Cada cavadela, cada minhoca

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

«Não gosto dos espanhóis metidos na polí­tica portuguesa», diz Manuela Ferreira Leite. Ou, por outras palavras: “Orgulhosamente sós”.

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23 comentários a “Cada cavadela, cada minhoca”

  1. Rui Moura says:

    Devo ser a única pessoa a ter adorado que a MFL tenha mostrado o dedo do meio aos espanhóis.

    Não que não sejamos já, disfarçadamente, uma proví­ncia espanhola (comercialmente falando), e quem não conhece bem o Alentejo também nem sonha que qualquer dia aquilo passa tudo para os espanhóis e ninguém dá por ela, mas porra, eu tenho muito orgulho no paí­s que temos e preferia morrer a ser espanhol.

    De qualquer modo, estou perfeitamente ciente que as palavras da MFL não correspondem inteiramente ao que ela realmente pensa, mas disse-o, e se serviu para irritar meia dúzia de fdp espanhóis, eu fico feliz.

    • Sérgio Lopes says:

      Rui, é alguém que não vai com a cara deles.

      Na escola primaria um professor (não me recordo quem, lamento) ensinou-me uma simples, mas grande lição: “Temos que nos dar bem com toda a gente. A qualquer momento podemos precisar de algo ou de alguém. Só se sabe que não se sabe o amanhã.”

      Convém a Portugal e a todos nós que este se dê bem com todos os paí­ses. Porque senão, eles serão como você (por qualquer razão de descontentamento para com os espanhóis), há mí­nima tentativa de parceria económica com qualquer paí­s, é nos logo negada.

      Portugal não será dos espanhóis, isso é tudo treta.

      Concerteza quantas gerações já teram comentado isso, quantas sociedades seculares portuguesas já discutiram isso, já amedrontaram. Isso não acontecerá, enquanto existir respeito mutuo, e vivermos num mundo minimamente civilizado como o actual, tal não acontecerá.

      • Rui Moura says:

        Correctí­ssimo.

        De qualquer modo, o meu “ódio” pelos espanhóis vem de há mais de 20 anos, foi muito tempo a viver com a espanha ao alcance da vista, muita conversa e muita experiência com os “nossos irmãos” para saber, mais do que a maioria das pessoas, que os espanhóis não querem saber de nós para nada.

        Usam-nos, porque estamos num sí­tio porreiro, somos um paí­s pobre, e não têm que se deslocar muito. Ponto final, parágrafo. Não no fazem favores, nem querem saber de nós para nada. Só gostava que as pessoas de repente não tivessem a ideia de que a espanha era nossa beneficiária e que nos andavam a ajudar.

        • Sérgio Lopes says:

          Rui, respeito a sua indignação. No entanto precisamos deles, assim como eles precisarão / precisam de nós. É a vida.
          É bom Portugal ter Espanha como parceiro económico (assim como Venezuela, Angola…).

          É sim senhor um sitio porreiro, o nosso simpático cantinho. ;)

    • Ricardo Martins says:

      pergunte í  maioria dos empresários portugueses… o que seria de muitas empresas portuguesas e milhares de postos de trabalho… se não tivéssemos relações comerciais com Espanha… e Espanha relações comerciais em Portugal…
      só a tí­tulo de exemplo..

      lembro q algumas das maiores fabricas da Zara fora de espanha estão em Portugal.. a empregar portugueses… e por exemplo ainda recentemente a Pescanova instalou ali para os lados da Tocha… uma das maiores fábricas deles na peninsula ibérica… haveria mais exemplos…

      pois….

      se passamos a vida a queixarmo-nos de espanha… aqui os nossos vizinhos do lado… como é que alguma vez poderemos ambicionar competir numa economia global?

      esta filosofia de MFLeite do orgulhosamente sós… deixa muito a desejar…

      se eu quisesse ter um raciocí­nio mesquinho como o que ela teve perguntaria…

      mas se MFLeite é assim tão contra os espanhóis em Portugal e os seus lóbys…

      pq é que raio trabalhou nos ultimos anos para eles… para um dos maiores lobys espanhois em portugal… O banco santander?

