Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Ando a ler notícias para sacar uma ideia para os Especialistas e dou com isto:
“Deco critica taxas no apoio ao cliente
A Associação Portuguesa de Defesa do Consumidor veio a público mostrar o seu desagrado quanto í s taxas que as operadoras da rede móvel(…)”
Meus caros amigos… O Deco é um jogador de futebol Brasi… Português. Não creio que o Deco, que está a jogar Chelsea, se levante de manhã preocupado com as taxas que as operadoras de redes móveis aplicam por prestarem serviços de apoio ao cliente.
A DECO, por outro lado, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor, é capaz de andar preocupada com esse assunto, que diz respeito í sua área de actuação.
Quando escrevem as notícias, talvez vos pareça indiferente escrever Deco, deco ou DECO, mas não é. É por isso que as línguas têm regras que convém cumprir.
Na minha opinião, há três grupos profissionais especialmente responsáveis por defender a nossa língua, na sua forma escrita: professores de português, escritores e… porra! JORNALISTAS!
Queres mais exemplos? Deve ser alguma regra estranha que vem nos prontuários e que diz que quando uma sigla se consegue ler em vez de soletrar se promove a substantivo. Fartam-se de falar na Sida. “A” Sida. Mas porra. É uma sigla. É síndroma de imunodeficiência adquirida, porra. É SIDA.
Eu acho que o problema aí é dos editores. Eles é que deviam ser o controlo de qualidade do jornal. Não sei o que andam esses senhores a fazer, mas pela quantidade de gralhas e notícias mal estruturadas que vemos hoje em dia na imprensa, devem estar a fazer tudo menos o trabalho deles.
No mínimo um revisor de provas, não é?
Mas ainda assim acredito que é obrigação de qualquer jornalista dominar a escrita da sua língua. E este exemplo das siglas não é nada de especial, apenas uma pequena embirração, sobretudo quando se vê “fassam” ou “ele trás qualquer coisa com ele” e outras que tais.
Se calhar até é mesmo o Deco preocupado com o preço das chamadas para o Brasi….perdão…Portugal. Isto da crise toca a todos :)))
Educação é o que lhes falta …
E pior que isso, ainda são as confusões de conceitos que nos são atiradas sistematicamente e que desvirtuam por completo o contexto das notícias e da mensagem que se pretende fazer passar, como por exemplo:
1. Desertificação e Despovoamento
2. Pontos percentuais e percentagem.
Estes dois exemplos são frequentemente utilizados como sinónimos, sem o serem, na realidade…