A minha alimentação – Introdução í  Slow Carb Diet

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Já tenho aqui falado muito de alimentação e exercí­cio. São dois temas que acho interessantes há muitos anos, sobretudo porque acho fascinante as diferenças que esses dois elementos podem produzir no corpo humano.

Com a comida  e exercí­cio (ou o seu oposto sedentarismo), podemos ser gordos ou magros, mudando até o aspecto da nossa cara, podemos ser fortes ou fracos, rápidos ou lentos, energéticos ou molengões e até saudáveis ou doentes.

Se com o exercí­cio já tinha feito várias experiências, com atletismo, na escola, com musculação durante os anos da Faculdade, com Artes Marciais, mais tarde e até com programas em ví­deo para fazer em casa, com a nutrição sempre fui preguiçoso.

Até agora.

Depois de fazer o teste de intolerâncias alimentares, A200, decidi passar um mês sem consumir os alimentos desaconselhados, só para ver o que acontecia. Confesso que, em termos de saúde, não notei absolutamente nada. Mas notei que a gordura corporal que tinha, começou a desaparecer de forma óbvia.

Confirmei, em poucas semanas, o que já tinha lido inúmeras vezes em inúmeros sí­tios: exercí­cio é bestial, mas a alimentação é 80% da equação.

Viciei-me nos resultados e nunca mais quis saber da maioria dos alimentos desaconselhados pelo A200, com um excepção que me foi imediatamente evidente, quando vi os resultados da análise: ovos. Porque adoro ovos e não noto nenhum problema particular quando os como.

Estou agora no meu quarto mês de alimentação pós-A200 e entretanto, como já referi, li o “The 4-hour Body”, do Timothy Ferriss, um livro com bastante “bullshit”, mas com um plano alimentar semelhante ao que eu sigo e que acrescenta alguns parâmetros que tenho vindo a adoptar com resultados ainda mais definitivos do que até aqui.

Além de mim próprio, que sou suspeito, porque a maioria dos meus resultados são pré-4HB, conheço mais três homens que vi perderem gordura corporal significativa í  medida que as semanas passavam, seguindo esta alimentação. Conheço mulheres que o estão a fazer, mas não conheço os resultados.

A pedido de diversas famí­lias, vou tentar partilhar, de forma o mais clara possí­vel, como é que eu como. Chama-se Slow Carb Diet, ou a dieta dos hidratos de carbono de absorção lenta. Não tem nada de complicado, nada de esotérico e penso que é razoavelmente saudável. Vou explicar as cinco regras do Tim Ferriss e como eu as interpreto e também em que medida isso se relaciona com a forma como eu já comia. Para mais informações, perguntem-me í  vontade, para o mail, nos comentários, como preferirem ou leiam o livro do Ferriss que tem a sua piada, com o devido sentido crí­tico.

Não me vou por com explicações cientí­ficas nem teorias. Importa só perceber algumas coisas básicas e um disclaimer importante que faço sempre:

  1. Eu não sou especialista. Sou só um gajo interessado que experimenta coisas, lê artigos e livros. Há profissionais destas coisas, aconselho-vos a consultarem-nos.
  2. Um corpo humano gasta energia só para se manter vivo. Um corpo com muito músculo e pouca gordura, gasta mais energia só para estar vivo, do que um com menos músculo e mais gordura. Em suma, o músculo “aumenta o metabolismo-base”.
  3. Tão ou mais importante do que o que se come, é a reacção do corpo í quilo que se come. Quando comemos, não importa só se é bacon, ou pão, ou chocolate, importa a reacção do nosso corpo a esses alimentos. Nomeadamente no que toca í  resposta insulí­nica.
  4. A insulina é uma hormona que ajuda a converter certos nutrientes em gordura e a acumula e há alimentos que levam o corpo a libertar mais insulina que outros.
  5. Tudo o que eu disse acima, excepto 1, são sobre-simplificações (ver 1), por favor leiam sobre os assuntos, perguntem a quem é especialista ou mais conhecedor.

A alimentação:

Regra #1: não comer hidratos de carbono brancos

Hidratos de carbono brancos é um bocadinho vago por um lado e uma sobre-simplificação, por outro.

Esta é a primeira regra e, para mim, a mais importante. O A200 indicou que sou intolerante a trigo sob todas as suas formas e a levedura de pão. Isto limitou a minha alimentação de forma óbvia e creio que foi daqui que veio a maior perda de gordura inicial.

É um bocadinho chocante perceber que pão engorda mais que bacon. Mas foi uma das conclusões que eu tirei sozinho, mesmo antes de me por a ler sobre o assunto.

Olhem para um alimento e pensem: foi feito com farinha de trigo? Se sim, não comam. É surpreendente a quantidade de alimentos que são í  base de farinha de trigo, desde, claro, pão, a todos os bolos, passando por exemplo, por inúmeras “batatas fritas” í  venda no mercado.

