É preciso é calma

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Há 37 anos que Almada é governada por comunistas. É o Concelho vermelho. Desde o 25 de Abril que Maria Emí­lia de Sousa é Presidente da Câmara.

Claro que o PCP nunca vai a votos. É, aliás, algo que nunca percebi: o PC parece precisar de se esconder em coligações e alianças – a boa e velha APU e a mais recente CDU. Ah e tal, os Verdes.

Mas adiante. Que Almada é um Concelho comuna, toda a gente sabe e eu agradeço. Agradeço porque a par da União Soviética, Almada é um grande exemplo de como o comunismo não funciona.

Uma vez alguém me disse que a corrupção não era muito grave nas Autarquias, que apenas existia nas Câmaras com departamentos de planeamento urbano. Claro que era um comentário sardónico: todas as Câmaras têm um departamento de planeamento urbano.

Acrescento agora eu que esse departamento poderá cair fora de moda com a criação dessas magní­ficas entidades que são as empresas de estacionamento.

Os Lisboetas e quem trabalha na Capital já há muito que se habituaram í  EMEL, mas os Almadenses apenas há pouco tempo começaram a ter que lidar com a sua congénere da Margem Sul: a ECALMA.

A Câmara de Almada montou na cidade (talvez no Concelho, não conheço a realidade das outras cidades), uma das melhores golpadas da História, nos últimos cinco anos.

Comunistas, preocupadí­ssimos com o Povo e com os trabalhadores, espalhando pelo Concelho cartazes que acusam que o Orçamento do Estado é “um roubo!” do Governo, os Autarcas de Almada conseguiram, efectivamente, privatizar a grande maioria do espaço público da cidade, pondo todos os habitantes de Almada de joelhos perante a todo-poderosa ECALMA.

Com a grandiosa obra do Metro de Superfí­cie, eliminou-se uma quantidade tão grande de lugares de estacionamento na cidade, que me é difí­cil fazer contas de cabeça para tentar dar uma estimativa da percentagem que desapareceu.

A esmagadora maioria das zonas de estacionamento que sobraram, foram convertidas em zonas de estacionamento exclusivas para residentes ou zonas de parquí­metro.

A ECALMA “construiu” ainda parques e explora outros que já existiam. Pagos, claro.

Como eu disse, isto é perfeitamente comparável a uma enorme privatização de praticamente todo o estacionamento existente nas ruas de Almada.

Circular em Almada ficou extremamente dificultado com a introdução do Metro, qualquer Almadense poderá atestar isso mesmo; além disso, é também extremamente difí­cil estacionar.

O que me leva ao ponto seguinte: o dí­stico de residente.

Como recentemente me mudei e deixei de ter garagem por perto, chegou a hora de obter um cartão de residente para estacionar na minha zona. Bom, na verdade, deveria dizer na minha UOGEC. Sim, UOGEC – Unidade Operativa de Gestão do Estacionamento e da Circulação.

Sim, meus amigos, a Câmara de Almada chama Unidade Operativa de Gestão do Estacionamento e da Circulação a uma porcaria de um conjunto de ruas e bairros onde se passa e estacionam carros. Esta é apenas a ponta do iceberg que é a burocracia impenetrável da ECALMA uma empresa que existe, não tenho dúvidas, para nada mais do que sugar dinheiro aos Almadenses e aumentar a receita da CMA.

Fui um destes dias de manhã a Lisboa renovar a minha carta de condução para que dela constasse a minha nova morada e depois dirigi-me í  ECALMA para obter um dí­stico de residente.

Levei o Cartão de Cidadão – um método de identificação com assinatura digital que prova a minha morada e a minha identidade – a minha carta de condução, que prova que estou habilitado a conduzir um veí­culo automóvel e o registo do automóvel, que prova que o mesmo me pertence.

Parece-me suficiente. Até me parece excessivo – não precisaria da carta de condução, já que o veí­culo poderia pertencer-me, mas ser conduzido por outrém.

