Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Preciso de um novo monitor e, armado com alguns conselhos, mas sem saber bem o que quero, resolvi ir ver o que há.
Pode ler-se as especificações, pode ver-se o preço e o nome do fabricante mas o fulcral é ver-se a imagem.
Dito isto, fui í Fnac com a ideia de aplicar um dos meus descontos de cliente, de 6%, que este mês foram aumentados até 10% e comprar um monitor razoável. Qualquer coisa provavelmente acima dos 200 euros, mas abaixo dos 300.
O que vi deixou-me preplexo.
A Fnac tem duas prateleiras cheias de monitores. Não os contei, deviam ser uns 15 ou 20, talvez. Têm Asus, LG, HP e Samsung (que eu me lembre), todos alinhadinhos, todos ligados.
A primeira coisa que salta a vista é que praticamente nenhum (tirando os mais fracos, claro), está na sua resolução nativa. Depois percebi que isto se deve ao facto de todos os monitores estarem ligados ao mesmo computador. A placa gráfica deve estar configurada para a resolução do monitor mais pequeno e todos os outros, especialmente os maiores e com maior resolução (e maior etiqueta de preço), ficam um absoluto nojo.
Depois, o costume: abrindo os menus de dois ou três dos monitores que me pareceram mais interessantes (em termos de especificações, claro), tanto o brilho como o contraste estão no máximo.
Olhando para a traseira dos monitores, apercebi-me ainda que todos eles estão ligados por VGA, mesmo os que têm DVI e HDMI como opção. E não, isto não é uma picuinhice: a diferença de um monitor ligado por VGA ou DVI é notória. A diferença de um monitor configurado para a sua resolução nativa ou para uma menor é ainda mais notória e a diferença entre um monitor bem calibrado e um mal calibrado é também bastante óbvia.
Perguntava-me como era possível que alguém comprasse um monitor assim, chegando ali e olhando para ele, quando obtive a minha resposta: dois adolescentes borbulhentos discutiam a beleza dos monitores.
“Pois eu comprei um parecido com este, mas este é mais bonito”, dizia um; “bonito é este, olha só!”, exclamava o outro.
Não sou indifente í beleza externa do aparelho, mas honestamente é a menor das minhas preocupações. Mas de facto, se as pessoas compram monitores olhando principalmente para o preço e para se a caixinha é bonitinha, então de facto, a Fnac não precisa de se esforçar mais.
Tudo o que disse para a Fnac aplica-se í Vobis, mas pior ainda: na Vobis, uma colecção de monitores estava exposta a um metro acima da cabeça dos clientes, numas prateleiras e todas elas passavam imagens de um anúncio de televisão qualquer da Vobis com um daqueles anormais a que as pessoas parecem achar piada.
A qualidade de imagem do dito vídeo era insultuosa e, alguns dos monitores estavam a apresentá-la de tal forma distorcida que mais pareciam aparelhos avariados, ali encostados para reparação. Um deles só mostrava o canal vermelho.
Desisti. Não sei bem onde vou comprar um monitor, mas já percebi que provavelmente vai-me custar umas horas, numa loja, com o meu computador, a chatear os funcionários para me ligarem os monitores um a um para eu poder, efectivamente, ver como se portam e qual vale a pena.
Realmente é um bocado chato, mas na fnac ou vobis a unica variavel que se pode ter em conta é o factor beleza. Visto que a imagem é para esquecer, os monitores não estão configurados correctamente porque nao há placas graficas com 20 saidas. O que acontece é que eles tem uma box ligada ao pc, que faz o output para os 20 monitores. É parecido ao que se usa para as televisões nos hipermercados.
Sinceramente não tens muito por onde escolher, não há lojas em Portugal, pelo menos do meu conhecimento, onde tenham os monitores correctamente configurados para que o cliente possa escolher. O melhor mesmo é procurares um site com algumas reviews, escolheres 2 ou 3 monitores, e depois levares o teu portátil e loja e experimentar nos ditos monitores.
Boa sorte na aventura que é comprar um monitor em portugal.