Aqui está uma lista clara de coisas a não comer, olhem para os alimentos listados, mas também para coisas que possam ser feitas í  base de qualquer um deles:

  • Pão
  • Arroz
  • Cereais de pequeno almoço
  • Batatas
  • Massa
  • Panados

Sim, isto inclui mesmo as variantes integrais dos alimentos. Em suma: cereais sob qualquer forma e batatas, estão fora.

Regra #2: Comer as mesmas refeições simples repetidamente

O A200 já me tinha levado a este tipo de alimentação: com cortes significativos (lembrem-se, segundo o A200, trigo, lacticí­nios e ovos estavam cortados da minha alimentação), comer tornou-se um exercí­cio em minimalismo: encontrei combinações de alimentos que funcionavam e eram “permitidos” e repetia as refeições.

Acredito que para algumas pessoas isto seja uma chatice. Mas também acredito que para quem comer com grande variedade é um enorme prazer, vai ser sempre difí­cil mudar de alimentação.

Para mim, esta regra é um alí­vio porque quando chega a hora de comer, eu já sei o que vou comer. Quando como fora, já sei onde vou e o que vou pedir (até já sei quanto custa) e quando como em casa, geralmente já tenho a comida feita e embalada, pronta a comer.

Para almoçar, geralmente vario entre estas duas opções (comendo fora):

  • No Meio-Sal do Saldanha Residence: Peru, frango, porco ou vaca grelhados, sem molho, acompanhados de legumes cozidos e feijão guisado.
  • No H3: hamburger grelhado (frequentemente, peço 2), salada com vinagrete ou espinafres salteados

Para jantar, as refeições mais frequentes são:

  • Bife de frango grelhado com feijão guisado, legumes salteados (compro congelados) e algumas tiras de bacon (opcional, só como de vez em quando)
  • Ovos mexidos (1 ovo inteiro e 1 ou 2 claras), com bacon/chouriço/linguiça (ocasionalmente), espinafres salteados e sauerkraut

Para comporem as vossas refeições, usem este guia:

A refeição deve conter proteí­na e vegetais, sendo um deles um legume.

Alguns exemplos de proteí­na:

  • Claras de ovo (um ovo inteiro lá no meio mantém o sabor e limita o colestrol porque o dito está na gema)
  • Frango (sem pele)
  • Peru
  • Vaca (carne magra)
  • Peixe (como não como, não sou especialista; í s vezes como atum)
  • Porco

Alguns exemplos de legumes:

  • Lentilhas
  • Feijão encarnado, preto, branco, etc
  • Grão de bico

Alguns exemplos de outros vegetais:

  • Espinafres (vendem-se em sacos, frescos, já lavados, é só saltear em azeite e alho)
  • Bróculos
  • Couve-flor
  • Espargos
  • Ervilhas
  • Feijão verde

Estas listas não são auto-contidas, o feijão, por exemplo, é um legume rico em proteí­na.

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Regra #3: não beber calorias

Mais uma regra do Ferriss que eu já seguia muito por causa do A200. “Proibido”, que estava de consumir cevada, levedura de cerveja, cola e lacticí­nios, o que basicamente significa, por alto, nada de cerveja, coca-cola e leite. Vinho, posso beber, mas bebo pouco e só em ocasiões em que alguém escolhe o vinho por mim, porque eu não pesco nada da coisa e o Ferriss aconselha um copo de tinto por dia.

Bebo então, essencialmente, duas coisas: água e café (que não tem calorias); a excepção é feita para os batidos de proteí­na, que já explico mais í  frente.

Esta regra é muito fácil de seguir: se levarem um lí­quido í  boca e não for água ou uma emulsão/infusão em água sem açúcar, estão a quebrá-la.

Regra #4: não comer fruta

A grande polémica. Eta é uma boa altura para lembrar que ninguém é obrigado a seguir isto e que a maioria das discussões que tenho com pessoas que me perguntam sobre a minha dieta tem a ver com isto. Não porque seja graví­ssimo, mas porque parece que querem encontrar uma falha no sistema e esta é a falha ideal.

Fruta é saudável, está carregada de vitaminas e coisas boas, mas também, açúcar, sob a forma de fructose. Claro que esta regra, conjugada com a anterior, leva facilmente a “nada de sumos”.

Regra #5: encher o bandulho uma vez por semana

A redentora.

No sétimo dia da semana (que pode ser qualquer dia, desde que os seis anteriores tenham cumprido as quatro primeiras regras), come-se tudo. O Ferriss aconselha a que se vá fazendo uma lista durante a semana, sempre que apetece qualquer coisa e depois, no final, come-se tudo o que está na lista.

Sem restrições: fruta, doces, pão, pizza, massas, álcool, refrigerantes, cereais, bolos, natas, quejios, batatas fritas, etc, etc, etc.

