O dilema da concorrência leal

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Já me cansei de discursar sobre o assunto. Gostava apenas que as pessoas que legislaram o encerramento de grandes superfí­cies aos Domingos e feriados me resolvessem este dilema:

Estou a pintar o meu quarto, infelizmente, duas demão não chegam e vou precisar de mais tinta. É feriado. Vou: a) a uma loja de tintas “tradicional” que está fechada porque é Páscoa e têm mais que fazer ou b) ao Leroy Merlin, que é uma grande superfí­cie e está fechada porque é Páscoa e a lei assim o dita?

A solução do dilema tem que terminar comigo com um balde de tinta na mão sem ter que me deslocar mais de 3 km.

Go.

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A saga continua, em breve iremos para a rua

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

O Tiago começou com grandes tosses novamente e voltou a vomitar.

Sabemos que ele tem tendência para vomitar e que anda com tosse porque está constipado e tem expectoração, mas não conseguimos de deixar de pensar no nosso problema de esquentador e no monóxido de carbono.

A janela está sempre aberta e o problema já foi detectado e posto em resolução, mas ainda assim, a paranóia de viver numa casa em que os gases de queima do esquentador do vizinho de cima vêm parar í  nossa cozinha não nos deixa descansados enquanto esperamos que esteja tudo resolvido.

Aliás, a janela está aberta vai para cinco  meses, que é o tempo que leva este problema.

Enquanto eu acalmava o Tiago e lhe dava algo para comer, a Dee decidiu ir ao décimo andar perguntar como iam as obras de desobstrução da chaminé que a Real Condomí­nio nos tinha informado que iriam fazer.

Curiosamente, o vizinho do 10º andar nunca tinha ouvido falar de tal coisa.

Há mais de um mês que a empresa que gere o nosso condomí­nio nos disse que tinha sido descoberto que havia um bloqueio na chaminé, dois andares acima do nosso, o que explicava tudo; mais afirmaram que tinham já contactado o condómino do apartamento em causa para que procedesse í  correcção do problema visto que o mesmo teria resultado de obras que ele tinha feito para modificar a sua cozinha.

Diz-nos agora o vizinho que nunca fez obras, mas o esquentador dele nunca funcionou bem, tanto que teve que o mandar montar na varanda para ter tiragem directa para o exterior (!).

Portanto, nem o vizinho fez obras que justifiquem o bloqueio da chaminé, nem a Real Condomí­nio disse ao vizinho que tinha que desbloquear a dita. E aqui estamos nós, há meses (anos?), a viver numa casa em que a tiragem dos esquentadores nunca chega ao exterior, circulando alegremente de apartamento em apartamento.

Para a semana há reunião de condomí­nio, mas sinceramente, já não sei se tenho confiança em seja quem for para que o assunto seja resolvido.

Neste momento, tenho vontade de expor o assunto ao ITG e esperar que cortem o gás ao prédio inteiro (porque se a chaminé está efectivamente bloqueada, então ninguém tem tiragem). Talvez assim, todos sem gás, as pessoas comecem a perceber que é preciso resolver isto.

E no entretanto acentua-se cada vez mais a nossa vontade de nos mudarmos…

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Finalmente o final

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Depois de dias a fio metidos em casa com o puto com febre e uma infecção na garganta jeitosa, subitamente (ou medicamentosamente, claro), a febre desapareceu.

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Aproveitámos a melhoria para dar ontem um salto í  Ikea. Fomos finalmente comprar uma cama com 1,60 m de largura, já que dormimos numa de 1,30 m há anos e como nenhum de nós é especialmente pequeno, passamos a noite aos encontrões e nem são dos encontrões que mais gostamos.

A ida correu bem, o Tiago divertiu-se í  brava – provavelmente vingando-se do tédio da doença e de estar fechado em casa – correu a loja toda, experimentou todas as camas e passou um grande bocado a meter-se num roupeiro, a abrir a porta e dizer cu-cu.

Reparei que a Ikea é um gay-magnet do caraças, coisa de que ainda não me tinha apercebido, mas suponho que  tenha qualquer coisa a ver com decoração. Não há nada de errado com isso, já dizia Jerry Seinfeld, mas, í  saí­da, tentando marcar a entrega dos vários móveis que comprámos, um desses casais levou-me í  beira da homofobia.

Os rapazes decidiram encher dois carrinhos de supermercado com comprinhas e mandar entregar. Ele era almofadas, caixinhas, pecinhas, bibelots… tudo coisinhas pequenas que tiveram que ser individualmente registadas pelas senhoras da transportadora, classificadas e metidas em caixotes, cuidadosamente.

Demoraram bem uns 40 minutos a ser atendidos… talvez mais, porque a cena já se desenrolava quando eu cheguei.

Como são gays, devem ter um Audi TT, que não tem mala para levar um corno.

Mas adiante.

Hoje o dia amanheceu…. huh… cedo demais, para ser honesto. Curado da febre e com a garganta a melhorar, o Tiago agora deu-lhe, claro, para a nossa velha amiga tosse.

Foi a noite toda mal dormida, com o puto com valentes ataques e nós, sempre tensos, a ver quando é que a coisa dava para o vómito. E depois disto, acorda-me í s sete da manhã, todo bem disposto.

Aproveitámos o madrugar para ir ao Jardim Zoológico. Já lá tinhamos estado em Julho do ano passado, tinha o Tiago então um ano e quatro meses e não achou piada nenhuma; aliás, adormeceu.

