Novas fotos

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Depois de um perí­odo razoavelmente longo sem tirar fotos da casa nova, fomos ontem até lá fotografar todas as divisões. A ideia que tinha é que, com acabamentos de pormenor a decorrer, não se veriam grandes diferenças, mas apesar de tudo entre a dose anterior e este novo conjunto de fotos de cada divisão podem ver-se muitas diferenças.

As mais marcantes são as das casas de banho que estão praticamente prontas, mas nos quartos pode ver-se que a zona das janelas está a ficar bestial com tudo branquinho, dos mármores í s tampas dos estores; nota-se também que os rodapés passaram de pedaços de MDF mal pintados a tiras perfeitamente brancas. Na sala, a parede da porta de entrada foi finalmente arranjada e tanto aí­ como no hall, as portas principais também estão pintadas de branco.

Até reparámos nos rodapés cerâmicos montados no terraço e que eu, apesar de andar a ir í  casa diariamente, ainda não tinha visto.

As coisas andaram muito mais devagar durante o mês de Agosto, é verdade, mas nunca chegaram a parar completamente. Espero que agora que começa Setembro, se avance para a finalização da obra.

Até lá, vejam as fotos no Flickr e aqui fica uma das minhas preferidas, não pela imagem do apartamento, mas pelo detalhe do Tiago:

Sala, dia 76

A actividade favorita do Tiago na casa nova é correr, como é evidente. Espero que continue a divertir-se lá depois de haver móveis.

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Jantar sem Bimby

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Estive quase para pegar na Bimby e fazer, para o jantar, uma receita que costumo fazer com tachos e panelas, mas depois de uns 10 minutos a puxar pela cabeça, sinceramente, não consegui descortinar qual a vantagem de usar a Bimby para o Macarrão Big Chef.

Depois fiz um esforço maior, pensei mais e lembrei-me que no fim, seria obrigado a andar a tirar bocados de ingredientes debaixo das lâminas da máquina e conclui que fazer o jantar na minha velha panela com mais de 12 anos era mesmo mais prático.

E já agora, deixo-vos com a receita, claro.

Há muitos anos atrás, o meu amigo Rui Batista, companheiro de cantoria nas dantescas aulas de Geometria Descritiva da ESBAL, ensinou-me este simples, mas delicioso prato que ainda por cima é flexí­vel e permite adicionar ingredientes e alterar a receita conforme o apetite da malta.

Macarrão Big Chef:

  • 250 g de macarrão riscado (ou outra massa qualquer)
  • 1 embalagem de cubos de fiambre
  • 1 embalagem de queijo ralado (mozzarella, por exemplo)
  • 1 ou 2 dentes de alho
  • manteiga qb
  • cogumelos (a gosto, eu uso um saco inteiro, congelados)
  • ketchup
  • mostarda
  • óregãos
  • 1 pacote de natas (eu uso de soja, but whatevs)

Derrete-se a manteiga num tacho, atira-se o alho lá para dentro até deitar aquele cheirinho bom e depois juntam-se os cogumelos para saltear.

Põe-se água salgada ao lume í  qual se junta a massa para cozer conforme as instruções da embalagem.

Quando os cogumelos estiverem passadinhos (velocidade olhómetro, temperatura qualquer), juntam-se os cubinhos de fiambre que sobrarem depois do puto ter estado a rapinar a embalagem.

Adiciona-se 1 colher de sopa de mostarda e 2 de ketchup ou mais ou menos de cada ingrediente, conforme preferirem. Mistura-se, velocidade colher de pau í  mão ou de plástico, se preferirem. Juntam-se óregãos e deixa-se apurar 1 minuto ou 2 – deve começar a cheirar bem.

Juntam-se as natas, mistura-se tudo bem e deixa-se engrossar a gosto.

No fim, se estiver tudo sincronizadinho, a massa deve estar pronta na altura em que o resto já está porreirinho. Escorre-se a massa e junta-se-lhe o queijo na panela onde cozeu. Tapa-se uns 2 ou 3 minutos para o dito derreter.

No fim, deita-se tudo para dentro do molho e mistura-se bem.

Convém ir mantendo os putos í  distância durante o processo porque eles vão querer devorar esta treta mesmo antes de estar pronta. Fica BOM.

Dá para misturar bacon, azeitonas, cubinhos de cenoura, tomate, etc, etc… é muito fácil adaptar esta receita.

