Publicado em , por Pedro Couto e Santos
Com o meu BI quase a expirar estava na altura de tirar o meu Cartão de Cidadão. Depois de me confundir quase completamente no hediondo site do dito Cartão, peguei em todos os meus cartões identificativos e fiz uma paragem na Loja do Cidadão dos Restauradores a caminho do trabalho, hoje de manhã.
Tirei a senha 154 í s 10:08 da manhã e tinha 120 senhas í minha frente. Fui trabalhar.
Passei a manhã a enviar SMS para o sistema de “bicha electrónica” que a Loja do Cidadão disponibiliza e recebendo horas prováveis de atendimento cada vez mais tarde: 12:48, 13:19, 14:08… Quando me apercebi que a coisa estava a estabilizar perto das 14 horas, meti-me no metro em direcção aos Restauradores (estava em Picoas).
Cheguei rapidamente e, mesmo antes de entrar, recebi o SMS de aviso de que faltavam apenas 5 senhas para o meu número. Mais perfeito era impossível: cheguei em cima da hora!
Ou… não.
Quando olhei para o painel, tinham passado 20 senhas do meu número. Fiquei um pouco confuso… a 60 cêntimos cada SMS, o sistema não está sincronizado com a Loja, tornando-o, virtualmente, inútil. Especialmente inútil é o sistema de alerta que me avisou que faltavam 5 senhas para a minha, quando na verdade já tinham passado 20.
Informei-me onde podia reclamar e lá fui ao Gabinete de Gestão para o fazer. Mas não foi preciso: as pessoas do dito Gabinete foram atenciosas e, depois de mostrar a montanha de SMS que tinha enviado/recebido durante a manhã, mandaram-me para uma mesa vazia para ser atendido apesar de já ter caducado há muito a tolerância de três senhas.
Disseram-me que isto acontece por haver desistências, mas parece-me que algo está errado neste sistema pois se não toma em conta as desistências, nunca transmite informação correcta e, como eu disse, cada SMS custa 60 cêntimos, portanto não é como se fosse um serviço grátis ao qual se desculpasse facilmente um erro de ±20 senhas.
Sendo impossível sincronizar os SMS com os números que estão a ser chamados na Loja, um disclaimer era essencial. Algo como: “dê uma margem de 20 minutos, para o caso de desistências”, por exemplo.
Bom, nada a dizer quanto í resolução do problema, no entanto: cinco estrelas. Esperei uns minutos numa mesa vazia e a senhora que entrou no seu turno nessa mesa atendeu-me sem problemas.
Entretanto, o quiosque de biometria crashou (a motherboard é Asus com uma BIOS AmMegatrends, BTW), mas não houve problema, porque havia outros.
Comecei por entregar í senhora os meus documentos actuais:
A funcionária obteve os meus dados através do BI, depois adicionou os números dos outros cartões todos e no final pediu-me a morada, telemóvel, telefone fixo e e-mail, estes três últimos, opcionais.
Seguiu-se a biometria.
O quiosque é uma caixa cinzenta com uns 2 metros de altura, onde está embutido um PC, com um monitor, uma câmara, luzes brancas, dois sensores de impressão digital e uma superfície de escrita digital.
Primeiro, temos que nos colocar numa determinada marca no chão, para a medição e foto. A máquina tem um sistema eléctrico para subir e descer (e permitir o uso com pessoas das mais diversas estaturas), e é isso que começa por fazer, para determinar a altura.
Não sei exactamente como é que a altura é determinada, mas desconfio que é usando a câmara para detectar o limite da cabeça.
Segue-se a foto: olha-se para a câmara e espera-se que dispare o flash. Aqui encontrei um problema incómodo: depois da senhora nos explicar que temos que olhar para a câmara e ficar quietos, surge uma enorme seta vermelha a piscar no écrã, apontando para a câmara. Como é óbvio, aquilo distrai e faz olhar para baixo instintivamente.
Nada de grave, mas se temos as instruções da senhora, a seta era desnecessária.
