Fantástica sanita
Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Depois de dois dias quase sem novidades aparentes, hoje dei com a casa de banho grande com sanitários e torneiras montadas.
Aqui fica o vídeo comemorativo.
Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Depois de dois dias quase sem novidades aparentes, hoje dei com a casa de banho grande com sanitários e torneiras montadas.
Aqui fica o vídeo comemorativo.
Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Passou uma semana desde que tenho uma Bimby por empréstimo cá em casa. Ainda não fiz tudo o que queria fazer com ela, mas de cada vez que a uso, a minha opinião vai-se cristalizando.
A primeira impressão não foi particularmente boa, mas a maioria dos problemas eram relacionados com más receitas que vêm no chamado livro-base.
Donos de Bimbies (é este o plural de Bimby?), insistiram para que experimentasse este ou aquele prato especial, aquele que é “o” prato a fazer na Bimby. No entanto, as sugestões roçavam todas o mesmo, ou seja, nada que dê um jantar: caipirinhas, sorvete, granizado, sumos ou doces, como o leite creme.
Fiz leite creme. E fiz suspiros. E ficou bom, mas deixem-me dizer o seguinte: é difícil juntar leite, claras, ovos e açúcar e não fazer algo bom. Aliás, se eu misturar agora mesmo ovos com açúcar e um pouco de leite, nem precisa de ir ao lume que fica bom.
Até agora, a Bimby não é, decididamente, o que eu estava í espera.
O que eu estava í espera, e que me foi dado a entender que a Bimby é, era de uma máquina para onde se atiravam ingredientes, rapidamente descascados e sem ser preciso sequer partir muito, se escolhiam umas temperaturas, tempos e velocidades e, “do outro lado”, saia comida feita.
Mais: a Bimby vem com um livro de receitas simples e rápidas. E mesmo com outras receitas a Bimby é simples e rápida a fazer comida boa.
Podia esmiuçar estes conceitos todos, mas acho que nem vale a pena e, sinceramente, também não vale a pena dizerem-me que tive azar, que não percebi a Bimby ou que a culpa é do clima. Os dois parágrafos anteriores descrevem, grosso modo, aquilo que me tem vindo a ser transmitido pelos donos de Bimbies desde que oiço falar da máquina e praticamente nada se concretizou na experiência que tive com ela.
A minha mulher não cozinha, se o conseguir evitar; não gosta, não é uma coisa que lhe dê gozo e portanto algo que cumprisse o que a Bimby promete seria o ideal para ela ter o jantar pronto para os miúdos todos os dias a horas decentes. Este foi o principal papel que a Bimby falhou em concretizar.
Mas vejamos em maior detalhe:
A Bimby é uma máquina grande e pesada. Nada de espantar, tendo em conta que tem múltiplas funções e necessita de um espaço com volume suficiente para cozinhar uma refeição para, pelo menos, quatro pessoas.
É muito fácil de usar, com comandos grandes e bem legendados que parecem ainda estar bem protegidos contra infiltrações de líquidos. O painel LCD e os avisos sonoros certificam-se que o utilizador está sempre informado do que se está a passar.
O aparelho é composto de uma base onde está alojado o motor, os comandos, a balança e o foco de indução magnética, um copo onde se colocam os alimentos, respectiva tampa, uma lâmina quadrupla, uma espátula, um cesto para cozer alimentos sem serem atingidos pela lâmina e outro para os cozer a vapor, em cima do copo. Finalmente, há uma “borboleta” de plástico que serve para bater claras em castelo, por exemplo.
Não achei a máquina particularmente robusta e abana por todo o lado nas velocidades mais altas. Como é emprestada, se calhar estava mais ansioso do que o costume e se fosse minha se calhar não me preocupava, mas a verdade é que houve alturas em que me perguntei se aquilo realmente aguentaria muito mais tempo na velocidade 9.
A Bimby é o que se chama um robot de cozinha, termo bastante infeliz para quem, como eu, cresceu a ler contos do Asimov. Um verdadeiro robot de cozinha seria um andróide de avental que vai buscar os alimentos, prepara-os e faz uma refeição, tudo sem magoar ou por inacção permitir que um humano se magoe.
