Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Hoje vinha a caminho de casa e o iPod deu-me a ouvir o “FMI”, do José Mário Branco… uma daquelas músicas (classificar-se-í puramente como música?), a que não consigo ficar indiferente de forma alguma.
Aliás, já uma vez me ia desfazendo em lágrimas no metro a ouvir a coisa e não, não foi na parte final em que o JMB grita pela mãe em desespero, foi mesmo só de ouvir aquele texto, escrito “de um só jorro”, numa noite de Fevereiro de ’79 e que me soou tão actual algures no século XXI, olhando í volta, na carruagem para os paspalhos que por ali se arrastam sempre com cara de quem queria estar noutro lado qualquer.
O “FMI” faz, portanto, este mês, 30 anos que foi escrito, nessa tal noite de Fevereiro (soa mesmo poético isto dito assim). E depois de ter passado a tarde a trabalhar, não ouvindo música, mas ouvindo o debate quinzenal na nossa magnífica AR, concluo que em 30 anos Portugal avançou muito em muitas áreas, de uma forma que só a abertura ao mundo pode permitir; mas porra, ao mesmo tempo… ouvir os nossos políticos falar apetece dizer: “(…)parole, parole, parole e o Zé é que se lixa, cá o pintas, azeite, mexilhão! Eu quero lá saber desse paleio, vou mas é ao futebol, pronto! Viva o Porto, viva o Benfica! Lourosa! Lourosa! Marraças! Marraças! Fora o árbitro, gatuno, manda tudo pró caralho!”.
Brutal
Já não ouvia esta musica í anos. Já me doí a barriga de tanto rir.