Foto é tirada contra um painel branco e a máquina parece fazer um crop automático í cara. É uma foto bastante ranhosa, por isso não esperem sair de lá com um grande retrato. A senhora confirma que gostamos da foto e parece-me que não se importa de tirar outras se não estiverem satisfeitos com a vossa.
Depois da foto tirada, aproximamo-nos da máquina e colocamos os dois indicadores, um em cada scanner (um de cada lado da máquina). A impressão digital é… digitalizada e aparece no écrã.
O passo final é a assinatura. A máquina tem uma pequena mesa com uma superfície de escrita digital no meio que funciona por pressão (as Wacom, por exemplo, funcionam por electromagnetismo). A funcionária coloca um papelinho com uma linha desenhada sobre a dita superfície e depois dá a ordem para assinar. Assina-se no papel, com uma caneta normal e a nossa escrita é lida e disposta no écrã.
Não fiquei impressionado com a assinatura que nem direita ficou e tinha muito pouca resolução. Não sei qual será o resultado final, mas no écrã, estava quase irreconhecível.
Depois voltei para a mesa onde tive que colocar os indicadores num novo scanner de impressões digitais, mas não sei porquê os dois sistemas. Desconfio que o primeiro tenha digitalizado as impressões digitais para arquivo e comparação visual e o segundo as tenha guardado nalgum formato digital que virá a ser carregado no chip que faz parte do cartão. Mas isto é especulação minha.
No fim, a parte mais complicada: pagar 12 euros pelo cartão. Fico um pouco dividido quanto a este custo… sei que não é muito, mas também não é o que eu chamaria pouco. Há pessoas para quem 12 euros não é nada de especial e outras para quem é bastante dinheiro; tendo em conta que é um documento obrigatório e que o Estado disponibilizou, recentemente, 20 mil milhões de euros para apoiar empresas privadas (Bancos), custa-me sempre um bocadinho perceber porque não suporta o Estado a maioria do custo do Cartão.
Mas sou honesto: confesso-me ignorante em questões de Economia e Finanças.
Um pequeno í parte: perguntei í senhora quando obteria o meu cartão e ela perguntou í colega do lado que prontamente lhe respondeu: “Não se diz uma data í s pessoas! Duas ou três semanas, mas pode ser mais! Não se pode dizer.”
Estando eu a um metro das senhoras, não compreendo (nem nunca compreendi), este tipo de conversa como se o utente não estivesse mesmo ali. Eu ouvi a conversa e portanto virar-se para mim e dizer que não se sabe quando vem o cartão é um bocadinho… ingénuo.
Mas tudo bem.
Saí dali, bem atendido, ao fim de 20 minutos, com uma página com todos os meus dados, confirmando que pedi o Cartão de Cidadão. Agora, aguardo que me chegue uma carta a casa com um código para regressar í Loja do Cidadão e activar e receber o meu Cartão.
Aguardo, com grande expectativa.
[…] a sua epopeia para obter o Cartão do Cidadão. Fica aqui um aperitivo para a leitura integral de cartão do cidadão. “Com o meu BI quase a expirar estava na altura de tirar o meu Cartão de Cidadão. Depois de […]
Agora entendi, primeiro tinha percebido que estavam 5 pessoas í tua frente e que ainda ia demorar 20 minutos, depois percebi que afinal estavam 20 pessoas í tua frente… agora que li o post é que percebi tudinho! :P
Acho bem estes post grandes, para sabermos com o que contar, eu pensava que era gratis. Assim que puder, vou pedir o meu.
Beijinhos
PS. tens de por fotos dos brinquedos que compraram para o Tiago!
Ou a versão vídeo… ;)
http://sic.aeiou.pt/online/scripts/2007/videopopup2008.aspx?videoId={EA1DDB5B-F2C9-49B7-8A39-42617EA0F147}
O segundo scanner das impressões digitais serve para validar a primeira. Assim, quando for levantar o cartão, poderá validar novamente e levar o cartão embora.
Imagina o que aconteceria se o primeiro scan na maquina inicial tivesse sido mal feito. Teria que mandar fazer novo cartão ou esperar mais 120 lugares e gastar uns quantos tostões em SMS.