O que é óptimo, porque se pensarmos bem, a comida teria que ser sempre excelente e ao gosto do humano, caso contrário iria contra as leis da robótica.
Mas pronto, é um robot de cozinha porque tem múltiplas funções e as ditas são:
Balança; como balança, a Bimby funciona. Não tem nada de especial, apesar dos donos da Bimbies parecerem achar especial o facto da balança fazer reset após cada ingrediente para pesar o próximo—isto é uma função vulgar de qualquer balança. Next.
Picadora; como picadora a Bimby é muito competente e creio mesmo ser esta a melhor de todas as funções da máquina. As lâminas parecem ser particularmente boas e o motor bastante potente e equipado com um potenciómetro com 10 velocidades, marcha-atrás e turbo, é possível cortar alimentos, picá-los, estraçalhá-los e mesmo vaporizá-los completamente e com a “marcha-atrás” é possível apenas mexer a comida enquanto cozinha.
Batedeira; a Bimby também é uma boa batedeira, pelas mesmas razões que é uma boa picadora, no entanto, a “nota final” (mais abaixo), aplica-se particularmente í função de batedeira.
Panela; como panela a Bimby simula o conjunto panela + placa de indução, aquecendo rapidamente e mantendo, com facilidade, a mesma temperatura. Isto impede que os alimentos queimem e peguem ao fundo. Infelizmente, também impede que ganhem sabor. Por alguma razão um bom churrasco na brasa sabe tão bem: é que as brasas estão quentes.
Portanto, como panela, a Bimby é boa para cozer comida. Se forem principalmente adeptos de fritos, grelhados ou assados, a Bimby não faz. Prepara, para depois se cozinharem noutros aparelhos, mas não faz sozinha.
Cozedora de vapor; não sei o que dizer sobre a Bimby como aparelho de cozer a vapor. A razão é simples: detesto comida cozida a vapor e portanto, não experimentei. Suponho que seja competente, já que faz vapor com facilidade e o faz sair pelo topo do copo para o compartimento acessório de cozer a vapor.
Nota final (cá está ela): Nas funções que envolvem colocar alimentos no copo e usar as lâminas, a Bimby tem, para mim, um grande defeito: é uma chatice tirar coisas lá de dentro.
As lâminas estão montadas de tal forma que os alimentos ficam enrolados no eixo ou comprimidos por baixo das pás. Por exemplo, quando fiz almí´ndegas, a receita dizia para colocar x pés de salsa e depois de picar tudo, junto com a carne, dei com parte significativa da salsa enroladinha no eixo, por picar.
Como referi, como batedeira, esta chatice triplica: é que numa batedeira normal, eu bato tudo no recipiente e no fim, levanto as varinhas que vão para lavar e despejo a massa com ajuda de um salazar. Na Bimby, as lâminas estão no caminho e dificultam í brava a operação. No entanto, não posso desmontar as lâminas para ajudar, porque aí fico com um buraco no fundo do copo.
Já falei de comida no post anterior. É verdade que ainda não experimentei receitas “minhas”, sem ser do livro-base. Mas também é verdade que quanto mais uso a Bimby menos percebo para que serve. Não consigo, de forma óbvia e rápida, descortinar as suas vantagens na preparação de comida.
Em duas ocasiões, a comida veio por fora. Já me garantiram que isso nunca acontece, pelos vistos, só me aconteceu a mim, mas eu não fiz nada senão seguir receitas oficiais.
Creio que aconteceu porque eu não estava a vigiar, mas… eu não estava a vigiar porque essa é suposto ser uma das vantagens da Bimby.
Para cozinhar tenho panelas e até posso comprar das baratas porque fazem o mesmo do que as caras e quando me farto delas vão para o lixo e compro novas.
Raramente pico coisas na picadora… porque haveria de começar agora? Cebola, alho e salsa pico com a faca e até compreendo que fosse melhor com a Bimby, embora o ideal da simplificação, para mim, fosse não ter que pegar na faca de todo, mas como continuo a ter que descascar e cortar em pedaços os vegetais… então dou mais um passo e pico-os í mão.
Para passar sopas, tenho uma excelente varinha mágica Braun que nunca me deixou ficar mal e faz cremes em poucos minutos, tal como a Bimby.
