District 9 foi um daqueles filmes que ficou por ver nos últimos anos mas que sempre me deixou curioso. Esta semana, aproveitando uma noite de férias, vi-o finalmente.
É um grande filme. Mas deixem-me dizer já que não tenho grande paciência para as as discussões filosóficas sobre a mensagem do filme e as suas alegorias. Sim, o filme é baseado nos acontecimentos passados no District 6 em Joanesburgo Cape Town durante o apartheid e é uma clara referência a racismo, segregação, abuso de poder, privatização da polícia e por aí fora.
A mensagem do filme nem é muito metafórica, é quase literal. “Isto” é o mesmo que “aquilo”, mas com humanos e aliens, em vez de brancos e pretos.
É ponto assente e a aceite e não me venham com conversas de que esse é o principal aspecto do filme ou o que mais vos tocou. Essa é apenas a premissa e é entregue de forma crua, sem desculpas bem no meio da testa do espectador.
Os extra-terrestres estão extremamente bem conseguidos, sobretudo se considerarmos que este é um filme com um orçamento de 30 milhões e que os personagens parecem mais verosímeis e realistas do que a trampa do Avatar inteiro (que tenho aí, mas ainda não consegui ver porque sempre que tento desato-me a rir com a qualidade do CGI).
Este é o filme de sci-fi que os americanos não têm coragem de fazer. É um filme que não tem problemas com violência, que não nos mostra uma intensa batalha de meia hora sem sangue. Aliás, sangue não falta – ou não fosse produzido por Peter Jackson. É um filme em que acontece precisamente aquilo que esperamos que aconteça a uma raça extra-terrestre í mercê de seres humanos; não é, decididamente, o E.T.
A história é boa, a premissa é sólida, porque é baseada numa das realidades mais cruéis que a humanidade já viveu, os actores desempenham bem – o sotaque afrikaner do actor principal é um mimo; E o final, sem querer entrar em spoilers, é como o final de uma história verdadeira: sem crescendo da orquestra, sem beijos, sem cãozinho salvo por uma unha negra.
Já estão disponíveis no set de Flickr dedicado ao assunto (troquei o simples set por uma colecção mais bem organizada), as primeiras fotos da casa nova.
Tenho fotos anteriores í escritura mas hesito publicá-las porque as pessoas ainda lá estavam a viver e sinto que não devo fazê-lo.
Agora, no entanto, a casa já é nossa e nada como umas boas fotos do “antes” para podermos mais tarde podermos comparar com o “depois”.
Hoje era o dia marcado para a nossa escritura. Finalmente, depois de quatro meses da reserva feita e mais ainda desde que vimos a casa pela primeira vez, fomos assinar a papelada e ver uns cheques passarem de mãos.
Só tinha previsto três cenários de possível desastre: o vendedor desistir de repente, faltar qualquer coisa ou dar-se algum imprevisto que adiasse a escritura e tratarmos de tudo, mas ficarmos sem chave.
Felizmente os dois primeiros não se concretizaram.
Mas começo a achar verdadeiramente assustador como adivinho os problemas que vamos ter. Claro que não ficámos sem chave o que seria, sejamos honestos, idiota da nossa parte. Mas o vendedor não a tinha levado para nos entregar e estivemos í espera que a fosse buscar.
Fomos informados que ainda sobravam alguns livros e outros objectos na casa, pelo que a segunda cópia da chave ficará com o (agora) antigo proprietário, para terminar a mudança.
Como não nos vamos mudar imediatamente, não nos custou aceitar isto.
E a mim, sinceramente, não me custou mesmo nada ver que a casa está praticamente na mesma e que “alguns livros e objectos” são, na verdade, vários móveis, aparelhagens, cadeiras e sofás, camas desmontadas, colchões e até máquinas de lavar e um fogão.
Não me custou, porque, mais uma vez… já estava í espera.
A casa está no estado em que nós já sabíamos que estava – muito mau. Felizmente, agora que a vimos de alto abaixo, com calma, não demos com nenhum problema que não soubéssemos já existir, tirando, claro, os ninhos de vespas que, com o calor, apareceram no sótão.
Mais uma vez, como já nos tínhamos apercebido pelas visitas já feitas í casa, as áreas não estão de acordo com a planta. Há divisões mais pequenas 40 cm de um lado, 30 cm do outro, mas em contrapartida, há outras maiores e o melhor é mesmo que o terraço é bastante maior do que aparece na planta. O saldo, então, entre áreas que afinal são mais pequenas e as que afinal são maiores é positivo.
