O Tiago começou com grandes tosses novamente e voltou a vomitar.
Sabemos que ele tem tendência para vomitar e que anda com tosse porque está constipado e tem expectoração, mas não conseguimos de deixar de pensar no nosso problema de esquentador e no monóxido de carbono.
A janela está sempre aberta e o problema já foi detectado e posto em resolução, mas ainda assim, a paranóia de viver numa casa em que os gases de queima do esquentador do vizinho de cima vêm parar í nossa cozinha não nos deixa descansados enquanto esperamos que esteja tudo resolvido.
Aliás, a janela está aberta vai para cinco meses, que é o tempo que leva este problema.
Enquanto eu acalmava o Tiago e lhe dava algo para comer, a Dee decidiu ir ao décimo andar perguntar como iam as obras de desobstrução da chaminé que a Real Condomínio nos tinha informado que iriam fazer.
Curiosamente, o vizinho do 10º andar nunca tinha ouvido falar de tal coisa.
Há mais de um mês que a empresa que gere o nosso condomínio nos disse que tinha sido descoberto que havia um bloqueio na chaminé, dois andares acima do nosso, o que explicava tudo; mais afirmaram que tinham já contactado o condómino do apartamento em causa para que procedesse í correcção do problema visto que o mesmo teria resultado de obras que ele tinha feito para modificar a sua cozinha.
Diz-nos agora o vizinho que nunca fez obras, mas o esquentador dele nunca funcionou bem, tanto que teve que o mandar montar na varanda para ter tiragem directa para o exterior (!).
Portanto, nem o vizinho fez obras que justifiquem o bloqueio da chaminé, nem a Real Condomínio disse ao vizinho que tinha que desbloquear a dita. E aqui estamos nós, há meses (anos?), a viver numa casa em que a tiragem dos esquentadores nunca chega ao exterior, circulando alegremente de apartamento em apartamento.
Para a semana há reunião de condomínio, mas sinceramente, já não sei se tenho confiança em seja quem for para que o assunto seja resolvido.
Neste momento, tenho vontade de expor o assunto ao ITG e esperar que cortem o gás ao prédio inteiro (porque se a chaminé está efectivamente bloqueada, então ninguém tem tiragem). Talvez assim, todos sem gás, as pessoas comecem a perceber que é preciso resolver isto.
E no entretanto acentua-se cada vez mais a nossa vontade de nos mudarmos…
Depois de dias a fio metidos em casa com o puto com febre e uma infecção na garganta jeitosa, subitamente (ou medicamentosamente, claro), a febre desapareceu.
Aproveitámos a melhoria para dar ontem um salto í Ikea. Fomos finalmente comprar uma cama com 1,60 m de largura, já que dormimos numa de 1,30 m há anos e como nenhum de nós é especialmente pequeno, passamos a noite aos encontrões e nem são dos encontrões que mais gostamos.
A ida correu bem, o Tiago divertiu-se í brava – provavelmente vingando-se do tédio da doença e de estar fechado em casa – correu a loja toda, experimentou todas as camas e passou um grande bocado a meter-se num roupeiro, a abrir a porta e dizer cu-cu.
Reparei que a Ikea é um gay-magnet do caraças, coisa de que ainda não me tinha apercebido, mas suponho que tenha qualquer coisa a ver com decoração. Não há nada de errado com isso, já dizia Jerry Seinfeld, mas, í saída, tentando marcar a entrega dos vários móveis que comprámos, um desses casais levou-me í beira da homofobia.
Os rapazes decidiram encher dois carrinhos de supermercado com comprinhas e mandar entregar. Ele era almofadas, caixinhas, pecinhas, bibelots… tudo coisinhas pequenas que tiveram que ser individualmente registadas pelas senhoras da transportadora, classificadas e metidas em caixotes, cuidadosamente.
Demoraram bem uns 40 minutos a ser atendidos… talvez mais, porque a cena já se desenrolava quando eu cheguei.
Hoje o dia amanheceu…. huh… cedo demais, para ser honesto. Curado da febre e com a garganta a melhorar, o Tiago agora deu-lhe, claro, para a nossa velha amiga tosse.
Foi a noite toda mal dormida, com o puto com valentes ataques e nós, sempre tensos, a ver quando é que a coisa dava para o vómito. E depois disto, acorda-me í s sete da manhã, todo bem disposto.