Nunca me tinha passado pela cabeça fazer tal coisa, até porque, mais uma vez, comecei este tipo de alimentação por limitação e não é suposto eu comer uma série de coisas. A verdade é que desde Agosto que tenho, religiosamente, feito o meu binge day aos sábados e não tenho enormes repercussões – quanto muito, uma diarreiazita no domingo, mas nada que um Imodium não resolva em três tempos.

Assim, este sábado, por exemplo, comecei com ovos mexidos com feijão, comi depois dois doughnuts, um pacote de bombons, meio pacote de cajus fritos com sal, meia pizza familiar, dois copos de Coca-cola, duas imperiais, uma bifana no pão, meio pacote de Lay’s Gourmet e uma mão-cheia de Doritos.

Não foi impressionante, podia ter comido muito mais. Mas foi o que me apeteceu e comi, sem restrição e sem consequências. Ganhei 900 g de um dia para o outro, mas já sei que amanhã ou depois, já foram í  vida.

É importante, ao começar esta alimentação, não começar num binge day, mas sim, seis dias antes, para ter o primeiro binge day, depois de algum esforço de adaptação. Assim, sabe mais a prémio.

Mais alguns conselhos

1. Beber muita água

Este tipo de alimentação é diurético por qualquer razão que me escapa. Beber muita água é benéfico seja porque razão for, mas mais ainda passarem o tempo todo a deitar fora a que bebem. Dois a quatro litros por dia seria ideal, mas eu tenho muita dificuldade em lembrar-me de beber tanta água.

2. Comer pequeno almoço rico em proteí­na na primeira hora após sair da cama, preferencialmente, na primeira meia-hora.

O meu pequeno almoço:

  • 1 ovo inteiro
  • 1 a 3 claras
  • o mí­nimo indispensável de margarina para cozinhar os ovos mexidos
  • feijão guisado (receita a seguir) ou refried beans
  • 6 tiras de bacon (opcional, só como de vez em quando)

Nos dias em que não tenho tempo, bebo um batido de 200 ml de água com 30 g de proteí­na em pó, da Optimum Nutrition: Gold Standard 100% Whey. Foi-me recomendada e eu recomendo também: sabe bem, bebe-se muito bem só com água e dilui-se nesta apenas agitando um shaker durante 30 segundos.

Feijão guisado:

  • duas latas de feijão encarnado, escorrido e lavado
  • azeite
  • quatro dentes de alho
  • meia cebola picada (grande)
  • um pimento vermelho ou laranja
  • quatro folhas de louro
  • sal
  • pimenta preta
  • paprika
Basta fazer um refogado com o azeite, a cebola e o alho picado ou esmagado, juntar o pimento cortado aos pedacinhos, deixar amolecer um pouco, juntar o feijão, uma colher de sopa de paprika, uma de chá de pimenta preta e sal a gosto, adicionar um copo de água e deixar cozer 10 a 15 minutos.
Depois, de manhã, quando os ovos mexidos já estão meio sólidos, junto umas colheres de feijão na frigideira para aquecer junto com os ovos.

3. Comer mais í s refeições

Se têm fome entre refeições, é possí­vel que estejam a comer pouco. Eu sei que estou a comer pouco ao almoço, excepto quando como dois hamburgers no H3. Tenho noção que comeria o dobro, sem problemas. Para colmatar este problema, geralmente lancho uma ou duas barras de proteí­na da XCore, que me ficam a 99 cêntimos cada uma e compro í s caixas de 12.

Lancharia outra coisa, tivesse tempo, mas como não tenho, assim safo-me.

4. Simplificar e não remar contra a maré

Fazer isto contrariado é inútil, vão desistir.

Insistir numa parte qualquer que simplesmente vos deixa desconfortáveis é completamente contraproducente. Concentrem-se nas partes que conseguem cumprir e ignorem o resto. Se adoram fruta, comam fruta, se não passam sem determinada bebida, consumam-na. Paciência. Concentrem-se no resto.

Na minha experiência, os resultados são viciantes e acontecem três coisas:

Primeiro, as comidas “proibidas”, começam a perder o interesse. Eu comia uma torrada ou duas, todos os dias, sem falha. Hoje em dia, o pão não me seduz. Não tenho saudades de pão, nem me sinto limitado por não o comer; não choro pelos cantos por uma bolinha com manteiga. Perdi o interesse.

Segundo, o narcisismo instala-se e passa a ser muito mais agradável ver os abdominais no espelho quando se sai do banho do que uma travessa de palmiers ou um molho de natas. Felizmente, nunca fui gordo, peso agora 63 kg e o máximo que pesei foram 74 e imagino que seja difí­cil manter uma alimentação deste género, quando os resultados são apenas passar de gordo para menos gordo, mas pelo que tenho visto, quando se percebe o quão simples isto é e quão rapidamente resulta, o ví­cio é o mesmo.

