Quando fizeste três anos, o teu pai estava em Austin, Texas, a participar no South by Southwest Interactive de 2010. Antes de partir, combinámos uma festa de aniversário com a família toda, bolo, prendas e etc mas infelizmente isso não me fez sentir particularmente melhor por não estar cá no teu dia de anos “a sério”.
Estas coisas de fazer anos podem não significar nada de especial e ser quando um homem quiser, como o natal, mas a verdade é que acabam por ter o significado que lhes damos e é inegável que me custou um bocado não estar presente nesse dia em particular.
De resto, o que dizer de ti, agora com três anos?
Acho que a minha memória de como costumavas ser está a esfumar-se um pouco e portanto custa-me imaginar uma altura em que não eras como és agora, o que é estranho, porque ainda há pouco tempo eras completamente diferente.
Agora parece-me completamente natural que contes como a roda do Lightning McQueen rebentou e ele precisou que o Guido lhe montasse uma nova, do teu filme favorito do momento, o “Cars”, enquanto que há uns meses me contorcia para que dissesses as tuas primeiras palavras.
Acho normal que subas para um banco e me tires um café na máquina Nespresso e que corras desvairadamente pela casa, quando há apenas dois anos atrás desesperava porque nunca mais começavas a andar.
Já nem penso duas vezes quando vais satisfeitíssimo para a escola, com um dos teus brinquedos preferidos na mão (geralmente um Lightning McQueen), ou quando í noite me contas que a Inês agarrou o bebé (o teu urso de peluche inseparável), quando há ano e meio estava preocupadíssimo que não te adaptasses í creche.
Birras? Sem dúvida. Ainda ontem… fomos jantar com os teus avós e fizeste uma berraria incompreensível porque não querias lá estar… até te passar, claro; duas horas depois foi berraria porque não querias voltar para casa.
Mas as tuas birras são normais, não são nem mais nem menos do que esperávamos e não são o fim do mundo – pelo menos tento convencer-me que durante os próximos dois ou três anos vão acabar.
E como os teus pais não estavam bem contigo a crescer, a ficar mais independente, a precisar de menos atenção e vigilância constante, a tua mãe está grávida de cinco meses. Por agora as tuas reacções ao facto são de quase indiferença, tirando o ocasional mimo na barriga ou a ocasional necessidade de reafirmação de que o “Tiago é bebé”, portanto vamos ver como, daqui a quatro meses, dás as boas vindas í tua irmã…
A manhã do último dia acabou por não ser particularmente produtiva por razões óbvias (ver noite do dia anterior), mas í tarde ainda assisti a duas sessões muito boas.
Primeiro, “Interactive Infographics” com Ben Fry, Casey Caplowe, Eric Rodenbeck e Shan Carter que falaram de data visualization e de como métodos gráficos simples podem ajudar a fazer sentido das toneladas de dados que é possível obter hoje em dia das mais diversas fontes.
Um bom método de exposição gráfica pode transformar uma tabela aborrecidíssima que apenas interessa a analistas num site interactivo de interesse para o grande público e qualquer um dos quatro oradores tinha não só muito para dizer sobre o assunto como bastantes exemplos fantásticos para mostrar.
Esta foi a última talk prática a que assisti e uma das que, juntamente com a do Chris Messina e a do Andy Baio tiveram impacto directo nos nossos planos futuros para o Pond.
Finalmente, tive o privilégio de assistir í palestra do Bruce Sterling, autor de Ficção Científica, um dos fundadores do cyberpunk e como ele próprio se intitula, futurista.
O discurso do Sterling foi mais um (de vários), pontos altos do SXSW e é praticamente impossível de transmitir a terceiros. É o que se chama um momento “you had to be there”. Não foi só a mensagem, mas também a forma que fez a diferença.
Gostaria de tentar passar a mensagem que ele deixou, mas honestamente, creio que seria incapaz de a fazer passar correctamente e acabaria por apenas levar a mal entendidos. Mas lembro-me de ter pensado nesta ideia, no fim: como teria sido se a internet existisse nos anos 20 do século passado, com todas as redes sociais, Facebooks, Flickrs e companhia, com toda a descontracção que temos em relação í privacidade, muito numa de “depois pensa-se nisso”? Isto, claro, lembrando que nos anos 30 e 40, o fascismo subiu ao poder na Europa.
Bruce Sterling não falou disto. Isto foi o que eu pensei depois de o ouvir falar, se é que me faço entender.
