O segundo dia correu bem. É bom estar deitado a apanhar Sol e a ouvir o som da água da piscina, os pássaros, as cabras e as galinhas ao longe. Bom e os tiros de caçadadeira, claro.
O Tiago diverte-se í brava e embora goste da água, não é super adepto, pelo que hoje acabou por descobrir um meio termo e passar grande parte do tempo sentado no primeiro degrau da piscina, a brincar com o seu regador.
Eu passei o dia inteiro meio zonzo de não ter dormido e acabei mesmo por adormecer por períodos de um ou dois minutos uma ou duas vezes ao Sol e depois, mais tarde, num dos sofás da sala, enquanto o Tiago via uns desenhos animados no Mac.
Evidentemente que, quando chegou a hora de ir para a cama, fui incapaz de adormecer.
Há pouco menos de três horas atrás fui-me deitar. Mais valia ter-me deitado num esticador medieval, daqueles que a Inquisição usava para obter ‘confissões’, não que a cama fosse desconfortável, mas tentar dormir provou ser tortura.
Completamente incapaz de adormecer, estive a primeira hora e meia a ouvir a minha mulher e o meu filho a dormir.
A cama em que o Tiago estava a dormir é tão desconjuntada que faz uma barulheira infernal, quando ele deu uma volta, acordou com o barulho e acendi uma luz mesmo a tempo de o impedirmos de se atirar da cama abaixo já que esta é alta, mas tem umas grades minúsculas. Não sei quem desenhou esta cama, mas é claramente do tempo em que a preocupação com a segurança das crianças era menor.
O Tiago lá passou para a nossa cama e voltou a adormecer. A Dee também. E eu também não.
Ao fim de mais uma hora e tal de tortura, desisti e como o Tiago já ocupava grande parte de metade da cama, decidi levantar-me para dar mais espaço í Dee para dormir.
A minha grande esperança agora é que não falte muito para o Sol nascer.
Part deux – 7 da manhã
A noite foi passada em claro. Por volta das 4 ficou um frio do caneco, tive que me vestir—felizmente a minha mulher convenceu-me a trazer um casaco e usei umas toalhas para me tapar de deitar-me no sofá, mas não dormi.
Quando o Sol começou a levantar-se estive quase a sucumbir ao cansaço, mas o sistema de rega entrou em funcionamento e embora não oiça os asperssores, o quadro de controlo daquilo faz um estalo bastante alto a intervalos irregulares.
Os meus olhos começavam a fechar-se e “Tlack!”, lá vinha o estalo. Desisti de vez.
Já estamos de férias há uma semana e temos alternando entre coisas que têm que ser feitas e coisas que nos apetece fazer. Ora vamos í praia, ora vamos í Ikea comprar novos móveis para o Tiago. Demos umas voltas pelo inevitável Parque da Paz, fomos até ao parque infantil da Trafaria (deserto), e ao Parque Urbano da Costa da Caparica que tem uns três parques infantis enormes.
Fizemos compras, comemos gelados, montámos móveis, fomos brincar ao Jardim de Almada… enfim.
Hoje foi dia de sairmos de casa. Desde que o Tiago nasceu que não saíamos para férias, o que faz com que ele nunca tenha dormido uma noite fora de casa.
Como os avós também vivem muito perto, nem um fim de semana em casa dos ditos passou. Tendo em conta que nem na nossa cama dorme e tirando as sestas da escola, o Tiago, basicamente, nunca dormiu fora da cama dele.
Mas eis chegada a altura.
Metemo-nos no carro hoje de manhã, por volta das 11, rumo ao Alentejo, para passar uns dias na casa dos meus sogros. A viagem não é muito longa (uns 120 km), e correu bem. Quando chegámos, o Tiago entusiasmou-se imediatamente com a nova paisagem.
Depois, claro, eu descobri que a nossa mala principal, aquela que tinha, sei lá… as fraldas do miúdo, toda a roupa, pijamas, dodots, etc, etc, tinha ficado, confortavelmente, em cima da nossa cama em Almada.
Mais 120 km para lá e mais 120 para cá e finalmente pude considerar-me de férias.
Quando cheguei do terceiro percurso, o Tiago dormia impávido e sereno entre as pernas da mãe, í beira da piscina. Já tinha ido “nadar” três vezes e tinha acabado de simplesmente cair para o lado com sono.
Aproveitei para nadar um bocado na água de 29 graus e saborear o fim de um dia passado ao volante. Fiquei, literamente, com um bronze í camionista; isto é, o meu braço esquerdo está muito mais bronzeado que o direito, porque apanhei o Sol da esquerda nas duas primeiras viagens e tem a marca da t-shirt claramente estampada no ombro.
Em ritmo de férias, lanchámos tarde, a apanhar com o Sol das 6, no alpendre. E jantámos já depois da hora habitual do Tiago se deitar, que isso das horas de deitar não é chamado para as férias.
Infelizmente, o Tiago engasgou-se com o jantar e acabou por vomitar, não sem antes nos causar um pânico com o engasganço… o que vale é que o gajo tem o reflexo do vómito muito afinadinho, porque tinha um bocado de carne entalado e nós não estavamos bem a perceber o que se passava.
Agora são onze e tal da noite e ele está numa velha cama de criança, ao lado da cama onde vamos dormir. A mãe está com ele no quarto, mas ainda o oiço mexer… vamos lá ver como corre a primeira noite do Tiago fora de casa.
Há uns anos, comprei um TomTom One—um GPS portátil com um mapa da Península Ibérica. Foi mais por cromice do que por outra coisa, mas já me tem dado jeito.