Assim, o tí­tulo de propriedade do veí­culo provaria que ele existe e está em meu nome e o meu cartão de cidadão identifica-me e contém a minha morada.

Dois documentos.

Sabem quantos documentos são precisos?

Oito.

O cartão de cidadão ou BI, o tí­tulo de propriedade do carro, o seguro do carro, o selo do carro, o certificado de inspecção do carro, uma carta das finanças ou declaração de domí­cilio fiscal, cartão de eleitor e a carta de condução.

Oito.

Todos os documentos devem ter a nova morada. Eu repito: todos.

O meu pedido foi imediatamente recusado porque o tí­tulo de propriedade do carro não tem ainda a morada certa. Embora o Cartão de Cidadão tenha a morada certa, a ECALMA não dispõe de leitor de cartões. Eu tenho um, comprei-o, nem foi caro. Mas a ECALMA não tem um. O mesmo se aplica ao cartão de eleitor, claro.

Conveniente.

A carta de condução tem a morada actualizada, a carta das finanças tem a morada actualizada, mas isso não chega. Ah e, claro, não levei o selo, o seguro, nem o certificado de inspecção porque não consigo conceber sequer em que situação qualquer desses documentos seria necessário para eu obter um cartão para poder estacionar perto de casa.

Pedi í  senhora da ECALMA que então me passasse uma declaração provisória que me permitisse estacionar (lembrem-se, fiz prova da morada e de titularidade do veí­culo, não era um pedido í  toa), o que me foi negado.

Pedi então que me sugerissem onde estacionar. “Fora da zona de residentes”.

Repeti: então onde sugerem que estacione?

É que com a cidade completamente loteada pela ECALMA, estacionar fora da zona de residentes significa pagar para estacionar numa zona  de parquí­metros – explorados pela ECALMA – ou num de vários parques explorados (nem todos, mas…), pela ECALMA, claro.

Para ter um lugar para estacionar perto da minha casa – e eu nem sou dos paranóicos que tem que ter o carro í  porta, não me importo de andar um bocadinho a pé – tenho que apresentar sete documentos, em condições de actualização especí­ficas e, claro, pagar.

O cartão é renovável, mediante pagamento, todos os anos.

A ECALMA não me fornece um dí­stico temporário enquanto trato da papelada depois de ter acabado de me mudar, mas certamente que para me multar, não hesitarão, í  primeira oportunidade. Como tratar de actualizar os documentos leva tempo tenho três hipóteses apenas: vendo o carro e passo a andar exclusivamente a pé, servindo-me do Metro do qual já fui passageiro e que tem um serviço tão execrável, que desisti; estaciono no parque do Pingo Doce, pagando 70 euros por mês desnecessariamente porque na zona onde vivo até há lugares para estacionar; ou estaciono ilegalmente.

Passando na minha rua, percebe-se bem a realidade: apenas cerca de 50% dos carros tem dí­stico de residente. De vez em quando alguém é multado (eu como até agora saio de manhã cedo e volto í  noite, ainda não fui), mas é de vez em quando e ao acaso.

A ECALMA não ajuda a melhorar a circulação na cidade, nem a eliminar estacionamento abusivo. São capazes de multar malta perfeitamente bem estacionada, porque estão numa zona de residentes sem dí­stico (e olhem, se calhar até vivem ali í  frente!), mas na zona onde vivia, em Cacilhas, diariamente vários carros bloqueavam a passagem em várias pracetas sem qualquer intervenção deste magní­fico orgão regulador.

No escritório da ECALMA vi pessoas a agir como se de vassalos se tratassem. Pedem desculpa, solicitam esclarecimento, dizem que já colocaram no tablier o papel X com a as alí­neas A e B sublinhadas a vermelho, lamentam não saber que o dí­stico tem que estar a 15 cm da margem inferior do pára-brisas e sacam da carteira para pagar a multinha.

Quando percebi que não ia ter direito ao meu dí­stico, olhei para a senhora que estava a ser atendida ao meu lado e que percebi já não ser a primeira vez que lá ia, que me devolveu um sorriso e um encolher de ombros resignado.

