Diz o seleccionador demissionário que gosta muito de Portugal e não sei quê e o carinho e a amizade. Mas a mim parece-me que ele gosta mais da Suiça.
Acabei de desperdiçar hora e meia da minha vida a ver Portugal oferecer um jogo í Suíça. Porquê? Bom, a Suíça nunca tinha ganho nenhum jogo numa fase final de um Europeu e ainda por cima é país organizador e, como se não bastasse, o seleccionador Suíço cumpria hoje o seu último jogo.
Scolari decidiu então oferecer, como prenda, o jogo de hoje aos Suíços, borrifando-se completamente nos milhares de Portugueses (milhões?), que estavam com vontade de ver uma boa goleada, antes de começar o apertanço dos quartos…
E o que dizer destas segundas-escolhas da nossa selecção? Esta selecção B? Bom, apenas me ocorre dizer que ainda bem que não é esta a nossa selecção principal! Miguel esteve uma nódoa, Nani não vale metade do que lhe atribuem, Quaresma, aparentemente, só joga bem se estiver integrado numa equipa que compra os resultados e Miguel Veloso é uma grande promessa… da bisca lambida!
Muita gente achará que é muita conversa para um mero jogo e se calhar é, mas pareceu-me tudo tão propositadamente mau que mais valia Scolari ter dito: epá, hoje não vão para os parques e praças ver os écrans gigantes, não alterem planos para poderem ver o jogo, não gastem o vosso tempo, porque isto hoje é para perder. E jogar para perder… é mau futebol.
Eu nem sabia, mas ontem, no tal picnic de despedida do meu 35º ano o meu aví´ aproximou-se com um ar solene, e uma super bock na mão – o que merece imediata atenção – e informou-me que se iniciava agora a minha segunda idade.
Não sabia.
Mas é assim mesmo, ao que parece. Hoje completo 35 anos e passo a poder candidatar-me í Presidência da República Portuguesa. Além de que ficam a faltar-me apenas 30 anos até í idade da reforma; a menos, claro, que o Estado vá esticando a idade da reforma como um carroceiro afasta uma cenoura do burro, só ligeiramente, só para ele continuar a andar.
Como vem sendo razoavelmente habitual, faço anos amanhã e, como é sabido, sendo hoje feriado (de acordo com o nosso Presidente da República, que, aparentemente, ainda vive em 1958, dia da Raça), foi o dia ideal para organizar uma festa de anos.
Pronto, uma festa de despedida do último ano, como algumas pessoas lhe chamaram. Tendo em conta que dia 11 é dia de trabalho (acredito que, após a minha morte, o dia do meu aniversário venha a ser considerado Feriado Nacional, mas, alas, nessa altura não estarei disponível para festas), o feriado do dia de Portugal, Camões, das Comunidades e, ao que parece, novamente da Raça, é um bom dia para tratar dos festejos adequados.
Aqui por casa vamos com frequência ao Parque da Paz, sentar um bocado na relva a apanhar Sol e ver os patos. É simpático, é perto, não apanhamos trânsito e não voltamos para casa com o cú cheio de areia.
Notarão que usei a palavra “cú”, para, de certa forma, agradar aos leitores, fãs do Fernando Rocha que, acidentalmente aqui tenham aterrado. Mais í frente, poderei tentar fazer piadas com “xixi”, mantenham-se atentos, fãs do Gato Fedorento.
Dizia eu que, numa das visitas ao dito Parque da garbosa cidade de Almada, ocorreu-me que ali seria um bom sítio para organizar um belo picnic de aniversário. Um get-together í povo, uma cocktail party labrega, um verdadeiro festival de pipa e melancia debaixo do braço.
Comecei a tentar convidar alguns amigos, que imediatamente tiveram que sair do país em negócios, foram atropelados por comboios ou… “ah e tal, tenho que ir fazer xixi” e nunca mais os vi. (Notaram?)
Mas a minha família não tem outro remédio senão aturar-me (sim, isto é um texto fortemente dramatizado para efeitos de impacto – e sim, hoje em dia usa-se a palavra impacto sem explicação adicional), disse toda que sim, embora tenha havido quem saísse do país (mas foi sem querer).
As coisas estavam em andamento. Hoje, ao início da tarde, fui buscar bolos, a Dee fez sandes, fizémos pâtés e até tínhamos uma mesa de campismo que comprámos ontem na Decathlon para a Dee levar para a feira de artesanato de Almada, no próximo Sábado (btw, be there or be square).
Juntámo-nos todos, em bom estilo suburbano í sombra de um castanheiro e de três armários de distribuição da EDP. Mesita armada, 40 sandes, 3 tipos de pâté diferentes, tostas, batatas fritas, coca-cola, super bock, sumos e água, 1,5 kg de miniaturas, 2 bolos brigadeiro e 1 bolo de aniversário. Foi o que levámos. Eina cum caraças!