Muito bom o vídeo da SIC, Carlos.
Ricardo, obrigado pelo esclarecimento.
A ideia de juntar uma série de cartões num é para juntar as várias horas de esperar e “espetá-las” de seguida aos otári…ehhh contribuintes.
O meu chegou passado 5 dias não úteis. Quando receberes a carta com os Pins, é sinal que o cartão já chegou ou está a chegar no sitio onde tiraste o CC.
Cinco dias úteis não é nada mau… vou esperando. Entretanto fico com o BI caduco.
PT-ACS? O Cartão do Cidadão também substitui o PT-ACS?
Parabéns, vais ser o futuro proprietário do Cartão íšnico, vulgo CU. Perdão isso era antes… Esta cabeça… Memorando – CC cartao do cidadao. Visto morar no distrito de Portalegre, onde isso já é banal, ja sou o feliz proprietario do cc. Felizmente em 15 minutos e sem espera la fui eu pra maquineta. Mas vou tirar algumas duvidas. Sim foi rápido 5 dias tb. Sim a assinatura fica tipo montanha russa. Sim a foto parece uma daquelas dos presidios. Sim apenas subsitui, por enquanto e palavras da funcionária, o bi e o Nif ou seja o resto tem de andar contigo na mesma… la se vai o espaço na carteira. E agora tb já e reconhecido a nivel do pais, pois e mais uma vez segundo a funcionaria, í pergunta onde era valido, por enquanto (adoro esta expressão… ou seja daqui a uns anos)ainda nao existe equipamento suficiente e os primeiros nao eram aceites no aeroporto! Enfim viva a mudança e boa sorte pro teu cc!
Epá acho que estás a ser critico de mais. Eu aqui em torres vedras fiz o cartão em cerca de 30 minutos (incluindo a espera). Achei tudo impecavel menos a assinatura, esta sim é mto má, mas dps na versão do cartão aparece bem bacana. 12 € é muito? quanto pagavas pelo antigo bilhete?
Gostava de falar contigo dps sobre a bateria electronica fame, foi através daí q encontrei o teu blog.
Abraço,
Pedro
Ah, finalmente chegaram a Lisboa! Desde que ouvi falar deste cartão que espero ansiosamente que chegue a estas bandas. Lá para o norte já há há uns bons meses (talvez um ano, não me recordo).
Sendo um gajo da informática que mexe em bases de dados desde que ainda não tinha idade sequer para beber, nunca percebi o porquê de termos tantos números de identificação diferentes. Não somos uma só pessoa? Eu sou a mesma pessoa tanto para efeitos de eleição de ladr…err… governos, como para ser atendido no posto médico ou para qualquer outra situação em que necessite de me identificar. Então se sou sempre a mesma pessoa, devemos ter um só identificador único. O próprio nome diz tudo, “único, ou seja, não há outro igual, logo, porquê a diferenciação?
Esta é a parte da estupidez de termos vários cartões. Depois vem a parte do comodismo mas que felizmente é mais simples de explicar: detesto ter de andar com N cartões diferentes quando 1 bastaria (pelos motivos anteriores).
Uma outra grande vantagem é a possibilidade de efectuar na internet operações que necessitem de assinatura digital, como por exemplo, a abertura de uma empresa ou registo de uma marca no portaldaempresa.pt.
Por fim, a preocupação… os novos cartões vêm com chips RFID, o que significa que (mais ou menos) facilmente acedemos í informação que lá está armazenada. Alguns bancos também o fazem e cada vez mais se utilizam. Para além da preocupação óbvia de termos uma panóplia de informação privada potencialmente í disposição de quem tiver um scanner de RFID um pouco mais potente, há também a outra face desta questão da privacidade: que informação vai ser guardada no meu cartão, quem é que lhe poderá aceder e, acima de tudo, para que é que será utilizados os dados lá contidos?
Isto é o sonho de qualquer grande corporação que impinge aos seus clientes os magníficos “cartões de cliente” que não servem para mais do que fornecer í empresa uma miríade de informações acerca dos nossos hábitos de compras, gostos de produtos, etc. Tudo para que possam depois melhorar as suas campanhas de marketing, sendo mais eficazes nas formas como nos “enganam” e conseguem convencer a comprar os seus produtos ou adquirir os seus serviços.