They say jump. We ask: “how high?”

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Codebits IV

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Pouco tempo antes do Codebits deste ano, apercebi-me que desde o primeiro que tenho participado activamente com algo.

No primeiro ano, ressuscitei, com o Nelson Martins, Os Especialistas e fizemos uma série de cartoons sobre o evento.

No ano seguinte levei a coisa mais além e fiz uma apresentação: “Webcartooning ao vivo e a cores“, onde falei sobre webcomics e desenhei uma tira ao vivo e na terceira edição apresentei, com o Gustavo Carvalho, o Pond.

Este ano, porém, o meu envolvimento foi muito mais profundo. A equipa de Design que ajudei a formar no Verão, aceitou o desafio de desenhar todo o material gráfico e a identidade do Codebits em 2010 e o resultado cumpriu quase a 100% as minhas expectativas.

O processo de criação foi fluí­do, a dedicação das pessoas, exemplar e a criatividade de todo o material produzido, excelente. O Codebits surgiu assim, pela primeira vez, com uma mascote – um robot, ganhou um número de edição, em numeração romana para ser mais geek e até a cara do sapo foi redesenhada apontando, talvez, um novo caminho para a própria marca online.

Com estes elementos, a equipa criou tudo, desde a decoração da fachada, até í  sinalética no interior do evento, crachats, autocolantes, etc.

Foi especialmente compensador ver ‘fan art’, criada pelos participantes, que agarraram no bot e fizeram as suas próprias versões, algumas melhores ainda do que os originais.

Acho que toda a imagem foi um sucesso e que o bot do Codebits pode ter ganho um lugar no coração dos geeks.

Mas a minha participação não se ficou por aí­ porque este ano fiz nuclear tacos.

Depois da fantástica experiência que tivemos em Março, no Texas, a ideia de fazer nuclear tacos no Codebits foi atirada para ao ar algumas vezes, mas não foi até o Celso me desafiar, algures no fim do Verão, que a coisa começou realmente a tomar forma.

Primeiro fiz um teste, depois um segundo, alguns colegas do SAPO provaram e aprovaram. Alguns, como sempre, fizeram-se machos, mas eu dei o desconto e planeei a versão final.

No segundo dia do Codebits IV, o stress já era muito: o ingrediente principal, bhut jolokia em pó, ainda não tinha chegado, vindo dos EUA e a carne picada – 10 kg. – também tardava.

Como já parece ser comum neste evento, ‘in the nick of time’, chegam os ingredientes. Era preciso tomar uma decisão: tí­nhamos uma janela de oportunidade para fazer os tacos antes do jantar e as pessoas estavam visivelmente entusiasmadas; o Celso deu o ok e avançámos a todo o vapor.

Formou-se uma equipa que, nunca tendo cozinhado junta antes, trabalhou com uma eficiência que me deixou boquiaberto.

O Fernando Afonso, Filipe Penedo, Pedro Correia, Marta Fernandes, Gustavo Carvalho e David Ramalho alinharam-se na bancada e trabalharam como uma unidade coesa. Rapidamente, o primeiro batch estava na frigideira e algum tempo depois, a Paula Valença juntou-se-nos para fazer a versão veggie.

Pelo meio, provavelmente mais alguém ajudou; a cozinha fervilhava de actividade e quando eu juntei os primeiros dois pacotes de jolokia í  carne, fervilhou de tosse e lágrimas.

Puseram-se as máscaras e o trabalho continuou. Os repórteres tentavam estoicamente acompanhar o processo, mas os vapores do picante lançaram toda a gente em ataques de tosse violenta.

Com tudo disposto em cima de uma mesa, começaram a entrar as primeiras pessoas; todos tiveram que assinar o termo de responsabilidade e praticamente toda a gente teve direito a um taco.

Toda a gente, claro, dos que se atreveram. Infelizmente, duas ou três pessoas ficaram de mãos a abanar, mas quem provou teve direito í  experiência que é comer um nuclear taco.

