Começa a barracada

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

A História repete-se. Era o Ericksson, depois o Flores, agora o Laudrup. Em vez de assegurar um (bom) treinador, o Benfica parece que anda a bater í s portas a ver o que se arranja.

Os jornais desportivos deliram e nós começamos a perguntar-nos quanto tempo durará o pobre diabo que virá, como décima-quinta escolha.

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De que serve sermos pais, se não somos super-heróis?

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Esta noite, voltou a acontecer: depois de uma refeição razoavelmente bem comida e ainda antes da fruta, o Tiago engasgou-se, ficou completamente í  rasca e acabou por vomitar a sopa e o perú todos.

E os pais… uns tontos, de volta dele. Tentando colocá-lo na posição mais favorável para que se desengasgasse e depois impedindo-o de vomitar sobre si mesmo. Limpando-o, mudando-lhe a roupa, tentando acalmá-lo; explicar que é assim mesmo, que acontece, que não faz mal.

Balelas, o que nós querí­amos era estar no lugar dele. Dizer: não, espera aí­ que vomito eu. De vomitar, eu percebo, aprendi í  custa de ter vómito a jorrar das narinas: assume-se a posição e relaxa-se, deixa-se o estí´mago e o esófago fazer o trabalho deles. Não é agradável, mas já corre muito melhor.

Quero fazer tudo pelo meu filho e absorver-lhe os impactos, estar no lugar dele, para que não sofra. Mas não dá. Não só porque é fisicamente impossí­vel, mas também porque tudo isto faz parte da vida dele e ele também tem o direito de aprender a vomitar, com a prática.

O Tiago está a crescer e a tornar-se um espertalhão. É uma criança inocente, mas há uns meses era-o a 100%, agora já perdeu 3 ou 4% dessa inocência e já faz joguinhos connosco. Já nos desafia, já nos testa.

Mas quando um episódio como o de hoje acontece, apercebo-me de como ele depende de nós, de como ainda é pequeno, muito mais pequeno do que í s vezes parece. E no fundo, essa é a luta mais lixada: o equilí­brio entre dar e tirar, ensinar e aprender, disciplinar ou entrar na farra.

Queremos que seja tudo perfeito e suponho que seja enquanto nos preocupamos com essa perfeição que vamos, calmamente, cometendo os nossos maiores erros.

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Ironman ou como fazer um gajo sentir-se com 11 anos

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Hoje fomos ao cinema, coisa rara. A última vez que tí­nhamos ido, foi para ver o Stardust. Mas com algum planeamento e a ajuda dos meus pais conseguimos combinar a coisa.

Levantámo-nos cedo e fomos ao Ikea (já que na semana passada fomos lá no Domingo í  tarde, bater com o nariz na porta, como é evidente), e comprámos uma mesa e uma cadeira para o Tiago, que adora sentar-se í  mesa, a brincar.

De regresso, parámos no Forum para comer qualquer coisa e comprámos bilhetes para o Ironman. Voltámos para casa, o Tiago comeu e foi dormir, depois comemos nós e, quando ele acordou, deixá-mo-lo com os avós e rumámos ao cinema.

Nada mau. Acho que estamos a apanhar o jeito de planear estas coisas.

Agora o filme…

Passei os últimos dois anos í  espera deste filme e í  medida que foram saindo detalhes, fui ficando mais entusiasmado com a ideia. As imagens que iam aparecendo na net mostravam um Ironman fantástico com um design a inclinar-se mais para as criações do Adi Granov do que para o personagem tal como o conheci inicialmente, nos anos 80.

O trailer que apareceu mais tarde mostrava um Robert Downey Jr. no papel de Tony Stark como se tivesse sido feito í  medida para o personagem e a cereja em cima do bolo: a montagem de acção para vender o trailer era acompanhada da música “Ironman”, dos Black Sabbath.

Expectativas foram criadas e hoje, confesso, superadas. Ou usando uma linguagem mais cinéfila: ca granda filme! Não há dúvida que esta é a receita perfeita para fazer um gajo sentir-se com 11 anos novamente.

Downey Jr. é de facto perfeito para o papel e a cena em que se aproxima do bar e diz “Give me scotch, I’m starving.”, merece entrar para a História. O filme tem humor, conta uma história simples mas sem buracos, tira completamente o chapéu aos fãs de super-heróis, tem uma banda sonora fantástica, efeitos especiais daqueles que um gajo nem se lembra que o são porque não se sobrepõem aos personagens, tem acção mas não demasiada, tem algum romance, mas subtil e tem mí­sseis, aviões, carrões, metralhadoras e um self-made super-hero.

O que mais pode um rapazinho desejar?

O quê…? A Gwyneth Paltrow num vestidinho apertado? Também lá está.