Foi um final brilhante para um evento brilhante com dezenas de milhares de pessoas, dezenas de palestras interessantes e uma organização quase irrepreensível.
O que faltou? Eventualmente um site melhor, uma rede wireless mais estável (nas salas com mais gente a coisa sofria) e um repositório de materiais das conferências teria sido interessante – vídeos, slideshows, etc.
Depois de sairmos do Austin Convention Center fomos ao Downtown Burger, uma casota de hamburgers logo ali ao lado, que tínhamos topado logo no primeiro dia e que não queríamos deixar de experimentar.
Valeu a pena. Os hamburgers eram excelentes como, aliás, toda a comida que comemos em Austin e ainda conhecemos uma violoncelista de quem infelizmente me esqueci o nome, já ali para participar no SXSW Music Festival, um festival í vontade 10 vezes maior que o Interactive.
Na última noite, o clima era completamente diferente na 6th Street. As coisas estavam bastante menos movimentadas e os bares menos cheios, além de que notámos claramente que a fauna tinha mudado visivelmente de montes de geeks com t-shirts de websites ou personagens de BD para tipos vestidos de cabedal com metade da cabeça rapada e piercings na cara toda.
Ainda jogámos umas mesas de pool no Buffalo para despedida e comemos um hot dog verdadeiramente épico, com salsicha de jalapeí±os fumada, mostarda, sauerkraut e cebola.
Resumamos.
Austin é uma cidade meio feiosa e acho que até estou a ser simpático. O centro é populado por hotéis, prédios de escritórios e parques de estacionamento com vários andares.
Não fomos para passear, portanto os dias foram passados em salas de conferência no Austin Convention Center e no Hilton, mesmo ali ao lado e por isso não vimos a cidade a fundo, mas por onde passámos, vimos sempre o mesmo ambiente urbano sem graça e notámos uma ausência quase total de lojas. Não sei onde estão as lojas… mas eu não vi nenhuma. Das duas uma, ou há uma parte da cidade que não vimos e que está super-populada de comércio, ou os habitantes de Austin sempre que precisam de comprar alguma coisa, metem-se no carro e vão ao mall.
O Conference Center é gigantesco e tem algumas salas que devem levar mais de mil pessoas, parece-me. Está bem organizado e sinalizado e quanto muito faltava-lhe uns sofás espalhados pelos corredores, já que haviam algumas mesas com cadeiras, mas poucas e muita gente sentada no chão pelos cantos, enquanto esperavam pela próxima sessão.
O tempo esteve bom, com Sol e temperaturas a chegar aos 26 graus, tirando dois dias em que choveu e esteve mais frio, mas deu para perceber que no Verão, o Sol deve ser implacável. O terreno é completamente plano e acho que só não se vê Dallas ou Houston dali por uma questão de distância.
O fulcro da vida de Austin parece ser mesmo a música. Intitulam-se “The Live Music Capital of the World”, sendo que, para os americanos, qualquer coisa que seja representativa de algo no país deles é imediatamente “capital do mundo” e mesmo dando algum desconto, o facto é que em Austin há música ao vivo por todo o lado.
Começa no aeroporto em que até uma pequena gift shop tem um palco montado e concretiza-se sobretudo na baixa da cidade em que praticamente todos os bares têm uma banda a tocar quase todas as noites da semana.
A música que se ouve é sobretudo rock, pop e blues e não, como já me têm perguntado, country. Esta música ao vivo nos bares também não é apenas um gajo com uma guitarrinha, são mesmo bandas inteiras, com guitarra, baixo, bateria e voz e nem é preciso entrar para as ouvir, já que muitas tocam í janela do bar e é possível ouvir na rua.
Outro dos pontos fortes é a comida. Já quando tinha estado em New York tinha percebido que os americanos percebem de comida e que o que recebemos cá, as cadeias de fast food, é apenas uma parte do todo.
Em downtown Austin não há cadeias de fast food. Não há McDonald’s, Wendy’s ou Burger King, há apenas os bares, restaurantes e barracas de hamburgers, pizza, sandwiches, hot dogs, bbq e tex mex. Praticamente tudo o que comemos era picante, mesmo que algumas coisas o fossem muito pouco e era tudo bom.
