A História repete-se. Era o Ericksson, depois o Flores, agora o Laudrup. Em vez de assegurar um (bom) treinador, o Benfica parece que anda a bater í s portas a ver o que se arranja.
Os jornais desportivos deliram e nós começamos a perguntar-nos quanto tempo durará o pobre diabo que virá, como décima-quinta escolha.
Esta noite, voltou a acontecer: depois de uma refeição razoavelmente bem comida e ainda antes da fruta, o Tiago engasgou-se, ficou completamente í rasca e acabou por vomitar a sopa e o perú todos.
E os pais… uns tontos, de volta dele. Tentando colocá-lo na posição mais favorável para que se desengasgasse e depois impedindo-o de vomitar sobre si mesmo. Limpando-o, mudando-lhe a roupa, tentando acalmá-lo; explicar que é assim mesmo, que acontece, que não faz mal.
Balelas, o que nós queríamos era estar no lugar dele. Dizer: não, espera aí que vomito eu. De vomitar, eu percebo, aprendi í custa de ter vómito a jorrar das narinas: assume-se a posição e relaxa-se, deixa-se o estí´mago e o esófago fazer o trabalho deles. Não é agradável, mas já corre muito melhor.
Quero fazer tudo pelo meu filho e absorver-lhe os impactos, estar no lugar dele, para que não sofra. Mas não dá. Não só porque é fisicamente impossível, mas também porque tudo isto faz parte da vida dele e ele também tem o direito de aprender a vomitar, com a prática.
O Tiago está a crescer e a tornar-se um espertalhão. É uma criança inocente, mas há uns meses era-o a 100%, agora já perdeu 3 ou 4% dessa inocência e já faz joguinhos connosco. Já nos desafia, já nos testa.
Mas quando um episódio como o de hoje acontece, apercebo-me de como ele depende de nós, de como ainda é pequeno, muito mais pequeno do que í s vezes parece. E no fundo, essa é a luta mais lixada: o equilíbrio entre dar e tirar, ensinar e aprender, disciplinar ou entrar na farra.
Queremos que seja tudo perfeito e suponho que seja enquanto nos preocupamos com essa perfeição que vamos, calmamente, cometendo os nossos maiores erros.
Hoje fomos ao cinema, coisa rara. A última vez que tínhamos ido, foi para ver o Stardust. Mas com algum planeamento e a ajuda dos meus pais conseguimos combinar a coisa.
Levantámo-nos cedo e fomos ao Ikea (já que na semana passada fomos lá no Domingo í tarde, bater com o nariz na porta, como é evidente), e comprámos uma mesa e uma cadeira para o Tiago, que adora sentar-se í mesa, a brincar.
De regresso, parámos no Forum para comer qualquer coisa e comprámos bilhetes para o Ironman. Voltámos para casa, o Tiago comeu e foi dormir, depois comemos nós e, quando ele acordou, deixá-mo-lo com os avós e rumámos ao cinema.
Nada mau. Acho que estamos a apanhar o jeito de planear estas coisas.
Agora o filme…
Passei os últimos dois anos í espera deste filme e í medida que foram saindo detalhes, fui ficando mais entusiasmado com a ideia. As imagens que iam aparecendo na net mostravam um Ironman fantástico com um design a inclinar-se mais para as criações do Adi Granov do que para o personagem tal como o conheci inicialmente, nos anos 80.
O trailer que apareceu mais tarde mostrava um Robert Downey Jr. no papel de Tony Stark como se tivesse sido feito í medida para o personagem e a cereja em cima do bolo: a montagem de acção para vender o trailer era acompanhada da música “Ironman”, dos Black Sabbath.
Expectativas foram criadas e hoje, confesso, superadas. Ou usando uma linguagem mais cinéfila: ca granda filme! Não há dúvida que esta é a receita perfeita para fazer um gajo sentir-se com 11 anos novamente.
Downey Jr. é de facto perfeito para o papel e a cena em que se aproxima do bar e diz “Give me scotch, I’m starving.”, merece entrar para a História. O filme tem humor, conta uma história simples mas sem buracos, tira completamente o chapéu aos fãs de super-heróis, tem uma banda sonora fantástica, efeitos especiais daqueles que um gajo nem se lembra que o são porque não se sobrepõem aos personagens, tem acção mas não demasiada, tem algum romance, mas subtil e tem mísseis, aviões, carrões, metralhadoras e um self-made super-hero.
O que mais pode um rapazinho desejar?
O quê…? A Gwyneth Paltrow num vestidinho apertado? Também lá está.
