Música para ví­deos

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Sugeriram-me que fizesse um post sobre a música que usei para os screencasts que publiquei ontem e por acaso até tenho algo a dizer sobre o assunto.

Há uns anos atrás, publiquei um ví­deo da passagem a tinta de uma tira do Life is Simple. Coloquei a coisa no Youtube, com o “316” ao vivo, dos Van Halen, como música de fundo.

Quase um ano mais tarde recebi um mail do Youtube a informar-me que o meu ví­deo continha material com direitos reservados e que, como tal, a música seria retirada do meu ví­deo. E assim foi, tanto que o ví­deo está para lá, meio a apodrecer, sem som.

O que dizer da intensa estupidez desta indústria da música (e dos audiovisuais e, enfim, do “copyright”)? Um dos comentários mais frequentes no Youtube, para ví­deos deste género é algo como: “ví­deo porreiro pá e a música, o que é?!”

O facto de eu juntar a material original meu, o desenho, uma música, vai potencialmente difundir e divulgar essa música, talvez até mesmo trazendo novos ouvintes.

Quem sabe se, graças a um ví­deo de um gajo a correr, a saltar, a comer asas de frango ou a pintar paredes, com música de fundo do Frank Zappa, não vai levar essa música a novos ouvidos, que talvez a não conhecessem? E quem sabe se um ou dois desses pares de ouvidos não decidem atirar-se ao catálogo completo do Zappa?

O que eu estou a dizer não é nada complicado, mas eu posso pí´-lo de forma mais simples, para os senhores das editoras compreenderem, já que o sei QI parece francamente abaixo da média: ao sonorizar o meu ví­deo com uma canção de um artista que eu gosto, estou a divulgar essa música, a criar novos ouvintes, talvez novos fãs e, quiça, a gerar-vos negócio.

Assim, aqui fica divulgada, em detalhe, a música que usei para os meus ví­deos:

No primeiro ví­deo, escolhi uma faixa do álbum “Is there love in space?”, de Joe Satriani, chamada “Searching”. Esta é a minha faixa favorita deste álbum do guitarrista, embora “If I could fly” (plagiada pelos Coldplay) e “Hands in the air”, por exemplo, também se destaquem, na minha opinião.

É uma música de mais de dez minutos com um ritmo lento e sincopado onde a guitarra é usada com um pedal Digitech Whammy com um efeito melódico sensacional. Embora a faixa não possa ser comprada individualmente na iTunes Store, o álbum inteiro encontra-se lá disponí­vel.

No segundo ví­deo optei por um som mais ambiental e escolhi duas faixas de Loop Guru: a primeira, chama-se “Volcano Garden” do álbum “The Fountains of Paradise“, que dura apenas o primeiro minuto e picos do ví­deo e a segunda “Skin” do EP “Possible Futures“.

Gosto muito dos sons arejados de Loop Guru, uma “banda” com dois músicos – um baixista/guitarrista e um programador (de sequenciadores, portanto) – que mistura sons de música electrónica de dança com um ambiente oriental sem soar simplesmente a sí­taras por cima de drum machines.

Dos mesmos tipos, aconselho também o álbum “Amrita… all these & the Japanese soup warriors“.

Finalmente, no terceiro ví­deo, fui para a música electrónica francesa com uma faixa dos Nova Nova chamada “DjGG”. Esta música veio de um EP, de tí­tulo “Basic”, que comprei, há muitos anos, na defunta Virgin Megastore dos Restauradores.

Esta loja era sensacional. Passei lá várias tardes, na secção de “novas tendências” (ou nome semelhantemente pretensioso), a escolher CDs. Era prática comum levar uma pilha de CDs para o balcão onde me deixavam ouvir í  vontade a música que eu quisesse. Comprei muitos CDs assim; a colecção deles era muito boa e variada e a polí­tica de deixarem as pessoas ouvir antes de comprar (como antigamente), era louvável.

Infelizmente, abriu no Chiado uma coisa chamada Fnac, a que todos aderimos com grande entusiasmo e a Virgin acabou por fechar (bem como a Valentim de Carvalho). Agora, em vez de uma excelente colecção de música, extremamente bem organizada e postos de escuta livre, temos a Fnac com discos que já toda a gente conhece, com uma demora atroz a receber novidades que não sejam do Top40 e  com postos de escuta pré-definidos com as estrelas do momento.

Enfim, não encontro o EP “Basic”, mas tanto quanto sei, esta faixa, “DjGG”, também figura no LP “La chanson de Roland” que se encontra na iTunes store, por exemplo.

E aqui têm uma forma simples mas eficaz de divulgar música. Talvez algumas pessoas explorem, talvez comprem, talvez se limitem a fazer download, não sei. Mas sei que há aqui algo… e quanto mais tempo a indústria discográfica demorar a perceber o que é esse “algo”… mais se aproximarão da extinção total.