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Em tudo o que toca…

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Aproximava-se violenta e descontroladamente a data da inspecção periódica obrigatória do meu veí­culo automóvel e eu, como sempre, sem vontade nenhuma de tratar do assunto.

Em conversas por aí­, ouvi falar bem da Midas e, havendo uma que até me fica em caminho para a estação, decidi experimentar.

Uma oficina não é um local para o comum mortal. A maioria das pessoas divide-se nas que não percebem um boi de mecânia, as que também não percebem, mas fazem de conta e as que sabem alguma coisa e sabem falar a linguagem dos mecânicos.

Eu não percebo nada de mecânica. Tenho vindo a aprender algumas coisas ao longo dos tempos e continuo maravilhado com alguns dos gajos que conheço que dizem sempre coisas muito peremptórias e finais: isso é claramente o joelho do braço da suspensão traseira que tem uma folga na bucha de dilatação. E depois, claro, não é nada, era só falta de óleo na dobradiça da porta do pendura.

Mas homens a diagnosticar carros com sintomas mí­nimos do tipo “oiço um nhec quando viro í  direita para o Centro Sul”, são quase tantos quantas velhinhas a diagnosticar as doenças umas das outras por meras dores “que começam aqui em cima e descem por aqui até pararem na parte de baixo da porção superior da anca”.

Eu cá, prefiro levar o carro í  oficina e pronto, pelo menos lá, os gajos que mandam bitaites cobram-me dinheiro no fim, tornando tudo muito mais oficial.

Para sublinhar a impressão que “se não percebes de carros não és homem”, as oficinas costumam ser lugares pouco acolhedores, em que ninguém te dirige a palavra e olham para ti com o desprezo de quem pensa, “este gajo não percebe nada de centralinas”.

Na Midas não foi assim. É uma oficina muito orientada ao serviço ao cliente e o mecânico que por lá estava, encarregue daquilo, dirigiu-se logo a mim, cumprimentou-me, perguntou-me o que se passava.

Não me fez perguntas crí­pticas sobre suspensões e  transmissões, mas, como um médico, tentou que eu lhe explicasse por palavras de leigo o que se passava com o carro.

OK, não se passava nada de especial, queria uma revisão rápida e ida í  IPO, mas, já agora, tenho-o sentido nervoso quando travo. Sei lá se são os amortecedores ou uma depressão ao ní­vel da cambota; mas lá que o gajo abana o cú quando lhe piso o travão, abana.

Ao fim do dia, tinha o carro revisto e inspeccionado e o problema de nervos descortinado: um pneu todo escafiado.

Saí­ de lá com a garantia de que o meu Mercedezinho, 206 mil km e 17 anos (faz agora dia 4), está impecável; passou nas inspecção sem problemas e ainda veio com dois pneus novos na traseira e agora parece que está de pantufas.

O Sr. Aní­bal, da Midas de Almada, foi prestável, simpático e informativo, além de me dar a impressão de ser alguém que efectivamente sabe do que fala. Explicou-me o que se passava com o carro, telefonou-me a reportar o problema e a dar o orçamento para a reparação; telefonou-me novamente a informar que o carro estava pronto.

Acho que há mercado para um serviço de manutenção automóvel mais user friendly, em que um tipo não tem que largar metade do ordenado, como nas oficinas das marcas, nem ter um curso avançado de mecânica automóvel e uma apreciação refinada por calendários de gajas nuas, como nas oficinas de bairro.

Eu gostei do serviço da Midas e planeio lá voltar.

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Fantástica sanita

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Depois de dois dias quase sem novidades aparentes, hoje dei com a casa de banho grande com sanitários e torneiras montadas.

Aqui fica o ví­deo comemorativo.

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Bimby, uma semana

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Passou uma semana desde que tenho uma Bimby por empréstimo cá em casa. Ainda não fiz tudo o que queria fazer com ela, mas de cada vez que a uso, a minha opinião vai-se cristalizando.

A primeira impressão não foi particularmente boa, mas a maioria dos problemas eram relacionados com más receitas que vêm no chamado livro-base.

Donos de Bimbies (é este o plural de Bimby?), insistiram para que experimentasse este ou aquele prato especial, aquele que é “o” prato a fazer na Bimby. No entanto, as sugestões roçavam todas o mesmo, ou seja, nada que dê um jantar: caipirinhas, sorvete, granizado, sumos ou doces, como o leite creme.

