Cabelo, 26 semanas

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Escritura marcada… não, a sério!

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Agora, que o Banco já tem “o papel”, pode proceder í  marcação da escritura. Claro que, estando a casa hipotecada, tem que haver um protocolo entre Bancos, para que o nosso crédito vá, direitinho, para pagar a hipoteca da casa.

Para nossa sorte, o Banco é o mesmo nos dois casos: o BES. Digo sorte, porque isso significa que o processo demora dez dias úteis. Sim, 10 dias úteis, 10.

Não quero imaginar o que seria se eu estivesse a comprar casa com crédito do BES e ela estivesse hipotecada ao BPI. Seriam, certamente, 10 meses.

Conseguiu-se então marcar a escritura para dia 29 de Abril. E foi com sorte porque se não se tivesse marcado hoje mesmo, dando iní­cio ao tal processo entre Bancos (apesar do Banco ser o mesmo), já só terí­amos escritura marcada para Maio.

Assim, no iní­cio, brincámos com a coisa: quando falámos dos quatro meses para tratar disto a que estávamos habituados das duas casas anteriores, as senhoras da imobiliária e do Banco riram-se e garantiram-nos que agora, num mês, tudo se resolve.

Demos a reserva dia 6 de Janeiro, a escritura será dia 29 de Abril (se não houver nenhum desastre até lá), eu não sou bom a matemática, mas cheira-me que ficamos ali a menos de uma semana de fazer, precisamente, quatro fucking meses.

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P90X – Fase 2, semanas 5 a 8

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Na segunda fase o programa muda para quebrar o hábito que o corpo possa ter estabelecido na primeira. A ideia é também construir sobre a base da primeira fase e puxar mais pelo corpo com maior concentração nos exercí­cios e mais peso, onde se usarem pesos.

A segunda fase divide-se novamente em três semanas de trabalho e uma de recuperação, desta forma:

Semanas 5, 6 e 7

  • Peito, ombros, triceps e abdominais
  • Pliométricos
  • Costas, biceps e abdominais
  • Yoga
  • Pernas, costas e abdominais
  • Kenpo
  • Descanso ou alongamentos

A semana 8 (igual í  da fase 1)

  • Yoga
  • Core
  • Kenpo
  • Alongamentos
  • Core
  • Yoga
  • Descanso ou alongamentos

Portanto, o programa não é muito diferente (podem comparar com a fase1, semanas 1 a 3 e semana 4), mas varia o suficiente para não estarmos mais um mês a fazer precisamente os mesmos exercí­cios.

A mudança surge no primeiro e terceiro dias:

Peito, ombros e triceps

Trabalha de forma desgastante os músculos de suporte ao braço, por assim dizer. Este programa é provavelmente responsável pela mudança significativa que tenho visto em termos de definição sobretudo no peito e ombros, zonas onde sempre tive algumas dificuldades. Há vários exercí­cios de flexões completamente insane, incluindo flexões de um só braço que me valeram um esticão no pescoço que ainda me dói.

Para quem gosta de levantar pesos este programa tem muitos exercí­cios com halteres e o resultado final é um pump considerável.

Costas e biceps

Alterna dois exercí­cios para as costas com dois para os biceps ao bom estilo P90X, isto é, sem parar. Inclui a maioria dos exercí­cios que aprendi ao longo dos anos em ginásios para os braços e mais alguns que nunca tinha feito. Embora continue sem ter barra para fazer as elevações – essenciais a muitos dos exercí­cios para as costas, este é um dos meus dias preferidos até agora.

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Na verdade, estes dois novos dias, talvez mesmo por serem novos em relação í  fase anterior, foram os dias que sempre me entusiasmaram mais durante as últimas 3 semanas.

Estou agora a começar a semana 8 e a respirar fundo e ganhar balanço para entrar na terceira e última fase do P90X.

À medida que vou avançando no programa vou chegando cada vez mais í  conclusão de que não estou, claramente, a comer como devia para suportar esta intensidade de exercí­cio – precisava de mais calorias; mas continuo a notar mudanças claras no meu corpo e também na minha resistência e capacidade de recuperação após o esforço. Estou certo de que se estivesse a comer mais e mais equilibradamente teria mais energia para o exercí­cio, provavelmente já teria aumentado ainda mais os pesos em certos exercí­cios e quase de certeza que teria baixado a minha percentagem de gordura corporal para algo abaixo dos 13-14%.

São, aliás, os resultados que me motivam a continuar a fazer exercí­cio todas as noites, seis vezes por semana, indo-me deitar muitas vezes entre as 2 e as 3 da manhã, para me levantar í s oito e meia no dia seguinte.

Finalmente, o único dia que continuo a detestar, muito sinceramente, é o Yoga – é demasiado longo (mais de hora e meia, contra 50 e picos minutos da maioria dos outros), e embora eu já tenha apanhado muitos dos movimentos, continua a ter alguns que exigem flexibilidade e equilí­brio que eu não tenho, tornando-se mais do que um desafio, uma frustração e um aborrecimento.

Mas continuo a fazê-lo e a tentar melhorar que é, precisamente, o objectivo de tudo isto.

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Joana

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Já desconfiava que escrever aquele post ia ajudar a coisa e no fundo nada mudou. Passámos pelo processo, pensámos nas alternativas, fizemos listinhas (listinhas são boas) e chegámos í  mesma conclusão que já tí­nhamos chegado antes: a nossa filha chama-se Joana.