Só comemos algo menos interessante quando fomos ao mall em Barton Creek, em downtown era tudo bom. Os hambugers no Cedar Door, Dowtown Burger ou Casino El Camino, estes últimos tão grandes que mal os conseguíamos morder. A pizza de pepperoni com jalapeí±os do Ropollo ou os burritos, tacos e fajitas do El Arroyo, era tudo fantástico.
Ficou a faltar jantar no Stubb’s ou Iron Works, para comer um bifão texano; ainda tentámos ir ao Stubb’s, mas estava cheio í s nove da noite e já não aceitavam mais clientes. Foi uma pena, porque a carne dos hamburgers era estupenda e imagino que um bom prime rib-eye ou um t-bone feitos no fogo sejam de chorar por mais.
Concluo então que Austin é uma excelente cidade para ir a bares, ouvir música e comer bem (cheguei a mencionar os dogs do Frank?), muitos dos bares, aliás, combinam comida, bebida e música nas proporções certas, ou seja: muito de todos. Não me parece um bom destino turístico “só para passear” e certamente não para fazer compras; aliás, encontrar recuerdos para trazer para Portugal foi uma tarefa infrutífera, a menos que quisesse trazer merchandising da equipa local de futebol americano, os Longhorns, que são omnipresentes.
E quanto ao SXSW Interactive? Muito bom. Bem organizado, muito interessante, muito informal e descontraído, cheio de gente e com uma concentração de Macs e iPhones assustadora. Nem todas as apresentações eram interessantes e acaba por ser um bocado uma questão de sorte acertar nas realmente boas. Acho que tive essa sorte e quase todas a que assisti valeram bastante a pena.
Se têm andado a pensar ir e tiverem orçamento para isso, aconselho vivamente.
Na segunda-feira, dia 15 o primeiro painel a que assisti não foi especialmente bom. Chamava-se “The Life Graph: You Are Your Location”, com o Sam Altman, Tina Unterlaender, Steve Lee, Ryan Sarver e Clara Shih. Ficámos um pouco com a impressão que alguns destes painéis, o mesas redondas, acabaram por falhar um pouco por falta de envolvimento do público, ficando muito dependentes da capacidade dos intervenientes para animar a coisa.
Neste caso, a coisa ficou pouco animada e o assunto não ajudou: quando se fala de geolocalização surgem sempre as mesmas questões de privacidade para as quais ninguém tem resposta e a coisa começa a perder o interesse.
Seguiu-se a keynote interview com o Evan Williams, do Twitter, que foi, honestamente, uma grande seca.
O dia foi salvo pela “Beyond the Desktop: Embracing New Interaction Paradigms” onde o Peter Merholz moderou uma conversa muito interessante com a Michele Perras, David Merrill, Nathan Moody e sobretudo o Johnny Lee, o tipo que há uns tempos atrás apareceu com experiências maradas com wiimotes. Hoje em dia trabalha na Microsoft e apresentou ideias muito interessantes sobre a variedade de modos de interacção actuais e o que podemos esperar no futuro.
Mas o highlight ainda estava para vir.
Ao fim da tarde fomos todos para a palestra “Nina Hartley: Porn Star, Sex Educator, Social Networker”, com, claro, a Nina Hartley. A apresentação foi diferente de tudo o resto a que assistimos e embora tenha sido uma demonstração de como uma agência de comunicação digital pode pegar numa celebridade com alguma tracção e montar um sistema de comunicação online com pouquíssimo investimento e um resultado significativo, foi também uma conversa sobre tudo um pouco dando a conhecer a Nina Hartley como uma mulher extremamente inteligente e pragmática, divertida e com uma capacidade de comunicação acima da média.
No fim não podia deixar passar a oportunidade e aproximei-me do palco para falar com ela e obter um autógrafo que consegui, claro. Autógrafo, fotografias, abraços e um apalpão. Foi… diferente e demonstrativo de como o SXSW Interactive não é como qualquer outro festival de nerds.
Não satisfeitos com esta experiência inolvidável, decidimos colocar-nos na fila para os nuclear tacos.
Enquanto esperávamos, o tempo começou a piorar, ficando mais frio e vento. Por isso, o Celso foi í frente e voltou com copos de vodka que ajudaram a aquecer.
Esperámos um bocado na bicha para os tacos e quando chegámos lá í frente, tivemos que assinar um disclaimer, meio na brincadeira, mas no fundo… para servir de aviso. Avisos que estavam um pouco por todo o lado: eat at your own risk.