Terceiro, comer torna-se simples e absolutamente sem stress; a simplificação é um descanso, a lista de compras reduz-se drasticamente, o tempo passado na cozinha, também e as indecisões nos restaurantes, também. E mais, a certa altura – em que me encontro – quando apetece um pastel de nata, come-se um pastel de nata, bebe-se uma imperial, pede-se o tal molho de natas. O impacto é praticamente zero, o corpo está transformado numa máquina de processar comida.

Se estão í  espera de mais, não há mais.

Em termos de adaptação, para mim, funcionou assim:

  • No iní­cio de Junho recebi o resultado do A200 e mudei a maioria da minha alimentação
  • Cerca de 15 dias depois estava a desesperar com a dieta, mas insisti
  • No fim de Julho, estava lançado no programa de exercí­cio “Rushfit” e a correr 6km duas vezes por semana e perfeitamente adaptado í  dieta ditada pelo A200, já com resultados notórios
  • A meio de Agosto comprei e li o “The 4-Hour Body” e ajustei a minha dieta para ficar mais parecida com a sugerida pelo livro
Neste momento, sinto-me perfeitamente ajustado  e confortável com esta slow carb diet e não vejo grande necessidade de mudar nada; não sigo o programa a 100%, mas ando lá perto e pretendo manter-me assim. No entanto, algo que também me deixa descansado é saber que na vida, poucas coisas são constantes (tirando a morte e os impostos, não é?), pelo que se alguma vez parar com isto e engordar 20 kg, não ficarei surpreendido por aí­ além.

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68 comentários a “A minha alimentação – Introdução í  Slow Carb Diet”

  1. Pedro Fonseca says:

    Olá Pedro,

    Estou a seguir uma dieta quase parecida com essa e sei muito bem a reacção do pessoal quando dizes que não comes fruta, olham-te como se fosses um criminoso. Tenho a mesma dificuldade que tu, beber 2l de água é um pouco complicado de fazer mas tenta-se.

    O desporto já vou nos 5.7km na corrida, mais de 200 abs e 30 flexões (aqui não está fácil) tudo 3 vezes por semana. Os resultados ainda não se mostram porque tive lesionado por duas semanas e só amanha é que vai ser o primeiro dia de dieta e desporto ao mesmo tempo mas posso garantir que apenas com dieta já perdi 3kg em quase duas semanas.

    O meu objectivo é chegar aos 74kg e conseguir fazer 6km em meia hora para avançar para os 12km numa hora, até agora estou a gostar do desempenho fí­sico e com as melhorias a cada semana, afinal tudo se faz desde que se tenha espí­rito de sacrifí­cio.

    Boa sorte com o teu plano, que consigas os resultados que pretendes.

  2. Dinis Correia says:

    Óptima leitura.

    Como já li algures sobre os 80% alimentação / 20% exercí­cio: “you can’t exercise your way out of a bad diet.”

    Quanto í  fruta (que continuo a comer, mas com bastante moderação) a melhor resposta é que não há nada que obtenhas com a fruta que não obtenhas com vegetais (excepto, claro, o açúcar). Curiosamente, li há uns dias um resumo de um estudo que apontava como problemático para a perda de gordura (e como factor que contribui para a abrandamento do metabolismo) especificamente a fructose, e não os outros açúcares da fruta (infelizmente não encontro o link).

    Vinagrete do H3: não sei se terá alguma farinha, mas tem, pelo menos, glúten (confirmaram-me por email quando perguntava quais os molhos que tinham glúten).

    Para os ovos mexidos estarias melhor sem a margarina. Manteiga (de qualidade) é bem melhor do que margarina ou qualquer óleo vegetal. Se não toleras mesmo lacticí­nios, óleo de coco também é uma óptima gordura para cozinhar (e não, a comida não fica a saber a pií±a colada :)

  3. Tenho acompanhado os teus posts sobre alimentação e exercí­cio (como, de resto, todos os outros, isto foi só uma introdução para me revelar uma leitora atenta e interessada :)

    A minha grande dúvida é…… como é que compatibilizas esta nova metodologia alimentar com a alimentação da miudagem?

    É que a minha dificuldade, lá em casa, quando temto fazer alguma alteração, são os putos. Não há um livrinho desses, mas com dicas para nutrição infantil? :)

    • Não é complicado, porque não existe qualquer compatibilidade alimentar nesta casa. A dada altura que nos encontres aos quatro sentados í  mesa, coisa rara, está toda a gente a comer uma coisa diferente.

      Faço, primordialmente, comida para o Tiago, a Joana ainda tem as suas dificuldades com alguma dela, embora já vá comendo muitas vezes a mesma coisa, eu como o meu frango com legumes que ninguém mais tolera (já tentei, os putos deixam-me o frango todo, é seco demais para eles), e a Dee, com o seu fantástico novo aparelho nos dentes tem que comer sopinhas e coisas macias.