Enfim, como tudo neste mundo, é um pau de dois bicos. Por si só é uma coisa neutra; o ser bom ou mau vem com a utilização que lhe damos.
Pois, Raul, são as dúvidas que nos assaltam um pouco a todos.
Quanto í variedade de identificações, creio que mais tarde ou mais cedo tenderá a ser substituída por um número único. As empresas, por exemplo, tinham um número fiscal e outro de registo comercial, estes já foram fundidos e agora são iguais (o número fiscal preveleceu, neste caso).
Agora… se isto é maioritariamente bom ou maioritariamente mau, ainda não sei.
Pedro Oliveira: eu nem fui muito crítico. Acho que o quanto se pagava pelo BI não justifica o quanto se paga pelo CC e sim, acho que num país onde o salário mínimo é 400 e tal euros, 12 euros por um cartão obrigatório é muito.
Felizmete, para mim, não é muito, mas há pessoas para quem é.
Quanto í bateria, se quiseres, manda-me um mail: pedro at macacos ponto com
João Serra: o CC aceita registo de sub-sistemas de saúde e o PT-ACS é um dos que está na lista, sim.
A questão de termos mais do que um número, para além do factor lógico que é cada serviço ter a sua base de dados que vai numerando os utentes por ordem de inscrição, não é assim tão estúpido como possa parecer: se tivermos um só número – por exemplo o BI servir para tudo, qualquer pessoa que saiba o nosso nome e número consegue fazer uma série de sacanices – é um bocado aquela história do Jeremy clarckson ter dado o número da segurança social e fazerem uma doação em nome dele.
Termos vários números serve como segurança para evitar que nos vazem a conta bancária, por exemplo.
quando perdi a carta lá fui eu pedir uma segunda via, na loja do cidadão estavam 300 pessoas í frente, fui até í dgt, estavam 600, voltei ao cidadão, já não recebiam mais pessoas naquele dia, pois o limite de atendimentos tinha excedido o horário previsto para a saida… esperei meia hora e ficou tudo resolvido…
“a sua carta depois vai ser enviada para casa”
levei um papel provisório que só serve para conduzir em portugal (í custa disso não consegui alugar um carro num pais estrangeiro…) carta esta de papel normalíssimo, que como é normal não iria plastificar…
passado quatro meses reparo que o limite do provisório tinha acabado de expirar…
lá volto í loja do cidadão com um papel meio carcumido, e leva mais um carimbo, mais 4 meses…
“olhe que tem que estimar este papel, isto custa 16 euros”
“e quando recebo a carta?”
“depois mandamos para casa…”
durou uns 8 meses…
Pois, a carta é outra batalha… também preciso de renovar a minha que tem a morada errada, mas paciência para isso?
Dee, penso que o problema com isso não está no facto de termos um único número de identificação mas sim na própria possibilidade de se fazerem sacanices por ter um número de identificação da pessoa.
Se é um número de identificação, seja ele único ou não, não é algo que possamos esconder. Logo, mais cedo ou mais tarde alguém poderá utilizá-lo para as tais sacanices.
O problema está em situações como a que ocorreu a um conhecido do meu pai, que viu a sua casa posta í venda por alguém que o fez por ter ido ao notário com uma fotocópia do seu BI e ter conseguido obter aprovação para já-não-sei-o-quê – apenas com uma fotocópia do BI…
Este é o verdadeiro problema, na minha opinião. A facilidade com que se contorna o sistema por ter uma pequena informação pessoal de alguém.
Ao levantar o cartão único de identidade nacional, pediram-me que verificasse se tinha alguma incorrecção. Tem um erro gravíssimo. O cartão único da identidade nacional denomina-me cidadão quando eu sou uma cidadã.
O desuso abusivo das palavras do género feminino na língua portuguesa, como se a espécie humana fosse constituída quase por seres masculinos, é uma indignidade.
