A Inglaterra foi ontem jogar í casa da Croácia e ganhar por expressivos 4-1. Três dos golos ingleses foram marcados por um só jogador, a lembrar: Theo Walcott. Cheira-me que a bota de ouro do Cristiano vai para as mãos deste rapazinho que por um ano não nascia já nos anos 90, dentro em breve.
Os primeiros disparos do LHC foram feitos hoje de manhã. Por enquanto ainda não foram feitas colisões, mas podemos esperar coisas interessantes durante o próximo ano. E um pouco por todo o lado, geeks estão excitadíssimos: uns percebem de física e compreendem a razão da sua própria excitação… outros estão apenas a preparar o bloco castelo para pedir um autógrafo ao Marty McFly.
Durante muitos anos senti-me algo excluído: sempre fui um dos poucos que nunca partiu a cabeça.
Todos os miúdos contavam as suas histórias sobre partir a cabeça: fiz isto e aquilo e parti a cabeça, caí da bicicleta e parti a cabeça, já parti a cabeça três vezes.
E eu espantadíssimo… porra, é que a cabeça é rija! E como se não bastasse, uma fractura no crâneo não é uma brincadeira, lá está, de crianças. O que andavam a fazer todos estes putos para rachar a moleira a torto e a direito?
Depois de crescer, deixaram de ser as crianças com as histórias de cabeças partidas e passaram a ser os adultos: uns que contavam as suas próprias histórias e outros que falavam dos filhos: O Vicentinho lá partiu a cabeça, a Maria partiu a cabeça outra vez, aquela miúda põe-me doida!
Evidentemente, o ingénuo era eu. E fui-o durante muitos anos e só ao presenciar uma cabeça partida, há uns tempos atrás, me apercebi da verdade.
Pumba, lá foi o puto, de testa ao chão! “Já partiste a cabeça, Cristiano!”, exclamou o papá.
Era, como é evidente, um arranhão, uma ferida. Por vezes um lanho, quem sabe necessitando de alguns pontos, mas nunca, como é evidente, uma cabeça partida. Aprendi então, recentemente, que em Portugal, qualquer ferida ou golpe no corpo é… uma ferida ou um corte; mas na cabeça é uma fractura.
E assim sendo, com a cicatriz na sobrancelha para o provar e tudo… EU Jí PARTI A CABEí‡A!
Na passada sexta-feira, foi lançado na Europa um dos jogos mais antecipados dos últimos cinco anos: a nova criação de Will Wright, o “inventor” do Sim City e Sims. Chama-se Spore.
Anunciado há anos, o jogo tem todos os ingredientes típicos dos jogos de Wright com um tempero extra: praticamente tudo pode ser criado pelos jogadores e depois partilhado online.
Começamos como uma célula que, viajando num meteoro, aterra num novo planeta onde irá evoluir. A cada estágio de evolução, podemos remodelar o corpo da nossa criatura e acrescentar-lhe membros e orgãos para a tornar mais eficaz no papel que queiramos que desempenhe.
A evolução da célula vai ao extremo: da poça de água para a terra, de selvagem a social, de primitivo a explorador espacial. O jogo tem tudo para ser mais um estrondoso sucesso como SimCity e The Sims atrás de si.
Excepto um pormenor chamado DRM.
A editora e distribuidora do jogo, a nefasta, “aqui não há sangue”, Electronic Arts decidiu equipar o jogo com SecuROM, uma forma de Digital Rights Management particularmente castigadora, tratando, mais uma vez, os seus clientes como criminosos.
Pelo que tenho lido, o DRM impede a instalação em mais do que três PCs, sendo que qualquer mudança de hardware num PC conta como um novo PC, requerendo re-activação do jogo. Tendo em conta a velocidade com que alguns gamers trocam de placa gráfica hoje em dia, esta limitação torna a vida útil do jogo muito curta.
Como se não bastasse o DRM é praticamente inútil, porque o jogo já estava disponível em torresmos 4 dias antes do lançamento, com a única desvantagem de não se ter acesso í componente online.
Por causa desta “protecção” instalada pela EA, centenas de pessoas estão a ir í Amazon dar uma estrela ao jogo. Na altura em que escrevo isto, já ia em 1227 votos, sempre acompanhados de um comentário do género: “o jogo é óptimo, o DRM é péssimo”.
Pesquisando pela net, não consegui encontrar nenhum movimento concertado de boicote ao DRM do Spore que motivasse tantas centenas de pessoas a dar-se ao trabalho de ir í Amazon deixar o seu protesto. Será possível que este seja um movimento de massas espontâneo?
Será que é desta que as editoras apanham a dica de que o DRM é mau?
Enquanto espero para ver, vou ver como está a desenvolver-se a minha aldeiazinha de 12 habitantes…
A Inglaterra foi ontem jogar í casa da Croácia e ganhar por expressivos 4-1. Três dos golos ingleses foram marcados por um só jogador, a lembrar: Theo Walcott. Cheira-me que a bota de ouro do Cristiano vai para as mãos deste rapazinho que por um ano não nascia já nos anos 90, dentro em breve. […]
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