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Especialistas – screencast 3

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Finalmente, o terceiro ví­deo desta série de screencasts sobre uma tira dos Especialistas. Na minha opinião este é o menos interessante, mas é um terço do processo e esta série não ficaria completa sem este ví­deo.

Quem me lê por feed pode ver o ví­deo no SAPO Ví­deos, o mesmo aconselho para quem queria um bocadinho mais de qualidade. Para os restantes, aqui fica:

Volto a lembrar que os ví­deos estão acelerados cerca de 4.2 vezes, eu não desenho nem pinto assim tão depressa :-)

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Especialistas – screencast 2

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Aqui vai o segundo ví­deo: passagem a tinta (digital), da tira anteriormente desenhada a lápis.

Aqui fica o link do ví­deo no original ou, com um bocadinho menos de qualidade e provavelmente não aparecendo no feed:

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Os Especialistas – screencast 1

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Esta semana, resolvi registar o processo de criação de uma tira dos Especialistas em três ví­deos. O primeiro, que contém o desenho a lápis dos painés, já está disponí­vel e pode ser visto no SAPO Ví­deos com mais qualidade, ou aqui mesmo:

O processo levou cerca de 50 minutos e portanto este ví­deo está acelerado cerca de 4.2 vezes para caber em dez minutos. Foi tudo desenhado no Corel Painter X (não confundir com o Photo Painter, isso é outra coisa), usando a Cintiq 12WX.

A música do ví­deo é a faixa “Searching”, do álbum “Is there love in space?”, de Joe Satriani que pode ser comprada na iTunes Store.

Seguem-se mais dois ví­deos, stay tuned.

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Duas décadas

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Há 20 e picos anos atrás, passava os meus dias nas aulas ou pelas ruas de Almada com dois amigos: o Pedro e a Dalila. Éramos um trio de geeks hardcore, completamente mal integrados e portanto passávamos muito tempo juntos, na conversa, de preferência longe dos outros putos.

Diz-se que um homem e uma mulher não podem ser amigos, que a coisa descamba sempre para algo romântico; não sei se é verdade em todos os casos, mas foi assim que se passou connosco. Do alto dos nossos fantásticos 15 anos, a coisa foi clássica: avançou ela, com uma carta e eu respondi com o pináculo da evolução do romantismo nos anos 80: uma mixtape.

A dela dizia “I love you”, de cima abaixo. A minha era uma cuidadosa montagem de várias músicas que diziam “I love you”. Bonito, ou quê?

A minha gaja não é a pessoa mais fácil do mundo e eu sou tramado de aturar. Ela gosta de doces, eu de salgados. Ela gosta de pão mal cozido, eu gosto de pão bem cozido. Ela gosta de macio, eu gosto de estaladiço. Ela gosta de chá, eu gosto de café.

E o cúmulo dos cúmulos: ela gosta de mim e eu gosto dela! Nâo percebo como é que isto funciona, mas não aceitaria que fosse de outra forma.

E, por qualquer razão, o Brian Wilson e o Tony Asher sabem do que estou a falar.

Love ya, babe.

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Música para ví­deos

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Sugeriram-me que fizesse um post sobre a música que usei para os screencasts que publiquei ontem e por acaso até tenho algo a dizer sobre o assunto. Há uns anos atrás, publiquei um ví­deo da passagem a tinta de uma tira do Life is Simple. Coloquei a coisa no Youtube, com o “316” ao vivo, […]

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Especialistas – screencast 3

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Finalmente, o terceiro ví­deo desta série de screencasts sobre uma tira dos Especialistas. Na minha opinião este é o menos interessante, mas é um terço do processo e esta série não ficaria completa sem este ví­deo. Quem me lê por feed pode ver o ví­deo no SAPO Ví­deos, o mesmo aconselho para quem queria um […]

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Especialistas – screencast 2

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Aqui vai o segundo ví­deo: passagem a tinta (digital), da tira anteriormente desenhada a lápis. Aqui fica o link do ví­deo no original ou, com um bocadinho menos de qualidade e provavelmente não aparecendo no feed:

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Os Especialistas – screencast 1

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Esta semana, resolvi registar o processo de criação de uma tira dos Especialistas em três ví­deos. O primeiro, que contém o desenho a lápis dos painés, já está disponí­vel e pode ser visto no SAPO Ví­deos com mais qualidade, ou aqui mesmo: O processo levou cerca de 50 minutos e portanto este ví­deo está acelerado […]

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Duas décadas

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Há 20 e picos anos atrás, passava os meus dias nas aulas ou pelas ruas de Almada com dois amigos: o Pedro e a Dalila. Éramos um trio de geeks hardcore, completamente mal integrados e portanto passávamos muito tempo juntos, na conversa, de preferência longe dos outros putos. Diz-se que um homem e uma mulher […]

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