Aproveitámos o madrugar para ir ao Jardim Zoológico. Já lá tinhamos estado em Julho do ano passado, tinha o Tiago então um ano e quatro meses e não achou piada nenhuma; aliás, adormeceu.
Mas como temos visto que ele reage muito mais aos animais nos livros e na TV e já tem 2 anos, achámos que valia a pena tentar novamente.
Não foi um mega sucesso, mas correu bastante melhor. Achou alguma piada aos Tigres e aos Elefantes, embora se tenha assustado com os Rinocerontes que começaram a lutar quando ali passámos.
Estávamos um pouco frustrados quando demos com o reptilário, onde não tinhamos ido da outra vez. Entrámos mais para vermos nós do que por ele, mas o gajo gramou aquilo. Gostou dos lagartos, iguanas, tartarugas e serpentes diversas.
Aparentemente, o nosso filho gosta de répteis… é um pequeno Calvin em potência! :’)
O reptilário acabou por compor o dia e viemos para casa satisfeitos.
Entretanto chegaram os móveis e decidimos que é desta que pintamos o nosso quarto que os donos anteriores pintaram de um daqueles “fantásticos” branco-natureza e que é, basicamente, beje. Yuk.
Em princípio, se tudo correr bem, amanhã fica branco que sempre é melhor que cor de vómito de Pelicano.
E o dia ainda terminou melhor com o Tiago, que há uma semana que, tecnicamente, não comia, a devorar um jantar de arroz, ovo mexido, sopa e fruta. Pim.
Passou hoje o quinto dia com o Tiago doente. Acordou com a febre nos 38 e depois esteve bem uma grande parte do dia. Infelizmente, depois da sesta, acordou com 39,5 e os meus pais tiveram que vir cá vê-lo novamente.
Parece que em vez de uns pontinhos de pus numa amígdala, tem agora uma bela bola. Parece não… tem mesmo, que até eu que não percebo nada de gargantas, consegui ver.
Praticamente não come, está magríssimo (magro já ele é, agora está pior), e as calças caem-lhe. Quando o Brufen ou Ben-u-ron estão em pleno efeito e a febre desce, está bem, diverte-se, farta-se de brincar, mas quando a temperatura dispara, normalmente de quatro em quatro horas, fica completamente aterrado: deita-se no chão, encosta-se a um canto, olha para o infinito e escorrem-lhe lágrimas dos olhos.
Estamos de férias, fechados em casa; ontem tentámos sair para ir fazer umas compras ao Jumbo e ele voltou com 39 de febre. Não pode ser, temos que ficar em casa para, pelo menos, termos os medicamentos prontos, podermos despi-lo para o arrefecer e deixá-lo esparramar-se no sofá a ver o Mickey Mouse até se sentir melhor.
Não tinhamos planeado grande coisa, mas pretendiamos levá-lo í praia, ao parque e talvez ao Zoo ou ao Oceanário esta semana. Em vez disso estamos a forçá-lo a tomar antibióticos e a medir-lhe a temperatura 20 vezes por dia.
Eis as nossas primeiras férias de 2009. No ano passado planeei as minhas férias pessimamente e acabei com períodos demasiado afastados uns dos outros e ia dando em doido.
Portanto, este ano certifiquei-me que havia uma certa cadência para manter as coisas mais próximas da sanidade.
É apenas uma semana, mas queria pelo menos ir um ou outro dia í praia (eu não faço praia… vou), talvez ao Zoo com o Tiago, para ver se, com 2 anos, ele já acha mais piada í quilo.
Mas, como há mais ou menos 5 meses a nossa vida tem sido dominado pelo omnipotente God of Small Annoyances, a coisa não começou bem.
Sexta-feira fomos buscar o Tiago í creche e a educadora disse que ele estava com febre. Coisa pouca, um bocadinho acima dos 37,5. No Sábado andou acima dos 38 e hoje, rompeu a barreira dos 39.
Sempre a controlar com o benuron, fomos tentando observar outros sintomas que explicassem a origem da febre. Mas nada.
Os avós, médicos de(a) família, disseram que é mesmo assim: coisas dos vírus. Mas hoje, além da febre, viram-lhe pus na garganta, pelo que é oficial: o Tiago tem a sua primeira infecção e direito ao seu primeiro antibiótico!
