E quando não há metro?

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Quando cheguei ao Pragal hoje estava montes de gente na paragem de metro. Já tinha lido um tweet do Tony dizendo que não havia metro, há bem mais de uma hora e embora me custasse a crer, passava das nove da noite e havia pessoas ali desde as oito.

Chegou um comboio, que parou mas não abriu as portas. O painel dizia Cacilhas, o comboio dizia Cacilhas. Esperámos.

Compreendo que os condutores não tenham que andar a dar informações, mas ao mesmo tempo faz-me alguma impressão que, havendo pessoas há mais de uma hora í  espera, este não se dignasse a pelo menos abrir a janela e explicar a dois ou três passageiros o que se passava… o passa palavra trataria do resto.

Ao fim de um bocado de espera, as portas lá se abriram e a malta entrou. Claro que, depois da estação da Ramalha percebi rapidamente que afinal, o comboio que dizia Cacilhas, não ia para Cacilhas coisa nenhuma, ia para Corroios.

Saí­ no Centro Sul e ainda olhei para o painel… mas percebi que comboios para Cacilhas, nada feito. Pus-me a andar, com a ideia de apanhar algures um autocarro.

Não passou por mim, no caminho inteiro do Centro Sul a Cacilhas, um único autocarro. Se me perguntarem onde há paragens, não sei. As paragens de autocarro foram substituí­das por simples postes que me passaram despercebidos. Mas seria indiferente, porque não vi passar nenhum… e eu vim pelo centro da cidade.

Ainda parei na estação Bento Gonçalves para perguntar a quem ali estava se tinham visto passar comboios. Claro que não. Mas a situação não deixou de ser curiosa: dirigi-me a uma senhora com uma miúda e percebi que ela era francesa. Pouco depois juntou-se-nos um tipo que também queria informações. Era espanhol.

É o iní­cio de uma boa anedota: um português, uma francesa e um espanhol encontram-se numa estação de metro em Almada í s nove e meia da noite e…

E nada, claro. Lá fui eu.

Tudo isto para dizer o quê? Que o MTS, além de um nome estúpido, porque toda a gente lhe quer chamar MST, mas chama-se MTS, tem um sistema de informação de trampa. Pior: não tem nenhum sistema de informação nenhum.

Os painéis, nas estações, estão programados com o horário que pode ser lido nos posters afixados nas mesmas e vão paulatinamente passando ao horário seguinte, independentemente da passagem dos comboios.

Existe uma linha de texto nos painéis, dedicada a informações, mas tudo o que diz é “consulte o horário”. Não se vê, nas estações, um número de telefone de apoio ao cliente. Não se encontra, nas estações, indicações de onde apanhar transportes alternativos, em caso de avaria do MTS.

Portanto eu, que decidi “ir andando”, fiz 3 km a pé. E as pessoas que acharam boa ideia esperar pelo metro lá ficaram, nas estações, sem fazer a mí­nima ideia do que se passava.

Quando se monta um novo meio de transporte que as pessoas começam a adoptar, existe uma certa tendência para que fiquem dependentes dele. Mas isso não significa que as pessoas andem de metro porque gostam mesmo dos comboios. As pessoas andam de metro porque querem ir a algum lado, portanto, se não vão passar comboios, avisem-nos e, já agora, indiquem onde se pode apanhar um transporte alternativo. Ou será pedir demais?

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Esta coisa dos putos falarem…

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

…é realmente do caraças.

Chega a hora do jantar.

“Tiago, tens fome?”

“Sim, pai! Papa!”

“Ah é? E o que é que queres comer?”

“FLOCOS!”

A maneira como ele diz flocos é irreproduzí­vel. Parece-se vagamente com “flócoish!”… e como lhe negar um prato de chocapic para o jantar, quando ele faz isto? OK, não é fácil, mas tem que ser, porque da maneira como as coisas andam, era flócoish a todas as refeições.

Uma das suas grandes preferências é começar as frases com “olha!”. “Olha! Carros!”, “Olha! O carteiro Paulo!”

Aliás, nas suas preferências televisivas, os Little Einsteins levaram há pouco tempo uma ripada do Carteiro Paulo, o famoso Postman Pat, que é agora o favorito do Tiago.

Tanto vê em português como em inglês e tenta acompanhar a canção do genérico, em ambas as lí­nguas. Hoje, enquanto lhe fazia companhia para adormecer – tarefa cada vez mais longa e complicada – perguntei-lhe quem eram os amigos dele, respondeu-me: “a Inês, o Quico, a Sónia, a Marta, a Mamã… e o Carteiro Paulo!”

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A Saga – Prólogo 1

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Eis-nos de volta í  saga canalizativa da nossa casa, mas desta vez apenas com boas notí­cias.

Não tí­nhamos bem a noção de quando poderí­amos voltar a ter cá alguém para corrigir o problema do esquentador se apagar se o exaustor estivesse ligado no máximo, mas a Dee ligou para o tipo que fez a obra e ele apareceu no dia seguinte.

Aliás, este tipo é, em termos de empreiteiros de obras aquilo a que actualmente se chama epic win e sem dúvida que o contacto dele vai ficar guardado para as remodelações que temos planeadas.

Chegou, identificou o problema e resolveu-o – claro. Portanto agora sim, finalmente, a nossa exaustão de fumos e gases de queima do esquentador está a funcionar correctamente.

Mas eu chamei a este post prólogo 1 e com uma razão: é que o nosso fogão, que já me irrita há vários anos porque os acendedores eléctricos ora funcionam, ora não e porque só tem um bico grande e outros três pequenos exactamente iguais e por uma série de outras razões, começou a apagar-se sozinho.

Só se apaga em condições muito especí­ficas e apenas num dos bicos (que por acaso até é o menos usado), mas apaga-se e isso é apenas mais uma irritação numa lista que já vai longa.

Claro que temos uma válvula de segurança no contador e se eu deixar o gás aberto no fogão ele é cortado no contador ao fim de poucos segundos, mas está na cara que chegou finalmente a altura de reformar aquela porra.

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Pond – registo

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Pusemos hoje online uma páginazinha para quem quiser registar-se para saber novidades do Pond. Basta um nome e e-mail para ficarem na nossa listinha mágica e sabe-se lá a que é que a listinha mágica dá direito!

Just follow the link.

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Quando usar o Photoshop já é trabalho a mais…

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Ide ver este artigo e ví­deo incluso, ide… e depois deixai de acreditar em tudo o que… ermm… hum… virem.

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E quando não há metro?

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