Joanalogias—Seis meses
Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Escrever, ultimamente, não tem sido uma grande prioridade. Ou melhor… não tenho tido tempo para nada e sentar-me a um computador a escrever um post novo tem mesmo que ficar para sgunda opção (ou terceira, ou quarta…).
E foi assim que, ao contrário do irmão, a Joana salta do post do mês para o dos seis. Bom, a falta de tempo não explica tudo.
A verdade, é que ter dois filhos é completamente diferente de ter só um. Sim, é claro que todas as pessoas que têm dois filhos há muito que dizem isto e – provavelmente – é dos livros. Imagino que ter três também quase nada tenha a ver com ter dois. Mas adiante.
Com a Joana, tudo anda muito naturalmente, calma e pacificamente. Não nos empoleiramos no ombro da pediatra para ver quanto marca a balança e não escrutinamos o boletim, no fim da consulta para verificar os percentis.
Claro que também há uma série de coisas que não precisamos de aprender, porque já sabemos. De mudar as fraldas, a vestir, dar banho, etc.
O choro também não nos faz correr por aí além e talvez por isso e por tudo o que já referi, a verdade é que a Joana mantém a sua tendência inicial para a calma.
Agora, de facto, compreendo inteiramente porque se põe tantas aspas nas cólicas dos bebés. Dores de barriga? Sim, claro, de vez em quando é óbvio, mas em quantas situações os papás não concluirão imediatamente: “cólicas”, quando o que se passa é que, evidentemente, com a sua falta de jeito, estão a dar com a criança em doida.
É aquele síndrome que até nos lembramos de ouvir das nossas bocas quando o primeiro nasceu: ele só chora, já tentámos, isto, já mudámos fralda, já tentámos aquilo, já demos leite… E deixá-lo em paz, já tentaram?
Pois.
Com seis meses, a Joana mantém-se firme no percentil 50 de comprimento (ei, eu disse que não ansiava por ver, não disse que não queria saber), mas caiu par ao 25 de peso. Típico desta idade, onde se começam a introduzir sólidos (depende do protocolo, mas no nosso caso, como está em casa com a mãe, é assim).
No dia em que completou os seis meses, foi í consulta, está constipadíssima e passou a dormir no seu próprio quarto de noite.
As duas primeiras noites não correram mal, continuando a acordar para mamar duas vezes apenas e sem choradeiras.
Comer não está a ser muito fácil: gostou da papa láctea que já tinha experimentado há umas semanas, mas vomitou-a em duas ocasiões separadas, pelo que se passou para uma não láctea que ela detesta (já tentámos duas marcas); sopa é mentira e puré de fruta também não lhe agrada por aí além.
Hoje comeu um bocadinho melhor, mas ainda há um caminho a percorrer.
Já se senta sozinha há algum tempo e continua com uma força danada nas pernas, de tal maneira que quase que parece que conseguiria ficar de pé sozinha, se a largássemos (mas claro que é só impressão).
Farta-se de sorrir e dá grandes gargalhadas quando lhe fazemos cócegas.
A interacção com o irmão continua a ser apenas ocasional, mas a nossa estratégia de não forçar permite ao Tiago fazer grandes shows de caretas e cócegas í Joana para a entreter, quando lhe dá para isso.
Enfim, por aqui continuamos completamente consumidos pelos nossos filhos; houve uma promessa de algum tempo livre este fim de semana, mas acabou por haver diversas visitas familiares e lá passou mais um fim de semana preenchido, a fazer a ponte entre uma semana de trabalho para outra.
Eu tenho a impressão que sou casado com uma morena de olhos escuros que anda cá por casa, mas não posso garanti-lo. A ver se um dia deste a encontro no corredor e meto conversa.
Até lá, tenho esta morena de olhos escuros. Vantagens de ter duas miúdas.
A tua menina é linda! Parabéns!
Obrigado, fui eu que fiz! :-)
Como eu te compreendo bem.