Este é o primeiro filme produzido inteiramente pela Marvel (com uma grande ajuda financeira da Audi), o que significa que não esteve nenhum estúdio de cinema envolvido nas decisões e é também o início de uma nova fase nos filmes de super-heróis: com o controlo total sobre os personagens, acredito que os tipos da Marvel avancem finalmente para aquilo lhes trouxe tanto êxito nas suas revistas de BD: a criação de um universo de personagens interlaçados, que surgem nas histórias uns dos outros e partilham uma realidade bizarra em que o mundo é habitado por super-heróis e vilões.
Será que vamos ver o Ironman num filme do Hulk? Surgirá o Spider-man numa aventura dos Fantastic Four? Não sei, mas o fim do filme (mesmo o finzinho, depois das letras todas), abre a porta para o que pode ser uma monstruosa produção de proporções colossais. íŠxito, ou falhanço? Não sei, mas se for metade tão bom como este Ironman, eu estarei lá para ver.
Saiu ontem, na loja europeia da PSN. Custou 3 euros e é mais divertido que muitos jogos de 70 que por aí andam.
Trata-se, claro, do add-on ao original PixelJunk Monsters, um jogo de tower defense completamente viciante, para a PlayStation 3. Este Encore adiciona uma segunda ilha ao mapa original, onde temos mais uma série de níveis diabólicos para resolver.
O ecrã de escolha de ilha
À primeira vista, o Encore é mais difícil que o original, sendo os nívels “easy”, tudo menos fáceis: são rápidos, quase sem tempo para pensar na torre seguinte e com vários layouts tortuosos com os monstros a poder tomar os mais diversos e imprevisíveis caminhos.
Ainda assim, já venci três níveis easy e um medium e, como ontem estive outra vez sem conseguir dormir, já obtive um rainbow (basicamente, um nível com 100% kills).
Acho que conseguia passar dias inteiros a jogar isto sem me fartar.
No meio de toda a confusão da nomeação democrata para a corrida í s presidenciais americanas já toda a gente, uma vez ou outra, pensou que quem ganha com isto é o McCain.
Mas a verdade é que eu estava convencido que qualquer candidato republicano seria completamente derrotado por um democrata, este ano. Com o país em guerra e recessão económica depois de quase uma década nas mãos de Dabya, pensei que aquele povo estaria pronto para uma mudança clara.
Eu sei que a divisão nos democratas conta muito para que as sondagens não sejam muito claras e que, quando todos os eleitores democratas se unirem em volta de um só candidato a coisa mudará de figura, mas não deixou de me chocar um pouco aperceber-me de que nem Clinton nem Obama têm uma clara vantagem nas intenções de voto, sobre McCain, segundo a Gallup.
Não está fora de questão que aquela nação de ignorantes venha a eleger um continuador de políticas de Bush que tão alegremente cantava num dos seus comícios: “bomb Iran, bomb, bomb Iran”, ao som de “Barbara-Ann”, dos Beach Boys.
A História repete-se. Era o Ericksson, depois o Flores, agora o Laudrup. Em vez de assegurar um (bom) treinador, o Benfica parece que anda a bater í s portas a ver o que se arranja. Os jornais desportivos deliram e nós começamos a perguntar-nos quanto tempo durará o pobre diabo que virá, como décima-quinta escolha.
Esta noite, voltou a acontecer: depois de uma refeição razoavelmente bem comida e ainda antes da fruta, o Tiago engasgou-se, ficou completamente í rasca e acabou por vomitar a sopa e o perú todos. E os pais… uns tontos, de volta dele. Tentando colocá-lo na posição mais favorável para que se desengasgasse e depois impedindo-o […]
Hoje fomos ao cinema, coisa rara. A última vez que tínhamos ido, foi para ver o Stardust. Mas com algum planeamento e a ajuda dos meus pais conseguimos combinar a coisa. Levantámo-nos cedo e fomos ao Ikea (já que na semana passada fomos lá no Domingo í tarde, bater com o nariz na porta, como […]
Saiu ontem, na loja europeia da PSN. Custou 3 euros e é mais divertido que muitos jogos de 70 que por aí andam. Trata-se, claro, do add-on ao original PixelJunk Monsters, um jogo de tower defense completamente viciante, para a PlayStation 3. Este Encore adiciona uma segunda ilha ao mapa original, onde temos mais uma […]
No meio de toda a confusão da nomeação democrata para a corrida í s presidenciais americanas já toda a gente, uma vez ou outra, pensou que quem ganha com isto é o McCain. Mas a verdade é que eu estava convencido que qualquer candidato republicano seria completamente derrotado por um democrata, este ano. Com o país […]