      Portanto a minha resposta é: não compatibilizo. Eles comem a deles, eu como a minha. E com uma dieta deste género, não me parece que consigas que seja de outra forma, a menos que descubras pratos que eles gostem e que sejam feitos daquelas listinhas que eu postei; por exemplo, eu, quando era miúdo, gostava muito de atum com feijão frade e ovos cozidos, que a minha mãe fazia e aí­ tens um bom prato que encaixa na dieta e os putos podem gostar, com uma saladinha, marcha bem.

      Bifes de peru grelhados com grão í  indiana e tomate?

      Hamburger de vaca com feijão preto e mistura de legumes cozidos?

      Estou a dar ideias a mim próprio :D

  4. Tiago Santos says:

    Olá Pedro.

    A primeira regra deve-se a seres intolerante ao trigo ou há mais alguma razão?

    Discordo da última regra. Penso que se comesses tudo o que te apetece diluí­do na semana seria menos prejudicial. Fazendo uma analogia: é mais prejudicial apanhares uma grande bebedeira ao fim de semana do que beberes um pouco todos os dias.

    De resto acho que está muito bom. Digo eu que não sou especialista. :)

    • Para mim, sim, mas o facto que faz com que resulte é que os hidratos de carbono ditos “brancos”, como pão e outros alimentos í  base de cereais refinados são de absorção rápida. São digeridos muito depressa e transformados em açúcares que, não sendo usados (a maioria de nós não faz uma corridinha depois de comer uma bela sandocha), são acumulados como gordura.

      Ou, sumarizando de forma muito clara: pão engorda. O mesmo é válido para massas, arroz, batatas, cereais de pequeno almoço, etc, etc, etc.

      Quanto a discordar da última regra: comer o que nos apetece um bocadinho todos os dias, bom… é o que as pessoas normalmente fazem e os resultados são pouco animadores.

      Quando se entra numa dieta restritiva, começa a perder-se peso, mas a certa altura, o corpo ressente-se e entra em modo de poupança, ou seja, quanto menos se come, mais o metabolismo desacelera até chegar ao ponto de queimar o mí­nimo indispensável e acumular tudo o resto que comemos. Por isso é que a maioria das pessoas que faz dietas que limitam calorias reparam que perdem muito peso no iní­cio e depois perdem cada vez menos até estagnarem completamente.

      Uma comezaina por semana mantém o corpo “confiante” e sem necessidade de entrar neste modo de poupança, porque sabe que, semanalmente, vem mais comida, mais variedade. Por outro lado, o facto psicológico também é importante, para quem come por prazer: é muito duro, para uma pessoa que gosta de comer, convencer-se de que tem que cortar com as coisas que gosta para sempre; assim, não é para sempre, é apenas por seis dias por semana.

      • Tiago Santos says:

        Eu geralmente vou de bicicleta para o trabalho.

        Mas há cereais e cereais. Há uns que são autênticos fast-food.

        Se calhar não me expliquei bem. Eu queria dizer que se comesses o que comes ao sábado dividido pelos outros dias tinhas uma alimentação menos restritiva e não te faria tão mal.

        Não sou apologista de dietas restritivas mas antes de hábitos saudáveis. :)

        • Mas estás a assumir que me faz mal comer o que me apetece ao sábado. Explica lá porquê.

          • Tiago Santos says:

            Primeiro porque a maioria dos produtos que indicaste são fast-food (não é só o MCDonalds que vende fast-food, nós consumimos muita fast-food em casa). E depois porque dizes que ao domingo têm uma diarreiazita. O que deve ser o teu organismo a reagir ao que comeste.

            • O que eu disse foi que “de vez em quando” tenho uma diarreia e geralmente é por ter comido lacticí­nios (queijo, sobretudo), que sempre me causaram problemas digestivos.

              Os produtos que eu indiquei são meros exemplos, mas isto ainda não explica porque é que espalhá-los pela semana é menos mau do que comê-los todos no mesmo dia.

              • Tiago Santos says:

                Ah ok. Eu não tenho esse problema com os laticí­nios. Mas não bebo regularmente leite.

                Bem eu estou a deduzir que num dia comes tudo o que é “mau” para a saúde. Eu acho que é mau porque estás a intoxicar o organismo, enquanto que se for repartido o organismo tem menos dificuldade em digerir e eliminar o que é menos mau.

                Se beberes muito vinho num dia no dia a seguir estás de ressaca. Se beberes 1 copo por dia não.

                • Tiago, estás a confundir algumas coisas. O álcool é tóxico, uma pizza, não. Não podes falar em “intoxicar o organismo”, se tudo o que estou a fazer é comer alimentos que toda a gente come quando bem entende.

