasiado complicado, para depois achar que era fácil e finalmente decidir que dava muito trabalho, concluí que era possível. Confusos? Óptimo.
Embora já tivesse ensaiado mentalmente como ia fazer a coisa, foi apenas no próprio dia que me sentei com um bom e velho lápis e papel, a definir as receitas.
Como nós cozinhámos 10 kg de carne, cada frigideira levou 1100 g de cada vez e fez-se um nível por ronda. Ou seja, tínhamos 3,3 kg de carne para cada nível, mas para facilitar, vou dar as receitas para 1 kg de carne apenas.
First and foremost, há duas coisas que não são fáceis de encontrar. Tudo o resto se vende em supermercados. Para reproduzir estas receitas terão então que comprar pó de Bhut Jolokia, que aconselho que encomendem da South Devon Chili Farm e pimentos africanos que se vendem nalguns supermercados étnicos, nomeadamente ali na Almirante Reis. Estes últimos são uma espécie de pimentos vermelhos pequenos (pouco maiores que uma noz), que vêm geralmente com o aviso “muito picante”.
Não são assim tão picantes, mas são bons.
Para todas as receitas vão precisar de cebola e alho picados í mão e é essencial que tenham uma liquidificadora. No primeiro ano usámos uma picadora 1-2-3 e eu nem sabia que a mesma tinha um acessório liquidificador. Como fui eu que montei a cozinha este ano, dei com a coisa e foi o que usámos para obter a consistência ideal dos pimentos.
A preparação consiste então de picar a cebola e o alho com uma faca, de tirar os talos aos pimentos e de os liquefazer na máquina. Ajuda se se adicionar um pouco de água í medida que se vai dando í lâmina, como o Pedro e o Fernando descobriram. É a estes pimentos desfeitos que me refiro quando digo “pasta”, a seguir (ver, por exemplo, esta foto do David).
Vamos ao sumo.
Nível 1
20 g bhut jolokia
70 g de pasta de piri-piri
200 g de pasta de malagueta
20 g de piri-piri em pó
20 g de cominhos moídos
20 g de paprika
1 embalagem de tempero para tacos ‘Old El Paso’
1 lata de tomate em pedaços
Nível 2
30 g de bhut jolokia
70 g de pasta de piri-piri
150 g de pasta de pimento africano
20 g de piri-piri em pó
20 g de cominhos moídos
20 g de paprika
1 embalagem de tempero para tacos ‘Old El Paso’
1 lata de tomate em pedaços
Nível 3
70 g de bhut jolokia
70 g de pasta de piri-piri
150 g de pasta de pimento africano
100 g de pasta de malagueta
30 g de piri-piri em pó
30 g de cominhos moídos
30 g de paprika
30 g de pimenta cayenne moída
1 embalagem de tempero para tacos ‘Old El Paso’
1 lata de tomate em pedaços
Para quem possa ter dúvidas: piri-piri aqui refere-se í queles pimentinhos pequeninos e vermelhos, malagueta refere-se aos mesmos, mas mais crescidos, compridos, finos e geralmente, verdes. E, claro, leva tudo um pouco de sal e é frito em óleo vegetal.
Fiz hoje, pela primeira vez, pimentos recheados e ficou tão bom que decidi partilhar. É muito simples de fazer e ainda por cima, não quebra o meu novo regime alimentar.
Cortar o bacon aos pedacinhos e colocar num frigideira ao lume médio/alto. Picar a malagueta e a cebola com a faca e, quando o bacon estiver a ficar douradinho, juntar í frigideira.
Mexer frequentemente, deixando cozinhar uns minutos até a cebola ficar transparente. Juntar umas boas bisnagadelas de molho BBQ e misturar bem. Deixar cozinhar mais dois minutos.
Cortar o topo dos pimentos e remover as entranhas.
Cortar o mozzarella em rodelas e colocar uma no fundo de cada pimento. Encher os pimentos com o bacon, cebola e malagueta, tapando com mais rodelas de mozzarella.
Dar o que sobrar do mozzarella a uma criança de quatro anos, para comer.
Colocar as tampas nos pimentos e levar ao forno cerca de 20 minutos, até a pele dos pimentos começar a fazer bolhas.
Não pus sal nenhum e não lhe senti falta, mas estejam í vontade.
Comer.
Agradecer ao Pedro.
Os pimentos, acabados de sair do forno
O primeiro pimento esventrado e pronto a ser devorado
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