Fiz leite creme. E fiz suspiros. E ficou bom, mas deixem-me dizer o seguinte: é difí­cil juntar leite, claras, ovos e açúcar e não fazer algo bom. Aliás, se eu misturar agora mesmo ovos com açúcar e um pouco de leite, nem precisa de ir ao lume que fica bom.

O que eu esperava de uma Bimby

Até agora, a Bimby não é, decididamente, o que eu estava í  espera.

O que eu estava í  espera, e que me foi dado a entender que a Bimby é, era de uma máquina para onde se atiravam ingredientes, rapidamente descascados e sem ser preciso sequer partir muito, se escolhiam umas temperaturas, tempos e velocidades e, “do outro lado”, saia comida feita.

Mais: a Bimby vem com um livro de receitas simples e rápidas. E mesmo com outras receitas a Bimby é simples e rápida a fazer comida boa.

Podia esmiuçar estes conceitos todos, mas acho que nem vale a pena e, sinceramente, também não vale a pena dizerem-me que tive azar, que não percebi a Bimby ou que a culpa é do clima. Os dois parágrafos anteriores descrevem, grosso modo, aquilo que me tem vindo a ser transmitido pelos donos de Bimbies desde que oiço falar da máquina e praticamente nada se concretizou na experiência que tive com ela.

A minha mulher não cozinha, se o conseguir evitar; não gosta, não é uma coisa que lhe dê gozo e portanto algo que cumprisse o que a Bimby promete seria o ideal para ela ter o jantar pronto para os miúdos todos os dias a horas decentes. Este foi o principal papel que a Bimby falhou em concretizar.

Mas vejamos em maior detalhe:

A máquina

A Bimby é uma máquina grande e pesada. Nada de espantar, tendo em conta que tem múltiplas funções e necessita de um espaço com volume suficiente para cozinhar uma refeição para, pelo menos, quatro pessoas.

É muito fácil de usar, com comandos grandes e bem legendados que parecem ainda estar bem protegidos contra infiltrações de lí­quidos. O painel LCD e os avisos sonoros certificam-se que o utilizador está sempre informado do que se está a passar.

O aparelho é composto de uma base onde está alojado o motor, os comandos, a balança e o foco de indução magnética, um copo onde se colocam os alimentos, respectiva tampa, uma lâmina quadrupla, uma espátula, um cesto para cozer alimentos sem serem atingidos pela lâmina e outro para os cozer a vapor, em cima do copo. Finalmente, há uma “borboleta” de plástico que serve para bater claras em castelo, por exemplo.

Não achei a máquina particularmente robusta e abana por todo o lado nas velocidades mais altas. Como é emprestada, se calhar estava mais ansioso do que o costume e se fosse minha se calhar não me preocupava, mas a verdade é que houve alturas em que me perguntei se aquilo realmente aguentaria muito mais tempo na velocidade 9.

Funções

A Bimby é o que se chama um robot de cozinha, termo bastante infeliz para quem, como eu, cresceu a ler contos do Asimov. Um verdadeiro robot de cozinha seria um andróide de avental que vai buscar os alimentos, prepara-os e faz uma refeição, tudo sem magoar ou por inacção permitir que um humano se magoe.

O que é óptimo, porque se pensarmos bem, a comida teria que ser sempre excelente e ao gosto do humano, caso contrário iria contra as leis da robótica.

Mas pronto, é um robot de cozinha porque tem múltiplas funções e as ditas são:

Balança; como balança, a Bimby funciona. Não tem nada de especial, apesar dos donos da Bimbies parecerem achar especial o facto da balança fazer reset após cada ingrediente para pesar o próximo—isto é uma função vulgar de qualquer balança. Next.

Picadora; como picadora a Bimby é muito competente e creio mesmo ser esta a melhor de todas as funções da máquina. As lâminas parecem ser particularmente boas e o motor bastante potente e equipado com um potenciómetro com 10 velocidades, marcha-atrás e turbo, é possí­vel cortar alimentos, picá-los, estraçalhá-los e mesmo vaporizá-los completamente e com a “marcha-atrás” é possí­vel apenas mexer a comida enquanto cozinha.

Batedeira; a Bimby também é uma boa batedeira, pelas mesmas razões que é uma boa picadora, no entanto, a “nota final” (mais abaixo), aplica-se particularmente í  função de batedeira.

Panela; como panela a Bimby simula o conjunto panela + placa de indução, aquecendo rapidamente e mantendo, com facilidade, a mesma temperatura. Isto impede que os alimentos queimem e peguem ao fundo. Infelizmente, também impede que ganhem sabor. Por alguma razão um bom churrasco na brasa sabe tão bem: é que as brasas estão quentes.