                  Além disso, a ressaca não tem a ver com a toxicidade do álcool, mas sim com a desidratação que este provoca. Se beberes uma boa quantidade de água enquanto te embebedas, no dia seguinte não terás ressaca.

  5. asturmas says:

    Fantástico post mas eu fiquei chocado com a questão da fruta… e também não me parece que a substitua pelo feijão…
    Quanto í  questão do alimento perde o interesse, confirmo a uns meses era maluco por batatas fritas (não de pacote) e agora praticamente que não toco nelas…

    • Acho que não vale a pena ficar chocado com nada disto. Não é radical, é simples e é fácil encontrar dados que o sustentem. Nós é que crescemos com aquelas frases: “come a fruta que te faz bem!”, “come a sopa que é saudável!”, “come a cenoura que faz os olhos bonitos!”. Se alguém nos diz para não comermos fruta porque tem muito açúcar, ficamos confusos.

      • Tiago Santos says:

        Mas Pedro o açúcar faz parte da nossa alimentação. Eu como fruta ao pequeno almoço, meio da manhã, í  tarde e í s vezes í  noite.

        Normalmente quem me diz que a fruta engorda porque tem açúcar depois come bolos de pastelaria…

        A gordura não engorda mais do que o açúcar? Ou sou eu que gosto muito de doces e desculpo-me com isso. :)

        • Tiago, eu não sou evangelista de nada. Como eu insisto em dizer no post, cada um come como quer, eu escrevi este texto porque muita gente me pediu para o escrever.

          Discutir as regras não leva a lado nenhum, ou se quer cumprir ou não e está tudo bem das duas maneiras. Agora, quem estava curioso sobre como emagreci tanto em tão pouco tempo, tem aqui a resposta.

          E o facto das pessoas comerem bolos de pastelaria não remove o açúcar da fruta :)

      • asturmas says:

        Mas o nosso organismo não necessita de açucar? E a fruta deve ser a melhor fonte pois é açucar “natural”…

        • Bom, açúcar é uma palavra muito genérica que engloba muita coisa. Desse ponto de vista, é absolutamente essencial í  vida, pois é a “gasolina” do organismo.

          Dito isto, o nosso corpo é exí­mio em transformar coisas em açúcar para usar como energia, pelo que não é necessário dar-lhe fontes “directas” de açúcar. Mas pronto, um nutricionista é que pode explicar estas coisas como deve ser.

          Eu já sabia que a parte da fruta ia dar confusão…

        • Dinis Correia says:

          Necessita mas, tecnicamente, consegue sintetizar a glucose necessária a partir de proteí­na (o que o corpo usa é glucose, que se obtém do açúcar propriamente dito, mas também de todos os outros hidratos de carbono – por isso não se pode dizer que necessite de *açúcar*).

          A maior parte das células do corpo consegue usar como “combustí­vel” tanto gordura como glucose (algumas células do cérebro e rins, os glóbulos vermelhos e outras é que precisam exclusivamente de glucose).

          Em relação a micronutrientes, não há nada na fruta que não se obtenha nos vegetais (sem a agravante do açúcar :).

  6. catarina says:

    Já há í  venda uma espécie de galheteiro em spray, a minha mãe tem, por isso não deve ser difí­cil de encontrar (e é mesmo para azeite, não é para laca ;-).
    Relativamente í  alimentação e exercí­cio fisico, acabam por se tornar um óptimo ví­cio. É mentalmente substituirmos a vontade de comer um gelado por beber um litro da água ou dar uma corrida ao fim da rua. E nada melhor do que termos objectivos. Eu, depois de já ter perdido 7 quilos, numa mais olhei da mesma maneira para uma montra de pastelaria.

  7. Maria says:

    Obrigada pelo post (inspirador, ouso dizer!!!)
    Posso fazer mais uma pergunta? E exercí­cio? Do que sabes sobre o assunto, parece-te fazer diferença faze-lo de manhã/tarde ou noite? Já li tantas opiniões sobre o assunto, claro que em ultimo caso devemos faze-lo quando encaixa melhor na nossa rotina diária, mas achas que há perí­odos mais eficazes ( a ní­vel de metabolismo / eficácia…)

    Desculpa ser tão chata :)

  8. Marta says:

    Só vou meter um pouco de confusão…. hum… legumes e leguminosas não são a mesma coisa, certo? Portanto, tens os legumes: abóbora, alho, batata doce, beringela, cebola, cenoura, couve-flor, pepino, brócolos, etc… E leguminosas: milho, ervilhas, feijões, soja, lentilhas, grão, etc… Ou estou enganada?

    • As leguminosas são as que crescem em vagem: ervilha, feijão, tremoço, grão. Agora, sei que, pelo menos em Portugal, chamamos legumes a muitas outras coisas, couves, cenouras, bróculos, etc, mas creio que é mais uma denominação popular do que botânica.

