Scully

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

No dia 6 de Julho de 1999, ao voltar para casa do trabalho, parei í  entrada do nosso prédio (então, na Rua Eduardo Tavares, em Almada) e através do portão que dava para as traseiras, uma gata com cerca de três meses veio voluntariamente ter comigo e pí´s-se nas patas de trás para lhe conseguisse chegar através das grades e lhe conseguisse pegar para a levar comigo para o terceiro andar.

A nossa loucura do momento era o X-Files e a gata recebeu o nome da personagem da Gillian Anderson: Scully.

Menos de um ano depois da Michelle, a Scully morreu ontem, por volta das 10 e meia da noite, connosco por perto, depois de ter degenerado a uma velocidade que nos surpreendeu a todos. Em menos de dois dias parou de comer, deixou de conseguir andar e nas últimas horas desistimos de lhe tentar dar água í  seringa e simplesmente esperámos.

Esteve confortável e acompanhada até í  sua última inspiração. Vai-nos fazer muita falta.

 

A última foto que tirei da Scully, dia 28

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Uma pequena dica

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Estou a escrever um livro e uso os mais diversos dispositivos: um PC Windows, um Mac, um iPhone e um iPad. Escrevo sempre em ficheiros simples de texto, sem qualquer formatação, nem dependência de aplicações ou formatos proprietários.

Há alguns milhares de palavras atrás, o editor de texto que uso no iOS começou a lerpar com o tamanho do texto. Ainda assim, aconselho vivamente o iA Writer. Não sei se outras aplicações conseguirão lidar melhor com textos tão grandes (e incluir integração com Dropbox), mas não interessa muito, porque resolvi o problema separando o livro em bocados; eu não estou propriamente a escrever com uma estrutura tradiconal de parágrafos, portanto separei a olho.

Recentemente, aprendi a juntar estes bocados todos, no Windows, para obter um ficheiro consolidado de tudo o que escrevi, o que me permite ter uma versão que posso ler de cima abaixo (embora já me leve cerca de quatro horas a ler tudo), e fazer contagem de palavras e etc.

Se por um mero acaso houver por aí­ alguém na mesma situação a quem este comando possa dar jeito, aqui fica. Primeiro, estou a dar nomes aos ficheiros segundo o seguinte esquema: p##.txt, em que “p” é de parte e ## é um número com 0 í  esquerda nas unidades. Tenho outros ficheiros, como px01 e px02, que são partes extra, mas não interessa, porque desde que comecem todos por “p” é fací­limo juntá-los num só.

Basta abrir a linha de comandos e correr: type p*.txt > consolidado.txt

O comando type vai escrever todos os ficheiros começados por “p”, com a extensão .txt para dentro de um novo ficheiro chamado consolidado.txt. Os originais ficam intactos, claro.

Há certamente 300 maneiras de fazer isto num unix, mas como estas coisas são menos comuns para utilizadores de Windows, decidi partilhar, já que é útil.

Caso tenham curiosidade, ultrapassei as 53 mil palavras ainda ontem. Diz que o problema de muitos autores é que escrevem demais, com livros de 150 mil e mais palavras, que depois são rejeitados pelos editores, eu devo ser muito lacónico, porque estou com o objectivo perto das 80 mil e já é muito puxadinho.

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