E para cozer comida… bom… sinceramente, comida cozida não está no topo da minha lista de preferências gastronómicas. Gosto muito de grelhados, na brasa então upa, upa; não adoro fritos, mas prefiro a cozidos e os assados também vêm antes destes na lista de preferências.
Claro que gosto de cozidos, í portuguesa, por exemplo; ou de feijoada, ervilhas com ovos ou mesmo chili con carne, mas aí é que não vejo mesmo vantagem na Bimby: são comidas de atirar coisas para panelas e esperar que seja Sábado. E aí, não é precisa a pressa que a velocidade da Bimby oferece, pelo contrário: quanto mais tempo o ragú estiver ao lume, melhor fica.
A máquina parece ser boa a fazer doces, de facto. A coisa mistura bem, o “lume” brando necessário para algumas confecções mais delicadas é fácil de controlar e no fim, há maiores probabilidades de correr tudo bem com receitas mais complicadas.
Mas… eu não quero fazer doces. Assim como assim, deu-me muito trabalhinho chegar aos 37 sem barriga, não tenho qualquer desejo de ter em casa uma máquina sensacional para fazer baba de camelo e estragar tudo.
E é assim que concluo:
[myads]
A minha reacção é mesmo essa: meh. Bah. Ou bof, como se diria nos países francófonos.
A Bimby não me convenceu, mas também não é uma porcaria. Não vou tornar-me ferrenhamente anti-Bimby, mas não consigo descortinar as suas vantagens—não consigo imaginar a minha vida com uma Bimby como sendo muito melhor.
Mas o busílis é esse. É que quem tem uma Bimby tece-lhe tamanhos encómios que fico claramente convencido que a Vorwerk, criadora do aparelho, tem nas mãos algo com o efeito Apple.
Qualquer pessoa que use computadores há anos suficientes sabe perfeitamente que um Macintosh não apresenta diferenças nem vantagens suficientes em relação a qualquer outro computador de hardware semelhante que justifiquem que custe o dobro, mas também sabe que há ali “algo”, o factor Apple, um bocadinho extra que se calhar também tem a ver com querer pertencer ao clube dos ‘cool kids’.
Sim, a Bimby faz muitas coisas. Mas não sei se dava sequer 500 euros por ela, sinceramente. Não me entusiasmou, não me simplificou a vida e não me maravilhou com as suas capacidades impressionantes.
Até a pulverizar açúcar, uma das coisas que costuma impressionar, a mim, sinceramente, só me fez pensar quem é que ia limpar a porcaria da nuvem de açúcar que me encheu a cozinha.
Em suma, na minha demanda por organização culinária, passei pela Bimby com a promessa de uma solução, mas encontrei mais do mesmo: a organização depende de mim e enquanto eu não encontrar uma fórmula, posso usar uma debulhadora industrial ou um campingaz com uma marmita de estanho que o resultado será o mesmo.
Não sei se ainda faço mais experiências com a Bimby. Mas para mim o veredicto já está selado: não preciso de uma e não consigo descortinar onde é que a máquina vale mil euros.
Se forem contemplados com a oferta de uma, acredito que lhe darão bom uso, mas a barreira do valor é o que estraga tudo para mim, no que toca a ‘value for money’ a Bimby deita tudo a perder.
—
¹ Colhão
Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Filho, aproximas-te dos 3 anos e meio cheios de coisas boas. A maneira como pronuncias a palavra “porcos”, quase com sotaque nordestino do Brasil, as histórias que inventas, a destreza com que completas puzzles, o í -vontade com que vais sozinho í casa de banho… só te faltava mesmo aprenderes a limpar o rabo.
E já que falo disso…
Filho, não sei como são os outros miúdos de 3 anos e quase meio, não quero estar a extrapolar, mas creio que será razoavelmente seguro assumir que praticamente todos serão uns grandes porcalhões, como tu, meu filho.
Não sei quem que percentil de porcalhice te situas, mas acredito que andarás na média e que, portanto, tudo isto será normal para a idade.
A qualquer altura e qualquer momento, excepto imediatamente após o banho, as tuas unhas andam pretas (das mãos e dos pés), os dedos cobertos de gordura, a boca decorada com restos de papa ou chocolate; o ranho, vais limpando ao antebraço.