      Cumprimentos,
      Ricardo Martins

    • Meu… disse-o para tentar ganhar votos, mais nada. Num mundo globalizado em que os Espanhóis são donos de metade de Portugal, a afirmação não só é populista como é irresponsável.

      • Rui Moura says:

        Sim, populista, foi precisamente o que eu disse, que não é aquilo que ela pensa, mas disse-o ;)

        Mas como digo, se serviu para irritar meia dúzia de espanhóis, por mim está tudo bem.

        Algo que me está a fazer alguma confusão, confesso, é esta abertura de pernas repentina a espanha. Temo que se fosse o sócrates a dizer aquilo fosse levantado em ombros, assim como foi a idiota da MFL (e estou mesmo a chamar-lhe idiota) já é uma coisa má, e precisamos dos espanhóis, e temos que lhe lamber o cú. É só isso que me está a fazer confusão :-)

  2. wtf says:

    a comparação do ano. viva salazar :x

  3. Ricardo Martins says:

    a ler…
    para compreenderem-se certas formas de fazer jornalismo…

    Subitamente neste Verão
    por Provedor do Leitor do PíšBLICO

    http://provedordoleitordopublico.blogspot.com/2009/09/subitamente-neste-verao.html

    RM

  4. Cris says:

    Uma coisa é o momento em que Salazar o disse: quando no pós Segunda Guerra Mundial começou a crescente pressão internacional para que Salazar se afastasse do poder e Portugal se abrisse í  democracia (e só por causa das tosses, acho que esse foi um dos maiores erros de Salazar, não se ter afastado quando devia e ter dado azo a que os “tachos” í  sua volta se instalassem e tentassem perpetuar-se). E quando na questão da independência da índia Salazar considerou que as pressões internacionais, não apenas indianas, para que Portugal abandonasse os seus territórios, eram excessivas e desrespeitadoras da nossa capacidade de decisão enquanto paí­s independente.
    MFL refere-se a tentativas por parte dos espanhóis de porem e disporem das nossas decisões polí­ticas em questões estruturais. A invasão económica, hélas, parece que ninguém a viu, ninguém a contestou, ninguém a tentou parar…
    Não será tanto o “orgulhosamente sós”, mas um “orgulhosamente de pé ao lado dos espanhóis, iguais a eles, na medida do possí­vel, e nunca submetidos í s decisões e vontades de um paí­s”. Uma vez que já temos que nos submeter í s decisões e vontades da União Europeia (com as suas balanças de poderes desiquilibradas por alguns paí­ses), que ao menos recusemos a bota em cima de um ou outro paí­s individual…

    • Sim, eu sei que foi um exagero e uma provocação, a minha comparação. Mas o que realmente me irrita na Manela (e na maioria dos polí­ticos, já agora), é agir e falar como se nunca tivesse estado no Governo. Como se ela não estivesse lá quando parte significativa das empresas começaram a ser compradas pelos espanhóis e como se a assinatura dela não estivesse nos acordos do TGV.

  5. artur couto e santos says:

    Politicamente, a MFL é analfabeta; intelectualmente, é desonesta; exteriormente, é feia como o demo; etariamente, é velha como o caraças – que raio é cerca de 32% dos portugueses (segundo as sondagens) vêem na mulher?
    E, já agora: o que a faz correr? Por que não fica ela, sossegadinha, a gozar a reforma e a brincar com os netinhos e deixa a malta em paz?
    Quanto aos espanhóis: não sei se serão melhores ou piores que os eslovenos, os croatas, os belgas ou os porto-riquenhos – simplesmente, estão aqui ao lado e a nossa economia depende deles, portanto, a afirmação da MFL é politicamente analfabeta e intelectualmente desonesta. Ela própria não acredita no que disse.

  6. Nelito Carrapito says:

    Xiiii man,

    deixa-te disso! o Socrates não precisa que faças campanha por ele

    ;)

  7. Nelito Carrapito says:

    AHAHAHAHAHAH

  8. Daniela says:

    Em relação ao post, adorei o tí­tulo.

    Eu, pessoalmente, já não tenho pachorra para tantas… como dizer… incoerências da senhora. Não há paciência para tanta falta de responsabilidade vinda de uma suposta lí­der do “maior” partido da oposição.

    Haja vergonha.

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