Concluímos também mais algumas coisas que não tínhamos tido oportunidade de concluir em visitas anteriores por termos tido pouco tempo e, também, por ser Inverno: a zona é muito calma e raramente se ouve o barulho de um carro. A casa é bastante luminosa, apesar de não ser orientada Este-Oeste (mas Sudoeste-Noroeste), estivemos até bem meio da tarde lá e tínhamos luz abundante nas divisões principais. Apesar de já estar algum calor e de se tratar de um último andar, a casa estava fresca e corria uma corrente de ar simpática – em contrapartida, quando voltámos í nossa actual casa, o calor na sala estava insuportável (já mencionei que o ar condicionado da sala avariou quando o calor começou?).
Finalmente, ficou óbvio que assim que começar o Sol, vai ser possível trabalhar no bronze ali mesmo, no terraço, durante a tarde inteira.
Agora começa o contra-relógio para fazer as obras. Cada mês que passar sem as obras feitas é um mês em que estamos a pagar as duas casas, portanto quanto mais depressa dermos andamento í renovação, melhor. Vamos amanhã fazer os contratos básicos de serviços e depois quero começar a documentar fotograficamente todo o processo. Já tenho fotos de como estava a casa quando a fomos ver pela primeira vez, mas ainda não sei se as publico… de toda a forma, assim que tiver o set de Flickr pronto, partilho o link.
Algures em Março de 2007 nasceu o meu filho e comprei uma PS3. Ambos me têm acompanhado diariamente e ambos me têm dado alegria, diversão, horas e horas sem dormir e por vezes, alguma frustração.
Hoje em dia, o Tiago já se senta ao meu lado para me ver jogar na PS3 e ocasionalmente já brinca com o comando; hoje mesmo, estava a jogar Ratchet & Clank para ele quando a consola crashou.
Fui fazer outra coisa, mas mais tarde, quando a tentámos ligar novamente, recusou-se. Daí para a frente tentei tudo, desliguei, voltei a ligar, fiz reset, acedi ao menu de recovery e tentei recuperar o sistema, mas não valia a pena.
A minha PS3, uma original de 60GB com um feature set muito superior í s actuais e tendo custado o dobro do preço, sucumbiu í infame “yellow light of death”.
Chamava-se EventHorizon, porque estava obcecado com o filme quando a comprei, mas hoje passou a ser conhecida como Fatty.
Tendo tirado uma semaninha para por as ideias de molho e as pernas ao alto – e também para fazer a escritura da casa nova – decidi que tinha que aproveitar para ir fazer algo que não fazia há muito tempo com a minha mulher.
Fomos ao cinema.
Decidi ir ver o Kick Ass, por múltiplas razões – primeiro porque tinha visto os trailers há uns meses atrás e gostei; e depois porque vi os posters no SXSW e achei-os igualmente fantásticos.
Anyway, long story short: o Kick Ass é o tipo de filme que foi feito para mim, praticamente sem tirar nem por. Baseado no comic homónimo de Mark Millar e John Romita Jr., conta a história de super-heróis da vida real.
Dos que decidem tornar-se heróis e lidar com as consequências, aos que planearam um bocadinho melhor a coisa e sabem o que fazer.
Este filme é divertido, meio weird, muito anti-heróico e extremamente violento. Mesmo sendo um pouco cartoon violence, não deixa de dar uma nota de particular vivacidade í trama. Ou deveria dizer mortandade?
Se gostam de porrada, heróis que apanham na tromba, head shots e rapariguinhas de 13 anos, este filme é para vocês.
E não é por acaso que o post abre com uma foto de Chloe Moretz, aka Mindy, aka Hit Girl. Esta jovem (ênfase no jovem), actriz de 13 anos domina completamente o filme.
Se o body count é elevado (muito elevado), a principal responsável é a pequena Hit Girl com a sua saiazinha de xadrez e cabeleira violeta. E quando o protagonista, Dave Lizewski, aka Kick Ass, lhe pergunta como a pode contactar ela responde simplesmente:
“You just contact the mayor’s office. He has a special signal he shines in the sky; it’s in the shape of a giant cock!”
Portanto se o que descrevi vos agrada, façam o favor a vocês mesmos e vejam este filme. Vão ao cinema, façam donwload, esperem pelo blu-ray, tanto faz. This is the reason movies were invented.
District 9 foi um daqueles filmes que ficou por ver nos últimos anos mas que sempre me deixou curioso. Esta semana, aproveitando uma noite de férias, vi-o finalmente. É um grande filme. Mas deixem-me dizer já que não tenho grande paciência para as as discussões filosóficas sobre a mensagem do filme e as suas alegorias. Sim, […]
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