      O que me parece é que os legumes são simplesmente os frutos das plantas leguminosas e o resto são vegetais diversos com outras denominações.

      Não sei… há algum botânico por aí­? :-)

  9. Tiago Santos says:

    Pedro, que sabor do batido é que recomendas? Não tomas regularmente?

  10. bodhi says:

    Onde compras a Sauerkraut?

      • bodhi says:

        Nunca vi lá a venda, tenho que procurar, está na zona dos enlatados correcto?

        BTW, obrigado pelo post, serviu de motivação para tentar mudar, dizem que tentar não custa, vamos ver…

        Uma pergunta, é possí­vel perder gordura localizada mais rapidamente ou quando emagrecemos é de forma geral? (a minha barriga aborrece-me imenso!)

        • Não, não se perde gordura de forma localizada. A maneira como cada corpo acumula ou perde gordura e músculo varia de pessoa para pessoa.

          De forma geral, os homens acumulam na barriga e costas (“love handles”), as mulheres, no rabo e coxas. Mas isto não é absoluto, há homens com rabos gordos e mulheres com grandes barrigas, varia.

          Uma alimentação adequada e algum exercí­cio fí­sico devem produzir uma alteração da composição do corpo, isto é: aumento de massa muscular e redução de massa gorda, simultaneamente e não apenas perca de massa gorda.

          De notar que “aumento de massa muscular”, não significa de forma alguma “ficar a parecer um body builder”. Os body builders têm *muito* trabalho e muitos deles tomam muitos suplementos e até drogas para ficarem como são.

          Obrigado pelos comentários, espero ter ajudado.

  11. Rute Pinto says:

    Olá!
    Tenho seguido com atenção o que vais escrevendo por aqui..
    Como falaste que tens dificuldade em beber água, não podes substituir a água por gelatina? que pelo que sei tem 80% de água na sua composição?…
    E continua o bom trabalho! Raros são aqueles que não desistem quando alteram habitos alimentares..:)

  12. Steve says:

    Thermogenics also plays a role in metabolism as well. The temperature of whatever you’re drinking or eating, ice cold water or spicy hot foods, all impact your metabolism. Your body has to work harder in order to utilize it.

    Steve
    My site: does creatine help?

  13. Emanuel Fonseca says:

    Parabéns pelo blog.
    Gostei do post, me parece um pouco com a dieta Atkins, que estou fazendo e obtendo bons resultados, agora preciso fazer exercí­cios pois a redução de peso diminuiu. O maior problema meu é encontrar tempo para exercitar. Penso em fazer logo pela manhã, ao acordar. Você come alguma coisa antes de treinar quando acorda?
    Abraços.

    • Viva.

      Já treinei sem comer, de manhã. Directo da cama para um treino simples, em casa. Coisas como Convict Conditioning, HITT, BodyRock, funcionam muito bem em casa. E treinar de estí´mago vazio pode ser uma opção para queimar mais gordura – mas custa.

      Ultimamente só treino de noite, antes de ir dormir. Treino, bebo um batido de proteí­na e vou para a cama.

  14. Cássio says:

    Olá, navegando na net, cheguei ao seu site e achei muito interessante o seu relato. Sou brasileiro, e essa dieta é antiga, é a chamada DIETA METABÓLICA, do Dr. Mauro Pasquale…vc encontra na net referências í  ela e ao livro dele. Estou fazendo a dieta e é exatamente como vc diz, já fui viciado em trigo, hoje não sinto absolutamente nenhuma falta.
    Abraços

  15. Marco says:

    Curtia entrar numa dieta destas, regime, mas o meu corpo tem repulsa por leguminosas. Desde muito pequeno que se comer qq leguminosa, passado uns minutos estou na casa de banho a chamar o Gregório. Já tentei comer em adulto, lembro – me de ser pequeno e a minha mãe tentar por todos os meios, e nada.

  16. António says:

    Também comecei esta dieta há poucos meses e já lá vão 12 kgs. Entretanto, estes resultados fizeram – me querer saber mais sobre alimentação e li dois excelentes livros que aconselho e que desmontam tudo o que nos vêm a ser dito sobre o que devemos comer: “Why we get fat” e “Wheat Belly”. Daqui cheguei í  dieta Paleolitica que, basicamente, se enquadra no que o Tim Ferriss diz, mas que tem uma visão mais holí­stica da nutrição. Desde que como desta forma que, além da perda de peso, sinto melhorias a vários ní­veis, desde maiores ní­veis de energia a ter passado o primeiro Inverno que me lembro sem uma amigdalite ou constipação, ou ter deixado de tomar a medicação diária que tomava para uma hérnia no estí´mago, ou ter curado o acne nas costas que tinha desde a puberdade. Pesquisa.
    E não comas a margarina. Come a manteiga í  vontade ;-)

    • Sem dúvida. Desde que escrevi este post (já lá vai algum tempo), passei para manteiga e óleo de cí´co. Quanto í  dieta paleo, ainda andei a experimentar, mas não gostei, prefiro continuar a comer legumes e não tenho particular interesse em comer órgãos, porque, sinceramente, não gosto. Mas as duas dietas tocam-se em vários pontos.