No nosso caso com os 3, tempo livre é um bem muito escaço. Vocês também devem sentir isso, mas quando finalmente nos “livramos” deles, ou seja, quando vão finalmente para a cama, existem diversas tarefas por fazer em casa, para evitar que o caos se instale de vez, seja tratar da roupa ou arrumar os inúmeros brinquedos espalhados pela sala entre muitas outras… De tal forma, que durante a semana, já comecei a não levantar o portátil para casa. Comecei a aperceber-me que apenas o andava a passear, porque durante a semana, raramente tinha tempo para o ligar í noite. No nosso caso, a esperança é que como eles têm uma diferença de idade pequena, daqui a 2 anos, ou coisa do género, consigam passar a maior parte do tempo a brincar uns com os outros, deixando-nos um pouco mais livres, para voltarmos a ter tempo para nós.
Hugo, nem mais. Há uns tempos que também o meu portátil fica acorrentado no escritório e só vem para casa ao fim de semana :-)
Também aguardo ansiosamente para que brinquem um com o outro, não por não gostar de brincar com eles, claro, mas porque há outras coisas que preciso de fazer para manter a sanidade e agora é praticamente 100% do tempo dedicado aos miúdos.
Tenho 2 miúdos com a diferença dos teus, mas com mais um ano e pico cada…e confirmo é difícil como o raio passar de 1 para 2! Com a ressalva que falas numa Joana calma e por aqui o 2º era (é) mto mais mau-feitio que a irmã. Mas identifico imenso do que passei nos primeiros meses de maternidade dupla no blog da Dee…muito mesmo.
Quanto í s papas não lácteas, aconselho Nutribén. Os meus comeram os 2 nao-lacteas por causa do historial alérgico da família e deram-se sempre bem com essas e são as únicas que oferecem alguma variedade de sabores na gama nao-lactea o resto é para esquecer. Ela adorava a 8 cereais e mel e ele a multifrutas, ambos adoravam a crescimento. Não sei se já experimentaste mas fica a dica – http://www.nutriben.pt/ (vende-se nas farmácias e para-farmácias)
Oi, obrigado pela dica, mas de facto já experimentámos Nutribén sem grande sucesso. Temos que explorar mais sabores, se calhar.
Já experimentaram fazer as papas com cereais? Compra-se em qualquer ervanária ou na área “saudável” dos supermercados e faz-se num instante com água ou leite (que seria bom que fosse da mãe, claro). O Miguel nunca comeu papas que não fossem as feitas com cereais. Papas de milho, de trigo, centeio, aveia… Sai baratíssimo e fácil e não tem açúcar,aditivos ou seja o que for.
Hum, parto do princípio que a maioria das papas vendidas em supermercados são feitas… com cereais :-)
Claro que sim, o que eu quis dizer é que podes fazer uma papa em casa melhor do que as que são vendidas nos supermercados e de uma maneira simples e barata. Compra um cereal integral (normalmente são de agricultura biológica) e juntas água ou leite, até fruta, se quiseres, e já está. E tens a garantia de que estás a dar papas 100% naturais. Nunca percebi qual a lógica de dar a um bebé uma papa com 8 cereais e mel. Quem come 8 cereais ao mesmo tempo? E para quê mel? Para ficar doce e habituar o bebé a comer sabores doces? Lembro-me que era super prático de fazer e há cereais que nem tens de cozinhar, por exemplo, o gérmen de trigo podes juntar directamente na fruta ou num iogurte. Bem, fica a sugestão.
Pois, queres dizer fazer papa só com farinha integral de um cereal e leite ou água.
Eu houve uma altura em que tentei comer papa de aveia ao pequeno almoço e o resultado foi que foi tudo para o lixo de incomestível que era :-) Mas é sempre possível que a Joana goste, podemos experimentar.
Ler o inicio deste post foi ler o meu pensamento :)
Criámos um blogue para o primeiro filho que foi sendo actualizado conforme as coisas se iam sucedendo….Depois nasceu o segundo, e o tempo escasseou. Faço um esforço enorme por ir postando porque o primeiro tem 5 anos e tem saídas super engraçadas que não queria ver perdidas, mas em 3 consigo fazer post de 1….
Será que ganhamos tempo quando eles crescem? ou quando eles crescem sentimos que nos falta qualquer coisa e decidimos ter mais filhos…e depois sentimos que temos falta de tempo….e depois eles crescem…uhmmm?!?!?!?!!