Portanto, como panela, a Bimby é boa para cozer comida. Se forem principalmente adeptos de fritos, grelhados ou assados, a Bimby não faz. Prepara, para depois se cozinharem noutros aparelhos, mas não faz sozinha.

Cozedora de vapor; não sei o que dizer sobre a Bimby como aparelho de cozer a vapor. A razão é simples: detesto comida cozida a vapor e portanto, não experimentei. Suponho que seja competente, já que faz vapor com facilidade e o faz sair pelo topo do copo para o compartimento acessório de cozer a vapor.

Nota final (cá está ela): Nas funções que envolvem colocar alimentos no copo e usar as lâminas, a Bimby tem, para mim, um grande defeito: é uma chatice tirar coisas lá de dentro.

As lâminas estão montadas de tal forma que os alimentos ficam enrolados no eixo ou comprimidos por baixo das pás. Por exemplo, quando fiz almí´ndegas, a receita dizia para colocar x pés de salsa e depois de picar tudo, junto com a carne, dei com parte significativa da salsa enroladinha no eixo, por picar.

Como referi, como batedeira, esta chatice triplica: é que numa batedeira normal, eu bato tudo no recipiente e no fim, levanto as varinhas que vão para lavar e despejo a massa com ajuda de um salazar. Na Bimby, as lâminas estão no caminho e dificultam í  brava a operação. No entanto, não posso desmontar as lâminas para ajudar, porque aí­ fico com um buraco no fundo do copo.

A comida

Já falei de comida no post anterior. É verdade que ainda não experimentei receitas “minhas”, sem ser do livro-base. Mas também é verdade que quanto mais uso a Bimby menos percebo para que serve. Não consigo, de forma óbvia e rápida, descortinar as suas vantagens na preparação de comida.

Em duas ocasiões, a comida veio por fora. Já me garantiram que isso nunca acontece, pelos vistos, só me aconteceu a mim, mas eu não fiz nada senão seguir receitas oficiais.

Creio que aconteceu porque eu não estava a vigiar, mas… eu não estava a vigiar porque essa é suposto ser uma das vantagens da Bimby.

Para cozinhar tenho panelas e até posso comprar das baratas porque fazem o mesmo do que as caras e quando me farto delas vão para o lixo e compro novas.

Raramente pico coisas na picadora… porque haveria de começar agora? Cebola, alho e salsa pico com a faca e até compreendo que fosse melhor com a Bimby, embora o ideal da simplificação, para mim, fosse não ter que pegar na faca de todo, mas como continuo a ter que descascar e cortar em pedaços os vegetais… então dou mais um passo e pico-os í  mão.

Para passar sopas, tenho uma excelente varinha mágica Braun que nunca me deixou ficar mal e faz cremes em poucos minutos, tal como a Bimby.

E para cozer comida… bom… sinceramente, comida cozida não está no topo da minha lista de preferências gastronómicas. Gosto muito de grelhados, na brasa então upa, upa; não adoro fritos, mas prefiro a cozidos e os assados também vêm antes destes na lista de preferências.

Claro que gosto de cozidos, í  portuguesa, por exemplo; ou de feijoada, ervilhas com ovos ou mesmo chili con carne, mas aí­ é que não vejo mesmo vantagem na Bimby: são comidas de atirar coisas para panelas e esperar que seja Sábado. E aí­, não é precisa a pressa que a velocidade da Bimby oferece, pelo contrário: quanto mais tempo o ragú estiver ao lume, melhor fica.

A máquina parece ser boa a fazer doces, de facto. A coisa mistura bem, o “lume” brando necessário para algumas confecções mais delicadas é fácil de controlar e no fim, há maiores probabilidades de correr tudo bem com receitas mais complicadas.

Mas… eu não quero fazer doces. Assim como assim, deu-me muito trabalhinho chegar aos 37 sem barriga, não tenho qualquer desejo de ter em casa uma máquina sensacional para fazer baba de camelo e estragar tudo.

