Nove da noite, os putos a dormir e eu a preparar-me para deitar as unhas ao GT5 quando tocam í porta.
Era a polícia.
Parece que um útil membro da nossa sociedade decidiu escaqueirar-me um vidro do carro, remexer as minhas coisas e ir-se embora sem levar nada.
Na altura praticamente nem reagi. Fui a casa buscar os documento e segui os agentes até í esquadra do Pragal para apresentar queixa.
“Serve de alguma coisa?”, perguntei eu.
“Pelo menos serve para não dizerem que Portugal é um país de brandos costumes…”, respondeu o polícia. E só com isso convenceu-me.
A PSP foi impecável, sugeriram-me que deixasse o carro í porta da esquadra durante a noite, para minorar as hipóteses de acontecer mais alguma coisa. Foram simpáticos, úteis, prestáveis e no fim, depois da papelada preenchida, ainda me deram boleia para casa.
Nunca me tinham assaltado o carro antes, se bem que, verdade seja dita, dantes eu tinha garagem.
Como um mal nunca vem só, claro, desatou a chover e choveu a noite toda. Dentro do carro, obviamente.
De manhã, tive que levar o Tiago í escola a pé, í chuva, antes de ir ao Pragal buscar o carro.
Seguiu-se uma visita í Sulcarvidro, na zona industrial do Feijó para encomendar um novo vidro que chegará amanhã.
Por causa de um anormal que provavelmente tem a capacidade intelectual de um quadrado de queijo e que merece passar o resto dos dias a comer trinca de arroz do chão de uma estrebaria, foi o meu filho para a escola a apanhar chuva, fui eu para a esquadra passar duas horas em vez de estar em casa calmamente a divertir-me que bem preciso, vou ter que pagar um vidro novo, gastando pelo menos duas manhãs com o processo (e dinheiro, claro, porque a seguradora só cobre vidros partidos por alterações térmicas, acidentes cósmicos ou telequinese).
Esse espécime sub-humano, indigno de sequer andar na mesma rua que eu, quando mais viver no mesmo país, deve ter satisfeito uma qualquer necessidade primária (suspeito que masculina, mas não quero discriminar í toa); terá ficado muito satisfeito por perceber que não havia nada de valor no meu carro – dois pares de óculos escuros razoavelmente antigos, uns carregadores de isqueiro, umas chaves de bocas -Â nada que valesse sequer perto dos 80 e tal euros que vou pagar por um vidro novo.
Bom, havia as cadeiras dos miúdos, mas isso não é coisa que se roube nem, aliás, deve ser nada com que a aventesma consiga sequer relacionar-se já que, não tenho dúvidas, que não sabe sequer o que é uma criança, quando mais uma cadeira automóvel para as transportar.
Estes parasitas só não são completamente inúteis para a sociedade porque acredito que dariam excelente estrume para alimentar colheitas ou mesmo canteiros em jardins públicos. E eu, que sou um gajo moderado, fico completamente alterado com coisas destas, com estes consumidores de oxigénio com pernas que interferem na vida dos outros, que agem impunes, causando danos, transtornos, incómodos com um acto simples e completamente inútil mostrando uma estupidez assoberbante e convencendo-me que, de facto, eu, como muita gente, me levanto de manhã e vou trabalhar todos os dias, para pagar os impostos que servem para pagar subsídios e rendimentos a estes animais.
Dá-me uma extrema-direitite aguda, aqui nos rins – porque violaram aquilo que é meu, porque invadiram o que me pertence, o carro – apenas uma carcaça – mas onde transporto a minha família, os meus filhos e que acaba por ser uma extensão móvel da minha casa; e pior ainda porque nunca vão ser apanhados e se fossem, nunca seriam, como deviam, fechados numa sala sozinhos com o Mr. Blonde.
"Ever listen to K Billy's 'Super Sounds of the 70s'?... It's my personal favorite."
E sim, eu sei que é um contra-senso usar um criminoso psicopata ficcional para ilustrar a ideia do vingador do criminoso, ranhoso, manhoso, merdoso da vida real que me partiu um vidro e sim, é só um vidro e sim, há milhares de militares nas favelas do Rio e gente com fome em ífrica e provavelmente muitos considerandos e atenuantes e muitas facetas e vertentes e variantes í Nacional 10, mas a verdade é que eu… só quero… QUE ME DEIXEM EM PAZ!