Tem de ser como lá em casa, eu faço a seleçao do bonito, ele faz a seleçao qualidade/preço e lá se chega í decisão final! ;)
Pois, não há placas com 20 saídas, mas se também vendem computadores, não podiam juntar o útil ao agradável e ter os PCs í venda de um lado, ligados aos monitores, do outro, tudo bem configurado? Ou mesmo, sei lá, lado a lado, para as pessoas poderem experimentar.
É o habitual alinhamento pelo menor denominador que me irrita no comércio que por cá se faz. Se a loja é mais bem montada e organizada, estamos logo perante comércio de luxo e pagamos só para olhar.
Realmente podia ser assim, porque se pagamos mais 50-100 euros por comprar na loja, deveríamos ter um serviço mais personalizado.
Mas hoje em dia, cada vez mais as pessoas se preocupam com aquilo que compram, e fazem o trabalho de casa antes de ir í loja. Pelo menos cada vez mais amigos meus, ou pessoas conhecidas me ligam/enviam mails, ou falam no msn a pedir opinião sobre hardware ou software.
Esse é outro problema. Aqui no site aconselharam-me alguns monitores dos quais encontrei um, na Fnac e uma variante de um outro com sintonizador e HDMI que não me interessa para nada.
Portanto bem podia ir bem informado que não me safava na mesma :-)
hj em dia já existem aquelas placas ranhosas USB que dao para ter ate 8 monitores ligados í mesma maquina…sempre podiam usar esse tipo de sistema
Ainda bem que vejo alguém da minha opinião! Na verdade não consigo compreender como ainda há alguém que dê uma pequena fortuna por um TV de plasma, para depois ver as imagens todas distorcidas, i.e. as figuras parecem feitas pelo “El Greco”, só que aquele era um génio, mas não da TV. Isto só demonstra a falta de profissionalismo que existe em Portugal.Ninguém parece compreender que quanto mais perfeitas forem as peças que vende, maior é a tendência para as pessoas comprarem. Mas lá que os “quinhenteuristas” dos empregados não se queiram estar a maçar, ainda compreendo, mas quem é o seu responsável, esse já tenho mais dificuldade em compreender, e o gerente de loja ainda menos, a não ser que pense que “quanto pior, melhor”.Também há desses infelizmente.
A vantagem é que podes chatear os gajos para ligarem os que queres ver a um PC (ajustando a definição, brilhos e o resto)!
No meu caso, não me chateio muito com a qualidade de imagem do monitor (preocupo-me mais é com o tamanho / definição)! Mas também não trabalho com imagem…o core do trabalho que faço é desenvolvimento :o)
Hugz,
Luís
Pois, mas quando não se tem muito tempo, não apetece muito estar três horas numa loja a ver montar e configurar monitores.
Depois quanto í imagem… lá está. Real estate de écrã para mim é importante também, mas brilho, croma e contraste são fulcrais.
í tempos para comprar uma TV LCD para ligar a um PC aqui para o work fomos de portatil na mao para a worten, experimentamos e depois ao fim de ver-mos qual era o ideal viemos embora e encomendamos o LCD ao fornecedor abitual :P
O problema, a meu ver, não é exclusivamente das lojas, mas sim das marcas, que não trabalham o product placement nas grandes superficíes. Claro que pode encarecer a coisa… mas o olho come muito…
Você escreve bem, parabéns, percebe-se tudo o que sente, vai dar ao mesmo que alguns de nós sentimos. Os comerciantes sempre estiveram próximos da ralé da sociedade, não há volta a dar-lhes (quem não concordar que me deixe em paz, pobre de mim, conteste directamente o que escreveu o Platão). Diga-me que monitor escolheu, adorava tê-lo, a si, perto de mim para me poupar essas idas í s fnasc, vobis, jumbos e coisas do género. Cumprimentos
nos dias de hoje cada vez mais vendemsse menos monitores. por isso tem haviado menos proposta por partes das marcas. e nos dias de hoje as pessoas querem preços e nao coisas bonitas. e as grandes superfices tem uma coisa muito superior que qualquer loja de bairro ou loja pequena. sao as garantias. numa loja pequena podes estar 5 e 6 meses a espera dos artigos a reapararem, enguanto uma grande superfice tem acordos com as marcas. qualidade, brilho, contraste nao ha nada como exprimentar, mas nos dias de hoje quase nao se nota diferenças. os monitores não evoluem ha anos…