Nos últimos dias mal tenho tido tempo para me coçar e tenho tido a preciosa ajuda dos meus pais e da minha sogra para tomarem conta do Tiago, não sei o que faria se não tivesse.
Acordamos os dois de manhã e o Tiago começa sempre por se lamentar porque não está ninguém em casa. Para ele, a casa sem a mãe é o mesmo que a casa vazia, diz “quero a minha mamã”, mas depois de lhe explicar que a mãe está no hospital e que ainda vai demorar uns dias a chegar, geralmente anima.
Dou-lhe o pequeno almoço, visto-o e levo-o í creche, tarefa que tem sido facilitada pela utilização do automóvel, essa grande invenção.
É quase criminoso levar o miúdo de carro num percurso de pouco mais de 1 km, mas sinceramente, a rapidez ajuda-me a mim e a viagem de carro diverte-o a ele.
Não tem ficado mal na escola, onde tem passado as manhãs no pátio principal juntamente com todos os outros miúdos até í escola primária. Percebi que gosta de amuar assim que chega porque as meninas da primária vão ter com ele, fazem-lhe perguntas e festinhas. Parvo é que ele não é.
Hoje segui para o forum onde cheguei ainda antes das lojas abrirem.
Tive que ir comprar um novo teclado já que o Jones fica sempre desorientado quando a Dee está grávida e desata a mijar por todo o lado. Desta vez, a vítima foi mesmo o teclado do PC. Comprei um Logitech k300, mas ainda nem o experimentei.
Seguiram-se mais duas horas de compras no Jumbo, para reabastecer a casa. Depois, uma corrida até casa para arrumar as compras e embalar alguma da carne para congelar e depois outra corrida até ao HGO para ver as meninas na visita das 13 í s 14.
De regresso, sentei-me um pouco no sofá a almoçar um pacote de batatas fritas para complementar o meu pequeno almoço (uma torrada). Joguei um bocadinho de Fallout 3, que encontrei na Game, em segunda mão, por menos de 10 euros, mas joguei pouco, porque estava na hora de voltar para o hospital para a visita das 17 í s 20.
Com a crise do Garcia de Orta, o serviço de obstetrícia está encerrado durante alguns dias por mês e por alguma sorte, esses dias são agora. Digo sorte porque isso significa que a Dee foi das últimas grávidas a parir no hospital esta semana e, lentamente, todas as que já lá estavam estão a ter alta.
Assim, de momento, está sozinha num quarto e não havendo partos lá em baixo, não haverá novas puérperas lá em cima. Pelo menos a privacidade é uma boa mudança, se bem que o descanso continua a ser parco já que na meia hora que se seguiu a eu tê-la deixado í s duas da tarde, foram lá mudar o saco do lixo, levar umas amostras da Mustela e mudar o filtro do ar condicionado.
Esta tarde apenas os meus pais apareceram para as visitar, levando o Tiago com eles para entrar í s 7 – hora da visita para crianças com menos de 12 anos.
Ele ontem reagiu bem, espreitou a irmã, fez algumas perguntas, reagiu ao choro. Hoje, ignorou-a imperialmente; entrou a dizer que queria dar um beijinho í mãe, deu, sem olhar para a irmã que mamava afincadamente. Depois quis-se ir embora.
Os meus pais levaram-no e deram-lhe jantar, eu fiquei até í s 8 a aproveitar ao máximo até ter que sair. Ainda passei na casa, onde fiz dois vídeos, que terão direito a post próprio e depois fui comer a minha primeira refeição decente do dia a casa dos meus pais.
Finalmente, í s onze e meia, o Tiago está a dormir e eu deixo-vos com um pequeno vídeo.
Foi um longo dia, o primeiro da vida da Joana fora da barriga da mãe. Para quem gosta de histórias detalhadas, aqui fica a primeira Joanalogia, a série literalmente irmã dos Tiálogos:
Acordámos uma hora mais cedo que o habitual, prepará-mo-nos e por volta das oito a minha sogra veio cá ter para tomar conta do Tiago. Ele acordou bem disposto e contente de ter a avó a tratar da rotina matinal e ela acabou por ir levá-lo e buscá-lo í escola, sem sobressaltos.