Estava Sol, éramos 19 pessoas – incluindo o Gus e a Xana, que, apesar de avisados do que se tratava, decidiram aparecer na mesma. Comemos, bebemos, não cantámos, mas fomos felizes.
Esteve-se bem, o Tiago foi, evidentemente, o centro das atenções e, no geral, correu muito bem. A comida foi um bocadinho sobre-estimada, mas isso só significa que tenho um brigadeiro inteiro no frigorífico e vou ser obrigado a comê-lo. É uma pena, mas há que fazer estes esforços, pelo bem da humanidade.
E agora, só porque foi um grande êxito, aqui está a receita do meu pâté de jalapeí±o:
Estou a redesenhar o Macacos sem galho e não me agrada a ideia de ocasionalmente activar o novo tema, incompleto e coxo e ter visitantes a ver o site todo escaqueirado, antes de regressar a toda a sua glória Soviética.
Encontrei então uma prática solução sob a forma de um plug-in para WordPress chamado Theme Tester.
O plug-in é minúsculo e instala-se como habitualmente, colocando na directoria wp-content/plugins/, o ficheiro correspondente (é apenas um php).
Depois tem que ser activado duas vezes, o que é um pouco estranho, mas ok. Activa-se no painel de plugins e depois em Design > Theme Tester, activa-se novamente. A partir desta segunda activação, podemos mudar o tema do WP í vontade que ninguém o vê, a menos que esteja logado como administrador.
Acabei de ler, no JN, que “O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou que o primeiro-ministro “não tem nada a dizer a quem tem de escolher entre pagar a prestação da casa e ter comida para jantar, não responde í s preocupações das pessoas””.
Deve ser lixada, a vida do Paulo Portas. Preocupado diariamente, ao volante do seu Jaguar, com os portugueses que não sabem se hão-de pagar a renda ou o jantar.
Acredito, sem margem para dúvida, que todos os nossos políticos, dirigentes, deputados, ministros e presidentes se sintam profundamente preocupados com o dia a dia dos pelintras que dirigem.
Não tenho dúvidas absolutamente nenhumas que todos eles, enquanto engatam a quarta no seu Audi Q7 aos fins de semana, a caminho da segunda casa de férias, pensam em nós: nas nossas hipotecas, nas nossas refeições, no que deixamos no supermercado, no que custa um infantário.
Nem por um momento duvido que os dirigentes partidários, sentados no Gambrinus, no fim de uma refeição com os amigos, possivelmente bebendo um whiskey velho não tenham absolutamente mais nada nas suas mentes senão os problemas financeiros dos portugueses.
É pena, de facto, que os tipos do CDS e do PSD nunca tenham estado no Governo, pois certamente que… hum? o quê?… estão-me aqui a dizer que eles já estiveram no Governo… Então mas… e…?
Diz o seleccionador demissionário que gosta muito de Portugal e não sei quê e o carinho e a amizade. Mas a mim parece-me que ele gosta mais da Suiça. Acabei de desperdiçar hora e meia da minha vida a ver Portugal oferecer um jogo í Suíça. Porquê? Bom, a Suíça nunca tinha ganho nenhum jogo […]
Eu nem sabia, mas ontem, no tal picnic de despedida do meu 35º ano o meu aví´ aproximou-se com um ar solene, e uma super bock na mão – o que merece imediata atenção – e informou-me que se iniciava agora a minha segunda idade. Não sabia. Mas é assim mesmo, ao que parece. Hoje […]
Como vem sendo razoavelmente habitual, faço anos amanhã e, como é sabido, sendo hoje feriado (de acordo com o nosso Presidente da República, que, aparentemente, ainda vive em 1958, dia da Raça), foi o dia ideal para organizar uma festa de anos. Pronto, uma festa de despedida do último ano, como algumas pessoas lhe chamaram. […]
Estou a redesenhar o Macacos sem galho e não me agrada a ideia de ocasionalmente activar o novo tema, incompleto e coxo e ter visitantes a ver o site todo escaqueirado, antes de regressar a toda a sua glória Soviética. Encontrei então uma prática solução sob a forma de um plug-in para WordPress chamado Theme […]
Acabei de ler, no JN, que “O presidente do CDS-PP, Paulo Portas, afirmou que o primeiro-ministro “não tem nada a dizer a quem tem de escolher entre pagar a prestação da casa e ter comida para jantar, não responde í s preocupações das pessoas””. Deve ser lixada, a vida do Paulo Portas. Preocupado diariamente, ao volante […]