Tiálogos – Quatro

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Antes de mais nada, filho, acabou-se a numeração romana nos Tiálogos que o teu pai já não sabe como é que há-de andar í  cata do último post para saber que número deve ter o seguinte.

Tens quatro anos.

No dia antes de fazeres quatro anos tivemos esta conversa:

– Olha, pai, sabes que dia é hoje?

– Não filho, que dia é?

– Hoje não vou fazer birras, nem fitas, porque já sou crescido!

– Ah é? Que bom, filho, fico contente!

– Pois! Comi uma carne e umas batatas hoje e depois já fiquei crescido!

Quando eu era pequeno, não havia internet, não haviam computadores pessoais; hoje, os teus avós ofereceram-te um iPod Touch de última geração e tu estiveste a ver ví­deos no YouTube, ao lanche.

Aos quatro anos estás muito alto e magro, activo e imaginativo, capaz de contar até 10 na perfeição, até 20 com um ou outro “dezadois” lá no meio e a começar a aprender o alfabeto e a identificar letras, mesmo quando têm formas diferentes do habitual (mais um passo e estás a discutir os méritos do Baskerville itálico).

Os teus brinquedos favoritos são os Bakugan, pequenos bonecos magnéticos que se fecham sobre si mesmo e se abrem, em poses de batalha, quando colocados sobre uma superfí­cie metálica. E, claro, os jogos; na PlayStation 3 ainda vais preferindo ver-me jogar PixelJunk Shooter 2 ou Plants vs. Zombies, mas no iPod, sobretudo agora que tens um, já és tu que jogas Cut the Rope, Angry Birds, Smurf’s Village ou Battleship.

Estás também doido pelo Spider-man. Foi carnaval, recentemente, coisa a que nunca tinhas ligado antes, mas desta vez mascaraste-te de Spider-man na sexta-feira de manhã e só te despiste (e tomaste banho, já agora), no Domingo í  noite. Sim, três dias com a mesmí­ssima roupa vestida e sem tomar banho. Depois, na segunda, voltaste a vestir o fato e só o tiraste no dia seguinte.

Entretanto, no aniversário, recebeste um fato novo de Spider-man, com o qual estás agora a dormir, a primeira noite do teu quinto ano de vida.

Parabéns, puto.

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Material encomendado

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Mais uma vez, agradeço a todos os que participaram, aqui no blog, no Facebook e Twitter e que me ajudaram a decidir o hardware final do meu sistema de NAS + Wi-fi. Acabei por mudar umas coisas na minha lista inicial e a encomenda está feita, agora, resta esperar que chegue. A lista é a seguinte:

  • Network Attached Storage: Synology DS 411J (specs)
  • Media Player: WD TV Live (specs)
  • Routers wi-fi (2): DrayTek Vigor 700 (specs)
  • Discos para a NAS (4): Seagate Barracuda 7200.11 1.5 TB (specs)

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Prestes a gastar dinheiro

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Depois de uns meses í  espera, chegou, finalmente, a altura, de acabar de montar a rede doméstica cá do sí­tio. Estou, pois, prestes a gastar algum dinheiro em material, nomeadamente, uma NAS, um router wireless-n (ia montar 2, mas vou começar com 1 e depois logo se vê se preciso do segundo) e um media player.

O router é o que me tem moí­do mais o juí­zo e ainda não consegui tomar uma decisão final. Vou deixar-vos com a minha lista de compras. Se alguém quiser dar umas dicas, agradeço, se não, provavelmente fecho a encomenda ainda este fim de semana.

Quanto í  NAS, já tinha decidido há muito tempo que iria ser uma Synology e depois de ter experimentado uma esta semana, fiquei ainda mais convencido. Será uma DS 411J, a menos que alguém conheça um modelo melhor no mesmo preço.

Os discos serão provavelmente quatro Western Digital Caviar Green de 1.5 TB.

O media player escolhido foi um Western Digital WDTV Live.

E finalmente, os routers, que é onde a suí­na deforma o apêndice caudal: estou com muita vontade de adquirir um Asus RT-N56U sobre o qual só leio coisas boas e me foi aconselhado pelo Diogo Gago; embora já tenha visto coisas boas e coisas más da Linksys, o E2000 também parece porreiro e está na lista (e é mais barato que o Asus); também tenho lido coisas boas sobre o Netgear WNDR3400 N600.

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Reencontro com o velho inimigo

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Fui, em tempos, não só passageiro, como defensor do metro de Almada. Embora com algumas reservas, o metro ligeiro da margem sul parecia-me um excelente transporte público: rápido, confortável e não especialmente caro.
Entretanto, a minha opinião mudou radicalmente. Hoje em dia, apenas desejo que o meu horário não dependa do metro em altura alguma.
Depois de meses de atrasos e frustração, deixei de usar o metro, passando a ir de carro para a estação. Apesar do custo da gasolina e de ter que pagar parque de estacionamento, prefiro, de longe o carro ao serviço da MTS (Metro Transportes do Sul).
E, precisando de recordação, tive-a, na semana passada em mais uma voltinha, mais uma viagem… falhada.
Deixei o carro na Midas para uma revisão aos 210.000 km (óptimo serviço, mais uma vez, já agora), e dirigi-me para a estação da MTS mais próxima, a Bento Gonçalves, que fica a 20 passos. Quando lá cheguei, faltavam 9 minutos para o comboio seguinte. Decidi ir a pé até í  estação seguinte – Ramalha – imaginando queimar assim uns 7 ou 8 minutos, tendo depois apenas que esperar 2 ou 3 até ao comboio passar.
Ia começar esta frase com “qual não foi o meu espanto”, mas a verdade, é que já nem fico espantado. Quando cheguei í  estação da Ramalha, verifiquei que faltavam 10 minutos para o próximo comboio,
Como cronometrei, sei que andei 8 minutos entre a Bento Gonçalves e a Ramalha, portanto, como poderiam faltar 10 minutos para passar um comboio para o qual, por há 8 minutos atrás, faltavam 9 minutos, na estação anterior?
Esperei 2 minutos para ver se o quadro electrónico actualizava e depois fui a pé para a estação de comboios do Pragal.
Escusado será dizer que não passou por mim nenhum comboio da MTS, durante o resto do percurso.
Felizmente, não cheguei a comprar bilhete, o que me leva ao assunto seguinte: os seguranças.
Na viagem de regresso ao fim do dia, para recolher o carro na oficina, não tendo pressa, apanhei o metro. Na carruagem, iam 5 ou 6 rapazes da SOV, empresa de segurança que, desde o iní­cio, se encarrega da fiscalização no MTS.
Os fulanos parecem seguranças de discoteca; não são meros “picas” e ainda por cima em grupo, tornam-se um pouco intimidantes. Não é que metam medo, nem eu nego que faça sentido ter uma força de segurança e fiscalização numa só, mas a forma agressiva com que vi estes tipos a cercar os velhotes que iam entrando, certificando-se de que picavam o bilhete, é completamente desnecessária.
Em suma, o metro de Almada é um transporte a evitar. A sua construção destruiu o trânsito e estacionamento na cidade, os seus horários são, na melhor das hipóteses, erráticos e o “pessoal de bordo”, por bem intencionados que sejam, parecem um bando de Marines.

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