Do anonimato na internet

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

O prato do dia de hoje é o debate de ontem na SIC. Eu não vi, não sabia que ia haver e se soubesse não via na mesma. Só vejo uma coisa em canais nacionais: bola.

Ao que parece, um dos grandes problemas levantados é o do anonimato de quem escreve e recebe, assim, uma impunidade de caluniar quem bem entender com a verdade ou… com a mentira.

A mim continua a parecer-me o mesmo de sempre: um grupo de pessoas – que há anos e anos a fio são as mesmas, em Portugal – têm o dom da palavra. Têm o poder de publicar o que escrevem em jornais e revistas, livros, programas de rádio e televisão.

Estas pessoas são superiores a todos nós. Nós, massa sem face, opinião pública sem opinião válida, não temos direito a voz. Quando “nós”, “povo”, vamos para a rua em manifestações ou protestos, quem fala continuam a ser as mesmas pessoas de sempre: os jornalistas e comentadores. Eles é que explicam o que se passa, eles é que editam as entrevistas com os intervenientes, eles é que fazem as perguntas, eles é que escolhem o que se publica ou não publica.

Dar voz a toda essa gigantesca massa de pessoas, amordaçadas desde sempre, é uma ameaça sem precedentes para a classe dominante, para os editores, spin doctors e criadores de opinião que sempre tiveram o palco só para eles.

Miguel Sousa Tavares queixa-se que um cobarde qualquer o acusou de plágio e que depois apagou o blog onde escreveu tal acusação e desapareceu. E eu não compreendo porque é que o Miguel Sousa Tavares não encolhe os ombros e ignora o dito cobarde; porque está ele tão aborrecido com essa pessoa que o acusou, segundo ele falsamente (desconheço totalmente o caso, bem como os livros do MST), será que esta acusação teve algum impacto na sua carreira literária?

Duvido muito, porque Miguel Sousa Tavares é precisamente um dos autores que mais vejo, no dia a dia, a ser lido um pouco por todo o lado nos transportes públicos, cafés e salas de espera. As pessoas compram e lêem os livros dele.

Em contrapartida a esta situação que muito o amofinou, Sousa Tavares propõe uma coisa que me pareceu assustadora: a identificação obrigatória de todos os utilizadores da internet, junto dos seus ISPs.

Nem falemos de como isto é tecnicamente inviável por várias dezenas de razões; mas a identificação de pessoas é algo que me deixa imediatamente nervoso e me soa a extremismos polí­ticos de diversos sabores.

Com o tempo, começa a perceber-se que as pessoas que escrevem online com regularidade e consistência são pessoas que querem ter voz, mas não a têm nos media tradicional aos quais o acesso é restrito a um punhado de iluminados que raramente muda; são pessoas que têm opiniões, comentários e crí­ticas a fazer e querem fazê-las com liberdade e, por vezes, alguma contundência; os que vêem o seu blog como um espaço para a suas ideias, para discussões interessantes, para partilha de informação, acabam por deixar o anonimato: identificam-se, dão o nome e a cara, partilham fotos e mesmo ví­deos e chegam mesmo a expor a famí­lia e os amigos.

Os anónimos existirão sempre e sempre existiram: escreviam nas paredes e não eram menos anónimos por isso. Agora escrevem em blogs e anónimos se mantêm. Têm tanta legitimidade como quaisquer outros cidadãos para se exprimir e partilhar as suas ideias e opiniões e não acredito que seja válido forçá-los a identificarem-se para que possam ser silenciados se alguém se ofender

Aos senhores estabelecidos da nossa praça: são respeitados por muitos, criticados por outros e mesmo ignorados por bastantes; deixem os bloggers em paz. Se não gostam do que lêem e ainda por cima o que lêem é falso: ignorem. Geralmente, é quando se pega num artigo de um blog e se leva para a televisão, que as coisas descambam.

Ou então… defendam-se. Desmintam, contraponham: vocês até têm mais poder: têm colunas em jornais, páginas de opinião em revistas. Porque não criam um blog? Porque não entram na comunidade? Porque não se juntam í  discussão? Estão acima disso?

