Lenda é bem capaz de ser a palavra. Um mito, no fundo.
Há uns tempos, numa acesa dicussão por causa do assalto ao BES, o Marco Santos recebeu o epíteto de “Madre Teresa” de um dos seus comentadores e, no calor da discussão, acabou por responder da seguinte forma:
E, já agora, desde quando ser uma Madre Teresa de Calcutá é sinónimo de banana, mole, ingénuo ou fraco? Vocês têm ideia do que aquela mulher fez pelos doentes e pelos abandonados da sociedade? Uma mulher que rejeitou a opulência hipócrita da Igreja e dos padrecos e viveu uma vida inteira sem pedir nada para si a não ser um tecto para se abrigar de forma a prosseguir o seu trabalho? Vocês têm ideia da coragem e da força e do altruísmo que é preciso para fazer o que ela fez?
A Madre Teresa era uma sádica que se alimentava de sofrimento humano
Durante a sua vida rejeitou de tal forma a tal opulência hipócrita de que fala o Marco, que contribuiu com mais de 50 milhões de dólares para os cofres do Vaticano.
No entanto, os pobres e oprimidos nunca tiveram condições melhores no seu hospício e sempre viveram em sofrimento e miséria. Com 50 milhões de dólares, ela poderia ter-lhes construído, por exemplo, um hospital. Mas não: viviam num casebre, em camas coladas umas í s outras, casas de banho comunais e em isolamento do exterior.
Estavam ali, depositados, para sofrer.
Era ela própria que dizia que na cara de sofrimento dos pobres, via a cara de Cristo e assim aproximava-se mais dele.
Usou milhares de pessoas que propositadamente manteve na pobreza e miséria para seu gozo pessoal. A Madre Teresa alimentou-se do sofrimento dos outros enquanto viajava pelo mundo recolhendo fundos para construir mais conventos e edifícios religiosos bem como, claro, para encher os cofres do Vaticano.
Madre Teresa? Coragem, força e altruísmo? Oh please…
O post original do Marco sobre o assalto ao BES era “A vida não é assim tão simples”, resta-me acrescentar que não, de facto não é.
E não me façam falar desse cabrão do Dalai Lama!
PS: Como o Marco referiu no seu comentário, falhou-me aqui qualquer referência a “onde é que este gajo foi buscar isto tudo”. Portanto aqui fica algo para ler:
Espero que este post esteja agora mais completo e, como referi no meu comentário ao Marco, não seja visto como uma provocação. Às vezes, há pessoas que pensam de outra maneira ou desconfiam de coisas que são para nós verdades absolutas.
Não quero com isto dizer que ache que a Madre Teresa de Calcutá tivesse um plano diabólico para destruir o mundo; quero apenas dizer que não a creio tão benfeitora como foi pintada e acredito que vale a pena ser crítico, especialmente quando a Igreja Católica está envolvida.
Hoje o SAPO faz 13 anos e a equipa de RP teve uma ideia porreira de oferecer uma caricatura a todos os sapos. Deixámos os nossos nomes na secretária ontem ao fim do dia e hoje quando chegámos tinhamos um envelope com a nossa caricatura, desenhada pelo Henrique Monteiro, lá dentro.
Ainda só vi uma mão-cheia delas, mas as que vi estavam muito boas. Aqui fica a minha para quem quiser ver:
Há uns anos valentes atrás, apareceu por aí uma coisa chamada IPO. É uma sigla que significa Inspecção Periódica Obrigatória. (no meu tempo usava-se a palavra sigla, agora diz-se acrónimo, mas não faz mal porque é a mesmíssima coisa) (pronto, pronto).
Os Portugueses gostam de inspecções. Lembro-me de andar na escola primária e de existir essa figura mítica, muito mais temida que a Directora da escola: o Inspector!
O inspector não estava na escola, mas podia aparecer a qualquer momento e… sei lá, inspeccionar! Sussurrava-se no recreio que o inspector tinha muito mais poderes que qualquer professora, mas nunca ninguém tinha visto um.
Mas tenhamos calma. A inspecção de veículos foi criada com muito boas intenções: andava por aí cada cangalho que mais pareciam caixões com rodas e havia que verificar um conjunto básico de funcionalidades dos veículos, obrigando os seus donos a mantê-los num estado minimamente aceitável.
O principal era a segurança e parece-me que foi uma boa iniciativa; aliás, já se praticava em vários outros países europeus, como é habitual em quase tudo o que por cá se adopta.
Lembro-me da primeira vez que levei um carro a uma IPO: foi o Fiat Punto azul do meu pai que tinha um problema chato no travão de mão, o que me deixou um pouco nervoso. Naquela altura, mandaram-me ligar as luzes, travar, virar as rodas, pí´r o travão de mão (que não me deixou ficar mal) e mediram as emissões do escape do carro.
Trigo limpo, farinha amparo. O carro passou e eu senti que tinha cumprido a missão: a estrada não estava ameaçada por maus travões, luzes maradas ou direcção desalinhada do Fiat Punto.