A linguagem é dinâmica para acompanhar os tempos. O uso da linguagem portuguesa precisa de actualização urgente e de acordo com o III Plano Nacional para a Igualdade – Cidadania e Género (2007-2010), aprovado pelo Conselho de Ministros, a 6 de Junho de 2007:
A írea III, «Cidadania e Género», tem como principal objectivo promover uma participação activa, responsável e paritária, alicerçada numa cultura de responsabilidade que valorize a acção colectiva, como factor de crescimento pessoal e como mecanismo de inversão de trajectórias de exclusão social. Destaca-se a Educação para a Cidadania, a valorização do papel de uma linguagem inclusiva que possa agir criticamente sobre os estereótipos de género e o fortalecimento do movimento associativo e da sociedade civil, com particular destaque para as organizações não governamentais (ONGs). Neste contexto, é ainda de destacar o papel da comunicação social, enquanto instrumento de influência de comportamentos e atitudes sociais e a importância de uma participação equilibrada de mulheres e homens na tomada de decisão política e pública.
“Onde estão as mulheres, as filhas, as irmãs, as amigas, as professoras, as médicas, as operárias…? Todas sob a burca da linguagem sexista, a linguagem do implícito, do faz de conta, da boa intenção, do quer dizer…” (Caetano Valadão Serpa)
Basta de perpetuar a linguagem exclusiva. Basta de Resoluções Ministeriais e de Observatórios de Género que não servem para nada. Passem í execução das mesmas.
EXIJO, E TODAS AS MULHERES POTUGUESAS EXIJEM, DETERMINAí‡íƒO GOVERNAMENTAL NESTA RECTIFICAí‡íƒO, ISTO É, QUE O CARTíƒO DE CIDADANIA, QUE VEM SUBSTITUIR O ANTERIOR DOCUMENTO DE IDENTIFICAí‡íƒO, NOMEADAMENTE O BILHETE DE IDENTIDADE, DEIXE DE SER CHAMADO NO MASCULINO DE FORMA A INCLUIR OS HOMENS E AS MULHERES NA SUA DENOMINAí‡íƒO.
Boa tarde,
Eu nem quero acreditar na quantidade de erros que estou a ler neste blog.
Em primeiro lugar, o CC não tem RFID, em segundo, o CC não dá para colocar números de subsistemas de saúde, só dá para o nº de utente e de seg social que são a nossa identificação a nível de saúde no sistema português. Por último o preço antes eram 9 euros, agora são 12, mais 3 euros somente. Antes tinhamos que gastar 6 euros para tirar as fotos, agora não.
Acho que é boa ideia as pessoas informarem-se antes de escrever o que escrevem.
Caro “nem comento”, quando ao resto, não sei, mas que me aceitaram o número do meu sub-sistema de saúde… aceitaram.
eiiii!! Tamos todos felizes com este cartaozinho k tem um numero/codigo unico k por sua vez da acesso aos outros (bi; ss, carta conduçao, sns..)..ora isto é inconstitucional (VER: artigo 35º (Utilização de informática), quinto ponto: “É proibida a atribuição de um número nacional único aos cidadãos”!)
“…Já ouvi dizer que o Cartão de Cidadão (antigo Cartão íšnico (C.U.)) não tem nada que se assemelhe a um número único. Tem é lá metidos uma série de números referentes a um conjunto de identificações diferentes. Por isso não é inconstitucional.
Ora bom, mas se olharmos para o Teorema de Enumerabilidade de Gí¶del, verificamos que o conjunto de números agregados no C.C. podem ser transformados num número único. E isso a meu ver, é inconstitucional.
Se o C.C. substitui o Bilhete de Identidade e os cartões de Contribuinte, Segurança Social e Saúde, vão-me dizer que colocando sequencialmente os números respectivos (de forma a serem lidos de uma só vez), isso não é um número único?
E já que estamos neste espírito de coisas, sempre se podia tatuar esse número no braço. E já agora em código de barras. Para dar mais despacho.”
