Five Impossible Years

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

It was in a rainy November night, five years ago, that I stumbled into the street at 4 a.m., dragging my suitcase behind me to start my new job. I had just joined Impossible (at the time, called Kwamecorp), and my first two weeks were to be spent travelling for a project.

It would be the first of 25 trips, a total of 75 flights to and from München, Zürich, Amsterdam, Barcelona, New York, San Francisco, London, Basel, Ponta Delgada, Tokyo, Manchester, Leeds, Detroit, and Los Angeles. Many to San Francisco, and many to Münich, to then drive to the cosy little town of Penzberg, where our biggest client, Roche, has a huge compound.

Today, 33 weeks since the covid-19 pandemic hit us seriously enough to send us packing to work from home, travel seems like a dream. Something that was the staple of our work around the world, has become more and more a remote affair, done through screens, with no need for the humming of A380 engines, or the struggles of navigating the ourskirts of a new city, looking for the local hospital, or lab.

Impossible, however, has barely suffered. In fact, 2020 has been a great year for us, so far. We’re growing our team, and our bottom line, while continuing to push ourselves every day to be a people company.

That is the main reason why working here has been such an enriching experience in my life, professional and otherwise. I felt, going into the company at 42 years old, having had my own company, and 12 years at a large corporation (albeit within a group of rebel scum), that I was pretty experienced in most things work-related. I was happy to discover so many more things that I could learn and appreciate.

In duos with other designers, I helped create new products for very big companies, to the point of having earned a patent, something I never even thought about. I have helped people grow and face different challenges, keeping an eye on every opportunity to put the person ahead of the work, as I believe that it’s people that make things, not companies. It’s people who generate value, have ideas and make money, not companies. Companies are just shells for people to come together and make great things.

Today, I am design director in Lisbon, or, as I prefer, Chief Banana Peeler. I work every day with teams of great, committed people, all of them expressive, emotional, intelligent beings, looking for ways of bettering themselves, and the world around them.

We are all ordinary people. I just believe that, when given the right environment, ordinary people are capable of quite extraordinary things.

And with that, I leave you to one of the highest moments of my career at Impossible. Cheers!

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Agarrem-se bem

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

É isso. Agarrem-se bem, que isto vai piorar.

Há algum tempo que andava para escrever algo deste género, mas não sabia bem por onde começar… tinha a ideia do tí­tulo “O Triunfo da Estupidez”, mas pareceu-me demasiado óbvio e pouco útil.

“Agarrem-se bem”, parece-me ligeiramente mais humilde e talvez sirva como algo que eu possa recordar daqui a uns anos, acompanhado de um “eu bem disse para se agarrerem bem…”

2020 há-de ser um ano recordado pela sua infâmia. Mesmo que 2021 venha a ser muito pior, ou que daqui a 10 anos estejamos debaixo de furacões de fogo, com hí­bridos de tubarão e crocodilo que deitam lasers pelos olhos, no centro… 2020 será sempre o ano em que calhou tanto cocó, que já não há forma de não ser visto, no mí­nimo, como o iní­cio de um mau bocado.

Mas nem tudo nasce aqui. As coisas têm vindo a precipitar-se para o poço da imbecilidade, em aceleração terminal, há uns anos. Podemos, talvez, culpar a Internet. Assim, de uma forma genérica e sem entrar em detalhes de se é este serviço, ou aquela plataforma. Mas a Internet não faz de ninguém estúpido — os estúpidos já andavam aí­; simplesmente, agora têm formas muito mais eficazes de comunicar com outros estúpidos.

Quando estas abéculas comunicam umas com as outras, a sua idiotice cresce, exponencialmente. Começam a ganhar cada vez mais expressão e tornam-se alvos preferenciais de certa retórica polí­tica. Estas pessoas, de ideias básicas, mas inamoví­veis, aproximam-se cada vez mais do poder nas suas várias expressões.

Veja-se, tão simplesmente, a pessoa que neste momento detém o poder sobre o principal arsenal nuclear no planeta: um verdadeiro lerdo. E não há propriamente forma de dar a volta a isto. O homem é um lorpa. Autoritário? Sem dúvida. Amante de ideias totalitárias? Não questiono. Mas, por exemplo, compará-lo com Hitler seria um insulto… para Hitler.

No passado, o mundo pertenceu a pessoas com vontades e, muitas vezes, punhos férreos. Alguns mais civilizados, outros, verdadeiramente maléficos, mas raramente a História nos fala de um burro. Loucos, imensos, idiotas… nem tanto.

Mas cá estamos. Grunhos por todo o lado, com cada vez mais voz, mais insanidade pública e mais adeptos. À volta desta gente, há sempre matilhas de gajos mais espertos, sempre í  espera de colher os restos do caos que vão lançando. E assim vamos balançando, entre a enorme falta de pensameto crí­tico de uns e a perfí­dia de outros.

A civilização Humana está num ní­vel razoavelmente avançado. Os últimos cento e muitos anos trouxeram-nos um salto tecno-cientí­fico que nos permite diariamente fazer coisas que, a cada década, se tornam quase magia para a geração anterior. E no entanto, este desenvolvimento co-existe com um crescimento aparente do número de pessoas que acreditam que a Terra é plana.

Claro que não há nada de errado com ser um bocadinho totó. Mas houve uma altura na nossa História em que decidimos que a razão era mais importante que tudo o resto — não que se tenha eliminado tantas outras coisas importantes para a Humanidade — mas sempre com a noção de que as coisas que nos regem, são para ser estudadas, medidas, comparadas e registadas; sem esquecer que devem ser questionadas, da mesma forma; podendo ser alteradas, caso novos estudos, medições e experiências venham a justificá-lo.