As tuas camisolas estão ensopadas de nódoas diversas e as calças cobertas de terra, as solas dos sapatos brancas de pó, porque, claro, insistes em arrastar os pés, particularmente quando o solo está coberto de gravilha. As tuas meias cheiram a crime ecológico e nem me apetece muito pensar com que aspecto ficam o interior dos teus crocs quando os usas.
É claro que ajuda bastante que aches que é boa ideia, após comer uma torrada com manteiga, passar lenta e repetidamente as mãos no cabelo, que te pareça adequado lambuzares-te com colheradas de manteiga de amendoim directamente do frasco ou que sejas um indefectível praticante do nudismo doméstico.
O que vale, meu filho, é que na casa nova, vamos ter um terraço e nesse terraço, o papá e a mamã mandaram instalar uma mangueira. Achas que é para regar as plantas…? Pergunta-te, meu filho… já viste plantas cá em casa?
MUHAHAHAHAHAHAHAHA!
Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Como tem acontecido todos os dias desta semana e agora que tenho ido de carro para o Pragal, passei na casa nova cinco minutos só para ver como está.
Estou surpreendido como a casa de banho pequena está a ficar tão porreira. Muito mais espaçosa do que eu esperava e mostrando ter valido a pena termos gasto um pouco mais nos azulejos texturados. Uma divisão que na minha cabeça era completamente secundária, mas que neste momento está ‘up to par’ com o resto da casa.
Claro que ajuda ser a divisão “técnica” que está mais próxima de estar pronta. Mas deixo-vos com o vídeo, caso contrário não tenho mãos para comer as minhas Lay’s Gourmet.
Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Conheci hoje, via Pedro Marques, um vídeo fantástico do Stereossauro – penso ser esse o nome do DJ em causa; fazendo um ‘remix’ que eu nem chamaria apenas remix da Canção Verdes Anos, tocada na guitarra portuguesa pelo Carlos Paredes.
Esta música, no original, é, para mim, a justificação da existência da guitarra portuguesa, um instrumento, na minha opinião, muito sub-valorizado e por vezes diria quase desperdiçado em trelim-tim-tins quando é capaz de timbres assombrosos.
Este tal remix, feito ao vivo, ou seja, com o DJ a disparar os samples í unha em perfeita sincronia, merece destaque, não só pelo skill, mas também porque o resultado musical é bestial.
Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Depois de dois dias quase sem novidades aparentes, hoje dei com a casa de banho grande com sanitários e torneiras montadas. Aqui fica o vídeo comemorativo.
Ler o restoPublicado em , por Pedro Couto e Santos
Passou uma semana desde que tenho uma Bimby por empréstimo cá em casa. Ainda não fiz tudo o que queria fazer com ela, mas de cada vez que a uso, a minha opinião vai-se cristalizando. A primeira impressão não foi particularmente boa, mas a maioria dos problemas eram relacionados com más receitas que vêm no […]
Ler o restoPublicado em , por Pedro Couto e Santos
Filho, aproximas-te dos 3 anos e meio cheios de coisas boas. A maneira como pronuncias a palavra “porcos”, quase com sotaque nordestino do Brasil, as histórias que inventas, a destreza com que completas puzzles, o í -vontade com que vais sozinho í casa de banho… só te faltava mesmo aprenderes a limpar o rabo. E já […]
Ler o restoPublicado em , por Pedro Couto e Santos
Como tem acontecido todos os dias desta semana e agora que tenho ido de carro para o Pragal, passei na casa nova cinco minutos só para ver como está. Estou surpreendido como a casa de banho pequena está a ficar tão porreira. Muito mais espaçosa do que eu esperava e mostrando ter valido a pena […]
Ler o restoPublicado em , por Pedro Couto e Santos
Conheci hoje, via Pedro Marques, um vídeo fantástico do Stereossauro – penso ser esse o nome do DJ em causa; fazendo um ‘remix’ que eu nem chamaria apenas remix da Canção Verdes Anos, tocada na guitarra portuguesa pelo Carlos Paredes. Esta música, no original, é, para mim, a justificação da existência da guitarra portuguesa, um […]
Ler o resto