Este foi um fim de semana em cheio, sobretudo para o Tiago que há muito tempo que anda a passar os ditos fechado em casa a aturar os pais.
No Sábado, já estava ele a apagar, com sono, saímos para ir í festa de aniversário do seu maior amigo lá da escola, o Eddie.
O Eddie e o Tiago são uma instituição, neste momento, sempre que alguém se aproxima gritam-lhe “Eddietiago!”, pumba, marca registada. Nos dias em que o Eddie não aparece na escola, o Tiago fica preocupado e é a primeira coisa que me diz quando o vou buscar.
O Tiago protestou, foi complicado vesti-lo e adormeceu nos 5 minutos de viagem de carro até í festa, mas depois, assim que viu o amigo, tudo se dissipou e esteve duas horas imparável a brincar.
Depois, seguimos para casa da minha tia Bela para festejar o seu aniversário. A Joana demorou um bocadinho a aceitar que não ia para a caminha í s sete da tarde como gosta, mas lá acabou por adormecer e ainda ficámos um bocado, com o Tiago no sofá a ver um filme enquanto os crescidos jantavam.
No dia seguinte, foi a vez dos avós maternos levarem o Tiago para dar uma volta e brincar lá em casa. Mais uma vez, voltou exausto, já praticamente não jantou, limitou-se a lavar os dentes, tomar banho e adormecer quase assim que caiu í cama.
Ele fica quase insuportável quando está com sono, mas é bom vê-lo cansado por uma boa causa. Ando a planear levá-lo ao cimo do Cristo Rei para ver a ponte, duas coisas que ele vê aqui da janela e que provavelmente nem imagina que se podem ver de perto.
Por incrível que pareça, quando procuro no blog pela minha primeira receita de ‘chili con carne‘, reparo que a dita foi escrita há mais de seis anos, em Julho de 2004. Como o tempo passa.
Depois de andar a fazer experiências científicas para fazer recheio de tacos para o Codebits (a história toda há-de aparecer cá no blog em português, mas aqui está o que escrevi para o blog do CB, em inglês), e de ter cozinhado Nuclear Tacos para cento e tal pessoas, fiquei com vontade de fazer uma boa e velha panela de chili.
O chili e o recheio de tacos que faço é diferente, embora seja mais ou menos a mesma coisa, o chili é lentamente cozido numa panela com Guinness, enquanto a carne para os tacos foi apenas rapidamente frita e depois comida com queijo e vegetais frescos.
Desta vez queria fazer um chili mais soft, a puxar mais pelo sabor e menos pelo picante. Já me é um bocadinho difícil escrever uma receita daquilo porque basicamente vou fazendo e provando até estar bom e é tudo feito a olho.
No entanto, como algumas pessoas pediram, aqui vai uma espécie de receita:
Ingredientes:
Carne picada
Óleo
4 dentes de alho
1 cebola
Sal
Pimenta preta
Meio pimento vermelho
4 malaguetas grandes
1 Guinness
1 lata pequena de tomate pelado em pedaços
Uns pezinhos de salsa
Paprika
Cominhos
Pimenta Cayenne
Piri-piri em pó
Vinagre de sidra
1 lata pequena de feijão encarnado
Isto não tem ciência nenhuma: a carne é frita antes de ser cozida. Para isso, deita-se numa frigideira com um bocadinho de óleo quente (ou azeite, se preferirem, ou manteiga, ou até mesmo gordura de bacon… hum, para a próxima já sei), e alho picado.
Deita-se sal na carne, claro e mói-se um bocado de pimenta preta lá para cima também. Frita-se bem a carne, até estar bem solta e castanha, depois deita-se numa panela e junta-se a cebola cortada em bocados, fatias ou o que preferirem – eu gosto de pedaços grandes de cebola, portanto não a corto muito.
Deita-se lá para dentro o tomate e respectiva polpa e mistura-se bem. Juntam-se as malaguetas cortadinhas (sem desperdiçar sementes), o meio pimento í s tiras, salsa picada, os cominhos (eu prefiro comprar sementes e esmagar com uma colher, deitam muito mais cheiro do que os que se compram já moídos) e um bocado de paprika por cima para avermelhar a coisa.
Depois, como não quis fazer uma coisa demasiado picante e já lá tinha as quatro malaguetas, pus uma colher de sobremesa de pimenta Cayenne e outra de piri-piri em pó, apenas, mas aqui é com cada um e o ideal para obter sabores interessantes é misturar picantes diferentes. Depois de tudo muito bem misturado, prova-se para ver se está equilibradinho ou se precisa de mais alguma coisa – eu adicionei mais sal e um bocado simpático de vinagre de sidra.