Já agora, o meu nome é Pedro Couto e Santos, sou de Lisboa, vivo em Almada, escrevo neste blog há nove anos; não gosto dos partidos polí­ticos, nem da esmagadora maioria das pessoas que escrevem e comentam em jornais, rádio e televisão. Não me interessam as opiniões do Marcelo Rebelo de Sousa, estou-me nas tintas para os comentários do Nuno Rogeiro, não reconheço grande credibilidade ao que diz o Moita Flores e, sinceramente, não tenho planos para ler nenhum livro do Miguel Sousa Tavares.

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Firefox 3 quase a sair

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

O melhor browser da web que por aí­ anda chama-se Firefox e a versão 3 está prestes a sair. Diz que tem mais de 14 mil melhoramentos em relação í  2.0, o que provavelmente significa que lava sanitas.

A comunidade de utilizadores e developers do FF está a preparar uma maratona de downloads para tentar bater o record do mundo de software com mais downloads num perí­odo de 24 horas. Basta irem ao Spread Firefox e registarem a vossa intenção de participar; dão o vosso mail e receberão um aviso para saberem quando ir fazer download.

No mí­nimo, divertem-se um bocado e, afinal de contas, ficam com um browser fantástico (já dei umas voltas no FF3 beta e a coisa promete bastante).

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Assim é que era…

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

…é verdade que os grandes resultados do Benfica vêm dos tempos do Eusébio, mas não só… não só… Que pena que as coisas já há muito não sejam assim:

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Antecipação

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

É divertidí­ssimo construir torres de copos para o Tiago e depois ver como ele as namora durante uns segundos, gozando cada momento antes de as destruir.

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Roombye bye

Publicado em , por Pedro Couto e Santos

Depois de perceber que o Roomba estava com uma avaria na roda esquerda, fui ao site submeter um ticket de avaria. Recebi um mail a pedir que submetesse novo ticket no site da minha zona (que para a Europa, é Alemanha), o que fiz.

O site Europeu de suporte da iRobot é automaticamente traduzido para português. Isto significa que é praticamente incompreensí­vel. Com bastante dificuldade, consegui preencher os meus dados e enviar o pedido de reparação. Recebi então um e-mail ainda mais incompreensí­vel ao qual respondi pedindo, por favor, que comunicassem em inglês para me explicarem o que fazer.

Isto foi ignorado e recebi outro e-mail com instruções sobre como devolver o Roomba para reparação. OK, menos mal, pelo menos o último e-mail era compreensí­vel e os representantes da iRobot, Digitest GMBH, pagam a recolha da encomenda, pela UPS.

Confesso que fiquei um pouco desiludido, pois esperava que me enviassem simplesmente uma roda esquerda nova, já que o robot é completamente modular e fácil de desmontar.

Mas até compreendo… a avaria pode ser na roda, mas até pode não ser e convém que o robot seja devidamente inspeccionado. Já tenho comigo a etiqueta da UPS para o envio, vamos agora ver se não acontece como a fonte de alimentação que devolvi, avariada, í  Computeruniverse e que a UPS perdeu pelo caminho…

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O prato do dia de hoje é o debate de ontem na SIC. Eu não vi, não sabia que ia haver e se soubesse não via na mesma. Só vejo uma coisa em canais nacionais: bola. Ao que parece, um dos grandes problemas levantados é o do anonimato de quem escreve e recebe, assim, uma […]

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Firefox 3 quase a sair

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É divertidí­ssimo construir torres de copos para o Tiago e depois ver como ele as namora durante uns segundos, gozando cada momento antes de as destruir.

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Depois de perceber que o Roomba estava com uma avaria na roda esquerda, fui ao site submeter um ticket de avaria. Recebi um mail a pedir que submetesse novo ticket no site da minha zona (que para a Europa, é Alemanha), o que fiz. O site Europeu de suporte da iRobot é automaticamente traduzido para […]

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