Saltemos para 2008 e para o meu Mercedes preto. Levado í inspecção na passada sexta-feira, foi chumbado. Luzes fundidas? Travão insuficiente? Escape poluidor?
Não, nada disto.
A janela de trás do lado do condutor, não abre.
Isso mesmo: a janela de trás, que eu nunca abri e nunca tive necessidade de abrir, está avariada. Eu sei que está avariada, porque está avariada desde que comprei o carro. Nunca funcionou e o carro sempre passou nas inspecções.
Mas este ano, esse perigo para a segurança rodoviária que é a minha janela traseira não passará!
O que é que há de errado neste filme? Para onde vai o dinheiro das inspecções? Não sei, mas gostava de saber, porque parece-me matemática simples que duas inspecções, pagas, rendem mais do que apenas uma.
O carro anda, trava, as luzes funcionam, o escape não polui mais do que é aceitável para aquele tipo de veículo… não é o que importa? Ao que parece, não. Quando mencionei o assunto no Twitter, choveram exemplos de pessoas: a porta não tem puxador por fora, o ajuste eléctrico do retrovisor não funciona (embora possa ajustá-lo manualmente), buracos em bancos, etc.
As regras que se encontram online dizem coisas como: “Quadro e Cabine – Realiza-se um exame ao exterior e ao interior do veículo com vista í detecção de pontos de corrosão, deformações, anomalias dos bancos e outros defeitos.”
“E outros defeitos”? Ou seja: o que me der na gana? Janelas que não abrem, por exemplo… tapetes rotos? Manípulos coçados? Tejadilhos com bolor? Tenham dó!
E a quantidade de chaços que parecem prontos a desmoronar-se que continuam a circular por aí? Cheira-me que o velho untar de mãos também é eficaz em resolver problemas de inspecção de veículos, é o que me parece.
Hoje foi o primeiro dia do Tiago no infantário. Para começar, está a ir só de manhã, até que tenhamos a certeza que se habitua bem… ou para minimizar o nosso próprio stress, não sei bem :)
Hoje atrasei-me um bocadinho para o trabalho para poder ir com a Dee levá-lo ao seu primeiro dia. Correu tudo bem: quando chegámos ele quis logo sair da cadeirinha e quando lhe soltei o cinto foi directo para dentro da sala onde vai ficar atirar-se ao seu brinquedo favorito.
Este sozinho na sala um bocado, sem conseguir chegar ao tal brinquedo, mas sempre a apontar para ele, equanto nós falávamos com a educadora e ela arrumava umas coisas. Depois, quando a educadora entrou para a sala, ele saiu e veio pedir colo í mãe.
Como não obteve o colinho, lá voltou para a sala, agora já com o brinquedo í mão de semear e lá ficou. Despedimo-nos e saímos, com o Tiago a fazer um ar um bocado desconfiado, mas sem choros.
Entretanto vim trabalhar e a Dee andou a tratar de uma série de coisas até o ir buscar, por volta do meio-dia. Ao que parece a manhã correu bem, sem grande stress e sem choro, mas o Tiago passou a maior parte do tempo a um canto agarrado ao seu ursinho e não almoçou grande coisa.
Suponho que amanhã vá ser mais difícil deixá-lo e será, provavelmente, a verdadeira prova. Veremos se, no final da semana, o balanço é positivo.
Agora… quem diz que por os miúdos no infantário custa mais aos pais que aos próprios miúdos… tem toda a razão.
Lenda é bem capaz de ser a palavra. Um mito, no fundo. Há uns tempos, numa acesa dicussão por causa do assalto ao BES, o Marco Santos recebeu o epíteto de “Madre Teresa” de um dos seus comentadores e, no calor da discussão, acabou por responder da seguinte forma: E, já agora, desde quando ser […]
Hoje o SAPO faz 13 anos e a equipa de RP teve uma ideia porreira de oferecer uma caricatura a todos os sapos. Deixámos os nossos nomes na secretária ontem ao fim do dia e hoje quando chegámos tinhamos um envelope com a nossa caricatura, desenhada pelo Henrique Monteiro, lá dentro. Ainda só vi uma […]
O Google lançou um browser. Yeeaaaay. Chama-se Chrome. Já o tenho. As três primeiras impressões foram más. A ver vamos… Edit: afinal as minhas primeiras impressões foram erros de paralaxe. Estou a começar a gostar seriamente deste browser.
Há uns anos valentes atrás, apareceu por aí uma coisa chamada IPO. É uma sigla que significa Inspecção Periódica Obrigatória. (no meu tempo usava-se a palavra sigla, agora diz-se acrónimo, mas não faz mal porque é a mesmíssima coisa) (pronto, pronto). Os Portugueses gostam de inspecções. Lembro-me de andar na escola primária e de existir […]
Hoje foi o primeiro dia do Tiago no infantário. Para começar, está a ir só de manhã, até que tenhamos a certeza que se habitua bem… ou para minimizar o nosso próprio stress, não sei bem :) Hoje atrasei-me um bocadinho para o trabalho para poder ir com a Dee levá-lo ao seu primeiro dia. […]