Tiálogos XX. Tialogando

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Temos esperado que fales, puto. Já sabemos a coisa dos ritmos diferentes e mesmo assim, quando escrevemos sobre o assunto, a tua a mãe e eu, lá recebemos os conselhos (sempre bem intencionados), do costume: cada um tem o seu ritmo, fala quando estiver pronto, vais ver que depois diz tudo.

Não temos grandes stresses sobre o assunto, o que nós temos é muita vontade de te ouvir falar! Não só porque é giro, mas também porque dá imenso jeito.

Agora a coisa começa a compor-se. Já dizes “mamã” e “papá”, esses dois pilares básicos da conversa de qualquer criança e também começaste a dizer “ná”, acompanhado de veemente abano de cabeça, significando, evidentemente, “não” essa peça-chave do arco ogival do discurso de qualquer puto de dois anos.

E o jeito que isso dá! Saber quando não queres qualquer coisa é-nos extremamente útil, nem imaginas. Espero que daqui até a “deixas-me levar o carro?” ainda passe tempo suficiente para todos podermos gozar a tua nova capacidade de comunicação sem conflitos complicados de resolver.

Embora em termos de palavras que nós compreendamos ainda só vamos nestas três e num ou outro “olá”, “água”, “xixi”, enfim, umas assim soltas, em termos da lí­ngua oficial da Tiagolândia, a coisa vai lançada. Raramente te calas e nós raramente compreendemos o que estás a dizer.

“Tá p’tá”, é uma das expressões favoritas, geralmente dita com diferentes entoações enquanto apontas para objectos desenhados nos teus livros favoritos. Desculpa lá não perceber a tua lí­ngua, se houver algum curso rápido em que me possa inscrever, avisa aí­ a malta… manda-me um tá p’tá, que a gente combina.

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