Seguimos para o Hospital Garcia de Orta, onde a cesariana estava marcada pelo Dr. Saraiva, desde há uma semana.
As coisas andaram todas muito bem — toda a gente foi simpática e prestável; a Dee foi sendo chamada primeiro para o CTG, depois para dar os dados pessoais para o internamento, depois para assinar o termo de responsabilidade da laqueação (acabo de me aperceber que não sei como ficou isso).
Naquele ir e vir, as primeiras duas horas passaram num instante.
Depois foi chamada para o bloco, perto das 11 e já só voltaria a sair quase í s duas da tarde.
Durante todo o tempo, jorraram mensagens, no Twitter e no Facebook que eu ia lendo para me ajudar a manter a ansiedade sob controlo. Quando tiver tempo, hei-de fazer um mural com essas mensagens todas, muitas de gente que apenas nos conhece online, dos blogs e das já referidas redes e que demonstraram uma empatia digna de uma família unida.
Entretanto, a Enfermeira Tina, que já nem trabalha no HGO, tirou o dia na clínica e foi trabalhar para o Hospital para ter a certeza que tudo corria bem. Quando chegou disse-nos que a Joana já devia estar cá fora e de facto, um pouco depois de entrar, já tinha a Joana ao colo.
Nasceu í s 39 semanas, no dia 14 de Julho de 2010 í s 11:44 com 3,150 kg. Apgar 10/10, bochechinhas rosadas e bastante vocal.
Quando a vi pela primeira vez, já abria os olhos, chorava e chuchava no dedo
Como as coisas estavam calmas no bloco de partos, foi-nos dada a hipótese de entrar um pouco e estar com as meninas. Nessa altura, com menos de duas horas cá fora, a Joana já mamava afincadamente e sem hesitação.
Às duas, tive que as deixar e fui almoçar com os meus pais, voltando perto das quatro para o hospital onde andei a vaguear e a tirar fotos até ser hora da visita í s cinco da tarde.
Assim que pude, entrei para as ver. A Joana é muito diferente do irmão quando nasceu e essa diferença tem sobretudo a ver com as duas semanas mais que passou lá dentro (o Tiago nasceu com 37). É maior, mais rechonchuda e mais activa — e reivindicativa, também.
Não gosta de ruído e qualquer barulho inesperado a faz estremecer, ou mesmo desatar a chorar. A certa altura o meu telefone tocou e foi um berreiro. Mas acalma-se depressa com uma de duas coisas: maminha e colinho.
Colo da mãe: a Joana aprova.
Mais ao fim do dia, apareceram os avós, que traziam o Tiago que adorou estar no hospital — um sítio que ele vinha repetindo que queria visitar, ultimamente.
Reagiu bem í irmã, cheio de sorrisos e curioso a olhar para ela, mas era mesmo a mãe que o preocupava e agarrou-se í Dee a perguntar-lhe se não queria sair dali.
Acabou por aguentar pouco tempo no quarto apertado do HGO (três camas e a Dee parece ter a sina de ficar sempre na do meio), levei-o lá fora onde foi a correr buscar o meu pai e o puxou para “ir ver a Joana”. Como era apenas horário de visita dos pais, os avós não podiam entrar e eu achei que o Tiago ia ficar demasiado agitado, portanto os meus pais levaram-no com eles e eu fiquei mais um pouco.
Mudei a minha primeira fralda a uma menina. E depois mudei a segunda porque, turns out, as meninas também fazem xixi mesmo quando estamos a meio de mudar a fralda. O primeiro banho ficou para amanhã.
No final do horário da visita, saí, até porque agora já não é como quando nasceu o Tiago em que podia ficar ali até ser corrido pela enfermeira, já que agora tenho que dar jantar e por o Tiago na cama.
Como sempre, custou-me deixar a Dee ali. O conforto não é muito e a privacidade quase nenhuma e ela tem que estar lá sozinha, a recuperar da cesariana e a ter que tomar conta de uma recém-nascida.
Felizmente, as enfermeiras e auxiliares pareceram simpáticas e disponíveis, contrariamente ao que aconteceu com algumas, na altura do Tiago. Espero que lhes corra bem a noite e sobretudo, que não demore muito até que estejam em casa.