Este é o primeiro filme produzido inteiramente pela Marvel (com uma grande ajuda financeira da Audi), o que significa que não esteve nenhum estúdio de cinema envolvido nas decisões e é também o iní­cio de uma nova fase nos filmes de super-heróis: com o controlo total sobre os personagens, acredito que os tipos da Marvel avancem finalmente para aquilo lhes trouxe tanto êxito nas suas revistas de BD: a criação de um universo de personagens interlaçados, que surgem nas histórias uns dos outros e partilham uma realidade bizarra em que o mundo é habitado por super-heróis e vilões.

Será que vamos ver o Ironman num filme do Hulk? Surgirá o Spider-man numa aventura dos Fantastic Four? Não sei, mas o fim do filme (mesmo o finzinho, depois das letras todas), abre a porta para o que pode ser uma monstruosa produção de proporções colossais. íŠxito, ou falhanço? Não sei, mas se for metade tão bom como este Ironman, eu estarei lá para ver.

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PixelJunk Monsters Encore

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Saiu ontem, na loja europeia da PSN. Custou 3 euros e é mais divertido que muitos jogos de 70 que por aí­ andam.

Trata-se, claro, do add-on ao original PixelJunk Monsters, um jogo de tower defense completamente viciante, para a PlayStation 3. Este Encore adiciona uma segunda ilha ao mapa original, onde temos mais uma série de ní­veis diabólicos para resolver.

PixelJunk Monsters Encore

O ecrã de escolha de ilha

À primeira vista, o Encore é mais difí­cil que o original, sendo os ní­vels “easy”, tudo menos fáceis: são rápidos, quase sem tempo para pensar na torre seguinte e com vários layouts tortuosos com os monstros a poder tomar os mais diversos e imprevisí­veis caminhos.

Ainda assim, já venci três ní­veis easy e um medium e, como ontem estive outra vez sem conseguir dormir, já obtive um rainbow (basicamente, um ní­vel com 100% kills).

Acho que conseguia passar dias inteiros a jogar isto sem me fartar.

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O povo que não aprende?

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

No meio de toda a confusão da nomeação democrata para a corrida í s presidenciais americanas já toda a gente, uma vez ou outra, pensou que quem ganha com isto é o McCain.

Mas a verdade é que eu estava convencido que qualquer candidato republicano seria completamente derrotado por um democrata, este ano. Com o paí­s em guerra e recessão económica depois de quase uma década nas mãos de Dabya, pensei que aquele povo estaria pronto para uma mudança clara.

Eu sei que a divisão nos democratas conta muito para que as sondagens não sejam muito claras e que, quando todos os eleitores democratas se unirem em volta de um só candidato a coisa mudará de figura, mas não deixou de me chocar um pouco aperceber-me de que nem Clinton nem Obama têm uma clara vantagem nas intenções de voto, sobre McCain, segundo a Gallup.

Não está fora de questão que aquela nação de ignorantes venha a eleger um continuador de polí­ticas de Bush que tão alegremente cantava num dos seus comí­cios: “bomb Iran, bomb, bomb Iran”, ao som de “Barbara-Ann”, dos Beach Boys.

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A História repete-se. Era o Ericksson, depois o Flores, agora o Laudrup. Em vez de assegurar um (bom) treinador, o Benfica parece que anda a bater í s portas a ver o que se arranja. Os jornais desportivos deliram e nós começamos a perguntar-nos quanto tempo durará o pobre diabo que virá, como décima-quinta escolha.

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De que serve sermos pais, se não somos super-heróis?

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Esta noite, voltou a acontecer: depois de uma refeição razoavelmente bem comida e ainda antes da fruta, o Tiago engasgou-se, ficou completamente í  rasca e acabou por vomitar a sopa e o perú todos. E os pais… uns tontos, de volta dele. Tentando colocá-lo na posição mais favorável para que se desengasgasse e depois impedindo-o […]

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Ironman ou como fazer um gajo sentir-se com 11 anos

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Hoje fomos ao cinema, coisa rara. A última vez que tí­nhamos ido, foi para ver o Stardust. Mas com algum planeamento e a ajuda dos meus pais conseguimos combinar a coisa. Levantámo-nos cedo e fomos ao Ikea (já que na semana passada fomos lá no Domingo í  tarde, bater com o nariz na porta, como […]

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PixelJunk Monsters Encore

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Saiu ontem, na loja europeia da PSN. Custou 3 euros e é mais divertido que muitos jogos de 70 que por aí­ andam. Trata-se, claro, do add-on ao original PixelJunk Monsters, um jogo de tower defense completamente viciante, para a PlayStation 3. Este Encore adiciona uma segunda ilha ao mapa original, onde temos mais uma […]

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O povo que não aprende?

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No meio de toda a confusão da nomeação democrata para a corrida í s presidenciais americanas já toda a gente, uma vez ou outra, pensou que quem ganha com isto é o McCain. Mas a verdade é que eu estava convencido que qualquer candidato republicano seria completamente derrotado por um democrata, este ano. Com o paí­s […]

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