Já muita gente sabe que sou um cliente assíduo dos hamburgers H3 que constituem um dos meus almoços favoritos, nos dias de trabalho, aqui perto, no Saldanha.
Alguns outros saberão que, no ano passado, sugeri í H3 um novo hamburger e que como resposta recebi um mail indicando que o dito seria criado e posto í venda no natal, com o meu nome. Era o H3 Couto e Santos que, obviamente, nunca chegou a existir.
Agora foi a vez da jornalista Vanda Marques me contactar, via e-mail, com a intenção de me entrevistar… sobre a H3.
Foi no passado dia 12. Respondi a algumas perguntas da jornalista, pelo telefone, numa conversa informal e fico curioso para ver a reportagem que está a preparar sobre esta cadeia de “not so fast food”, como se auto-entitula.
A Vanda Marques trabalha para o novo jornal portugês, i. Fico a aguardar a primeira edição.
Se há coisa que adoro, é hipocrisia corporativa. É tal o nojo que me mete, na generalidade, a publicidade que chego a pensar que estou grávido tais são as náuseas matinais que tenho, quando vou nos transportes e sou bombardeado com anúncios.
Publicidade e hipocrisia corporativa no mesmo pacote a que propósito desta vez? Bom, da Dove.
Lembram-se da “campaign for real beauty” dessa marca de cosméticos? O vídeo correu mundo e transmitiu-nos uma imagem da indústria da beleza completamente artificial (como se nós não soubessemos já).
A alternativa? A Dove. Uma marca de cosméticos para mulheres de verdade.
Agora, que já passou tempo e a Dove deve estar noutro ciclo de marketing, surgiram grandes posters ao novo “hair minimiser” da Dove. Ao que parece, um produto que permite í s mulheres “levantar o braço, sem vergonha”.
Porque, como sabemos, pelos nos sovacos são causa de vergonha. Porque a beleza “real”, segundo a dove, é um sovaco depilado.
Mas se aceitarmos como canon de beleza, no nosso país (outros há em que o pelo abunda das axilas das mulheres), um sovaco depilado, saltamos imediatamente para a segunda dose de hipocrisia da nova publicidade da Dove: o sovaquinho da senhora que lá figura está completamente Photoshopado.
Lisinho como um rabinho de bebé. Não só não tem pêlos, como não tem uma única linha, ruga, ou qualquer outro defeito. A imagem levou ali um “cloning stamp”, no mínimo.
Afinal, ao que parece, a “capaign for real beauty” já vendeu as embalagens de Dove que tinha a vender, portanto it’s back to the drawing board… ou neste caso… to the Photoshop.
Este fim de semana, pela segunda vez, peguei no Tiago montado no seu triciclo e fui dar uma volta por Almada.
Subindo as sucessivas avenidas (quem não mora cá, acha que Almada é uma longa avenida, mas na verdade são várias consecutivas), rapidamente entro na nova zona pedonal da cidade. Não é uma secção muito grande… começa a meio da Avenida D. Afonso Henriques e termina na Praça São João Baptista.
Esta área está demarcada com grandes cartazes que indicam que esta é uma zona de trânsito proibido, exceptuando os casos especiais, claro: moradores devidamente identificados, transportes públicos, veículos de emergência e transporte de valores.
Mesmo estes têm limitações – de peso, por exemplo – e só podem permanecer na zona pedonal alguns minutos.
Finalmente, o cartaz informa, em letras quase minúsculas e com recurso a um sinal de trânsito do tamanho de uma bolota mirrada, que a velocidade máxima ali é de 10 km/h.
Tenho medo da zona pedonal.
Toda a área é empedrada e tudo parece passeio e a tentação é para andarmos í vontade, evitando apenas a óbvia linha do metro. Mas o risco de se ser atropelado ali é razoavelmente superior ao resto da cidade.
Estranho para uma zona pedonal, mas não tanto: é que no resto da cidade sabemos bem que não devemos por o pé no alcatrão e sabemos que há carros – e muitos – e que andam – e depressa.