As terrinas de chili estavam marcadas com bombas vermelhas. A rapariga que estava a servir avisou que o de duas bombas seria a coisa mais picante que já tínhamos comido na vida e que depois… havia o nuclear, de quatro bombas.
Nós, claro, servimo-nos do nuclear.
A experiência foi… indescritível. Ao som do “Sex Machine”, do James Brown, tentámos engolir os nossos nuclear tacos sem parar de comer, tal como nos foi ensinado pela menina. Eram muito bons e muito… muito… MUITO picantes. Suámos, chorámos, lavámos a cara com cerveja, bufámos e sofremos, mas conseguimos comer os nossos tacos.
Infelizmente, ignorando o disclaimer que tinha assinado sobre ser cuidadoso com os olhos, nariz e “outras mucosas”, acabei de comer o meu taco e, com as mãos cheias de molho, fui mijar í outhouse.
Se achava que aquilo tinha ardido na boca, não vos vou tentar descrever o que fez í minha pila. Fiquei a perceber perfeitamente os avisos prévios e lá aprendi que estas coisas são para levar a sério.
Depois dos tacos, seguimos caminho para o Belmont onde decorria uma festa do Gowalla, um dos nossos projectos favoritos do SXSW (vencedor na sua categoria dos Web Awards).
O pátio vibrava com música techno passada por um DJ qualquer daqueles que dá high-fives í multidão que parece adorá-lo por pí´r música de dança a tocar muito alto, mas aquele baixo a pulsar é de facto magnético. Despejei duas margaritas enquanto apanhava uma chuvada a ouvir a música e saltava no meio da maralha.
Entretanto conhecemos um personagem inacreditável, um baixote careca gorducho cheio de bullshit que conseguiu trazer as miúdas mais giras da festa para ao pé de nós, convencidas de que éramos cineastas portugueses em Austin para participar no SXSW Film. Foi surreal, mas incrivelmente divertido.
Acabámos por encontrar um tipo do Couch DB e o Mattt Thompson (com três Ts), do Gowalla que é um gajo muito porreiro e estivemos a conversar um bocado enquanto eu bebia um copo de vodka puro, cheio até acima como se fosse água.
A certa altura, já não sei bem quem decidiu que estava na hora de mudar de sítio e fomos para o Ginger Man, que servia montes de cervejas europeias. Estive a beber uma Duval e a meter músicas na jukebox e a certa altura apercebi-me que o Gustavo estava bêbado, o Celso estava bêbado e, honestamente… eu estava completamente bêbado.
Felizmente, houve alguma discrepância nas nossas bebedeiras, portanto na altura em que eu estava pior, o Gustavo já tinha recuperado um pouco e, ao fim a noite, levou-me a dar umas voltinhas ao quarteirão para que eu não caísse para o lado.
Acabou por ser um dia muito bem aproveitado porque, como viríamos a descobrir, as noites do SXSW Interactive estavam no fim.
Domingo, dia 14 foi dia de Web Awards. Estávamos nomeados para Technical Achievement e não vale a pena fazer suspense: não ganhámos. Quem ganhou, sem grande surpresa, foi o Wolfram Alpha que acabou também por ganhar o prémio do Júri pelo que creio que é seguro dizer que perdemos para os melhores.
De manhã começámos pela talk do Jeff Lindsay intitulada “How WebHooks Will Make Us All Programmers”. Foi interessante, mas acabei por me meter numa pequena discussão com o Lindsay no Twitter que ainda vou ter que resolver por mail porque, honestamente, creio que ele levou o conceito longe demais e embora seja verdade que o software hoje em dia nos permite fazer coisas incríveis que não sonharíamos há 10 anos atrás, mas não consigo concordar que o futuro implique que todo o ser humano se torne um programador.
Seguiu-se a segunda conferência do SXSW que inspirou os nossos planos para o Pond e, curiosamente, foi uma palestra sobre gaming, chamada “Gaming the Crowd: Turning Work Into Play”, com o Andy Baio.
(random sxsw proof of awesomeness:)
Os planos para a tarde acabaram por ser alterados com uma block party organizada pelo pessoal do Boxee onde conhecemos algumas pessoas, oferecemos t-shirts e trocámos contactos.
Ao fim da tarde voltámos para downtown, mais especificamente para o Hilton, onde fomos assistir aos Web Awards.
Começámos por tirar a foto com vários repórteres, depois demos duas entrevistas e infelizmente ficámos sem ideia absolutamente nenhuma sobre onde será publicado esse conteúdo, mas não faz mal.