Tirando um ou outro valentão, a maioria das pessoas suou, chorou e alguns tiveram mesmo os famosos incontroláveis ataques de soluços.

Mais um gigantesco sucesso num Codebits que foi, todo ele, um êxito.

Aqui fica um ví­deo que já correu a net, só para mais tarde recordar.

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O Acordo Macacográfico

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Bom, se o Acordo Ortográfico está aí­ e tem gerado alguma discussão num dos posts recentes então em acho que está na altura de o abraçar. Mas eu não gosto de fazer as coisas por meias medidas, prefiro pegar no Acordo e subir a parada. Eu acho que se o objectivo do AO é simplificar, então não estamos a simplificar o suficiente.

Há muito mais por onde simplificar a grafia do Português e se vamos fazer esse compromisso, então vamos até ao fundo, adoptemos o Acordo Macacográfico.

Português é logo um bom exemplo: para que serve aquele U ali? Portugês devia servir perfeitamente e assumimos assim a dupla valência do G e já estamos a simplificar… “Algidar”, “geto”, “gelra”, muito melhor.

Aliás, o U mudo pulula na nossa lí­ngua, sem qualquer (lá está ele), necessidade. Nada mais simples: removem-se todos os U mudos e podemos passar a escrever “qualqer” e “quaisqer” e mesmo “qe”. Simples, não?

Agora vejamos o S e o Z. Que grandes confusões, temos duas letras, mas uma delas serve perfeitamente a função da outra, já qe S serve de Z, por exemplo, em “coser”, em “casa” ou em “mesa”. Não precisamos da letra Z para nada e com esta, até aligeirei o próprio alfabeto.

Assim, proponho qe se passe a escrever “sero” em vez de “zero”, o contexto tem obrigação de tratar do resto. Qualqer pessoa perceberia perfeitamente qe o James Bond é o Agente Sero Sero Sete.

Falemos de outra letra: o X. Nem é precisa muita imaginação para perceber qe o X serve perfeitamente para substituir todos os sons “ch” da nossa lí­ngua. Para qê gastar dois caracteres, quando se pode usar apenas um?

“Xapéu”, “Xuva”, “Xatear”, “Xave” e “Xoco frito” não são palavras legí­veis? Com este novo acordo, é sempre a poupar. E por falar em poupar, porqe é qe precisamos de “ou” quando temos um acento – o tal qe nem sempre é preciso, mas qe aqi até dá jeito – o circunflexo?

Podemos passar a escrever “Pí´par”, “í”tão” e mesmo “í””, em ves de “ou”. (nota, “ves” está escrito ao abrigo do novo Acordo Macacográfico).

Mas o leitor mais atento terá notado qe ali atrás usei dois S. Qe grande desperdí­cio de letras. Então um não basta? E mais digo: aproveitamos, se o S serve de si próprio bem como de Z então também substitui facilmente o í‡ e podemos passar a escrever “Pasou”, “Casador” (evidentemente, aqele qe vai í  casa) e “Serviso”.

Mas a simplificasão não fica por aqi: é confuso que tenhamos duas letras para servir de S, já qe o C também o faz, asim, sugiro que apenas o S sirva de S e mais nada. Podemos asim escrever “Anunsiar”, “Séu” e “Insidente”. Qe simples, não é?

Cabe a cada um de nós faser avãsar a nosa lingua. Devemos cõtribuir ativamente para qe, dia após dia, o portuges se simplifiqe e este Acordo Macacográfico ainda não vai lonje o suficiente. í muito por faser: temus letras inuteis penduradas no fim de palavras como “Cabe”, no inisiu deste parágrafu, qe podia ser “Cab” e xegava. Usamus o E quando pudí­amus usar o “I”, temus várias letras qe não levam til i qe, levandu, cõtribuiriam muito para a desejada simplificasão, caso do E e do I.