Bem aki fica este k é so um aperitivo chamado cartao do cidadao,.. nos proximos 5 anos aparecem as matriculas dos nossos automoveis com os tais chips e em 2020 todos nos vamos ter enfiado na pele (p variar) tb um CHIP k ja deve vir com Gps pra k nos possam controlar ainda mais como s fossemos um rebanho de ovelhas todas felizes por terem um chip
(enfiado na lã k temos em cima dos olhos!)
Tanta paranóia, tão pouco tempo…
Paranóia? Não me parece que seja tanta. A privacidade dos dados pessoais é um elemento básico do sistema democrático. Não estamos muito longe da sociedade do Big Brother apresentada por Orwell no 1984. Na verdade, até estamos mais avançados em termos tecnológicos do que a dita…
E se ainda acham que a paranóia é muita, vejam o que pode ser feito com os cartões com RFID:
http://www.engadget.com/2009/02/02/video-hacker-war-drives-san-francisco-cloning-rfid-passports/
Felizmente o meu BI não caduca tão cedo… pode ser que entretanto as pessoas abram os olhos e haja pressão oposta aos crescentes sistemas de controlo e vigilância dos cidadãos que os nossos governos vão instaurando um pouco por todo o lado.
boas a todos, bom post este sobre o CC, e obrigado ao koiso, as tuas dicas têm todo o sentido e devem de se colocar a toda a hora, cada dia que passa a nossa Liberdade e os nossos Direitos e Privacidade são cada vez mais atacados e vilipendiados.
cumps,
rjnunes
Gostava apenas de lembrar que o nosso país viveu 40 anos sob uma ditadura fascista em que as pessoas não podiam sequer juntar-se na rua para conversar.
40 anos depois, parece que volta a não haver muita diferença:
http://supergreenme.blogspot.com/2009/01/ontem-fui-relembrada-pouco-suavemente.html
http://gaia.org.pt/node/14726
Caro Gualter, todas as pessoas que dizem que a vida hoje não é diferente da vida durante Estado Novo, obviamente, deviam ser obrigadas a viver no Estado Novo. E de preferência ser presas a meio da noite, sem razão aparente e mandadas para um campo de trabalho qualquer.
Sabes qual é a diferença principal aqui? É que essas pessoas que tiveram encontros desagradáveis com a polícia, têm um blog e escreveram, livremente, sobre o assunto e não estão, por isso, numa cava qualquer com um agente da PIDE a dar-lhes pontapés no estí´mago.
Alguem me explica, como é que um português residente no Brasil, com o BI caducado pode tirar o cc? É que este cidadão dirigiu-se ao consulado de Portugal no Brasil para tirar o BI porque este já havia caducado e no consulado informaram-no que dada a idade do cidadão o BI era considerado vitalício e que não precisava de renovar. Como pode se este já está caducado?De referir que o consulado não procedeu í eleboração de outro BI.Nos serviços do CC dizem-me que é o consulado que trata disso? Como resolvo esta situação já que preciso do BI actualizado?
Aleunam
Toda este choque tecnológico da treta chega a ser ridículo. No meu caso, tive que esperar muito mais do que alguma vez esperei para tirar o BI. Quando fui atendido por uma zelosa funcionária, insistiu em medir a altura, apesar de eu ter mais de 35 anos. Como sempre, o ‘choque tecnológico’ não era tão tecnológico e í terceira ou quarta vez, ainda não tinha conseguido. Eu disse ‘se calhar é melhor usar a escala, embora eu não tenha crescido desde há 10 anos mas enfim’.
Quando finalmente o choque tecnológico funcionou, isto com n pessoas í espera de algo que não devia durar mais de 5 minutos, finalmente a máquina dava-me 1,92 (em vez de 1,86 que é aquela que tenho). Resultado: quase meia hora de desperdício para colocar o mesmo dado que já estava registado no BI. Quanto í fotografia, sem comentários. Na maioria dos casos, nem se percebe quem é (no BI ao menos sim). Finalmente, para poder beneficiar do ‘choque tecnológico’, descobri que afinal era preciso PAGAR para ter acesso ao software necessário (mais um tacho para uma empresa qualquer em parceria com o ‘Estado’). Enfim, cada vez mais cosmética e cada vez mais burrada. É triste