Após alguma resistência inicial, aceitou dormir um pouco no berço e deixar a mãe descansar
E aí estão as novidades do dia: já temos vidro. As janelas, colocadas ontem ainda sem vidro, receberam hoje o vidro duplo. Além disso, foram instaladas também já com vidros as três portas de abrir que dão para o terraço.
As enormes portas de correr da marquise também estão no sítio, mas está tudo muito torto e a fechar mal.
Finalmente, além de mais umas camadas de tinta, estavam lá, em cima do móvel da cozinha, as cinco amostras de pavimento flutuante para escolhermos uma. Duas são faia, duas carvalho e uma wengé. Como não queremos chão escuro, pusemos o wengué de lado e estamos indecisos entre uma das faias e um dos carvalhos, abaixo, na foto, ou o do canto inferior esquerdo ou o do canto superior direito:
Amostras de pavimento flutuante, 2 de carvalho em cima, 2 de faia em baixo.
São de alumínio lacado branco, incluem os estores, mas ainda não têm o vidro montado. São sete janelas, no total, todas de abrir e com fechadura para segurança adicional, pelo menos enquanto as crianças são pequenas.
Também era suposto serem basculantes, mas eu sou um ignorante nesse aspecto e como não sei como é suposto funcionarem, não cheguei a perceber se são basculantes ou não.
Entretanto já me informaram como fazer, portanto amanhã posso verificar.
Além disso, a estrutura básica da marquise parece terminada, a maioria das portas interiores já têm uma camada de tinta e muitas das tomadas eléctricas e alguns interruptores já estão no sítio.
Já não vale a pena voltar a dizer quais as novidades de Sexta-feira, na casa nova, já que, sendo fim de semana, não há nada a acrescentar. No entanto, fui lá hoje para tirar mais fotos para o, já enorme, registo da remodelação.
Esta é uma delas:
A marquise em frente ao quarto do Tiago, em plena construção.
A obra continua a correr muito bem. Fomos hoje ao IKEA comprar os puxadores para os móveis da cozinha por se tratar da última hipótese de o fazermos antes do nascimento da Joana e do período de recuperação da Dee.
Brevemente, escolheremos o chão para todo o resto da casa e chegarão as janelas. Depois disso, entramos mesmo em fase de acabamentos e detalhes.
Acredito que, uma vez colocado, o chão – embora ainda vá dar muito trabalhinho – tenha um impacto muito significativo na imagem que temos da casa.
Acho que já estou habituado a pensar na casa como tendo chão de betonilha e quando a vir com o pavimento flutuante vai ser preciso um reajuste mental.
No dia 13 de Julho faz dois meses que a obra começou e ter-se-ão trabalhado um total de 43 dias e no dia seguinte espero ver a minha filha pela primeira vez.
Nos últimos dias mal tenho tido tempo para me coçar e tenho tido a preciosa ajuda dos meus pais e da minha sogra para tomarem conta do Tiago, não sei o que faria se não tivesse. Acordamos os dois de manhã e o Tiago começa sempre por se lamentar porque não está ninguém em casa. […]
Foi um longo dia, o primeiro da vida da Joana fora da barriga da mãe. Para quem gosta de histórias detalhadas, aqui fica a primeira Joanalogia, a série literalmente irmã dos Tiálogos: Acordámos uma hora mais cedo que o habitual, prepará-mo-nos e por volta das oito a minha sogra veio cá ter para tomar conta […]
E aí estão as novidades do dia: já temos vidro. As janelas, colocadas ontem ainda sem vidro, receberam hoje o vidro duplo. Além disso, foram instaladas também já com vidros as três portas de abrir que dão para o terraço. As enormes portas de correr da marquise também estão no sítio, mas está tudo muito […]
A maior novidade do dia são as janelas. São de alumínio lacado branco, incluem os estores, mas ainda não têm o vidro montado. São sete janelas, no total, todas de abrir e com fechadura para segurança adicional, pelo menos enquanto as crianças são pequenas. Também era suposto serem basculantes, mas eu sou um ignorante nesse […]
Já não vale a pena voltar a dizer quais as novidades de Sexta-feira, na casa nova, já que, sendo fim de semana, não há nada a acrescentar. No entanto, fui lá hoje para tirar mais fotos para o, já enorme, registo da remodelação. Esta é uma delas: E há muitas mais no sítio do costume. […]