Não tendo bastado ir ao cinema na segunda-feira, ver o Kick Ass, voltámos na sexta para ver o Iron Man 2.
Iron Man 2 é um comic book. Os críticos não gostaram, porque os críticos provavelmente são pessoas demasiado letradas para andarem a espiar a banca da esquina para ver quando saía o próximo fascículo dos Super-Heróis Marvel e por isso não percebem que este filme é pura continuidade do universo Marvel.
O filme tem uma história própria com a respectiva resolução, mas mais do que isso, tem o flow típico dos quadradinhos, agentes secretos, robots assassinos e organizações misteriosas.
O filme mantém o mesmo sentido de humor do original e nunca chega a levar-se demasiado a sério, com Robert Downey Jr. a contribuir significativamente para uma ligeira ironia sobre toda esta história.
É definitivamente um filme muito menos memorável que o primeiro, mas também… seria muito difícil fazer outro daquele calibre porque simplesmente já não se pode contar aquela história novamente. Mas este filme tem uma grande adição ao elenco que compensa qualquer deficiência que se lhe possa apontar: no papel de Black Widow, como podemos ver pela foto que escolhi para ilustrar o post, Miss Scarlett Johansson.
District 9 foi um daqueles filmes que ficou por ver nos últimos anos mas que sempre me deixou curioso. Esta semana, aproveitando uma noite de férias, vi-o finalmente.
É um grande filme. Mas deixem-me dizer já que não tenho grande paciência para as as discussões filosóficas sobre a mensagem do filme e as suas alegorias. Sim, o filme é baseado nos acontecimentos passados no District 6 em Joanesburgo Cape Town durante o apartheid e é uma clara referência a racismo, segregação, abuso de poder, privatização da polícia e por aí fora.
A mensagem do filme nem é muito metafórica, é quase literal. “Isto” é o mesmo que “aquilo”, mas com humanos e aliens, em vez de brancos e pretos.
É ponto assente e a aceite e não me venham com conversas de que esse é o principal aspecto do filme ou o que mais vos tocou. Essa é apenas a premissa e é entregue de forma crua, sem desculpas bem no meio da testa do espectador.
Os extra-terrestres estão extremamente bem conseguidos, sobretudo se considerarmos que este é um filme com um orçamento de 30 milhões e que os personagens parecem mais verosímeis e realistas do que a trampa do Avatar inteiro (que tenho aí, mas ainda não consegui ver porque sempre que tento desato-me a rir com a qualidade do CGI).
Este é o filme de sci-fi que os americanos não têm coragem de fazer. É um filme que não tem problemas com violência, que não nos mostra uma intensa batalha de meia hora sem sangue. Aliás, sangue não falta – ou não fosse produzido por Peter Jackson. É um filme em que acontece precisamente aquilo que esperamos que aconteça a uma raça extra-terrestre í mercê de seres humanos; não é, decididamente, o E.T.
A história é boa, a premissa é sólida, porque é baseada numa das realidades mais cruéis que a humanidade já viveu, os actores desempenham bem – o sotaque afrikaner do actor principal é um mimo; E o final, sem querer entrar em spoilers, é como o final de uma história verdadeira: sem crescendo da orquestra, sem beijos, sem cãozinho salvo por uma unha negra.
Não tendo bastado ir ao cinema na segunda-feira, ver o Kick Ass, voltámos na sexta para ver o Iron Man 2. Iron Man 2 é um comic book. Os críticos não gostaram, porque os críticos provavelmente são pessoas demasiado letradas para andarem a espiar a banca da esquina para ver quando saía o próximo fascículo […]
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