Agora está pronto para o ingrediente mágico: Guinness lá para dentro e segue-se a parte fácil: deixar cozer, tapado, durante o tempo que vos apetecer. Uma hora, mínimo. Duas, três ou quatro… conforme a paciência que tiverem. Quanto mais tempo, mais apurado. O meu cozeu duas horas.
No final, deita-se a lata de feijão lá para dentro e cozinha-se mais quinze minutos.
Aconselho a comer com ‘chips’ de milho mexicanas – há diversas marcas e variantes nos super-mercados e arroz branco.
Ficou tão bom que a minha mulher poderá confirmar que no final do jantar lhe perguntei se seria ilegal casar-me comigo mesmo.
Há 37 anos que Almada é governada por comunistas. É o Concelho vermelho. Desde o 25 de Abril que Maria Emília de Sousa é Presidente da Câmara.
Claro que o PCP nunca vai a votos. É, aliás, algo que nunca percebi: o PC parece precisar de se esconder em coligações e alianças – a boa e velha APU e a mais recente CDU. Ah e tal, os Verdes.
Mas adiante. Que Almada é um Concelho comuna, toda a gente sabe e eu agradeço. Agradeço porque a par da União Soviética, Almada é um grande exemplo de como o comunismo não funciona.
Uma vez alguém me disse que a corrupção não era muito grave nas Autarquias, que apenas existia nas Câmaras com departamentos de planeamento urbano. Claro que era um comentário sardónico: todas as Câmaras têm um departamento de planeamento urbano.
Acrescento agora eu que esse departamento poderá cair fora de moda com a criação dessas magníficas entidades que são as empresas de estacionamento.
Os Lisboetas e quem trabalha na Capital já há muito que se habituaram í EMEL, mas os Almadenses apenas há pouco tempo começaram a ter que lidar com a sua congénere da Margem Sul: a ECALMA.
A Câmara de Almada montou na cidade (talvez no Concelho, não conheço a realidade das outras cidades), uma das melhores golpadas da História, nos últimos cinco anos.
Comunistas, preocupadíssimos com o Povo e com os trabalhadores, espalhando pelo Concelho cartazes que acusam que o Orçamento do Estado é “um roubo!” do Governo, os Autarcas de Almada conseguiram, efectivamente, privatizar a grande maioria do espaço público da cidade, pondo todos os habitantes de Almada de joelhos perante a todo-poderosa ECALMA.
Com a grandiosa obra do Metro de Superfície, eliminou-se uma quantidade tão grande de lugares de estacionamento na cidade, que me é difícil fazer contas de cabeça para tentar dar uma estimativa da percentagem que desapareceu.
A esmagadora maioria das zonas de estacionamento que sobraram, foram convertidas em zonas de estacionamento exclusivas para residentes ou zonas de parquímetro.
A ECALMA “construiu” ainda parques e explora outros que já existiam. Pagos, claro.
Como eu disse, isto é perfeitamente comparável a uma enorme privatização de praticamente todo o estacionamento existente nas ruas de Almada.
Circular em Almada ficou extremamente dificultado com a introdução do Metro, qualquer Almadense poderá atestar isso mesmo; além disso, é também extremamente difícil estacionar.
O que me leva ao ponto seguinte: o dístico de residente.
Como recentemente me mudei e deixei de ter garagem por perto, chegou a hora de obter um cartão de residente para estacionar na minha zona. Bom, na verdade, deveria dizer na minha UOGEC. Sim, UOGEC – Unidade Operativa de Gestão do Estacionamento e da Circulação.
Sim, meus amigos, a Câmara de Almada chama Unidade Operativa de Gestão do Estacionamento e da Circulação a uma porcaria de um conjunto de ruas e bairros onde se passa e estacionam carros. Esta é apenas a ponta do iceberg que é a burocracia impenetrável da ECALMA uma empresa que existe, não tenho dúvidas, para nada mais do que sugar dinheiro aos Almadenses e aumentar a receita da CMA.
Fui um destes dias de manhã a Lisboa renovar a minha carta de condução para que dela constasse a minha nova morada e depois dirigi-me í ECALMA para obter um dístico de residente.