O show foi apresentado pelo Doug Benson que teve bastante piada e conseguiu gozar com quase toda a gente e divertir o pessoal. Estávamos precisamente na última categoria, portanto custou a lá chegar, mas o resultado final, como eu já disse, foi previsível.
Depois de sairmos do Hilton, fomos tentar jantar no Stubb’s que nos tinha sido aconselhado na Apple Store do Barton Creek Mall onde fomos no Sábado í noite (ah, é verdade, fomos lá no Sábado í noite… é natural que me tenha esquecido, porque o mall é boring as fuck), mas não tivemos sorte, porque o Stubb’s estava cheio e já não aceitava mais gente.
No Stubb’s aconselharam-nos o Casino El Camino e valeu a pena. Lá comemos uns hamburgers absolutamente épicos, tão grandes que quase não tínhamos diâmetro bucal para os morder. Jogámos umas mesas de pool e depois saímos para a 6th street em busca de outro poiso.
Acabámos no Buffalo Billiards numa festa SXSW da Mashable onde jogámos matrecos e mais pool e conhecemos mais algumas pessoas interessantes. Às duas da manhã os bares fecham em Austin e fomos corridos do Buffalo, pondo fim í noite de Domingo.
Sábado, dia 13 foi o dia mais preenchido com conferências. Houve uma ou outra a que não foi possível ir por conflito de horários, outra que estava simplesmente cheia demais, mas no fim o saldo foi positivo.
Comecei a manhã na palestra do Chris Messina sobre activity streams que foi um das melhores a que assisti e que foi uma das grandes três influências na nossa visão para o futuro do Pond.
Seguiu-se “The right way to wireframe” com o Zaki Warfel e o Russ Unger. Esta palestra foi especialmente interessante porque os dois designers em vez de se limitarem a falar decidiram mostrar o seu trabalho. Escolheram um projecto e seguiram todo o seu processo de design, documentando-o e apresentando não só os resultados e todos os passos para lá chegar, mas também screencasts do trabalho a ser feito. Um trabalhou com o Balsamiq e outro com Fireworks.
Não disseram nada de absolutamente inovador sobre processos de design, mas foi muito interessante ver o trabalho em desenvolvimento do princípio ao fim. Esta palestra teve uma segunda parte, mas já não assisti a essa porque tinha outra na calha.
E a que se seguia era “Directing the Dead”, onde a multidão esperava ver o Quentin Tarantino que, infelizmente, não pode participar. No entanto, a conversa não foi menos interessante com vários realizadores de cinema que já fizeram filmes de terror, incluindo o nativo Robert Rodriguez.
A palestra centrou-se, precisamente, em filmes de terror e acabou por não ter nada a ver com o Interactive, apesar de estar no horário do dito, mas foi muito interessante e diferente de todas as outras.
A seguinte foi “CSS3 Design with HTML5”, com o Christopher Schmitt, a Stephanie Sullivan e a Zoe Gillenwater e foi, basicamente, uma workshop muito prática em que os três designers tinham uma webpage feita em HTML 5 com CSS 3 comentada e foram descomentando blocos de código para mostrar o que era possível. Esta conversa foi pontuada, quase frase-sim-frase-não por: “claro que isto não funciona em IE”, mas não deixou de ser interessante a atitude das pessoas, aqui e um pouco por todo o SXSW que se resume basicamente a: ok, a gente vai fazer  possível, mas se não der, que se lixe o IE.
A quinta e última talk do dia foi “CSS and Fonts: Fluid Web Typography” com o Jason Cranford Teague, uma apresentação mais formal, mas ainda assim interessante e muito detalhada, desde as cinco fontes que toda a gente pode usar, passando pelas 190 que se pode assumir que talvez sejam seguras (graças a coisas como instalações de Office), até aos novos formatos woff e a utilização do já velho, mas só agora mais comum @font-face.
Honestamente, depois da bebedeira que apanhei ontem, as memórias de sábado já estão muito distantes. Consegui escrever este post porque tenho muitas notas e o horário das palestras, caso contrário…
Quando fizeste três anos, o teu pai estava em Austin, Texas, a participar no South by Southwest Interactive de 2010. Antes de partir, combinámos uma festa de aniversário com a família toda, bolo, prendas e etc mas infelizmente isso não me fez sentir particularmente melhor por não estar cá no teu dia de anos “a […]
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