      • António says:

        Se te referes í s leguminosas, estão numa área cinzenta da dieta. Há autores que as reprimem e outros que as defendem. Cabe a cada um testar o que funciona melhor para si. Eu como-as.
        Os órgãos também não gosto e não são “obrigatórios”.
        De grosso modo, a paleo resume-se a evitar os grãos, o açúcar e os alimentos processados. E, principalmente í  desmistificação de algumas “verdades” que nos vão impingindo (colesterol, gorduras saturadas, etc).
        E vejo agora, que deve ter sido graças a este post que tive contacto com o 4HB! Obrigado

  17. Bruno says:

    Pedro,
    Estou há algum tempo para iniciar uma dieta slow carb e este post é realmente muito interessante.
    Os meus maiores problema, além de uma vida sedentária (não gosto de exercí­cio fí­sico), é comer ao jantar mais do que devia e — porque fico acordado até tarde — ter alguma tendência para cear umas bolachas ou uma sandes.
    Preciso de encontrar algumas estratégias para saciar o meu apetite e comer entre as refeições, alimentos cujo valor calórico não prejudique a perde de peso. Preciso indiscutivelmente de perder 10 ou 15 kg.

    Além das barras de proteinas comes mais alguma coisa como snack?
    Obrigado.

    Abraço!

    • Bruno, esta dieta é óptima para perder esse peso, sem grande stress. É necessária alguma adaptação, sem dúvida e os snacks são o ponto fraco. O Tim Ferriss o que diz é que se estás com muita vontade de comer snacks é porque tens que comer mais í s refeições. Mais legumes, mais vegetais. E acho que ele tem razão, porque um gajo ainda come um bocado de brócolos ou uns espinafres salteados, mas encher a barriga daquilo custa sempre um bocadinho.

      Como snacks, tento optar por frutos secos, como caju ou amendoins. O problema com esses é que são estupidamente calóricos, portanto também não convém abusar. Outra opção que não é de descurar é a correcta hidratação. Muitas vezes não bebemos água suficiente e um copo de água quando se está com vontade de mascar qualquer coisa, ajuda a matar essa sensação.

      • Bruno says:

        Pois, lembro-me dessa observação do Ferriss no 4HB, se tens muita fome entre as refeições é porque não comeste os legumes suficientes. Nem sempre é fácil, porque: 1) mesmo quando gostas de legumes muitas vezes as refeições são em restaurantes ondes as doses não são as mais generosas em vegetais; 2) é suposto num regime alimentar equilibrado comer em intervalos de 2.30h e é ai que uma boa estratégias de snacks faz a diferença. Reparei que quer no livro, quer nos vários “case studies” no site de promoção do livro essa parte está mal resolvida. Frutos secos são excelentes e saudáveis mas, como dizes, extremamente calóricos. Encomendei duas caixas de barras para experimentar… e uns iogurtes magros e gelatinas. Vamos ver é se os feijões não me agravam o sindrome de cólon irritável (com SCI não posso abusar de bróculos e couve flor). Obrigado pelas dicas ;)

        • O Ferriss defende 4 horas entre refeições, mas concordo que a parte dos snacks está muito mal resolvida e ele limita-se a dizer: ah e tal, come mais í s refeições. Mas como tu dizes, nem sempre é fácil, sobretudo para quem come fora de casa. A solução de levar comida para o trabalho é quase ideal, mas implica horas a cozinhar ao fim de semana e andar com um saquinho todos os dias, além de que corta na saí­da para almoçar com os colegas que é um momento do dia importante para manter as coisas interessantes.

  18. Elder says:

    Olá!

    Estou seguindo estas dicas há duas semanas. Comecei tudo com a dieta de Atkins, que é muito restritiva… Mas sentia muita tontura… Aí­ conheci as discas de Tim Ferris.

    Tinha 106kg e hoje, 16 dias depois já peso 101kg.

    Diferentemente de tantas outras dietas que já fiz, não me sinto fraco, durmo melhor e tenho mais energia durante o dia. Além disso, percebi que a maior perda de gordura foi abdominal.

  19. Carlos says:

    Uma questão que me preocupa sempre com estas dietas é a quantidade correcta de proteí­nas que se deve ingerir diariamente.
    A OMS recomenda que um adulto consuma por dia cerca de ~0.8g por cada kg de massa corporal.
    O consumo exagerado de proteí­nas é tido como uma das principais causas de insuficiência renal no nosso paí­s.
    Nesta dieta tens em consideração a quantidade de proteí­nas que estás a ingerir?

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