Levei o Cartão de Cidadão – um método de identificação com assinatura digital que prova a minha morada e a minha identidade – a minha carta de condução, que prova que estou habilitado a conduzir um veículo automóvel e o registo do automóvel, que prova que o mesmo me pertence.
Parece-me suficiente. Até me parece excessivo – não precisaria da carta de condução, já que o veículo poderia pertencer-me, mas ser conduzido por outrém.
Assim, o título de propriedade do veículo provaria que ele existe e está em meu nome e o meu cartão de cidadão identifica-me e contém a minha morada.
Dois documentos.
Sabem quantos documentos são precisos?
Oito.
O cartão de cidadão ou BI, o título de propriedade do carro, o seguro do carro, o selo do carro, o certificado de inspecção do carro, uma carta das finanças ou declaração de domícilio fiscal, cartão de eleitor e a carta de condução.
Oito.
Todos os documentos devem ter a nova morada. Eu repito: todos.
O meu pedido foi imediatamente recusado porque o título de propriedade do carro não tem ainda a morada certa. Embora o Cartão de Cidadão tenha a morada certa, a ECALMA não dispõe de leitor de cartões. Eu tenho um, comprei-o, nem foi caro. Mas a ECALMA não tem um. O mesmo se aplica ao cartão de eleitor, claro.
Conveniente.
A carta de condução tem a morada actualizada, a carta das finanças tem a morada actualizada, mas isso não chega. Ah e, claro, não levei o selo, o seguro, nem o certificado de inspecção porque não consigo conceber sequer em que situação qualquer desses documentos seria necessário para eu obter um cartão para poder estacionar perto de casa.
Pedi í senhora da ECALMA que então me passasse uma declaração provisória que me permitisse estacionar (lembrem-se, fiz prova da morada e de titularidade do veículo, não era um pedido í toa), o que me foi negado.
Pedi então que me sugerissem onde estacionar. “Fora da zona de residentes”.
Repeti: então onde sugerem que estacione?
É que com a cidade completamente loteada pela ECALMA, estacionar fora da zona de residentes significa pagar para estacionar numa zona de parquímetros – explorados pela ECALMA – ou num de vários parques explorados (nem todos, mas…), pela ECALMA, claro.
Para ter um lugar para estacionar perto da minha casa – e eu nem sou dos paranóicos que tem que ter o carro í porta, não me importo de andar um bocadinho a pé – tenho que apresentar sete documentos, em condições de actualização específicas e, claro, pagar.
O cartão é renovável, mediante pagamento, todos os anos.
A ECALMA não me fornece um dístico temporário enquanto trato da papelada depois de ter acabado de me mudar, mas certamente que para me multar, não hesitarão, í primeira oportunidade. Como tratar de actualizar os documentos leva tempo tenho três hipóteses apenas: vendo o carro e passo a andar exclusivamente a pé, servindo-me do Metro do qual já fui passageiro e que tem um serviço tão execrável, que desisti; estaciono no parque do Pingo Doce, pagando 70 euros por mês desnecessariamente porque na zona onde vivo até há lugares para estacionar; ou estaciono ilegalmente.
Passando na minha rua, percebe-se bem a realidade: apenas cerca de 50% dos carros tem dístico de residente. De vez em quando alguém é multado (eu como até agora saio de manhã cedo e volto í noite, ainda não fui), mas é de vez em quando e ao acaso.
A ECALMA não ajuda a melhorar a circulação na cidade, nem a eliminar estacionamento abusivo. São capazes de multar malta perfeitamente bem estacionada, porque estão numa zona de residentes sem dístico (e olhem, se calhar até vivem ali í frente!), mas na zona onde vivia, em Cacilhas, diariamente vários carros bloqueavam a passagem em várias pracetas sem qualquer intervenção deste magnífico orgão regulador.
No escritório da ECALMA vi pessoas a agir como se de vassalos se tratassem. Pedem desculpa, solicitam esclarecimento, dizem que já colocaram no tablier o papel X com a as alíneas A e B sublinhadas a vermelho, lamentam não saber que o dístico tem que estar a 15 cm da margem inferior do pára-brisas e sacam da carteira para pagar a multinha.
Quando percebi que não ia ter direito ao meu dístico, olhei para a senhora que estava a ser atendida ao meu lado e que percebi já não ser a primeira vez que lá ia, que me devolveu um sorriso e um encolher de ombros resignado.
Pouco tempo antes do Codebits deste ano, apercebi-me que desde o primeiro que tenho participado activamente com algo.