O mapa de Portugal sempre teve uma cobertura muito inferior ao de Espanha e foi com satisfação que vi ontem que tinha entretanto saído um mapa da Iberia que cobria Portugal em 99,9%. Hoje, comprei o dito mapa.
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Qual não foi o meu espanto, então, quando não consegui seleccionar o mapa para o utilizar no meu GPS. Usando a aplicação de gestão de desktop da TomTom (o Home), percebi que o mapa que eu tinha acabado de adquirir dizia que precisava de ser activado.
Saltei para o mail, í espera de um código de activação… esperei, chegou a confirmação do pagamento, chegou a factura e nada de código. Ao fim de duas horas, nada de código.
Comecei a perceber que não ia chegar código nenhum.
Vendo os detalhes do mapa, a TomTom sugere-me que o remova do aparelho, pois está a ocupar espaço no SD e nem sequer funciona. É de uma estupidez a toda a prova!
O site da TomTom é um desastre. A ajuda manda-me para o ‘My Account’, que não existe. Experimento então ir a ‘My TomTom’ na esperança que seja isso, mas aí não encontro o ‘My Products’, onde poderia consultar o número de código que preciso para requisitar activação de software.
Depois, encontro uma referência a um site externo, feito apenas para fornecer códigos de activação TomTom e nesse site apercebo-me que preciso de encontrar o CD original do meu One. Sei lá onde está.
Mas procuro… e encontro! Encontro o CD e percebo que o código de produto não está no CD, mas na capa. A capa é que não sei onde está e sinceramente, não me apetece procurar.
Se precisam de um identificador para saber que eu tenho mesmo um TomTom One e não sou um horrível pirata disposto a copiar o mapa deles, porque não me pedem o número de série que está escrito no fundo do aparelho?!
Porquê pedir um código qualquer impresso uma qualquer capa de cartolina de um CD que eu não preciso para nada e que está perdido há anos?!
A TomTom, como tantas outras companhias que vendem software, está a tratar-me como ladrão. Eu sou um cliente que comprou o hardware e o software e está a tentar comprar uma actualização. Correcção: eu já comprei a actualização, porque eu paguei!
Mas em vez de ter acesso ao que paguei, estou encravado num sistema de protecção de cópia feito para dissuadir pessoas que não são eu!
Esta prática estúpida continua, as empresas continuam a tratar os seus clientes pagantes como ladrões e a cada vez que isto acontece, mais me apetece arranjar software pirata. Aliás, o próximo mapa para o meu One será certamente sacado da net.
Já aconteceu o mesmo com os CDs, desde que trouxe para casa um que não tocava em lado nenhum graças ao ‘copy protection’; nunca mais comprei nenhum.
Como se resolve o problema dos serial killers? Eu sei, pergunta estranha, mas faz sentido: resolve-se matando toda a gente. Se matarmos todos os seres humanos no planeta, certamente nos livraremos dos serial killers.
E é precisamente assim que agem as empresas para proteger o copyright.
Segue o pedido de suporte que enviei í TomTom:
Acabei de adquirir, por sugestão do TomTom Home, um novo mapa da Iberia, versão 830.2306 e não consigo usá-lo. O TomTomHome diz-me que o mapa precisa de ser activado o que me parece bizarro pois acabei de PAGAR por ele e diz-me ainda que o mapa não é compatível com o meu aparelho o que é estranhíssimo visto que me foi sugerido como actualização pelo TomTom Home que é suposto saber que eu tenho um One 1st edition.
Pelo que consegui perceber, o procedimento de activação – que parte do princípio que eu, cliente pagante, sou um pirata disposto a roubar os vossos mapas – é complexo e exige que eu encontre o CD original do meu TomTom que eu não faço a mais pequena ideia onde esteja.
Uma vez que paguei pelo mapa, bem como pelo serviço de actualização de mapas anual, agradeço que me indiquem como posso usufruir do conteúdo que paguei. Pretendia usar o mapa numa viagem já amanhã de manhã, mas duvido que me respondam em tempo útil.
Ainda assim, obrigado de mais um cliente insatisfeito por práticas retrógadas de protecção de conteúdos.
Falei no teste de Sheridan no último post e estava convencido que era uma coisa mais ou menos do conhecimento comum; í s vezes esqueço-me que nem toda a gente tem pais médicos do SNS.
Estas são as perguntas que o médico de família faz para tentar perceber se a criança está a desenvolver-se normalmente. Na primeira página vai das 4 semanas a 1 ano, na a segunda página, para o mesmo período, em vez dos desenvolvimentos listam-se os sinais de alarme (como “não fixa nem segue objectos”), e finalmente, na terceira página, são listados os desenvolvimentos básicos até aos 5 anos.
Resolvi digitalizar e disponibilizar o teste aqui em PDF, mas por favor nunca se armem em peritos com uma coisa destas. Não se ponham a dar conselhos a amigos, nem tentem tirar conclusões vossas sobre os vossos filhos. Esse é o papel do médico de família ou do pediatra. Este teste encontra-se sob diversas versões, online, portanto não é nenhum segredo de Estado, mas eu só o disponibilizo enquanto não aparecer por aqui nenhum maluco a achar que o filho é isto ou aquilo por causa de algo que leu no PDF.
Ao mínimo sinal de malucos… acaba-se o pão para os ditos.
Dito, isto, podem fazer download do PDF, alegremente: Teste de Sheridan (PDF ~2 MB)
O segundo dia correu bem. É bom estar deitado a apanhar Sol e a ouvir o som da água da piscina, os pássaros, as cabras e as galinhas ao longe. Bom e os tiros de caçadadeira, claro. O Tiago diverte-se í brava e embora goste da água, não é super adepto, pelo que hoje acabou […]
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