Ontem, o Tiago explicava-me que um colega dele sofria de um problema: nunca ia deixar de ser queixinhas. O próprio já tinha admitido que seria incapaz de mudar esta atitude, pelo que os outros deveriam estar preparados para lidar com isso.
Interacções sociais complexas de crianças de 5 anos, portanto. Explicava o Tiago que o principal problema era que ainda recentemente, esse outro miúdo lhe tinha feito duas coisas que não se fazem, as quais o Tiago não denunciara, enquanto que o próprio teria apenas insultado o primeiro, ao que foi imediatamente denunciado e devidamente castigado.
Injustiça, claro. Duas malfeitorias versus apenas uma, mas o espírito de queixinhas do outro acabou por revelar-se fatal.
Tentando dar uma boa educação ao meu filho, expliquei-lhe que não interessava que o outro se portasse mal e que isso não devia ser motivo para que ele se portasse igualmente mal. Que devemos agir para nos defendermos, mas não responder a provocações. Essas e outras lições morais.
Decidi então perguntar-lhe o que tinha chamado ao outro menino.
“Ovelha estúpida”, respondeu-me com um ar inocente.
E foi aqui que me parti a rir e terminou a lição de moral. É que, por um insulto tão bom como “ovelha estúpida”, vale a pena ficar de castigo!
Para contribuir activamente para o bom funcionamento das instituições democráticas da nossa República, o Macacos sem galho dedica a seguinte obra dos Police ao nosso Presidente, Cavaco Silva, por forma a apoiar o seu contributo inestimável no caso da Lei dos mandatos autárquicos.
Embora ainda tenha ali uma nota na guitarra que gostava de corrigir, resolvi publicar o Nut Factory Theme no meu SoundCloud para quem quiser ouvir.
Já agora, se ainda não o têm, podem sempre aproveitar para comprar o jogo. E aconselho vivamente a darem um salto ao SoundCloud da Dee para ouvir a música dela.
Há uns dias atrás, no átrio da escola, enquanto esperava pela Dee que vai deixar a Joana, depois de eu já me ter despachado de deixar o Tiago, uma criança que entrava, caiu. Espalhou-se, nada de mais, e a mãe ajudou-o a levantar-se.
Chorou, copiosamente. A mãe tentava confortá-lo e eu, a ver a uns metros de distância, lembrava-me de segunda-feira. Sete e meia da tarde, o treino de kung-fu prestes a começar, na Academia, quando o Tiago caiu. Andou até um plinto, puxou as calças para cima e eu vi o ar do instrutor quando olhou para ele. Estava feito.
O Tiago abriu o sobrolho, com uma pancada violentíssima na bancada de granito da nossa cozinha, ainda com 4 anos. O Tiago partiu o braço esquerdo, ao por-se aos saltos de cima de uma cadeira com rodas, na nossa sala, pouco antes do Natal. O Tiago cortou cerca de 2 cm de pele do seu pé numa grelha do respiradouro da banheira.
E na segunda feira, aquilo para onde o Quim, o instrutor da YMAA estava a olhar, era um corte com cerca de dez centímetros no joelho direito do Tiago. Ao tropeçar num colchão, aterrou de joelho numa placa de ferro usada para prender aparelhos de ginástica e abriu uma horrível ferida que parecia ir até ao osso. Ao que parece não era bem osso e sim gordura, mas era branco e quando vi, percebi que dali só para o hospital.
Chamaram uma ambulância e eu, os meus pais. Ambos vieram prontamente e andei pela primeira vez na vida, aos 39 anos, de ambulância, com o meu filho, já com a perna entrapada a caminho do HGO.
Mas comecei a história com o rapazinho que se estatelou no átrio da escola. É que o Tiago aguentou isto, deitado no chão do ginásio, com a perna garrotada por mim, com a manga de uma camisola, preocupado, sim, com dores, muitas, mas com um grau de auto-controlo absolutamente estupendo para um miúdo de cinco anos.
Berrou, claro. Ao ponto de ficar com a testa cheia de petéquias. Mas não se debateu, não se mexeu e mesmo quando se queixou que queria dobrar a perna, deixou-se ficar quieto quando lhe dissemos que não podia ser.
Os paramédicos é que lhe dobraram a perna, abriram a ferida para ver com o que lidavam, limparam, colocaram uma compressa e ligadura. E o Tiago aguentou.
Na foto acima, a ferida já estava muito inchada e não se consegue já perceber tão bem a profundidade.
No Hospital Garcia de Orta o tratamento foi, mais uma vez, irrepreensível. É a terceira ida com o Tiago ao Hospital, a primeira por uma gastroenterite violenta, a segunda por causa do braço. A cabeça e o pé trataram-se em casa; o joelho, no bonito estado em que estava, tinha mesmo que ser cosido.
Ficou com seis pontos e mais uma história para contar e mais um bocadinho de respeito do pai, que nunca imaginou que uma criança tão pequena aguentasse tanto castigo sem fitas, sem pinotes, sem serem precisas 5 pessoas para o segurar para lhe coser o joelho.
Quatro dias depois, está tudo com bom aspecto e a curar bem.
Ontem, o Tiago explicava-me que um colega dele sofria de um problema: nunca ia deixar de ser queixinhas. O próprio já tinha admitido que seria incapaz de mudar esta atitude, pelo que os outros deveriam estar preparados para lidar com isso. Interacções sociais complexas de crianças de 5 anos, portanto. Explicava o Tiago que o […]
Para contribuir activamente para o bom funcionamento das instituições democráticas da nossa República, o Macacos sem galho dedica a seguinte obra dos Police ao nosso Presidente, Cavaco Silva, por forma a apoiar o seu contributo inestimável no caso da Lei dos mandatos autárquicos.
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Há uns dias atrás, no átrio da escola, enquanto esperava pela Dee que vai deixar a Joana, depois de eu já me ter despachado de deixar o Tiago, uma criança que entrava, caiu. Espalhou-se, nada de mais, e a mãe ajudou-o a levantar-se. Chorou, copiosamente. A mãe tentava confortá-lo e eu, a ver a uns […]