Na zona pedonal a estrada não se distingue bem do passeio e estamos í espera que não hajam muitos carros e que os poucos que ali passem andem, no máximo, a 10 í hora.
Dez quilómetros por hora é uma velocidade muito baixa. Para terem uma ideia, o Usain Bolt consegue correr quase quatro vezes mais rápido que isso… e não é um carro.
Nota-se que alguns condutores fazem um esforço para andar lentamente, mas estes estão longe de ser a maioria.
Em suma: na zona pedonal, a um Domingo í tarde, de facto há muitíssimo menos trânsito do que sempre foi costume naquela zona. Mas o trânsito está lá e é constante. Está sempre a passar um carro ou dois. Vários destes vêm a uma velocidade considerável e, não havendo lancis para os passeios, fazem as curvas por onde muito bem entendem.
Não bastando isto, as carreiras da TST que por ali passam são frequentes o que me surpreende ainda mais porque, ao planear o metro e a zona pedonal, seria lógico que se tivessem desviado os autocarros para outros lados.
Em suma: não existe zona pedonal em Almada. É uma farsa patética. Sim, o trânsito reduziu, mas é impossível andar livremente naquela zona sem correr o risco de atropelamento.
Também não vi polícia em lado nenhum, o que me leva a perguntar quem verifica se os veículos por ali circulam cumprem as normas estabelecidas. É que, subindo e descendo toda aquela zona, vi vários carros que mais não estavam a fazer do que atravessar a cidade impávida e serenamente, sem quaisquer cargas ou descargas para fazer ou cartões de residente para justificar a sua circulação.
Já agora aproveito para acrescentar uma coisa. O PCP não sabe desenhar cidades. Adoram construir praças enormes, empedradas com grandes lages cinzentas, nuas e frias.
Toda a zona da S. João Baptista é assim. Porreiro para os putos andarem de skate e para se montarem palcos e tendinhas para festas, mas urbanisticamente cinzento.
A praça em frente ao jardim é outra que tal: parece tudo alisado e cimentado e só falta uma estátua do Lenin no meio.
Agora, a praça da Renovação junta-se-lhes. Hoje, vi-a do cimo da avenida e vi-a em toda a sua fealdade: cinzenta, vazia, nua, com dois semi-circulos de betão inclinados que não se percebe para que servem ou o que representam. Com os postes metálicos, os cabos e os carris do metro a irem por ali abaixo, a dita zona pedonal de Almada é feia como cornos.
E até me espanta; mais acima, a linha do metro corre numa faixa relvada, verdinha, que dá í cidade um ar simpático. Bastava um rectângulozinho de relva e… sei lá, umas árvores, e a Renovação seria outra…
Passaram as 24 horas e consegui não emititr um único tweet que não contivesse uma asneira em inglês.
A dada altura pensei em apontar ao primeiro lugar, mas depois percebi que o primeiro classificado tem mais de 25 mil “curses” e que fez batota para lá chegar. Basicamente, usou um bot. Pussy.
Nestas 24 horas, saltei de 668º mundial para 286º. Foi um salto de 382 posições e a prova de que é possível vencer na vida. Nas coisas realmente importantes, os portugueses estão lá, na linha da frente, prontos para representar a Nação e dar o seu melhor.
Aqui fica a minha classificação í s 17:30, fim do desafio das 24 horas:
Daqui em diante, cá estarei, sempre sem corantes nem conservantes, a dar o litro pelo cursing nacional, sempre disposto a trepar a dignificante escada do Cursebird.
Já muita gente sabe que sou um cliente assíduo dos hamburgers H3 que constituem um dos meus almoços favoritos, nos dias de trabalho, aqui perto, no Saldanha. Alguns outros saberão que, no ano passado, sugeri í H3 um novo hamburger e que como resposta recebi um mail indicando que o dito seria criado e posto […]
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