E se mudarmos de ideias? Bom… qual seria a graça da vida sem alguma incerteza? :-)

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What’s in a name?

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Dar nome a uma pessoa é, creio, das maiores responsabilidades que os pais têm.

Há a concepção, o parto, aqueles aninhos de alimentação e protecção e depois o resto da vida é com cada um, mas o nome fica.

Não é que não se possa mudar o nome, mas não é propriamente a prática mais comum.

Existem muitos métodos para escolher nomes. Uns metódicos (perdoem a redundância), outros mais aleatórios, mas nenhum, parece-me, particularmente fácil.

Se se deseja honrar a memória de um qualquer familiar, corre-se o risco de chamar Cesaltina a uma filha que terá que carregar para sempre o estigma de ter um dos mais horrí­veis nomes femininos jamais inventados.

Se pretendemos ser lí­ricos, o nosso filho poderá passar a vergonha de se apresentar como Dr. Nuvem Arco-íris Santos, fí­sico nuclear. Sim, porque um gajo chamado Nuvem Arco-íris, certamente quererá passar o resto da sua vida fechado num laboratório de fí­sica experimental.

Muita gente escolhe nomes da moda: outra coisa que não consigo compreender e que faz com que muita criança ande por aí­ com o peso inefável de se chamarem Salvador (desculpem lá se chamaram Salvador ao vosso filho, mas não consigo compreender…).

E depois os nomes mudam muito com o tempo, o que não ajuda.

Por exemplo, a Maria era a criada. Quantas anedotas não existem sobre criadas em que a moça se chama Maria? Hoje em dia já não se devem contar tantas, porque Maria virou nome chique. Há até quem ponha Maria a rapazes: António Maria, Afonso Maria… coisa que me escapa completamente, confesso.

Já Manuel, é outro exemplo de um nome simples e bastante antigo. Manuel soa a Rei, Manel soa a gajo porreiro, ou dono de tasca, mas se nasalarem o “e” e disserem Manêl, de repente soa tiozérrimo, sei lá.

E depois os nomes trazem uma certa carga semântica difí­cil de explicar e que certamente terá a ver com a experiência de cada um. Há nomes que parecem mais infantis, outros muito adultos, alguns parecem simplesmente “nome de avó”. Por qualquer razão inexplicável, na minha cabeça, Joana e Filipe parecem-me nomes de criança mas não de adulto; por outro lado, Carolina ou António parecem-me nomes de adulto, pesados para crianças.

Isto é a mim. A outros, certamente parecerá diferente, o que só complica mais as coisas.

Mas as considerações não acabam aqui. Há os nomes que só se põe para serem diminuí­dos: o José será sempre Zé, o Francisco, Chico e a Margarida será Guida a vida toda – que nome estamos a dar quando escolhemos um destes? Queremos que a nossa filha se chame mesmo Alexandra?… ou Xana?

Quando escolhemos o nome do nosso primeiro filho – Alexandre – foi precisamente porque gostávamos do nome e ainda mais do diminutivo: Alex.

O nome do Tiago foi espontâneo: ocorreu í  mãe um belo dia e soou imediatamente certo. E agora estamos pela terceira vez incumbidos da missão de dar nome a um ser humano e estamos indecisos. Esta indecisão não me agrada, por diversos motivos… eu não ligo a fantasias e superstições, mas tenho uma atracção inegável por certos sí­mbolos.

A aliança, por exemplo, é um sí­mbolo que me atrai particularmente, embora, em toda a honestidade, muito disso se deva ao Tolkien; um bebé ter nome antes de nascer também é um acto simbólico – ninguém precisa de um nome recém nascido; mas por qualquer razão, na minha cabeça, é importante.

Então fizemos listas. Eu e a Dee, cada um sem ver a lista do outro, escolhemos vários nomes femininos de um livro com centenas de hipóteses. Confesso que Cesaltina não está em nenhuma das duas listas. A Dee escolheu:

  • Joana
  • Sofia
  • Diana
  • Helena
  • Isabel
  • Mónica
  • Vera

E eu escolhi:

  • Alice
  • Catarina
  • Helena
  • Joana
  • Lia
  • Mafalda
  • Margarida
  • Matilde
  • Vera

O único nome que já tí­nhamos falado entre nós era Joana. Achei curioso como Helena (provavelmente Lena par ao resto da vida) e Vera aparecem ambas na lista, principalmente este último que nunca sequer me tinha passado pela cabeça antes.

Já há bastante tempo que Joana está “em cima da mesa”. É uma das nossas escolhas mais prováveis. Claro que rima com banana e que tem que comer a papa e que é o nome de um pequeno insecto além de ser, como tantos outros, apenas a versão feminina de um nome masculino.

Mas é um nome bonito. Mas, na minha opinião, também os outros o são. E há mais nomes bonitos, há alguns que não estão na lista, apenas porque tentámos ser muito, muito especí­ficos e escolher mesmo só aqueles que gostamos mesmo.

Hesitei muito em escrever este post precisamente porque acho que escolher um nome é uma responsabilidade – a minha mulher chama-se Dalila e – embora seja um nome bonito – a verdade é que teve que aturar muita chatice por causa dele. E essa responsabilidade cabe-nos, sem dúvida nem hesitação, a nós.

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