No primeiro ano, ressuscitei, com o Nelson Martins, Os Especialistas e fizemos uma série de cartoons sobre o evento.
No ano seguinte levei a coisa mais além e fiz uma apresentação: “Webcartooning ao vivo e a cores“, onde falei sobre webcomics e desenhei uma tira ao vivo e na terceira edição apresentei, com o Gustavo Carvalho, o Pond.
Este ano, porém, o meu envolvimento foi muito mais profundo. A equipa de Design que ajudei a formar no Verão, aceitou o desafio de desenhar todo o material gráfico e a identidade do Codebits em 2010 e o resultado cumpriu quase a 100% as minhas expectativas.
O processo de criação foi fluído, a dedicação das pessoas, exemplar e a criatividade de todo o material produzido, excelente. O Codebits surgiu assim, pela primeira vez, com uma mascote – um robot, ganhou um número de edição, em numeração romana para ser mais geek e até a cara do sapo foi redesenhada apontando, talvez, um novo caminho para a própria marca online.
Com estes elementos, a equipa criou tudo, desde a decoração da fachada, até í sinalética no interior do evento, crachats, autocolantes, etc.
Foi especialmente compensador ver ‘fan art’, criada pelos participantes, que agarraram no bot e fizeram as suas próprias versões, algumas melhores ainda do que os originais.
Acho que toda a imagem foi um sucesso e que o bot do Codebits pode ter ganho um lugar no coração dos geeks.
Mas a minha participação não se ficou por aí porque este ano fiz nuclear tacos.
Depois da fantástica experiência que tivemos em Março, no Texas, a ideia de fazer nuclear tacos no Codebits foi atirada para ao ar algumas vezes, mas não foi até o Celso me desafiar, algures no fim do Verão, que a coisa começou realmente a tomar forma.
Primeiro fiz um teste, depois um segundo, alguns colegas do SAPO provaram e aprovaram. Alguns, como sempre, fizeram-se machos, mas eu dei o desconto e planeei a versão final.
No segundo dia do Codebits IV, o stress já era muito: o ingrediente principal, bhut jolokia em pó, ainda não tinha chegado, vindo dos EUA e a carne picada – 10 kg. – também tardava.
Como já parece ser comum neste evento, ‘in the nick of time’, chegam os ingredientes. Era preciso tomar uma decisão: tínhamos uma janela de oportunidade para fazer os tacos antes do jantar e as pessoas estavam visivelmente entusiasmadas; o Celso deu o ok e avançámos a todo o vapor.
Formou-se uma equipa que, nunca tendo cozinhado junta antes, trabalhou com uma eficiência que me deixou boquiaberto.
O Fernando Afonso, Filipe Penedo, Pedro Correia, Marta Fernandes, Gustavo Carvalho e David Ramalho alinharam-se na bancada e trabalharam como uma unidade coesa. Rapidamente, o primeiro batch estava na frigideira e algum tempo depois, a Paula Valença juntou-se-nos para fazer a versão veggie.
Pelo meio, provavelmente mais alguém ajudou; a cozinha fervilhava de actividade e quando eu juntei os primeiros dois pacotes de jolokia í carne, fervilhou de tosse e lágrimas.
Puseram-se as máscaras e o trabalho continuou. Os repórteres tentavam estoicamente acompanhar o processo, mas os vapores do picante lançaram toda a gente em ataques de tosse violenta.
Com tudo disposto em cima de uma mesa, começaram a entrar as primeiras pessoas; todos tiveram que assinar o termo de responsabilidade e praticamente toda a gente teve direito a um taco.
Toda a gente, claro, dos que se atreveram. Infelizmente, duas ou três pessoas ficaram de mãos a abanar, mas quem provou teve direito í experiência que é comer um nuclear taco.
Tirando um ou outro valentão, a maioria das pessoas suou, chorou e alguns tiveram mesmo os famosos incontroláveis ataques de soluços.
Mais um gigantesco sucesso num Codebits que foi, todo ele, um êxito.
Aqui fica um vídeo que já correu a net, só para mais tarde recordar.
Nove da noite, os putos a dormir e eu a preparar-me para deitar as unhas ao GT5 quando tocam í porta. Era a polícia. Parece que um útil membro da nossa sociedade decidiu escaqueirar-me um vidro do carro, remexer as minhas coisas e ir-se embora sem levar nada. Na altura praticamente nem reagi. Fui a […]
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