Agora, em 2020, para muitas pessoas, “li no Facebook”, é justificação suficiente, para se acreditar em coisas sem qualquer demonstração, confirmação ou prova. Aliás, mesmo na face da evidência, como o facto de durante décadas e décadas de prática, cirurgiões de todo o mundo não morrerem de horas e horas de trabalho usando máscara cirúrgica, muita gente prefere acreditar num texto cuja origem desconhece, cuja intenção desconhece, cuja informação contraria aquilo que pode ser facilmente observado.

Podem haver muitas justificações para isto, mas custa-me muito a crer que a maior de todas não seja burrice. E enquanto poderia ser aceitável acharmos que estamos a salvo dos burros, o mesmo já não poderemos dizer daqueles que esfregam as mãos de contentes com a facilidade com que os conseguem controlar para os seus próprios fins.

Por isso é que eu digo, agarrem-se bem. Cada vez mais acho que isto vai abanar e vai abanar bastante. Seja por onde for: desestabilização ainda maior do Estados Unidos que, queiramos ou não, tem um poder enorme no resto do mundo; crise climática cada vez mais grave, porque continuamos a ter pessoas que perante o tornado de lava radioactiva continuará a afirmar que nada disso existe e que “isto é normal para a época do ano”; ou extremismo polí­tico por toda a Europa — por todo o mundo — conduzido por uma data de zarolhos em terra de cegos.

Há muitos pontos de ruptura possí­vel para a nossa civilização. E talvez tenha chegado a nossa altura. No fundo, a possibilidade da nossa extinção faz parte do modelo de Enrico Fermi. Quem sabe se não é um dos grandes filtros e não há nada a fazer?

Mas embora o potencial para nos auto-destruirmos possa fazer parte do nosso ADN, sempre me ocorreu que o mesmo viesse a concretizar-se por via da crueldade humana. Afinal, começo a desconfiar que virá pela mão de um imbecil.

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Tech Talks London

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Aquela vez em que estive “meia-hora” í  conversa com o Ví­tor Domingos e o Basí­lio Vieira, sobre tema diversos, no Tech Talks London.

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Another Shit Story

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

This one goes out in English because I wrote it in English and I don’t feel like translating.

So I’m flying out on one of my frequent work trips and my belly is a little “not well”, but let’s say it’s not terrible, so l feel confident and board the plane without visiting the porcelain throne. I take my seat and buckle up and it starts to become clear that things are going to get worse much faster than I had anticipated.

Now we’re taxiing to the runway and I’m already farting quite badly, but even that isn’t reducing the pressure within my bowel, things are about to get very ugly. I think to myself that all I need to do is wait for take off, and when the plane levels off, I’ll run to the toilet.

As we hit the end of the runway and pull up, I’m already in serious pain, I’m sweating and starting to get a bit nauseated from the whole thing. We climb, and for some reason, the climb seems infinite, maybe because I’m about to shit my pants. The whole time, my brain is going a million miles an hour, trying to control my sphincter and calm myself down until I get a chance to get up and go to the bathroom. None of which is working.

I finally give in to reality, I unbuckle, stand up and walk down the inclined aisle, to the back of the craft. I tell the flight assistant, still strapped to her seat, that I need her to unlock the bathroom for me. She says I’m going to have to go back to my seat and wait, the take off is a bit turbulent, and no one should be walking around. I look deep into her soul, through her eyes and she immediately understands. There is something in humans that makes us sympathetic to one another, when we realize one of us is about to explode into a million pieces of faeces.

She quickly unlocks the bathroom, I get in, strip my pants, sit and unload. I let out a sigh of relief, together with a truly astounding mountain of shit. I can barely breathe from the foul stench, I seem to have brought on board. I don’t know what happened in my digestive system, but I sure am glad to be rid of it.

I wipe, stand, and flush.

And this is when my ordeal starts.

The poop. The gigantic pile of badly formed, horribly stinky, and viscous poop isn’t flushing. Now, if you’ve seen airplane toilets, you know it feels like they could flush you out, if you’re not careful, so you can imagine my panic when the muddy substance I had just released didn’t get vacuumed out immediately.

I think to myself that it must be because the lid is open, so I close it and hit the button. Nothing. I open it and my shit is staring me in the face, defiantly. I feel out of options. I can’t just leave it like this, the smell is unbelievable, and everyone will know it was me. This is going to be the most awkward flight of my entire career. I try a couple of times more, cupping water into my hand and throwing it in, to see if I can dissolve anything. It does not work, that thing is like the Mount Doom of turds.

Finally, it becomes clear what I need to do. I do not want to do it, but I must: I need to use my hands.

I take a few paper towels, thank Zeus I didn’t have to do it barehand, I lean in, trying not to breathe, and I push the hell-spawn that is my own defecation down, closer to the hole, hoping to finally eject it.

For good luck, I close the lid. I press the button and after a few seconds of strange noises, I finally hear it, the satisfying “wuooomppff” of an airplane vacuum toilet flush. It takes a few more operations to be completely rid of it all, but I manage.

I compose myself, wash my hands and leave the bathroom trying to pretend I didn’t just spend ten minutes in there fighting the Dark Lord of the Shits, that I myself had created.

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25 de Abril sempre, mesmo

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

O povo unido jamais será vencido.

O povo separado jamais será derrotado.

Todos em casa com um olho no burro… e o outro na facharia que aí anda!

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Five Impossible Years

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It was in a rainy November night, five years ago, that I stumbled into the street at 4 a.m., dragging my suitcase behind me to start my new job. I had just joined Impossible (at the time, called Kwamecorp), and my first two weeks were to be spent travelling for a project. It would be […]

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Agarrem-se bem

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Tech Talks London

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25 de Abril sempre, mesmo

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