Sempre que o Tiago está doente e nós estamos preocupados, há sempre alguém que recorda que ele nunca esteve gravemente doente até agora. O que é obra, em dois anos.
Nem uma otite para amostra.
Mas mais tarde ou mais cedo tinha que ser e foi agora. Vai tomar claritromicina e não tem piada nenhuma porque ele não quer engolir nada que não tenha forma, textura e sabor de palmier.
Recusa-se a comer carne ou peixe, recusa-se a comer a sopa e, hoje ao jantar, até a fruta em puré, que ele nunca recusa… recusou.
Estava com 39,3 nessa altura e depois de termos sido obrigados a forçá-lo a engolir o antibiótico e o brufen para baixar a febre, estava pior que estragado.
Ficámos um bocado com ele na sala í s escuras, ao som e imagem dos caleidoscópios do BabyTV í espera que se acalmasse e também para nos certificarmos que não vomitava o antibiótico – já que é um dos efeitos secundários mais comuns do dito.
Está agora a dormir, já sem febre, embora todo suado da descida da temperatura.
Antes de mais, obrigado a todos os que me desejaram as melhoras aqui e no Twitter e no Flickr e nos corredores do SAPO.
Obrigado também a todos os que falaram comigo como piratas.
Hoje í s onze e um quarto voltei ao Centro Clínico da PT-ACS para consulta de seguimento, desta feita com outro Oftalmologista.
Uma rápida observação permitiu-lhe concluir que a minha úlcera tinha dado azo a um abcesso da córnea. Ou, como ele me explicou, algo fez um furinho na córnea (úlcera), por onde um monte de bactérias aproveitaram para entrar e fazer uma festa; logo, fiquei com a córnea mais espessa (abcesso), por ter a dita infectadinha de bactérias.
Simplificado, com certeza, mas explicativo.
Saí então com pelo menos uma boa notícia: tapar o olho está fora de questão, que o que ele precisa é de andar aberto.
“Deve achar isto uma confusão, a minha colega disse para tapar, eu digo para destapar”, disse o médico. E eu nem estava a pensar nisso, mas apenas a dar pulinhos imaginários de alegria por já não ter que andar com aquele penso irritante e desconfortável.
Comprei os dois antibióticos diferentes, em gotas, que me receitou e passei o dia a pí´-los de duas em duas horas.
Agora, durante uma semana tenho que pí´r as gotas quatro vezes por dia e, em princípio, tudo se resolverá.
Ou isso, ou cai-me o olho, por esta altura… já nada me surpreende.
O Tiago começou com grandes tosses novamente e voltou a vomitar. Sabemos que ele tem tendência para vomitar e que anda com tosse porque está constipado e tem expectoração, mas não conseguimos de deixar de pensar no nosso problema de esquentador e no monóxido de carbono. A janela está sempre aberta e o problema já […]
Depois de dias a fio metidos em casa com o puto com febre e uma infecção na garganta jeitosa, subitamente (ou medicamentosamente, claro), a febre desapareceu. Aproveitámos a melhoria para dar ontem um salto í Ikea. Fomos finalmente comprar uma cama com 1,60 m de largura, já que dormimos numa de 1,30 m há anos […]
Passou hoje o quinto dia com o Tiago doente. Acordou com a febre nos 38 e depois esteve bem uma grande parte do dia. Infelizmente, depois da sesta, acordou com 39,5 e os meus pais tiveram que vir cá vê-lo novamente. Parece que em vez de uns pontinhos de pus numa amígdala, tem agora uma […]
Eis as nossas primeiras férias de 2009. No ano passado planeei as minhas férias pessimamente e acabei com períodos demasiado afastados uns dos outros e ia dando em doido. Portanto, este ano certifiquei-me que havia uma certa cadência para manter as coisas mais próximas da sanidade. É apenas uma semana, mas queria pelo menos ir […]
Antes de mais, obrigado a todos os que me desejaram as melhoras aqui e no Twitter e no Flickr e nos corredores do SAPO. Obrigado também a todos os que falaram comigo como piratas. Hoje í s onze e um quarto voltei ao Centro Clínico da PT-ACS para consulta de seguimento, desta feita com outro Oftalmologista. […]