Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Já há muito tempo que, cá em casa, dizemos que o deus dos pequenos incómodos nos odeia.
Seja pelos problemas infindáveis que tive com o Mercedes pouco depois de o comprar, pelas infiltrações de monóxido de carbono do esquentador da casa antiga, pela vez em que o esgoto da nossa banheira infiltrou para a vizinha de baixo, pelo simples facto da vizinha de baixo implicar com o nosso ar condicionado, ou com termos tido, durante um ano, uma família brasileira que fazia barulho todas as noites, a viver no andar de cima.
O carro assaltado poucos dias depois de nos termos mudado a nosso novo e pacato bairro, as infiltrações de água na obra acabada de fazer, o estore do Tiago que partiu na primeira utilização, o estrado da cama sempre a cair, as férias constantemente inquinadas por questiúnculas diversas e claro, o enorme buraco na sala de trabalho da Dee, acabadinho de fazer.
Depois de meses de chuva e tempo imprevisível durante todo o Verão, o bom tempo instalou-se em Setembro e Outubro. Parecia um Verão tardio e eu já desejava o regresso do frio e da chuva, das noites de edredão e de poder dormir perto da minha mulher sem acordar coberto de suor.
Esses dias resolveram chegar todos de uma vez, sob a forma de um temporal, durante o fim de semana. Choveu que se fartou e fez vento forte um pouco por toda parte. Estava tudo bem até por volta das nove da noite, hora em que começou a pingar água na sala de trabalho da Dee.
A água passou de uns pingos para uma cascata em poucos minutos e em menos de duas horas, encheu-se um balde de dez litros.
Como temos um furo no tecto de onde desde o cabo eléctrico para um candeeiro que ainda não montámos, a água encontrou aí ponto de escoamento e lá vinha ela, toda contente, mas a coisa não podia acabar por aí, seria “bom demais”, que a infiltração no telhado fosse mesmo por cima daquele furo.
Não era.
Era mais ao lado e í medida que ia formando poça lá em cima, ia chegando ao buraco e caindo. Mas não demorou muito até começar a infiltrar pelo tecto, no sítio onde estava mesmo a fazer poça.
Por volta da meia noite, já o tecto estava todo rachado e continuava a cair água. Felizmente, depois de estarmos ali a espremer o estuque para escorrer a água acumulada, a coisa acalmou.
Levantei-me por volta das quatro e meia e já não pingava nada.
De manhã, a Dee ligou para o empreiteiro que fez o favor de cá vir. Encontrou três pombos mortos, um í frente, dois nas traseiras, a entupir completamente os algerozes. A caleira das traseiras terá enchido com água, por causa disto e extravasado para a telha, acabando por entrar por baixo desta.
Não estamos 100% convencidos, porque a infiltração era mesmo no meio do tecto e parece-nos que se a água entrou por baixo das telhas na ponta do telhado, então a infiltração devia ser mais próxima da janela.
No entanto, por agora, pouco nos resta fazer senão esperar que volte a chover para vermos o que acontece. É verdade que ele também encontrou algumas telhas partidas, que substituiu e que três pombos mortos nas caleiras não pode ajudar. Mas como já sabemos que somos das vítimas preferidas do deus dos pequenos incómodos, cá esperamos o desenrolar da coisa e entretanto pergunto-me… quando será que se arranjam assim uns 4 ou 5 aninhos sem problemas destes para resolver?
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Isso das infiltrações tem que se lhe diga, nos tínhamos uma racha numa união do telhado da cozinha com o lado da casa, a água ia sair dentro do candeeiro da casa de banho, não ao candeeiro perto da parede, não a água saia mesmo junto do candeeiro da porta quase ao meio da casa.
Mandei limpar o telhado de caruma e os tipos que fizeram o trabalho apoiaram-se na chaminé da cozinha (que é só um tubo), o tubo entortou e fez um furinho minúsculo, em dias de muita chuva caia água dentro do esquentador….
ígua é lixado, parece que por muito que um gajo se proteja e isole, aquela merda arranja sempre maneira de entrar.
Infiltrações?… Somos peritos, graças ao vizinho de cima e a sua banheira de hidromassagem. Sem infiltrações, só em Atacama.