Ideias para governar o paí­s #1: educação

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Aviso: seguem-se coisas óbvias, mas que não consigo resistir mais a escrever.

A educação do povo é o investimento mais importante. Não só o ensino académico, mas todo um investimento na evolução da mentalidade, cultura e sofisticação das pessoas, para haver mais conhecimento, mas também mais respeito, mais civismo, mais solidariedade e sentido de nação.

A educação não é um negócio. Não dá lucro. É um investimento. O benefí­cio da educação surge da evolução do povo e do que as pessoas criam nas suas vidas que beneficia directamente o paí­s. A médio e longo prazo.

Reitero que educação não é só escola. Estou sempre a dizer isto.

O ensino é de extrema importância, sim; deve ser de fácil acesso, evolutivo, conduzido por professores profissionais, bem qualificados, mas também motivados, com condições decentes e respeito pela sua profissão. Deve ser também consistente, de forma a que uma criança que comece a estudar em Faro não se sinta particularmente deslocada se for acabar a escola no Porto(1). Os currí­culos devem ser idênticos e muito sinceramente, não me parece que o ensino deva continuar a ser dominado pela industria livreira: os livros devem ser o mais normalizados possí­vel e de preferência durar alguns anos, desde que, claro, não fiquem desactualizados.

Evidentemente, o ensino deve ser gratuito, podendo algumas actividades satélite, como ATLs e outras semelhantes, pagas. Mas o essencial do ensino deve ser gratuito para quem frequenta, já que é pago por todos, no IRS(2).

A outra metade da equação da educação prende-se com a transmissão constante de valores e ideais a toda a população, em idade escolar, ou não. Um forte investimento na cultura, nomeadamente levando eventos culturais, de forma aberta, í s populações (e não finos concertos eruditos para damas de Cascais) e uma aposta em campanhas em diversos meios, com mensagens simples, sucintas e directas.

Uma espécie de propaganda educativa, via mass media, via social media, via todos os media ao dispor do Estado para fazer chegar, repito, pequenas e simples mensagens que invistam num particular aspecto comportamental, cí­vico, social, etc que possa ser lentamente incutido nas pessoas, com o objectivo de promover uma melhoria global da educação das massas.

Simplista? Talvez.

Mas talvez também não tenha que ser muito mais complicado que isto.

(1) Não digo que não seja já, mas é um aspecto de realçar.

(2) Sim, eu sei que o dinheiro não chega, mas esta é só a primeira ideia, faltam outras, como sei lá, pararem de esbanjar guito em submarinos e concentrarem-se no que é importante.

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