E é assim que concluo:

Principais vantagens da Bimby

  • Se foi oferecida, será certamente prática para fazer sopa, doces e refeições completas, desde que se atine com receitas que se goste;
  • Se tudo correr bem e escolhendo as receitas certas, pode chegar-se ao fim com uma refeição pronta e tendo apenas o copo da Bimby para lavar. Acredito que, com prática e conhecendo bem a máquina, esta se torne a maior vantagem: jantar feito e nada de loiça para lavar;
  • Não havendo azares, há perí­odos de alguns minutos em que podemos ir í  nossa vida e depois a Bimby apita quando estiver pronta.
  • Como mencionou o Eduardo nos comentários, substituindo vários electrodomésticos e podendo estar sempre na bancada í  espera de ser usada, a Bimby é prática porque ocupa menos espaço do que todos os electrodomésticos que substitui juntos e lá está, suja menos “loiça”.

Principais desvantagens da Bimby

  • É carí­ssima. Deixem-me sublinhar bem este tema porque parece fugir í  compreensão de muita gente: a Bimby custa um testí­culo¹ de massa. Creio que o único electrodoméstico que pretendo comprar que custa mais do que uma Bimby é um frigorí­fico americano; todos os outros que tenho são mais baratos e isto inclui: máquina de lavar loiça, máquina de lavar roupa, secador de roupa, placa de indução magnética, forno pirolí­tico, esquentador ventilado, exaustor, aspirador manual, aspirador robótico, micro-ondas, etc. Nada disto foi mais caro que uma Bimby.
  • Cheira “mal”. Não sei se a que usei é nova demais e depois perde o cheiro, mas enquanto cozinhei com ela, cheirou-me sempre mais ao plástico da máquina e algo mais que creio ser o motor, do que í  comida. Não é um cheiro hediondo, mas está lá e, sinceramente, quando cozinho, o cheirinho da comida é suposto ser uma das partes boas.
  • Faz barulho. Acima da velocidade 3, a máquina já faz um barulho considerável e quando apita é irritante sobretudo porque não pára de apitar até lá irmos desligá-la.
  • Não deslumbra. Pois. Depois de tanta conversa, de um seguimento quase religioso dos chamados “Bimbólicos” que a tratam por “a nossa menina” em foruns pela net fora e custando o que custa, I wanted nothing short of culinary orgasm. Em vez disso, tive um gigantesco “meh”.

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Finalmente

A minha reacção é mesmo essa: meh. Bah. Ou bof, como se diria nos paí­ses francófonos.

A Bimby não me convenceu, mas também não é uma porcaria. Não vou tornar-me ferrenhamente anti-Bimby, mas não consigo descortinar as suas vantagens—não consigo imaginar a minha vida com uma Bimby como sendo muito melhor.

Mas o busí­lis é esse. É que quem tem uma Bimby tece-lhe tamanhos encómios que fico claramente convencido que a Vorwerk, criadora do aparelho, tem nas mãos algo com o efeito Apple.

Qualquer pessoa que use computadores há anos suficientes sabe perfeitamente que um Macintosh não apresenta diferenças nem vantagens suficientes em relação a qualquer outro computador de hardware semelhante que justifiquem que custe o dobro, mas também sabe que há ali “algo”, o factor Apple, um bocadinho extra que se calhar também tem a ver com querer pertencer ao clube dos ‘cool kids’.

Sim, a Bimby faz muitas coisas. Mas não sei se dava sequer 500 euros por ela, sinceramente. Não me entusiasmou, não me simplificou a vida e não me maravilhou com as suas capacidades impressionantes.

Até a pulverizar açúcar, uma das coisas que costuma impressionar, a mim, sinceramente, só me fez pensar quem é que ia limpar a porcaria da nuvem de açúcar que me encheu a cozinha.

Em suma, na minha demanda por organização culinária, passei pela Bimby com a promessa de uma solução, mas encontrei mais do mesmo: a organização depende de mim e enquanto eu não encontrar uma fórmula, posso usar uma debulhadora industrial ou um campingaz com uma marmita de estanho que o resultado será o mesmo.

Não sei se ainda faço mais experiências com a Bimby. Mas para mim o veredicto já está selado: não preciso de uma e não consigo descortinar onde é que a máquina vale mil euros.

Se forem contemplados com a oferta de uma, acredito que lhe darão bom uso, mas a barreira do valor é o que estraga tudo para mim, no que toca a ‘value for money’ a Bimby deita tudo a perder.

¹ Colhão

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Depois de um perí­odo razoavelmente longo sem tirar fotos da casa nova, fomos ontem até lá fotografar todas as divisões. A ideia que tinha é que, com acabamentos de pormenor a decorrer, não se veriam grandes diferenças, mas apesar de tudo entre a dose anterior e este novo conjunto de fotos de cada divisão podem […]

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Jantar sem Bimby

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Bimby, uma semana

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