I, finalmente (um E com til aqi pí´pava-nos um N), temus demasiadus asentus na nosa lingua qe mais nao fasem qe complicar.

É com 1 prufundu sentidu d responsablidad qe terminu est post i deixu pra postridad a mnha pruposta d 1 Acordo Ortugraficu qe sirva nao so u intrese dazeditoras í´ deste í´ aqel pais lusofunu, mas sim todus aqels qe, nus 5 continents, falam diariament a lingua de luis vas de camois!

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Tiálogos XXXI – Faquigárfo

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Há demasiadas coisas que não ficam registadas, como a forma como dizes “friogorí­sco” em vez de frigorí­fico, ou como já desenhas cruzes cuidadosamente, porque as mudanças são tantas e tão rápidas, mas há pormenores que são maiores e não podem ficar por escrever.

Hoje, ao almoço, pediste uma faca e para surpresa colectiva pegaste nos talheres, seguraste a carne com o garfo e cortaste com a faca o teu próprio bife.

Não me parece que seja algo que tenha surgido do nada e por acaso, nunca tí­nhamos tentado ensinar-te a comer de faca, pelo que deduzo que tenhas aprendido na escola, no entanto, não deixa de ser um momento a registar.

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O Acordo Ortográfico trama-me a leitura

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Recentemente, estava a ler notí­cias sobre o fascinante tema do Orçamento do Estado quando empanquei numa frase.

Dizia que o “Governo adotou certas medidas”. E eu estava prestes a passar í  frente, mas ficou-me aquela… uma palavra nova, “adotou”, que eu, naturalmente, li como “a-dú-tou”; pensei tratar-se de algum termo económico até aqui desconhecido para mim e fiquei a pensar o que seria um adotamento de medidas; alguma espécie de sinónimo de adjudicação, talvez.

Depois de perder uns bons dois minutos com isto, percebi, claro, que a palavra em, causa era, de facto “adoptou” e que se tratava de uma adopção de medidas e não de um adotamento ou adotagem ou mesmo adotação.

E é assim que o acordo simplificador vai tornando a minha leitura mais lenta e complicada do que precisava de ser.

Mas já sei, eu estou a ficar velho, os meus filhos vão, infelizmente, aprender a escrever “adoção”, “receção” e “espetador” e suspirar e encolher os ombros quando o pai insistir que no seu tempo se escrevia “adopção”, “recepção” e “espectador”.

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É preciso é calma

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Há 37 anos que Almada é governada por comunistas. É o Concelho vermelho. Desde o 25 de Abril que Maria Emí­lia de Sousa é Presidente da Câmara. Claro que o PCP nunca vai a votos. É, aliás, algo que nunca percebi: o PC parece precisar de se esconder em coligações e alianças – a boa […]

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Pouco tempo antes do Codebits deste ano, apercebi-me que desde o primeiro que tenho participado activamente com algo. No primeiro ano, ressuscitei, com o Nelson Martins, Os Especialistas e fizemos uma série de cartoons sobre o evento. No ano seguinte levei a coisa mais além e fiz uma apresentação: “Webcartooning ao vivo e a cores“, […]

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O Acordo Macacográfico

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Tiálogos XXXI – Faquigárfo

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Há demasiadas coisas que não ficam registadas, como a forma como dizes “friogorí­sco” em vez de frigorí­fico, ou como já desenhas cruzes cuidadosamente, porque as mudanças são tantas e tão rápidas, mas há pormenores que são maiores e não podem ficar por escrever. Hoje, ao almoço, pediste uma faca e para surpresa colectiva pegaste nos […]

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O Acordo Ortográfico trama-me a leitura

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Recentemente, estava a ler notí­cias sobre o fascinante tema do Orçamento do Estado quando empanquei numa frase. Dizia que o “Governo adotou certas medidas”. E eu estava prestes a passar í  frente, mas ficou-me aquela… uma palavra nova, “adotou”, que eu, naturalmente, li como “a-dú-tou”; pensei tratar-se de algum termo económico até aqui desconhecido para […]

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