Mas como temos visto que ele reage muito mais aos animais nos livros e na TV e já tem 2 anos, achámos que valia a pena tentar novamente.

Não foi um mega sucesso, mas correu bastante melhor. Achou alguma piada aos Tigres e aos Elefantes, embora se tenha assustado com os Rinocerontes que começaram a lutar quando ali passámos.

P4090030

Estávamos um pouco frustrados quando demos com o reptilário, onde não tinhamos ido da outra vez. Entrámos mais para vermos nós do que por ele, mas o gajo gramou aquilo. Gostou dos lagartos, iguanas, tartarugas e serpentes diversas.

Aparentemente, o nosso filho gosta de répteis… é um pequeno Calvin em potência! :’)

O reptilário acabou por compor o dia e viemos para casa satisfeitos.

Entretanto chegaram os móveis e decidimos que é desta que pintamos o nosso quarto que os donos anteriores pintaram de um daqueles “fantásticos” branco-natureza e que é, basicamente, beje. Yuk.

Em princí­pio, se tudo correr bem, amanhã fica branco que sempre é melhor que cor de vómito de Pelicano.

E o dia ainda terminou melhor com o Tiago, que há uma semana que, tecnicamente, não comia, a devorar um jantar de arroz, ovo mexido, sopa e fruta. Pim.

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Novidades sem novidade

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Passou hoje o quinto dia com o Tiago doente. Acordou com a febre nos 38 e depois esteve bem uma grande parte do dia. Infelizmente, depois da sesta, acordou com 39,5 e os meus pais tiveram que vir cá vê-lo novamente.

Parece que em vez de uns pontinhos de pus numa amí­gdala, tem agora uma bela bola. Parece não… tem mesmo, que até eu que não percebo nada de gargantas, consegui ver.

Praticamente não come, está magrí­ssimo (magro já ele é, agora está pior), e as calças caem-lhe. Quando o Brufen ou Ben-u-ron estão em pleno efeito e a febre desce, está bem, diverte-se, farta-se de brincar, mas quando a temperatura dispara, normalmente de quatro em quatro horas, fica completamente aterrado: deita-se no chão, encosta-se a um canto, olha para o infinito e escorrem-lhe lágrimas dos olhos.

Estamos de férias, fechados em casa; ontem tentámos sair para ir fazer umas compras ao Jumbo e ele voltou com 39 de febre. Não pode ser, temos que ficar em casa para, pelo menos, termos os medicamentos prontos, podermos despi-lo para o arrefecer e deixá-lo esparramar-se no sofá a ver o Mickey Mouse até se sentir melhor.

Não tinhamos planeado grande coisa, mas pretendiamos levá-lo í  praia, ao parque e talvez ao Zoo ou ao Oceanário esta semana. Em vez disso estamos a forçá-lo a tomar antibióticos e a medir-lhe a temperatura 20 vezes por dia.

Pobre puto.

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Estamos de férias… (não se nota?)

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Eis as nossas primeiras férias de 2009. No ano passado planeei as minhas férias pessimamente e acabei com perí­odos demasiado afastados uns dos outros e ia dando em doido.

Portanto, este ano certifiquei-me que havia uma certa cadência para manter as coisas mais próximas da sanidade.

É apenas uma semana, mas queria pelo menos ir um ou outro dia í  praia (eu não faço praia… vou), talvez ao Zoo com o Tiago, para ver se, com 2 anos, ele já acha mais piada í quilo.

Mas, como há mais ou menos 5 meses a nossa vida tem sido dominado pelo omnipotente God of Small Annoyances, a coisa não começou bem.

Sexta-feira fomos buscar o Tiago í  creche e a educadora disse que ele estava com febre. Coisa pouca, um bocadinho acima dos 37,5. No Sábado andou acima dos 38 e hoje, rompeu a barreira dos 39.

Sempre a controlar com o benuron, fomos tentando observar outros sintomas que explicassem a origem da febre. Mas nada.

Os avós, médicos de(a) famí­lia, disseram que é mesmo assim: coisas dos ví­rus. Mas hoje, além da febre, viram-lhe pus na garganta, pelo que é oficial: o Tiago tem a sua primeira infecção e direito ao seu primeiro antibiótico!

Sempre que o Tiago está doente e nós estamos preocupados, há sempre alguém que recorda que ele nunca esteve gravemente doente até agora. O que é obra, em dois anos.

Nem uma otite para amostra.

Mas mais tarde ou mais cedo tinha que ser e foi agora. Vai tomar claritromicina e não tem piada nenhuma porque ele não quer engolir nada que não tenha forma, textura e sabor de palmier.

Recusa-se a comer carne ou peixe, recusa-se a comer a sopa e, hoje ao jantar, até a fruta em puré, que ele nunca recusa… recusou.

Estava com 39,3 nessa altura e depois de termos sido obrigados a forçá-lo a engolir o antibiótico e o brufen para baixar a febre, estava pior que estragado.

Ficámos um bocado com ele na sala í s escuras, ao som e imagem dos caleidoscópios do BabyTV í  espera que se acalmasse e também para nos certificarmos que não vomitava o antibiótico – já que é um dos efeitos secundários mais comuns do dito.

Está agora a dormir, já sem febre, embora todo suado da descida da temperatura.

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